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Prévia do material em texto

1 
 
 
Olá, pessoal! Tudo bem? 
Aqui é Ricardo Torques, coordenador do Estratégia OAB e do Estratégia Carreira 
Jurídica. Além disso, sou professor de Direito Processual Civil, Direito Eleitoral e Direitos 
Humanos. 
Instagram: www.instagram.com/proftorques 
Aguardo seu contato. ;) Dúvidas, críticas e sugestões são sempre bem-vindas! 
Em nome dos nossos professores, gostaria de lhes apresentar o e-book "Resumão para a 1ª Fase da OAB". Elaborado 
com muito carinho e cuidado por nós, você terá uma visão dos temas mais importantes para fins de prova. 
 Aproveito, ainda, para dar um aviso importante: se você quiser receber materiais gratuitos como esse diretamente 
no WhatsApp, participe do nosso grupo de estudo. Lá, enviaremos notícias quentes, cronogramas e materiais 
gratuitos focados na 1ª Fase da OAB 40. 
Basta tocar no botão abaixo para começar a receber os materiais direto no seu celular. 
 
 
http://www.instagram.com/proftorques/
https://www.redirectmais.com/run/1-fase-da-oab-40
2 
 
SÍNTESE ESTRATÉGICA 
1ª FASE DA OAB 40 
 
Olá, futuro(a) Advogado(a), tudo certo?! 
A prova objetiva do 40º Exame da Ordem dos Advogados do Brasil está se aproximando, e, pensando em auxiliá-
los na revisão dos principais temas nessa reta final, o Estratégia OAB elaborou a Síntese Estratégica: um material 
específico com os pontos que acreditamos serem mais relevantes para sua prova e que não podem deixar de ser 
revisados. 
O material abordará de modo direto, curto e objetivo os temas mais cobrados na prova, além daqueles pontos 
espinhosos do edital, das “decorebas” que precisam ser revistas logo antes da prova, incluindo também as nossas 
apostas. Tudo isso por meio de frases, tabelas, mapas mentais e outros meios para auxiliar na fixação do conteúdo 
e formação da memória de curto prazo. Ao final do estudo desse material, esperamos que você possa garantir 
algumas questões a mais na prova vindoura. 
Passaremos por todas as fontes de conhecimento exigidas na prova da OAB, de acordo com a predileção de 
cobrança. Assim, citaremos trechos legislativos relevantes, especialmente selecionados, mas não deixaremos de 
relacionar conteúdos jurisprudenciais e doutrinários. E todas as matérias exigidas no exame serão revisadas 
proporcionalmente à incidência de cada uma na nossa prova. 
Para finalizar, sabemos que o treino é essencial em todas as fases da OAB. Nessa reta final, resolva muitas questões. 
Elas não apenas testarão seus conhecimentos, como ajudarão a raciocinar da maneira exigida pelo examinador, 
além de otimizar sua revisão e facilitar a fixação. 
Pensando nisso, elaboramos um caderno de questões para cada uma das matérias do conteúdo programático do 
edital, através do nosso Sistema de Questões da OAB. Para resolvê-las, basta clicar nos links respectivos abaixo: 
 
Matéria Link do caderno no SQ 
Ética Profissional Ética Profissional 
Filosofia do Direito Filosofia do Direito 
Direito Constitucional Direito Constitucional 
Direitos Humanos Direitos Humanos 
Direito Internacional Direito Internacional 
Direito Tributário Direito Tributário 
Direito Administrativo Direito Administrativo 
Direito Ambiental Direito Ambiental 
Direito Civil Direito Civil 
Direito da Criança e do 
Adolescente 
Direito da Criança e do Adolescente 
Direito do Consumidor Direito do Consumidor 
Direito Empresarial Direito Empresarial 
Direito Processual Civil Direito Processual Civil 
Direito Penal Direito Penal 
Direitos Processual Penal Direitos Processual Penal 
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/c4304a5c-24dc-4651-be66-442c0fb4ae10
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/ba0cf407-50af-4d47-b1bd-af22646065e6
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/3144bba0-be13-45f8-b46f-c126cf208579
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/f3fb0503-d4c8-4b02-aeac-16470fb9cc1c
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/80cb58e4-167c-46a5-af90-f1a386a3de99
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/fbb96f0e-cec4-44ad-846a-20931abb14a9
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/8505bd89-8840-458c-9f2c-e8e8a9242184
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/c9e9d696-bf3f-48dd-9670-b8b3271ab7b5
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/f01ddef5-2680-4293-af67-297443456b29
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https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/f0754998-67d3-4f27-a6ba-8833e286f6f7
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/bf430742-031f-41b3-9ae7-4619c1613ef3
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/13b79b7c-d53b-4f33-928b-3a5834279c3c
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https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/3d74d3e7-564a-403d-a004-ad42322be358
3 
 
Direito do Trabalho Direito do Trabalho 
Direito Processual do Trabalho Direito Processual do Trabalho 
Direito Financeiro Direito Financeiro 
Direito Eleitoral Direito Eleitoral 
Direito Previdenciário Direito Previdenciário 
 
Esperamos que gostem do material e de todos os novos projetos que preparamos para que avancem rumo à 
aprovação. 
 
Por fim, desejamos uma excelente prova e que continuem dando o seu melhor até lá! 
 
Contem sempre conosco. 
 
Yasmin Ushara, 
Coordenação - Estratégia OAB. 
 
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/4d586a88-e002-435f-b930-31613686af13
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/1f42d2cb-5d81-46e8-8b11-392fe2307137
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/ef8eb63a-cbc0-47d6-9c67-76c69a1c24f5
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/eef82dd6-5433-44f8-8851-3011d6f45646
https://oab.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/263871ac-f595-49e4-b956-b36015c294bb
4 
 
SUMÁRIO 
Ética profissional .......................................................................................................................................................................... 4 
Filosofia do Direito ..................................................................................................................................................................... 12 
Direito Constitucional ................................................................................................................................................................ 16 
Direitos Humanos ...................................................................................................................................................................... 24 
Direito Internacional .................................................................................................................................................................. 27 
Direito Tributário ....................................................................................................................................................................... 30 
Direito Administrativo ................................................................................................................................................................ 37 
Direito Ambiental ...................................................................................................................................................................... 46 
Direito Civil ................................................................................................................................................................................ 48 
Direito da Criança e do Adolescente ........................................................................................................................................... 59 
Direito do Consumidor ...............................................................................................................................................................61 
Direito Empresarial .................................................................................................................................................................... 64 
Direito Processual Civil ............................................................................................................................................................... 72 
Direito Penal .............................................................................................................................................................................. 79 
Direito do Processual Penal ........................................................................................................................................................ 86 
Direito do Trabalho .................................................................................................................................................................... 93 
Direito do Processual do Trabalho ............................................................................................................................................ 100 
Direito Financeiro ........................................................................................................................................................................ 2 
Direito Eleitoral ........................................................................................................................................................................ 105 
Direito Previdenciário .............................................................................................................................................................. 110 
Considerações finais ........................................................................................................................................................... 114 
 
 
ÉTICA PROFISSIONAL 
1. Atividade da Advocacia. Inscrição na OAB 
#01 – Atividade da Advocacia 
 São atividades privativas de advocacia: 
I - a postulação a órgão do Poder Judiciário e aos 
juizados especiais; 
II - as atividades de consultoria, assessoria e direção 
jurídicas (Atenção: se praticados por aqueles que não 
possuem tal qualificação são tidos como NULOS e 
implicam em responsabilização na esfera civil, penal e 
administrativa). 
É obrigatório ser visado por advogado 
os atos e contratos constitutivos de 
pessoas jurídicas, quando forem 
apresentados para registro no órgão 
competente (Exceção: microempresas 
e empresas de pequeno porte). 
É vedada a divulgação de advocacia em conjunto 
com outra atividade. 
O estagiário de advocacia, regularmente inscrito, 
pode praticar esses atos, na forma do regimento geral, 
em conjunto com advogado e sob responsabilidade 
deste. 
Algumas exceções legais dispensam a necessidade 
de postulação em juízo ser realizada por advogado: 
 Habeas Corpus; 
 Juizado Especial Cível (até 20 salários-mínimos); 
 Juizado Especial Federal Cível (até 60 salários-
mínimos); 
 Ação de Alimentos; 
 Defesa em sede de Processo Administrativo 
Disciplinar; 
5 
 
 Jus postulandi na seara trabalhista 
Nas ações de Mandado de 
segurança, Habeas Data e Revisão 
Criminal é necessária a 
representação por advogado. 
No processo administrativo, o 
advogado contribui com a postulação de decisão 
favorável ao seu constituinte, e os seus atos 
constituem múnus público. 
O advogado pode contribuir com o processo 
legislativo e com a elaboração de normas jurídicas, no 
âmbito dos Poderes da República. 
Art. 3º-A. Os serviços profissionais de advogado são, 
por sua natureza, técnicos e singulares, quando 
comprovada sua notória especialização, nos termos da 
lei. Parágrafo único. Considera-se notória 
especialização o profissional ou a sociedade de 
advogados cujo conceito no campo de sua 
especialidade, decorrente de desempenho anterior, 
estudos, experiências, publicações, organização, 
aparelhamento, equipe técnica ou de outros requisitos 
relacionados com suas atividades, permita inferir que 
o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais 
adequado à plena satisfação do objeto do contrato. 
#02 – Inscrição na OAB 
 Requisitos legais para inscrição na OAB: 
 Capacidade civil; 
 Diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em 
instituição de ensino oficialmente autorizada e 
credenciada; 
 Título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; 
 Aprovação em Exame de Ordem; 
 Não exercer atividade incompatível com a advocacia; 
 Idoneidade moral; 
 Prestar compromisso perante o conselho (ato 
personalíssimo). 
 A inidoneidade moral, pode 
ser suscitada por qualquer pessoa, e é 
declarada mediante decisão que 
obtenha no mínimo 2/3 (dois terços) 
dos votos de todos os membros do 
conselho competente, em procedimento que 
observe os termos do processo disciplinar. 
Não atende ao requisito de idoneidade moral 
aquele que tiver sido condenado por crime 
infamante, salvo reabilitação judicial. 
 Tipos de Inscrição na OAB: 
 Principal: Realizada no Conselho Seccional 
ou na Subseção da OAB em que o advogado 
pretende ter domicílio profissional. 
 Suplementar: Necessária quando o 
advogado exercer habitualmente a profissão, 
com 6 (seis) ou mais ações judiciais, em 
território não abrangido por sua jurisdição. 
 Transferência da inscrição: Quando o 
advogado mudar definitivamente o seu 
domicílio profissional. 
Considera-se domicílio profissional a sede principal 
da atividade de advocacia, prevalecendo, na dúvida, 
o domicílio da pessoa física do advogado. 
 Não confunda: 
 Cancela-se a inscrição do profissional que: 
 Assim o requerer; 
 Sofrer penalidade de 
exclusão (para nova 
inscrição é necessário 
provas de reabilitação); 
 Falecer; 
 Passar a exercer, em caráter 
definitivo, atividade 
incompatível com a 
advocacia; 
 Perder qualquer um dos 
requisitos necessários para 
inscrição. 
Para novo pleito de inscrição na OAB, é desnecessária 
aprovação em nova prova do exame da Ordem, mas 
deve-se prestar novo compromisso. Não se restaura o 
número de inscrição anterior. 
 Licencia-se o profissional que: 
 assim o requerer, por motivo justificado; 
 passar a exercer, em caráter temporário, 
atividade incompatível com o exercício da 
advocacia; 
 sofrer doença mental considerada curável. 
 Se o advogado sofre doença 
mental considerada incurável, não 
será caso de licença e sim de 
cancelamento, por perda de um dos 
requisitos necessários para inscrição: 
capacidade civil. 
 Advogado Estrangeiro: 
O estrangeiro ou brasileiro, quando não graduado em 
direito no Brasil, deve fazer prova do título de 
graduação, obtido em instituição estrangeira, 
devidamente revalidado, além de atender aos demais 
requisitos para inscrição como advogado (inclusive 
aprovação no exame da Ordem). 
 Estagiários: 
A inscrição do estagiário é feita no Conselho Seccional 
em cujo território se localize seu curso jurídico. Deve 
preencher alguns requisitos: não exercer atividade 
incompatível com a advocacia; possuir idoneidade 
moral e prestar compromisso perante o conselho. 
O aluno de curso jurídico que exerça atividade 
incompatível com a advocacia pode freqüentar o 
estágio ministrado pela respectiva instituição de 
ensino superior, para fins de aprendizagem, vedada a 
inscrição na OAB. 
6 
 
Por fim, alguns atos de advocacia 
podem ser praticados isoladamente 
pelo estagiário, ainda que sob a 
responsabilidade do advogado, são 
eles: 
 Retirar e devolver autos em cartório, 
assinando a respectiva carga; 
 Obter junto aos escrivães e chefes de 
secretarias certidões de peças ou autos de 
processos em curso ou findos; 
 Assinar petições de juntada de documentos a 
processos judiciais ou administrativos. 
Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário 
pode comparecer isoladamente, quando receber 
autorização ou substabelecimento do advogado. 
Em caso de pandemia ou em outras situações 
excepcionais que impossibilitemas atividades 
presenciais, declaradas pelo poder público, o estágio 
profissional poderá ser realizado no regime de 
teletrabalho ou de trabalho a distância em sistema 
remoto ou não, por qualquer meio telemático, sem 
configurar vínculo de emprego a adoção de qualquer 
uma dessas modalidades. Se houver concessão, pela 
parte contratante ou conveniada, de equipamentos, 
sistemas e materiais ou reembolso de despesas de 
infraestrutura ou instalação, todos destinados a 
viabilizar a realização da atividade de estágio à 
distância, essa informação deverá constar, 
expressamente, do convênio de estágio e do termo 
de estágio. 
 
2. Direitos e Deveres dos Advogados. Do Instrumento de Mandato. 
Sociedade de Advogados. Advogados Empregados. 
#03 – Direitos e Deveres dos Advogados 
 São direitos dos advogados, dentre outros: 
II – a inviolabilidade de seu escritório ou local de 
trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, 
de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica 
e telemática, desde que relativas ao exercício da 
advocacia; 
III - comunicar-se com seus clientes, pessoal e 
reservadamente, mesmo sem procuração, quando 
estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em 
estabelecimentos civis ou militares, ainda que 
considerados incomunicáveis; 
IV - ter a presença de representante da OAB, quando 
preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da 
advocacia, para lavratura do auto respectivo, sob pena 
de nulidade e, nos demais casos, a comunicação 
expressa à seccional da OAB; 
V - não ser recolhido preso, antes de sentença 
transitada em julgado, senão em sala de Estado Maior, 
com instalações e comodidades condignas, assim 
reconhecidas pela OAB, e, na sua falta, em prisão 
domiciliar; 
X - usar da palavra, pela ordem, em qualquer tribunal 
judicial ou administrativo, órgão de deliberação 
coletiva da administração pública ou comissão 
parlamentar de inquérito, mediante intervenção 
pontual e sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida 
surgida em relação a fatos, a documentos ou a 
afirmações que influam na decisão; 
XIII - examinar, em qualquer órgão dos Poderes 
Judiciário e Legislativo, ou da Administração Pública 
em geral, autos de processos findos ou em 
andamento, mesmo sem procuração, quando não 
estiverem sujeitos a sigilo ou segredo de justiça, 
assegurada a obtenção de cópias, com possibilidade 
de tomar apontamentos; 
 As autoridades e os servidores públicos dos 
Poderes da República, os serventuários da 
Justiça e os membros do Ministério Público 
devem dispensar ao advogado, no exercício 
da profissão, tratamento compatível com a 
dignidade da advocacia e condições 
adequadas a seu desempenho, preservando 
e resguardando, de ofício, a imagem, a 
reputação e a integridade do advogado nos 
termos desta Lei. Durante as audiências de 
instrução e julgamento realizadas no Poder 
Judiciário, nos procedimentos de jurisdição 
contenciosa ou voluntária, os advogados do 
autor e do requerido devem permanecer no 
mesmo plano topográfico e em posição 
equidistante em relação ao magistrado que as 
presidir. 
 A medida judicial cautelar que importe na 
violação do escritório ou do local de trabalho 
do advogado será determinada em hipótese 
excepcional, desde que exista fundamento 
em indício, pelo órgão acusatório. Deve, 
ainda, ser cumprida na presença de 
representante da OAB. É vedada a 
determinação dessa medida se fundada 
exclusivamente em elementos produzidos 
em declarações do colaborador sem 
confirmação por outros meios de prova. 
 O representante da OAB que acompanhar a 
medida tem o direito a ser respeitado pelos 
agentes responsáveis pelo cumprimento do 
mandado de busca e apreensão, sob pena de 
abuso de autoridade, e o dever de zelar pelo 
fiel cumprimento do objeto da investigação, 
bem como de impedir que documentos, 
mídias e objetos não relacionados à 
investigação, especialmente de outros 
processos do mesmo cliente ou de outros 
clientes que não sejam pertinentes à 
persecução penal, sejam analisados, 
fotografados, filmados, retirados ou 
apreendidos do escritório de advocacia. 
7 
 
 No caso de inviabilidade técnica quanto à 
segregação da documentação, da mídia ou 
dos objetos não relacionados à investigação, 
em razão da sua natureza ou volume, no 
momento da execução da decisão judicial de 
apreensão ou de retirada do material, a cadeia 
de custódia preservará o sigilo do seu 
conteúdo, assegurada a presença do 
representante da OAB. 
 É vedado ao advogado efetuar colaboração 
premiada contra quem seja ou tenha sido seu 
cliente, e a inobservância disso importará em 
processo disciplinar, que poderá culminar 
com a aplicação da sanção de exclusão, sem 
prejuízo das penas previstas no art. 154 do 
Código Penal. 
 Cabe, privativamente, ao Conselho Federal da 
OAB, em processo disciplinar próprio, dispor, 
analisar e decidir sobre a prestação efetiva do 
serviço jurídico realizado pelo advogado. 
Cabe também ao Conselho Federal da OAB 
dispor, analisar e decidir sobre os honorários 
advocatícios dos serviços jurídicos realizados 
pelo advogado, resguardado o sigilo, 
observado o disposto no inciso XXXV do 
caput do art. 5º da Constituição Federal. É 
nulo o ato que violar essa competência 
privativa. 
 São direitos das advogadas, dentre outros: 
I – gestante: a) entrada em tribunais sem ser submetida 
a detectores de metais e aparelhos de raios X; e b) 
reserva de vaga em garagens dos fóruns dos tribunais; 
III - gestante, lactante, adotante ou que der à luz, 
preferência na ordem das sustentações orais e das 
audiências a serem realizadas a cada dia, mediante 
comprovação de sua condição; 
IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos 
processuais quando for a única patrona da causa, 
desde que haja notificação por escrito ao cliente. 
#04 – Do Instrumento de Mandato 
Art. 5º O advogado postula, em juízo ou fora dele, 
fazendo prova do mandato. 
§ 1º O advogado, afirmando urgência, pode atuar sem 
procuração, obrigando-se a apresentá-la no prazo de 
15 (quinze) dias, prorrogável por igual período. 
§ 2º A procuração para o foro em geral habilita o 
advogado a praticar todos os atos judiciais, em 
qualquer juízo ou instância, salvo os que exijam 
poderes especiais. 
§ 3º O advogado que renunciar ao mandato 
continuará, durante os 10 (dez) dias seguintes à 
notificação da renúncia, a representar o mandante, 
salvo se for substituído antes do término desse prazo. 
§ 4º As atividades de consultoria e assessoria jurídicas 
podem ser exercidas de modo verbal ou por escrito, a 
critério do advogado e do cliente, e independem de 
outorga de mandato ou de formalização por contrato 
de honorários. 
O advogado deve notificar o cliente da renúncia ao 
mandato, preferencialmente mediante carta com 
aviso de recepção, comunicando, após, o Juízo. A 
renúncia ao patrocínio deve ser feita sem menção do 
motivo que a determinou, fazendo cessar a 
responsabilidade profissional pelo acompanhamento 
da causa, uma vez decorrido o prazo previsto acima. A 
renúncia ao mandato não exclui responsabilidade por 
danos eventualmente causados ao cliente ou a 
terceiros. 
O substabelecimento do mandato, com reserva de 
poderes, é ato pessoal do advogado da causa. O 
substabelecimento do mandato sem reserva de 
poderes exige o prévio e inequívoco conhecimento 
do cliente. O substabelecido com reserva de poderes 
deve ajustar antecipadamente seus honorários com o 
substabelecente. 
O advogado não deve aceitar procuração de quem já 
tenha patrono constituído, sem prévio conhecimento 
deste, salvo por motivo plenamente justificável ou 
para adoção de medidas judiciais urgentes e 
inadiáveis. 
A revogação do mandato judicial por vontade do 
cliente não o desobriga do pagamento das verbas 
honorárias contratadas, assim como não retira o 
direito do advogado de receber o quanto lhe seja 
devido em eventual verba honorária de sucumbência, 
calculada proporcionalmente em face do serviço 
efetivamente prestado. 
#05 - Sociedade de Advogados A sociedade de advogados, reconhecida 
como uma sociedade simples de prestação 
de serviço, poderá ser classificada como: 
 Pluripessoal: dois ou mais advogados se 
reúnem em uma sociedade civil para a 
prestação de serviços advocatícios; 
 Unipessoal: O advogado poderá concentrar 
todas as quotas da sociedade em seu nome. 
A sociedade de advogados e a sociedade unipessoal 
de advocacia adquirem personalidade jurídica com o 
registro aprovado dos seus atos constitutivos no 
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial 
tiver sede. 
 NÃO serão admitidas a registros, nem podem 
funcionar, as sociedades: 
 que apresentem forma ou características de 
sociedade empresária; 
 que adotem denominação de fantasia; 
 que realizem atividades estranhas à 
advocacia; 
 que incluam como sócio ou titular de 
sociedade unipessoal de advocacia pessoa 
não inscrita como advogado ou totalmente 
proibida de advogar. 
8 
 
O impedimento ou a incompatibilidade em caráter 
temporário do advogado não o exclui da sociedade 
de advogados à qual pertença e deve ser averbado 
no registro da sociedade, sendo proibida, em 
qualquer hipótese, a exploração de seu nome e de 
sua imagem em favor da sociedade. 
 Nas sociedades de advogados, a escolha do 
sócio-administrador poderá recair sobre 
advogado que atue como servidor da 
administração direta, indireta e fundacional, 
desde que não esteja sujeito ao regime de 
dedicação exclusiva, não lhe sendo aplicável 
o disposto no inciso X do caput do art. 117 da 
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, no 
que se refere à sociedade de advogados. 
As procurações devem ser outorgadas 
individualmente aos advogados e indicar a sociedade 
de que façam parte. Os advogados sócios de uma 
mesma sociedade profissional não podem 
representar em juízo clientes de interesses opostos. 
A sociedade de advogados e a 
sociedade unipessoal de advocacia 
podem ter como sede, filial ou local de 
trabalho espaço de uso individual ou 
compartilhado com outros escritórios de 
advocacia ou empresas, desde que 
respeitadas as hipóteses de sigilo previstas na Lei e no 
Código de Ética e Disciplina. 
Art. 15, § 4º: Nenhum advogado pode integrar mais de 
uma sociedade de advogados, constituir mais de uma 
sociedade unipessoal de advocacia, ou integrar, 
simultaneamente, uma sociedade de advogados e 
uma sociedade unipessoal de advocacia, com sede ou 
filial na mesma área territorial do respectivo Conselho 
Seccional. 
Art. 17-A: O advogado poderá associar-se a uma ou 
mais sociedades de advogados ou sociedades 
unipessoais de advocacia, sem que estejam presentes 
os requisitos legais de vínculo empregatício, para 
prestação de serviços e participação nos resultados, na 
forma do Regulamento Geral e de Provimentos do 
Conselho Federal da OAB. 
Essa associação dar-se-á por meio de pactuação de 
contrato próprio, que poderá ser de caráter geral ou 
restringir-se a determinada causa ou trabalho e que 
deverá ser registrado no Conselho Seccional da OAB 
em cuja base territorial tiver sede a sociedade de 
advogados que dele tomar parte. 
Além da sociedade, o sócio e o titular da sociedade 
individual de advocacia respondem subsidiária e 
ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por 
ação ou omissão no exercício da advocacia, sem 
prejuízo da responsabilidade disciplinar em que 
possam incorrer. 
#06 – Advogados empregados 
O advogado empregado não está obrigado à 
prestação de serviços profissionais de interesse 
pessoal dos empregadores, fora da relação de 
emprego. 
As atividades do advogado empregado poderão ser 
realizadas, a critério do empregador, em qualquer um 
dos seguintes regimes: exclusivamente presencial; 
não presencial (teletrabalho ou trabalho à 
distância) ou misto. 
O comparecimento nas dependências de 
forma não permanente, variável ou para 
participação em reuniões ou em eventos 
presenciais não descaracterizará o 
regime não presencial. 
Na vigência da relação de emprego, as partes 
poderão pactuar, por acordo individual simples, a 
alteração de um regime para outro. 
A jornada de trabalho do advogado empregado, 
quando prestar serviço para empresas, não poderá 
exceder a duração diária de 8 (oito) horas contínuas e 
a de 40 (quarenta) horas semanais. 
Art. 21. Nas causas em que for parte o empregador, ou 
pessoa por este representada, os honorários de 
sucumbência são devidos aos advogados 
empregados. Parágrafo único. Os honorários de 
sucumbência, percebidos por advogado empregado 
de sociedade de advogados são partilhados entre ele 
e a empregadora, na forma estabelecida em acordo. 
 
3. Honorários Advocatícios. Da Incompatibilidade e Impedimento. 
#07 – Honorários Advocatícios 
 
 Os Honorários Convencionados são aqueles 
em que as partes, advogado e cliente, 
pactuam o valor a ser cobrado, de forma 
escrita, ou verbal. Na falta de estipulação ou 
de acordo, os honorários são fixados por 
arbitramento judicial, em remuneração 
compatível com o trabalho e o valor 
econômico da questão, observado 
obrigatoriamente o disposto no Código de 
Processo Civil. 
Salvo estipulação em contrário, 1/3 (um terço) dos 
honorários é devido no início do serviço, outro terço 
até a decisão de primeira instância e o restante no 
final. 
 O advogado, quando indicado para 
patrocinar causa de juridicamente 
Espécies de 
Honorários
Convencionados
Arbitrados
Sucumbenciais
Assistenciais
9 
 
necessitado, no caso de impossibilidade da 
Defensoria Pública no local da prestação de 
serviço, tem direito aos honorários fixados 
pelo juiz, segundo tabela organizada pelo 
Conselho Seccional da OAB, e pagos pelo 
Estado. 
Se o advogado fizer juntar aos autos o seu contrato de 
honorários antes de expedir-se o mandado de 
levantamento ou precatório, o juiz deve determinar 
que lhe sejam pagos diretamente, por dedução da 
quantia a ser recebida pelo constituinte, salvo se este 
provar que já os pagou. 
 Os Honorários de Sucumbência são aqueles 
arcados pela parte vencida no processo. 
 Considera-se advocacia pro bono a 
prestação gratuita, eventual e voluntária de 
serviços jurídicos em favor de instituições 
sociais sem fins econômicos e aos seus 
assistidos, sempre que os beneficiários não 
dispuserem de recursos para a contratação de 
profissional. 
 Os honorários assistenciais são aqueles fixados em ações 
coletivas propostas por entidades de classe em 
substituição processual, sem prejuízo aos honorários 
convencionais. 
Nos casos judiciais e administrativos, as disposições, 
as cláusulas, os regulamentos ou as convenções 
individuais ou coletivas que retirem do sócio o direito 
ao recebimento dos honorários de sucumbência, 
serão válidos somente após o protocolo de petição 
que revogue os poderes que lhe foram outorgados ou 
que noticie a renúncia a eles, e os honorários serão 
devidos proporcionalmente ao trabalho realizado nos 
processos. 
Salvo renúncia expressa do advogado 
aos honorários pactuados na hipótese 
de encerramento da relação contratual 
com o cliente, o advogado mantém o 
direito aos honorários proporcionais ao 
trabalho realizado nos processos judiciais e 
administrativos em que tenha atuado, nos exatos 
termos do contrato celebrado, inclusive em relação 
aos eventos de sucesso que porventura venham a 
ocorrer após o encerramento da relação contratual. 
O distrato e a rescisão do contrato de prestação de 
serviços advocatícios, mesmo que formalmente 
celebrados, não configuram renúncia expressa aos 
honorários pactuados. 
 O contrato de prestação de serviços de 
advocacia não exige forma especial, mas deve 
estabelecer: o seu objeto, os honorários 
ajustados, a forma de pagamento, a extensão 
do patrocínio, esclarecendo se este abrangerá 
todos os atos do processo ou limitar-se-á a 
determinado grau de jurisdição, além de 
dispor sobre a hipótese de a causa encerrar-
se mediante transação ou acordo. 
 
 A compensação de créditos, pelo advogado, 
de importâncias devidas ao cliente, somente 
será admissívelquando o contrato de 
prestação de serviços a autorizar ou quando 
houver autorização especial do cliente para 
esse fim, por este firmada. 
Art. 24-A. No caso de bloqueio universal 
do patrimônio do cliente por decisão 
judicial, garantir-se-á ao advogado a 
liberação de até 20% (vinte por cento) 
dos bens bloqueados para fins de 
recebimento de honorários e reembolso 
de gastos com a defesa, ressalvadas as causas 
relacionadas aos crimes previstos na Lei nº 11.343, de 
23 de agosto de 2006 (Lei de Drogas), e observado o 
disposto no parágrafo único do art. 243 da 
Constituição Federal. 
 Contrato com cláusula quota litis: 
O contrato com cláusula quota litis, também 
conhecido como contrato de honorários ad exitum, 
refere-se àquele em que o cliente não tem condições 
de arcar com os valores da demanda, ou seja, o 
advogado efetuará o pagamento de toda a demanda 
e, ao final do processo, receberá os honorários 
pertinentes, a depender do êxito que tiver obtido na 
demanda 
Na hipótese da adoção dessa cláusula, os honorários 
devem ser necessariamente representados por 
pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da 
sucumbência, não podem ser superiores às vantagens 
advindas a favor do cliente. 
 Prescrição: 
 Prescreve em 5 anos a ação de cobrança de 
honorários, contado o prazo: 
 do vencimento do contrato, se houver; 
 do trânsito em julgado da decisão que os fixar; 
 da ultimação do serviço extrajudicial; 
 da desistência ou transação; 
 da renúncia ou revogação do mandato. 
Art. 26. O advogado substabelecido, 
com reserva de poderes, não pode 
cobrar honorários sem a intervenção 
daquele que lhe conferiu o 
substabelecimento. Parágrafo único. O 
disposto no caput deste artigo não se 
aplica na hipótese de o advogado substabelecido, 
com reservas de poderes, possuir contrato celebrado 
com o cliente. 
#08 – Incompatibilidade e Impedimento 
 Incompatibilidade: Proibição total do 
exercício da advocacia. A incompatibilidade 
permanece ainda que o ocupante do 
cargo/função esteja afastado de suas 
atividades, como ocorre na licença 
remunerada. 
10 
 
Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa 
própria, com as seguintes atividades: 
I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do 
Poder Legislativo e seus substitutos legais; 
II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do 
Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, 
dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes 
classistas, bem como de todos os que exerçam função 
de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da 
administração pública direta e indireta; (ADIN 1.127-8) 
III - ocupantes de cargos ou funções de direção em 
Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, 
em suas fundações e em suas empresas controladas 
ou concessionárias de serviço público; 
IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário 
e os que exercem serviços notariais e de registro; 
V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta 
ou indiretamente a atividade policial de qualquer 
natureza; 
VI - militares de qualquer natureza, na ativa; 
VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham 
competência de lançamento, arrecadação ou 
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais; 
VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em 
instituições financeiras, inclusive privadas. (...) 
§ 2º Não se incluem nas hipóteses do 
inciso III os que não detenham poder de 
decisão relevante sobre interesses de 
terceiro, a juízo do conselho competente 
da OAB, bem como a administração 
acadêmica diretamente relacionada ao magistério 
jurídico. 
 Impedimento: Proibição parcial para 
advogar, ou seja, o advogado poderá 
continuar atuando, mas de forma limitada. 
São impedidos de exercer a advocacia: 
 os servidores da administração direta, indireta e 
fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou 
à qual seja vinculada a entidade empregadora (não se 
incluem aqui os docentes dos cursos jurídicos); 
 os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes 
níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito 
público, empresas públicas, sociedades de economia 
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou 
empresas concessionárias ou permissionárias de serviço 
público. 
 
4. Infrações e Sanções Disciplinares. Processo Disciplinar. 
#09 –Infrações e Sanções Disciplinares. 
O advogado é responsável pelos atos que, no 
exercício profissional, praticar com dolo ou culpa. Em 
caso de lide temerária, o advogado será 
solidariamente responsável com seu cliente, desde 
que coligado com este para lesar a parte contrária, o 
que será apurado em ação própria. 
 Constituem-se infrações disciplinares, 
dentre outras: 
 exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou 
facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não 
inscritos, proibidos ou impedidos; 
 Abandonar a causa sem justo motivo ou antes de 
decorridos 10 dias da comunicação da renúncia; 
 Violar, sem justa causa, sigilo profissional 
 deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária 
ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e 
alegações da parte contrária, para confundir o adversário 
ou iludir o juiz da causa (punível com censura); 
 As sanções disciplinares consistem 
em: I - censura; II - suspensão; III - 
exclusão; e IV - multa. 
 A penalidade de exclusão sempre 
estará diretamente ligada a prática de 
crime ou quando aplicada, por três vezes, 
pena de suspensão; já a suspensão disciplinar 
está relacionada a aspectos que envolvam 
dinheiro, retenção de autos, conduta 
incompatível com a advocacia, inépcia 
profissional ou reincidência em infração 
disciplinar. 
A censura pode ser convertida em advertência, em 
ofício reservado, sem registro nos assentamentos do 
inscrito, quando presente circunstância atenuante. 
 Prescrição: 
 Art. 43. A pretensão à punibilidade das infrações 
disciplinares prescreve em 5 (cinco) anos, contados da 
data da constatação oficial do fato. 
§ 1º Aplica-se a prescrição a todo processo disciplinar 
paralisado por mais de três anos, pendente de 
despacho ou julgamento, devendo ser arquivado de 
ofício, ou a requerimento da parte interessada, sem 
prejuízo de serem apuradas as responsabilidades pela 
paralisação. 
§ 2º A prescrição interrompe-se: 
I - pela instauração de processo disciplinar ou pela 
notificação válida feita diretamente ao representado; 
II - pela decisão condenatória recorrível de qualquer 
órgão julgador da OAB. 
#10 – Processo Disciplinar 
 Todos os prazos necessários à manifestação 
de advogados, estagiários e terceiros, nos 
processos em geral da OAB, são de 15 
(quinze) dias, inclusive para interposição de 
recursos. 
 Nos casos de comunicação por ofício reservado ou de 
notificação pessoal, considera-se dia do começo do 
11 
 
prazo o primeiro dia útil imediato ao da juntada aos autos 
do respectivo aviso de recebimento. 
 No caso de atos, notificações e decisões divulgados por 
meio do Diário Eletrônico da Ordem dos Advogados do 
Brasil, o prazo terá início no primeiro dia útil seguinte à 
publicação, assim considerada o primeiro dia útil seguinte 
ao da disponibilização da informação no Diário. 
 O processo disciplinar instaura-se de ofício 
ou mediante representação de qualquer 
autoridade ou pessoa interessada. Não se 
considera fonte idônea a que consistir em 
denúncia anônima. A representação será 
formulada ao Presidente do Conselho 
Seccional ou ao Presidente da Subseção, por 
escrito ou verbalmente, devendo, neste 
último caso, ser reduzida a termo. Esse 
processo tramita em sigilo, até o seu término, 
só tendo acesso às suas informações as 
partes, seus defensores e a autoridade 
judiciária competente. 
 Recebida a representação, o Presidente do 
Conselho Seccional ou o da Subseção, 
quando esta dispuser de Conselho, designa 
relator, por sorteio, um de seus integrantes, 
para presidir a instrução processual. O relator, 
atendendo aoscritérios de admissibilidade, 
emitirá parecer propondo a instauração de 
processo disciplinar ou o arquivamento 
liminar da representação, no prazo de 30 
(trinta) dias, sob pena de redistribuição do 
feito pelo Presidente do Conselho Seccional 
ou da Subseção para outro relator, 
observando-se o mesmo prazo. O Presidente 
do Conselho competente ou, conforme o 
caso, o do Tribunal de Ética e Disciplina, 
proferirá despacho declarando instaurado o 
processo disciplinar ou determinando o 
arquivamento da representação, nos termos 
do parecer do relator ou segundo os 
fundamentos que adotar. 
 Ao representado deve ser assegurado amplo 
direito de defesa, podendo acompanhar o 
processo em todos os termos, pessoalmente 
ou por intermédio de procurador, oferecendo 
defesa prévia após ser notificado, razões 
finais após a instrução e defesa oral perante o 
Tribunal de Ética e Disciplina, por ocasião do 
julgamento. 
 Concluída a instrução, o relator profere 
parecer preliminar fundamentado, a ser 
submetido ao Tribunal de Ética e Disciplina, 
dando enquadramento legal aos fatos 
imputados ao representado. Abre-se, em 
seguida, prazo sucessivo de 15 (quinze) dias, 
ao interessado e ao representado, para 
apresentação de razões finais. 
 Cabe recurso ao Conselho Seccional de todas 
as decisões proferidas por seu Presidente, 
pelo Tribunal de Ética e Disciplina, ou pela 
diretoria da Subseção ou da Caixa de 
Assistência dos Advogados. Cabe recurso ao 
Conselho Federal de todas as decisões 
definitivas proferidas pelo Conselho 
Seccional. 
 Todos os recursos têm efeito suspensivo, 
exceto quando tratarem de eleições, de 
suspensão preventiva decidida pelo Tribunal 
de Ética e Disciplina, e de cancelamento da 
inscrição obtida com falsa prova. 
 Nos casos de infração ético-disciplinar punível 
com censura, será admissível a celebração de 
termo de ajustamento de conduta, se o fato 
apurado não tiver gerado repercussão 
negativa à advocacia. 
 
5. Ética e Publicidade. Órgãos e Estrutura da OAB. Eleições 
#11 – Ética e Publicidade 
Art. 32. Não poderá o advogado, 
enquanto exercer cargos ou funções em 
órgãos da OAB ou representar a classe 
junto a quaisquer instituições, órgãos ou 
comissões, públicos ou privados, firmar 
contrato oneroso de prestação de serviços ou 
fornecimento de produtos com tais entidades nem 
adquirir bens imóveis ou móveis infungíveis de 
quaisquer órgãos da OAB, ou a estes aliená-los. 
 O advogado tem o dever de guardar sigilo 
dos fatos de que tome conhecimento no 
exercício da profissão. O sigilo profissional é 
de ordem pública, independentemente de 
solicitação de reserva que lhe seja feita pelo 
cliente. Presumem-se confidenciais as 
comunicações de qualquer natureza entre 
advogado e cliente. O advogado se submete 
a essas regras inclusive quando no exercício 
das funções de mediador, conciliador e 
árbitro. 
O sigilo profissional cederá em face de circunstâncias 
excepcionais que configurem justa causa, como nos 
casos de grave ameaça ao direito à vida e à honra ou 
que envolvam defesa própria. O advogado não é 
obrigado a depor, em processo ou procedimento 
judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo 
respeito deva guardar sigilo profissional. 
 A publicidade profissional do advogado tem 
caráter meramente informativo e deve primar 
pela discrição e sobriedade, não podendo 
configurar captação de clientela ou 
mercantilização da profissão. 
 É vedada a inclusão de fotografias pessoais 
ou de terceiros nos cartões de visitas do 
advogado, bem como menção a qualquer 
emprego, cargo ou função ocupado, atual ou 
pretérito, em qualquer órgão ou instituição, 
salvo o de professor universitário. 
12 
 
 As colunas que o advogado mantiver nos 
meios de comunicação social ou os textos que 
por meio deles divulgar não deverão induzir o 
leitor a litigar nem promover, dessa forma, 
captação de clientela. 
 É vedado ao advogado: 
 responder com habitualidade a consulta sobre matéria 
jurídica, nos meios de comunicação social; 
 debater, em qualquer meio de comunicação, causa sob o 
patrocínio de outro advogado; 
 abordar tema de modo a comprometer a dignidade da 
profissão e da instituição que o congrega; 
 divulgar ou deixar que sejam divulgadas listas de clientes 
e demandas; 
 insinuar-se para reportagens e declarações públicas. 
 Será admitida a celebração de 
termo de ajustamento de conduta 
no âmbito dos Conselhos Seccionais 
e do Conselho Federal para fazer 
cessar a publicidade irregular 
praticada por advogados e 
estagiários. 
#12 – Órgãos e Estrutura da OAB 
 
 Compete ao Conselho Seccional dentre 
outras funções: 
 fiscalizar, por designação expressa do Conselho Federal da 
OAB, a relação jurídica mantida entre advogados e 
sociedades de advogados e o advogado associado em 
atividade na circunscrição territorial de cada seccional, 
inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos 
norteadores da associação sem vínculo empregatício; 
 promover, por intermédio da Câmara de Mediação e 
Arbitragem, por designação do Conselho Federal da OAB, 
a solução sobre questões atinentes à relação entre 
advogados sócios ou associados e os escritórios de 
advocacia sediados na base da seccional e homologar, 
caso necessário, quitações de honorários entre advogados 
e sociedades de advogados, observado o disposto no 
inciso XXXV do caput do art. 5º da Constituição Federal. 
 Art. 56. O Conselho Seccional compõe-se de 
conselheiros em número proporcional ao de 
seus inscritos, segundo critérios 
estabelecidos no regulamento geral. § 1º São 
membros honorários vitalícios os seus ex-
presidentes, somente com direito a voz em 
suas sessões. (...) 
 Qualquer transferência de bens ou recursos 
de um Conselho Seccional a outro depende 
de autorização do Conselho Federal. 
#13 – Eleições da OAB 
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB 
será realizada na segunda quinzena do mês de 
novembro, do último ano do mandato, mediante 
cédula única e votação direta dos advogados 
regularmente inscritos. 
A eleição, na forma e segundo os critérios e 
procedimentos estabelecidos no regulamento geral, 
é de comparecimento obrigatório para todos os 
advogados inscritos na OAB. 
O candidato deve comprovar situação regular perante 
a OAB, não ocupar cargo exonerável ad nutum, não 
ter sido condenado por infração disciplinar, salvo 
reabilitação, e exercer efetivamente a profissão há 
mais de 3 (três) anos, nas eleições para os cargos de 
Conselheiro Seccional e das Subseções, quando 
houver, e há mais de 5 (cinco) anos, nas eleições para 
os demais cargos.
. 
FILOSOFIA DO DIREITO 
1. Sistema Jurídico: 
#01 – Lacunas: 
 Pode haver lacuna na lei, mas não no direito. 
Nas palavras de Miguel Reale: “não há de se confundir 
ordenamento LEGAL e ordenamento JURÍDICO, não 
podendo o primeiro deixar de ter casos omissos, 
enquanto o segundo, sendo o sistema de normas em 
sua plena atualização, não pode ter lacunas e deve ser 
considerado, em seu todo, vigente e eficaz”. Quando 
há lacuna na lei, o juiz recorre à analogia, analogia, os 
costumes e os princípios gerais do direito” isso sem 
falar da doutrina, da jurisprudência, e do direito 
comparado. 
 INTEGRAÇÃO e INTERPRETAÇÃO não se 
confundem. Há duas diferenças importantes: (1) A 
interpretação é sempre necessária; a integração só 
tem razão em caso de vazio normativo. (2) A 
interpretação atua dentro do campo normativo; a 
integração vai buscar resposta em outras fontes do 
direito justamente pela ausência de lei específica a 
reger a hipótese. 
#02 – Tipos de Lacunas no Direito 
Próprias (ou normativas): As lacunas próprias 
ocorrem quando não há uma norma legal específica 
que regule uma situação ou questão particular. Isso 
pode resultar em incerteza sobre como aplicar o 
direito a um caso específico. 
13 
 
Exemplo prático: Suponhamos que um país tenha leis 
detalhadas sobre questões de propriedade 
intelectual, mas não tenha regulamentações claras 
paralidar com a proteção legal de invenções criadas 
por inteligência artificial. Aqui, existe uma lacuna 
normativa, pois a lei existente não abrange essa 
situação específica. 
Ontológicas (ou fáticas): As lacunas ontológicas 
ocorrem quando a própria realidade não se encaixa 
facilmente nas categorias ou termos estabelecidos 
pela lei, tornando difícil a aplicação direta do direito 
existente a uma situação concreta. 
Exemplo prático: Suponhamos que um país tenha leis 
de trânsito que regulamentam o uso de veículos 
terrestres, mas não especifica como aplicar essas leis 
a veículos autônomos (sem motorista). Como os 
veículos autônomos não se encaixam facilmente nas 
categorias tradicionais de veículos, surge uma lacuna 
ontológica. 
Ideológicas (ou axiológica): ideia de lei injusta: 
Bobbio dá especial atenção às lacunas ideológicas, 
que ele chama, tal como na classificação acima, de 
impróprias. Trata-se, como visto, de lacunas que 
surgem ao se comparar o ordenamento jurídico como 
ele é com como ele deveria ser, isto é, com uma 
representação ideal do ordenamento jurídico. Logo, 
há lacuna do ponto de visto axiológico e não 
necessariamente do direito posto. Cuida, portanto, 
não de simples ausência de solução ou de norma, mas 
da ausência da solução justa ou da norma ideal para o 
caso concreto. 
Exemplo prático: Suponhamos que um país tenha leis 
que criminalizam o uso recreativo da maconha, mas a 
opinião pública tenha evoluído para aceitar seu uso 
moderado. Nesse caso, pode haver uma lacuna 
axiológica, pois a lei não reflete mais os valores e 
atitudes da sociedade. 
#03 – Fontes: 
 Norma sem sanção é conselho: As normas são 
imperativas, obrigatórias em vista da sanção. Mas 
CUIDADO: a norma pode estar prevista na própria 
norma ou extraída do sistema como um todo! 
 Classificação das leis quanto à imperatividade: 
 
 Não é qualquer comportamento habitual que 
pode ser considerado um costume (fonte do 
direito). Há DOIS requisitos. O primeiro é o objetivo, 
a prática constante e reiterada no tempo, isto é, a 
continuidade, uniformidade e diuturnidade do 
comportamento. Já o requisito subjetivo é a crença 
na obrigatoriedade da conduta (opinio necessitatis. 
 Os costumes podem ser contra legem, praeter 
legem ou secundum legem. O costume contra legem 
(costume negativo) é aquele contrário ao que dispõe 
a lei. Em outras palavras, a prática reiterada e 
constante em contraposição à norma, com a crença na 
impossibilidade de incidência da respectiva sanção. O 
costume negativo NÃO tem força para afastar a 
norma do ordenamento jurídico (só lei revoga lei). 
 Analogia é um modo peculiar de interpretação, 
com aplicação, a um caso não contemplado na lei, de 
norma prevista para hipótese distinta, mas 
semelhante. Seu fundamento é a igualdade jurídica: 
para os mesmos fatos (ou semelhantes) o mesmo. 
 
2. Hermenêutica: 
#04 – Norma Jurídica: 
 Norma jurídica é a regra de conduta bilateral (por 
um lado estabelece direitos e garantias e, por outro, 
impõe obrigações), coercitiva (tem o poder de se 
fazer cumprir à força) e que objetiva, em tese e em 
última instância, a realização da justiça. A estrutura 
da norma jurídica pode ser representada 
graficamente: 
 
Não escorregue em casa de banana: norma é gênero, 
do qual são espécies as regras e os princípios. 
#05 – Escola da Exegese: 
 Norberto Bobbio: a lei não deve ser interpretada 
segundo a razão e os critérios valorativos daquele 
que deve aplicá-la, mas, ao contrário, este deve 
submeter-se completamente à razão expressa na 
própria lei 
  DISTINÇÃO entre interpretação histórica e 
sociológica? Na interpretação histórica o sentido é 
buscado na situação social existente à época em que 
a norma foi editada; na interpretação sociológica o 
sentido da norma é esclarecido levando em 
consideração a situação social ATUAL (ao tempo da 
interpretação). 
#06 – Equidade: 
14 
 
“A equidade, no direito atual, aparece com três 
funções básicas: a) substitutiva; b) integrativa; c) 
interpretativa. Na sua função substitutiva, atribui 
excepcionalmente poderes ao juiz para decidir com 
liberdade, afastando-se das normas legais e 
declarando a solução justa para o caso. Na sua função 
integrativa, a equidade constitui um instrumento 
posto caso a caso pela lei à disposição do juiz para 
especificação em concreto dos elementos que a 
norma de direito não pode resolver em abstrato. 
Finalmente, em sua função interpretativa, busca 
estabelecer um sentido adequado para regras ou 
cláusulas contratuais em conformidade com os 
critérios de igualdade e proporcionalidade". (Paulo de 
Tarso Vieira Sanseverino) 
3. Justiça: 
#07 – Antiguidade – Aristóteles: 
 Na justiça UNIVERSAL a relação 
se dá entre um homem e todos os 
outros, de forma geral (relação 
homem-sociedade). 
 A justiça PARTICULAR é aquela 
observada na relação entre duas 
pessoas. Os casos de descumprimento são 
voluntários (o agente visa a levar uma vantagem, com 
prejuízo alheio). 
 A justiça particular comporta subdivisão em 
comutativa e em distributiva. 
 A justiça COMUTATIVA (corretiva ou reparadora) 
é a que deve imperar nas relações privadas (entre 
pares ou iguais), caso em que os ganhos e perdas 
devem ser iguais. Chamamos isso de equidistância, o 
que quer dizer que a desigualdade de um não pode 
prevalecer sobre o outro. A justiça está na ética do 
MEIO TERMO. 
 A justiça DISTRIBUTIVA (ou de cooperação), a 
qual envolve a repartição de bens e direitos pela 
sociedade, com aplicação proporcional da igualdade 
(para que cada um tenha benefícios e ônus de acordo 
com sua capacidade). 
 A equidade é a última peça necessária para se 
completar a teoria aristotélica de justiça. Ela não é o 
justo segundo a lei, mas sim o justo no caso concreto 
(apesar da lei: tornando pleno o seu conteúdo). 
#08 – Antiguidade – Epicuristas: 
 A Justiça advém da ideia de que cada indivíduo 
deve buscar uma vida prazerosa que não interfira na 
felicidade alheia. Com base na solidariedade, a justiça 
está em agir também pensando no outro – o que é 
justo ou injusto decorre de uma convenção entre os 
homens na busca da felicidade individual e comum. 
#09 – Antiguidade – Estoicistas: 
 Tudo à nossa volta é governado por leis naturais 
que impõem coisas boas (a serem desfrutadas) e 
coisas ruins (a serem aceitas sem contestação, afinal, o 
homem é totalmente incapaz de alterá-las). 
 A justiça, nesse modelo, nada tem a ver com 
convenções entre os homens, encontrando-se na 
sincronia com a reta razão, fonte do direito natural. 
#10 – Antiguidade – Ulpiano: 
 Justiça é a vontade constante e perpétua de dar a 
cada um o que é seu por direito. A máxima de Ulpiano 
condensa os princípios gerais que orbitavam na 
época: (a) não ofender (lesar) ninguém = pretensão 
negativa e ética como princípio de ordem social e 
condição de existência em sociedade; (b) viver 
honestamente: generaliza o mandamento de justiça 
sob os enfoques de se viver de acordo com a reta 
razão e com os bons costumes (direito 
consuetudinário; (c) dar a cada um o que lhe 
pertence. 
#11 – Idade Média – Santo Agostinho: 
 Para que haja justiça, a lei positiva (humana) 
deve estar adequada à lei eterna (divina). A lei 
eterna é justa, universal e imutável (fundamento das 
demais leis); a lei humana é imperfeita, em que pese 
essencial como garantidora da ordem social. 
#12 – Idade Média – São Tomás de Aquino: 
 A sociedade deve ser regida por um regime de 
leis, NÃO por um conjunto de comando dos 
homens. Aquino admitiu uma ordem natural do 
mundo, abaixo da ordem divina: no ápice de tudo está 
a lei de Deus (lex aeterna ou lex naturalis), que deve 
ser investigada pelos homens para a criação da lex 
positiva, que será mais ou menos justa conforme se 
aproximar da lei natural. 
 
 (1) Lei ETERNA = vinda diretamente de Deus 
para reger o Universo; (2) Lei NATURAL = tradução da 
lei divina para a linguagem dos homens (por meio do 
dom da razão), estabelecendo o código moral eético 
(certo/errado, justo/injusto); (3) Lei HUMANA 
(positiva) = lei criada pelo homem para governar 
questões cotidianas e viabilizar o funcionamento das 
comunidades (regulamenta e integra a lei natural). 
#13 – Modernidade – Immanuel Kant: 
15 
 
 Kant defende sua razão prática como um campo 
filosófico no qual é possível refletir sobre a ética, a 
moral, o Direito e a política. É o campo reflexivo em 
que são buscadas soluções para o agir de modo 
correto, justo, bom. 
 Justiça é a liberdade de agir em conformidade 
com o imperativo categórico = apenas as ações 
universalizáveis podem ser consideradas justas, 
boas, corretas. 
#14 – Contemporaneidade: 
 “A tirania da maioria está agora incluída entre os 
males contra os quais a sociedade precisa estar 
sempre vigilante” (John Stuart Mill). O governo 
eleito, em muitos casos, pode selecionar visões da 
maioria (que o elegeu ou que o reelegerá) e acabar 
oprimindo a minoria, fenômeno que podemos 
chamar (Mill assim chamava) de tirania da maioria, 
muito conhecido dentro do populismo. 
 Jeremy Bentham - Princípio da utilidade: busca 
dar a problemas de justiça uma solução capaz de 
trazer um resultado positivo para o maior número de 
pessoas possível (maximização do bem-estar). Temos 
o utilitarismo! Maximalize o prazer; minimize a dor. 
 A ideia de justiça NÃO se confunde com o 
sentimento do justo. O sentimento é intuitivo, 
cultivado desde os primeiros anos de vida e ampliado 
pelos valores culturais, sociais, religiosos adquiridos 
com o passar do tempo. Já a ideia é fruto de profunda 
reflexão, em um raciocínio que conjuga a experiência 
com a razão. Esse é o âmbito principal da Filosofia 
Jurídica. 
#15 – Atualidade: 
Amartya Sen: A abordagem de Sen à justiça é 
centrada nas capacidades das pessoas. Ele argumenta 
que a justiça deve ser avaliada com base nas 
oportunidades que as pessoas têm para alcançar seus 
objetivos e viver vidas significativas. Sen introduziu a 
ideia de "abordagem das capacidades", que 
considera as liberdades e as habilidades de uma 
pessoa como elementos-chave da justiça. Para Sen, 
uma sociedade justa é aquela que expande as 
capacidades das pessoas e remove as barreiras que 
impedem o pleno desenvolvimento humano. 
Martha Nussbaum: expandiu a abordagem das 
capacidades de Sen, identificando uma lista de 
"capacidades centrais" que todas as pessoas 
deveriam ter para levar vidas dignas. Essas 
capacidades incluem coisas como saúde, educação, 
participação política e conexões sociais. A perspectiva 
de Nussbaum destaca a importância não apenas das 
oportunidades individuais, mas também do ambiente 
social e político que permite o florescimento humano. 
Iris Marion Young: foi uma filósofa política que 
abordou a justiça de maneira mais complexa e 
inclusiva. Ela desenvolveu a teoria da justiça como 
responsabilidade, que enfatiza a importância de 
reconhecer as estruturas sociais que impedem a 
participação igualitária e o pleno exercício da 
cidadania. Young argumentava que a justiça requer a 
transformação dessas estruturas opressivas e a 
promoção de espaços de participação democrática 
para todos os membros da sociedade. 
 
4. Correntes Filosóficas: 
#16 – Jusnaturalismo: 
 Para os autores jusnaturalistas, justiça é a 
observância dos direitos da natureza; injustiça é a 
inobservância desses preceitos (mesmo que pela lei 
positiva). Não observado o direito natural, a lei 
humana (estatal) pode ser fonte injustiças. 
 “a vida, a liberdade e a 
propriedade não existem pelo simples 
fato de os homens terem feito leis. Ao 
contrário, foi pelo fato de a vida, a 
liberdade e a propriedade existirem 
antes é que os homens foram levados 
a fazer as leis” (Frédéric Bastiat). 
 Jusnaturalismo COSMOLÓGICO ou ANTIGO: 
as leis naturais derivam do cosmos, sendo aplicáveis 
em todo o universo. 
 Jusnaturalismo TEOLÓGICO ou MEDIEVAL (ou 
teônico): os direitos naturais são estabelecidos por 
Deus. 
 Jusnaturalismo RACIONALISTA ou 
MODERNO: as leis naturais são inatas à condição do 
homem e reveladas pela razão. 
#17 – Positivismo Jurídico: 
 posiciona a norma como objeto único da ciência 
jurídica. 
⮲ o direito se funde com o poder, na medida em que 
se restringe ao conjunto de determinações estatais 
oficiais cogentes, dotadas de heteronomia – não se 
caracteriza por qualquer pretensão especial de 
justiça, mas pela oficialidade (admite-se o direito, em 
tese, injusto). 
 Para o positivismo de Hans Kelsen, "o direito 
comportaria qualquer conteúdo, não havendo, pois, 
limite ético para o legislador [...]. Kelsen relativizou a 
importância da justiça, ao afirmar que ela ‘é, antes de 
tudo, uma característica possível, mas não necessária 
de uma ordem social’. 
#18 – Pós-positivismo: 
 Robert Alexy, Robert Dworkin e Gustav Radbruch 
estão entre os principais defensores do modelo pós-
positivista, ao assentarem a existência de uma relação 
necessária entre direito e moral. A teoria jurídica deve 
oferecer critérios adequados (inclusive moralmente) 
para a resolução prática de problemas jurídicos. 
16 
 
 São características dos pós-positivismo: (a) as 
fontes do direito não se resumem ao poder social 
(norma), englobando a moral, os ideais de justiça; (b) 
há uma interligação direita entre o direito, a moral, a 
filosofia e a política; (c) a atividade jurídica deve se 
conformar com ideais éticas, morais e de justiça; (d) 
relevância dos casos difíceis (hard cases); (e) 
reabilitação dos princípios, que deixam de ser mera 
exortação e passam a ter força normativa; (f) busca um 
lugar teórico para além do jusnaturalismo e do 
positivismo (terceira via). 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. Direitos e Garantias Fundamentais: 
#01 – Direitos e Garantias: diferença 
 Direitos: são bens constitucionalmente 
protegidos. Exemplos: vida, liberdade, propriedade, 
informação, intimidade etc. 
 Garantias: são formas de proteção de tais bens 
= instrumentos dispostos pela Constituição para 
salvaguardar valores fundamentais. “Remédios 
Constitucionais”. 
 
#02 – Gerações: 
 Emanam de um “progresso histórico-social”. 
Eles não “nasceram” em um único momento. Pelo 
contrário, são conquistas adquiridas no caminhar do 
desenvolvimento da humanidade. 
 
#03 – Limites dos Direitos Fundamentais: 
 É possível que a lei imponha restrições aos 
direitos fundamentais? Sim!! Desde que o núcleo 
essencial seja protegido. Dessa forma, o direito 
fundamental não pode ser totalmente eliminado, mas 
pode ser limitado. 
#04 – Eficácia Horizontal dos Direitos 
Fundamentais: 
 A partir do séc. XX: ampliação da aplicação dos 
direitos fundamentais também às relações entre 
particulares. Até então, a incidência dava-se apenas 
nas relações entre o indivíduo/Estado (eficácia 
vertical). 
#05 – Direitos Fundamentais na Constituição: 
 Esse agrupamento (do art. 5º ao art. 17) realizado 
pelo legislador constituinte é chamado pela doutrina 
e jurisprudência de “catálogo dos direitos 
fundamentais”: 
 
#06 – Direitos Individuais e Coletivos – Principais 
aspectos: 
 Art. 5º, caput, CF: Todos são iguais perante a lei, 
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se 
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 E os estrangeiros não residentes? Doutrina e a 
jurisprudência do STF entendem que basta a estar no 
território nacional para que a pessoa seja possuidora 
de direito fundamental. 
 pessoas jurídicas e o Estado também possuem 
direitos fundamentais. 
 Art. 5º, I: homens e mulheres são iguais em 
direitos e obrigações, nos termos desta Constituição; 
 princípio da igualdade: formal e material. 
Tratamento diferenciado na lei só é permitido quando 
houver razoabilidade para tanto. 
 ações afirmativas: instrumentos jurídicos que 
conferem efetividade aos direitos e garantias 
fundamentais (igualdade material). Corrigem 
15 
 
distorções decorrentesda simples aplicação formal 
do princípio da igualdade. Ex: cotas em universidades 
públicas. 
 Art. 5º, II: ninguém será obrigado a fazer ou deixar 
de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; 
 princípio da legalidade x reserva legal: distinção? 
 A legalidade possui um sentido mais amplo, 
pois nele está incluso não só o respeito à lei formal, 
mas também ao ato com força de lei e aos atos 
expedidos nos limites das leis (atos infralegais). A 
legalidade, então, trata da lei em sentido material. 
 a reserva legal é o princípio da legalidade em 
sentido estrito. Está presente quando o texto 
constitucional expressamente exige a edição de uma 
lei em sentido formal ou de atos que tenham força de 
lei para a regulamentação de uma matéria. 
 Art. 5º, IV: é livre a manifestação do pensamento, 
sendo vedado o anonimato; 
 Liberdade de expressão e vedação ao 
anonimato. 
 “Marcha da Maconha”: Posição STF (ADPF 187) = A 
proposta de legalização das drogas não é 
considerada apologia ao crime. A interpretação do 
Código Penal que implique na criminalização da 
manifestação de pensamento neste sentido 
(legalização das drogas) é inconstitucional, mesmo 
que isto ocorra em eventos públicos. 
 Art. 5º, VIII: ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica 
ou política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
 “escusa de consciência”: o direito à liberdade de 
consciência e crença somente pode ser restringido 
pelo legislador quando fixada por lei a prestação 
alternativa. 
 Covid-19. Recusa dos pais em vacinar os filhos. 
STF: não há legitimidade na recusa dos pais à 
vacinação compulsória de filho menor invocando 
convicção filosófica. 
 a obrigatoriedade de imunização por meio de 
vacina é constitucional, desde que, seja: 
a) registrada em órgão de vigilância sanitária; 
b) tenha sido incluída no Programa Nacional de 
Imunizações; 
c) ou tenha sua aplicação obrigatória determinada em 
lei; 
d) ou seja objeto de determinação da União, estado, 
Distrito Federal ou município, com base em consenso 
médico-científico. 
 Art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado 
o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
 proteção à intimidade, a vida privada, a honra e 
a imagem das pessoas. 
 Quebra de sigilo bancário e fiscal: quem pode 
decretar? 
a) Poder Judiciário; 
b) CPI’s; 
c) Autoridades fiscais, desde que em processo 
administrativo instaurado ou em curso; e 
d) Ministério Público, na defesa do patrimônio 
público, em processo administrativo. 
 
 Art. 5º, XI: a casa é asilo inviolável do indivíduo, 
ninguém nela podendo penetrar sem consentimento 
do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial; 
 princípio da inviolabilidade domiciliar: o que 
se entende por casa? i) qualquer compartimento 
habitado; II) qualquer aposento ocupado de 
habitação coletiva; e III) qualquer compartimento 
privado não aberto ao público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade pessoal. 
 Logo: abrange escritórios e consultórios 
profissionais, os quartos de hotel, trailers, barcos. 
16 
 
 Em quais circunstâncias é permitido penetrar na 
casa de um indivíduo? 
 
 Art. 5º, XII: é inviolável o sigilo da 
correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na 
forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal; 
 inviolabilidade das correspondências e das 
comunicações telegráficas 
 acesso às mensagens do whatsapp: STJ = “Sem 
prévia autorização judicial, são nulas as provas 
obtidas pela polícia por meio da extração de dados e 
de conversas registradas no whatsapp presentes no 
celular do suposto autor de fato delituoso, ainda que 
o aparelho tenha sido apreendido no momento da 
prisão em flagrante” (Informativos/STJ 583 e 593) 
 Interceptação telefônica: é a captação da 
mensagem transmitida (gravação da conversa). 
Requisitos? 
 Prova emprestada: para o STF, não há 
impedimento a que prova obtida por meio da 
interceptação telefônica (que ocorre no curso de uma 
investigação criminal ou instrução processual penal) 
seja utilizada em outro processo, mesmo que este seja 
um processo administrativo disciplinar. 
 Art. 5º, XVI: todos podem reunir-se 
pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde 
que não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido 
prévio aviso à autoridade competente; 
 Direito de reunião. 
 
 Art. 5º, XIX: as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades 
suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no 
primeiro caso, o trânsito em julgado; 
 Importante esclarecer que a dissolução 
compulsória da associação somente ocorre por 
decisão judicial que tenha transitado em julgado. 
Contudo, para ter sua atividade suspensa, basta uma 
simples decisão judicial (sem trânsito em jugado). 
 Art. 5º, XXIV: a lei estabelecerá o procedimento 
para desapropriação por necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
 
 Art. 5º, XXXIII: todos têm direito a receber dos 
órgãos públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão 
prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
Estado; 
 Publicidade é a regra. Sigilo é exceção. 
 Remédio constitucional adequado: 
a) informações próprias, pessoais do impetrante, 
o remédio cabível será o Habeas Data. 
b) informações de interesse particular ou 
interesse coletivo ou geral, o remédio cabível será o 
Mandado de Segurança. 
17 
 
 Art. 5º, LVII: ninguém será considerado culpado 
até o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; 
 princípio da presunção de inocência 
 “O art. 283 do CPP, no que condiciona o início do 
cumprimento da pena ao trânsito em julgado do 
título condenatório, tendo em vista o figurino do art. 
5º, LVII, da CF, é constitucional” (STF. Plenário. ADC 
43/DF, ADC 44/DF e ADC 54/DF, Rel. Min. Marco 
Aurélio, julgados em 7/11/2019) 
 Pode haver prisão anterior? Sim! Desde que 
presentes os requisitos da prisão preventiva (CPP, art. 
312). 
#07 – Remédios constitucionais: 
 Art. 5º, LVII: conceder-se-á habeas corpus 
sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
 Cabe habeas corpus contra prisão decorrente de 
transgressão militar? Sim! Segundo o STF, o HC não 
pode discutir o mérito da prisão, mas sim aspectos de 
sua legalidade (competência da autoridade que 
decretou, observância de contraditório e ampla 
defesa etc.) 
 
 Art. 5º, LVII: conceder-se-á mandado de 
segurança para proteger direito líquido e certo, não 
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando 
o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; 
 Legitimados? 
 
#08 – Nacionalidade: 
CF. Art. 12. São brasileiros: 
I - natos: 
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda 
que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam 
a serviço de seu país; 
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço 
da República Federativa do Brasil; 
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de 
mãe brasileira, desde que sejam registrados em 
repartição brasileira competente ouvenham a residir 
na República Federativa do Brasil e optem, em 
qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, 
pela nacionalidade brasileira; 
II - naturalizados: 
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade 
brasileira, exigidas aos originários de países de língua 
portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto 
e idoneidade moral; 
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, 
residentes na República Federativa do Brasil há mais 
de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, 
desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no 
País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, 
serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, 
salvo os casos previstos nesta Constituição. 
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre 
brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos 
previstos nesta Constituição. 
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: 
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; 
II - de Presidente da Câmara dos Deputados; 
III - de Presidente do Senado Federal; 
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal; 
V - da carreira diplomática; 
VI - de oficial das Forças Armadas. 
VII - de Ministro de Estado da Defesa. 
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do 
brasileiro que: 
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença 
judicial, em virtude de fraude relacionada ao processo 
de naturalização ou de atentado contra a ordem 
constitucional e o Estado Democrático; 
II - fizer pedido expresso de perda da nacionalidade 
brasileira perante autoridade brasileira competente, 
ressalvadas situações que acarretem apatridia. 
§ 5º A renúncia da nacionalidade, nos termos do inciso 
II do § 4º deste artigo, não impede o interessado de 
18 
 
readquirir sua nacionalidade brasileira originária, nos 
termos da lei. 
2. Controle de Constitucionalidade: 
#09 – Pressupostos: 
Existência de uma Constituição escrita e rígida = 
princípio da supremacia formal da Constituição e; 
Existência de um mecanismo de fiscalização das leis, 
com previsão de, pelo menos, um órgão com 
competência para o exercício da atividade de controle. 
#10 – Principais Espécies de Inconstitucionalidade: 
 inconstitucionalidade material: ocorre quando 
o conteúdo da lei contraria a Constituição 
 inconstitucionalidade formal: caracteriza-se 
pelo desrespeito ao processo de elaboração da 
norma, preconizado pela Constituição. 
#11 – Cláusula de Reserva de Plenário (CF, art. 97): 
 Regra: somente pelo voto 
da maioria absoluta de seus 
membros ou dos membros do 
respectivo órgão especial 
poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou 
ato normativo do Poder Público. 
 Mitigação da “cláusula de reserva de plenário” 
(NCPC, art. 949, parágrafo único). A aplicação dessa 
cláusula somente é necessária quando o Tribunal se 
depara, pela primeira vez, com determinada 
controvérsia constitucional. Nesse sentido, se o órgão 
especial, o Plenário do Tribunal ou o Plenário do 
STF já tiverem se pronunciado sobre a 
inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, 
não haverá necessidade de se observar a reserva de 
plenário em casos futuros. 
 Súmula Vinculante nº 10 do Supremo Tribunal 
Federal: Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, 
artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal 
que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do 
poder público, afasta sua incidência, no todo ou em 
parte. 
#12 – Súmula Vinculante: 
 Caso seja praticado ato administrativo ou 
proferida decisão judicial que contrarie os termos da 
súmula, a parte prejudicada poderá intentar 
reclamação diretamente perante o STF. Salienta-se, 
contudo, que o uso da reclamação só será admitido 
após o esgotamento das vias administrativas. 
 As Súmulas Vinculantes não vinculam: 
 Supremo Tribunal Federal (elas vinculam todos os 
demais órgãos do Poder Judiciário). 
 Poder Legislativo, no exercício de sua função 
típica de legislar (quando o Poder Legislativo exerce 
função administrativa, deverá observar as Súmulas 
Vinculantes). 
 Poder Executivo, no exercício de sua função 
atípica de legislar (quando o Presidente edita uma 
medida provisória, ele não precisa observar as 
Súmulas Vinculantes). 
#13 – Controle Abstrato ou Concentrado: 
 Noção conceitual: busca examinar a 
constitucionalidade de uma lei em tese. 
#14 - Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI: 
 Quais espécies normativas podem ser objeto 
de controle? 
 
 O direito municipal, bem como as leis e atos 
normativos do Distrito Federal editados no 
desempenho de sua competência municipal, não 
poderão ser impugnados em sede de ADI. 
 Legitimados para propor ADI: o STF diferencia os 
legitimados a propor ADI em dois grupos: 
 Legitimados Universais: podem propor ADI 
sobre qualquer matéria. 
 Legitimados Especiais: só podem propor ADI 
quando haja comprovado interesse de agir, ou seja, 
pertinência entre a matéria do ato impugnado e as 
funções exercidas pelo legitimado. Em outras 
palavras, só poderão propor ADI quando houver 
pertinência temática. 
 
 Só podem ser impugnados via ADI atos que 
possuam normatividade, isto é, sejam dotados de 
generalidade e abstração. Tem exceção? Sim! 
Segundo o STF, atos de efeitos concretos aprovados 
19 
 
sob a forma de lei em sentido estrito, elaborada pelo 
Poder Legislativo e aprovada pelo Chefe do Executivo, 
podem ser objeto de ADI. Ex.: LDO, Lei Orçamentária 
Anual e Medidas Provisórias que abram créditos 
extraordinários. 
 Efeitos da decisão: 
 Efeitos retroativos (“ex tunc”): A declaração de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo terá, em 
regra, efeitos retroativos (“ex tunc”), salvo a 
possibilidade de o STF, por decisão de 2/3 (dois 
terços) dos seus membros, proceda à modulação dos 
efeitos temporais da sentença. Assim, 
excepcionalmente, a decisão em sede de ADI poderá 
ter efeitos “ex nunc” ou a partir de outro momento 
fixado na respectiva decisão. 
 Eficácia “erga omnes”: A decisão em sede de 
ADI terá eficácia contra todos, ou seja, alcança 
indistintamente a todos. 
 Efeito vinculante: A decisão definitiva de mérito 
proferida pelo STF em ADI terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à 
Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
 Efeito repristinatório: Quando uma lei ou ato 
normativo é declarado inconstitucional em sede de 
ADI, a legislação anterior (acaso existente) voltará a 
ser aplicável. 
 O efeito vinculante não alcança o Poder 
Legislativo, no exercício de sua função típica, que 
poderá editar nova lei de conteúdo idêntico ao da 
norma declarada inconstitucional pelo STF. 
#15 – Arguição de Descumprimento de Preceito 
Fundamental – ADPF (CF, art. 102, §1º, c/c Lei 
9.882/99): 
 Cabe ao STF identificar quais normas devem ser 
consideradas preceitos fundamentais decorrentes da 
CF/88 para fim de conhecimento de ADPF. 
 Segundo o STF, são preceitos fundamentais já 
reconhecidos: 
I) os direitos e garantias individuais; 
II) as cláusulas pétreas; 
III) os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, 
VII); 
IV) o direito à saúde e; 
V) o direito ao meio ambiente. 
 Legitimados: são os mesmos da ADI, ADC e da 
ADO (CF, art. 103, I a IX). 
 Objeto: supre lacuna do controle concentrado: 
permite o controle de constitucionalidade das leis e 
atos normativos municipais, dos atos 
administrativos e do direito pré-constitucional. 
Exemplo: ADPF 54 (interrupção da gravidez de feto 
anencéfalo. Na ocasião, foram examinados alguns 
dispositivos do Código Penal (norma pré-
constitucional) à luz do princípio da dignidade da 
pessoa humana.) 
 Princípio da subsidiariedade: não será admitida 
arguição de descumprimento de preceito 
fundamental quando houver qualquer outro meio 
eficaz para sanar a lesividade = caráter residual. Não 
sendo possível o ajuizamento das demais 
modalidades de controle

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