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NUTRIÇÃO ENTERAL NA PRÁTICA CLÍNICA – PARTE 2 Prof. Dra Cristina Fajardo Diestel – cristinadiestel@nutmed.com.br Estruturando seu atendimento em Nutrição Enteral 2 Triagem Nutricional Risco de desnutrição alteração de 01 desses 04 indicadores: 3 Avaliação Nutricional Realizada por métodos habituais, no caso da antropometria, depende do paciente deambular ou não Importância em Nutrição Enteral obtenção ou estimativa do peso corporal para prescrição das necessidades nutricionais E se eu não tiver um peso? Preciso estimar um peso teórico! Como faço para estimar um peso. 5 E se eu não tiver um peso? Posso estimar pelo IMC a partir de uma altura! Qual IMC? E se o paciente não levantar? 7 E se eu não tiver um peso? 8 E se eu não tiver um peso? Estimando as Necessidades Nutricionais em Adultos Calorimetria indireta 3 fórmulas mais comuns: Harris Benedict FAO Regra de bolso 10 Harris Benedict Onde: peso em kg, altura em cm e idade e anos. 11 FAO (1985) 12 FAO (1985) 13 Regra de bolso 14 Necessidades de Proteína Início da Dieta Paciente estável hemodinamicamente Funções vitais estabilizadas Equilíbrio hidroeletrolítico Equilíbrio ácido-base Perfusão tecidual adequada PAM > 70mmHg Dose estável de vasopressor Dose? Hipotensão sustentada (PAM < 70 mmHg) Elevação acelerada das doses de vasopressores Piora ventilatória acentuada Piora dos sinais de intolerância (Distensão abdominal importante ou progressiva, vômitos frequentes) Quando suspender a dieta? Complicações da Terapia Nutricional Mecânicas Gastrointestinais Metabólicas Complicações Mecânicas Sondas nasoenterais: Sangramentos e ulcerações da cavidade oral Irritação e erosão da mucosa nasolabial Necrose da cartilagem nasal com desabamento do dorso do nariz Abcesso septonasal Otite média aguda / Sinusite Rouquidão Complicações Mecânicas Saída ou migração acidental da sonda. Dificuldade de retirada da sonda. Obstrução da sonda. Esofagite Ulceração esofágica Estenose Ruptura de varizes esofágicas Perfuração do esôfago Fístula traqueoesofágica Introdução da sonda na árvore traqueobrônquica Broncoaspiração Complicações Mecânicas Complicações Mecânicas Colocação da sonda dentro da Árvore Tráqueo-brônquica retirada do cateter, evitando perfuração pulmonar Obstrução da sonda: Complicações Mecânicas Profilaxia de Broncoaspiração Complicações Mecânicas - Infusão contínua - Pró-cinéticos Complicações Mecânicas Erosão de mucosa - profilaxia Complicações Gastrointestinais Náuseas e vômitos Causas: intolerância a lactose excesso de gordura na fórmula infusão rápida solução hiperosmolar (> 350 mOsm) sabor desagradável – acrescentar flavorizante refluxo gastroesofágico (RGE) Distensão Abdominal Causas: infusão rápida administração em bolus – mudar para intermitente gravitacional grandes volumes - volume e lentamente intolerância a lactose Complicações Gastrointestinais Diarreia - Causas não relacionadas à TNE: Medicações Hipoalbuminemia Atrofia de mucosa Deficiência de lactase Intolerância à soja Super crescimento bacteriano Má absorção de gordura Insuficiência Pancreática Antibóticoterapia prolongada Infecção por Clostridium difficile colite + diarréia Complicações Gastrointestinais Diarreia – causas relacionadas a TNE infusão rápida excesso de gordura (>35% VET) formulas hipertônicas contaminação da fórmula e/ou equipo dieta gelada sonda pós pilórica Complicações Gastrointestinais Complicações Gastrointestinais Constipação Causas: inatividade da motilidade por medicações desidratação falta de fibra Complicações Metabólicas complicação etiologia controle Hiper - hidratação Desnutrição grave Insuficiência Cardíaca, renal ou hepática Excesso de líquidos administrado Aumentar DC da dieta Diurético BH diário Controle de peso Desidratação Formulas hipertônicas Diarréia Oferta hídrica insuficiente Dietas hiperprotéicas Formulas isotônicas Controlar diarréia Repor água após dietas Balanço hídrico diário Observar pele e mucosa Hiperglicemia Deficiência de insulina (trauma, sepse, DM, queimadura, cirurgia, uso de corticóides) Oferta excessiva de energia Insulina e/ou hipoglicemiantes orais Dietas isentas de sacarose Monitorização da glicemia Avaliar a oferta de energia Complicações Metabólicas complicação etiologia controle Hipoglicemia Suspensão súbita da dieta em pacientes hiperglicêmicos hiperinsulinização Monitorizar glicemia Observar sinais e sintomas 20 ml de glicose a 50% EV Anormalidades em eletrólitos e elementos traço diarréia infecção desnutrição disfunção renal Monitorar eletrólitos Observar sinais clínicos: tremores, anemia, dificuldade de cicatrização Observar drogas que interferem na absorção Desnutrição Perda de peso progressiva Gliconeogênese / Catabolismo protéico e lipídico Depleção de água, minerais e vitaminas REALIMENTAÇÃO Glicose como fonte energética principal Captação celular de glicose / Síntese protéica Movimento intracelular de P, Mg e K Níveis séricos de P, Mg e K Síndrome de Realimentação 38 Síndrome do roubo celular ou de realimentação Hipofosfatemia Arritmias cardíacas, ICC, morte súbita Disfunção hepática (principalmente em cirróticos) Confusão mental, coma, paralisia de nervos cranianos, perda do sensório, letargia, parestesia, rabdomiolise, convulsões, síndrome de Guillain – Barre símile e fraqueza Insuficiência respiratória aguda Anemia hemolítica, trombocitopenia, diminuição da função plaquetaria, hemorragia, disfunção dos leucócitos 39 Síndrome do roubo celular ou de realimentação Hipomagnesemia Arritmia cardíaca, taquicardia Dor abdominal, anorexia, diarréia e obstipação Ataxia, confusão mental, hiporreflexia, irritabilidade, tremor muscular, mudança de personalidade, convulsões, tetania, vertigem, fraqueza 40 Síndrome do roubo celular ou de realimentação Hipocalemia Arritmia cardíaca, hipotensão postural, sensibilidade ao digital, alteração no ECG Constipação, íleo, exacerbação da encefalopatia hepática. Hiporreflexia, arreflexia, parestesia, paralisia, insuf. Respiratória, rabdomiólise, fraqueza Alcalose metabólica, intolerância a glicose. Poliúria, polidipsia, nefropatia, mioglobinuria (rabdomiolise) 41 RDC nº 63 6 de Julho de 2000 Prof. Cristina Fajardo Diestel cristinadiestel@nutmed.com.br www.nutmed.com.br 42 REGULAMENTO TÉCNICO PARA A TERAPIA NUTRICIONAL Fixar os requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Enteral. As UH e EPBS que realizam Procedimentos de TNE Licença funcionamento e cadastro na autoridade sanitária 43 Ou então contratar serviços de terceiros EPBS que só preparam a NE – NÃO precisam da EMTN, precisam de uma UND sob responsabilidade de um nutricionista As UH e EPBS que queiram habilitar-se a prática da TNE devem contar: Sala de manipulação EMTN Médico Nutricionista Farmacêutico Outros profissionais BPPNE NE aberta Enfermeiro 44 Etapas da TNE: Indicação e prescrição médica Prescrição dietética Preparação, conservação e armazenamento Transporte Administração Controle clínico lab. Avaliação final Atender a procedimentos escritos específicos, registradas – Evidenciando as ocorrências 45 CONDIÇÕES ESPECÍFICAS: 1 – Indicação: O médico é responsável pela indicação da TNE; A indicação deve ser precedida da aval. nutricional e deve ser repetida, no máximo, a cada 10 dias; 46 2 – Prescrição: O médico é responsável pela prescrição médica da TNE. O nutricionista é responsável pela prescrição dietética da NE. A TNE deve atender a objetivos de curto e longo prazos: curto prazo: interrupção ou redução da progressão das doenças, a cicatrização das feridas, a passagem para nutrição normal e a melhora do estado de desnutrição; longo prazo: manutenção do EN normal e a reabilitação do paciente em termos de recuperação física e social. Casos excepcionais: TNE pode substituir definitivamente a nutrição oral 47 3 – Preparação: Nutricionista é responsável pela supervisão da preparação da NE; Preparação da NE Avaliação da prescrição dietética Manipulação Controle de qualidade Conservação e transporte da NE 48 Avaliação da prescrição dietética da NE Nutricionista e Farmacêutico (quando necessário). 49 4 – Conservação NE não industrializada: Administrada imediatamente após a sua manipulação. NE industrializada: Recomendações do fabricante. 50 5 – Transporte Nutricionista é responsável pela manutenção da qualidade da NE até a sua entrega ao profissional responsável pela administração 51 6 - Administração Enfermeiro é o responsável pela conservação após o recebimento da NE e pela sua administração; A NE é inviolável até o final de sua administração Utilização da sonda não é exclusiva 52 7 - Controle Clínico e Laboratorial Pacientes com TNE controlar: Eficácia do tratamento Efeitos adversos Alterações clínicas – modificações na TNE 53 8 - Avaliação Final Antes da interrupção da TNE o paciente deve ser avaliado Capacidade de atender às suas necessidades nutricionais por alimentação convencional; Presença de complicações que ponham o paciente em risco nutricional e ou de vida e Possibilidade de alcançar os objetivos propostos, conforme normas médicas e legais. 54 9 - Inspeções A UH e a EPBS estão sujeitas a inspeções sanitárias para verificação do padrão de qualidade do Serviço de TN 55 Anexo I - ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE TERAPIA NUTRICIONAL (EMTN) PARA A PRÁTICA DA TNE Condição formal e obrigatória - EMTN EMTN Médico Nutricionista Farmacêutico Outros profissionais Enfermeiro 56 ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO MÉDICO Indicar, prescrever e acompanhar os pacientes submetidos à TNE. 57 ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DA NUTRICIONISTA Realizar avaliação do EN do paciente Elaborar a prescrição dietética com base na prescrição médica; Formular a NE Acompanhar a evolução nutricional do paciente em TNE, até alta pela EMTN. Garantir o registro das informações relacionadas à evolução nutricional do paciente. 58 Orientar quanto à preparação e à utilização da NE prescrita para a alta hospitalar; Selecionar, adquirir, armazenar e distribuir, os insumos necessários ao preparo da NE e a NE industrializada; Qualificar fornecedores e assegurar que a entrega dos insumos e NE industrializada seja acompanhada do certificado de análise; ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DA NUTRICIONISTA 59 Assegurar que os rótulos da NE apresentem, todos os dizeres exigidos Assegurar a correta amostragem da NE; Participar de estudos para o desenvol. de novas formulações de NE. Participar, promover e registrar as atividades de treinamento operacional e de educação continuada ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DA NUTRICIONISTA 60 Fazer o registro onde conste, no mínimo: Data e hora da manipulação da NE Nome completo e registro do paciente Número sequencial da manipulação Número de doses manipuladas por prescrição Identificação (nome e registro) do médico e do manipulador Prazo de validade da NE. Desenvolver e atualizar as diretrizes e procedimentos relativos aos aspectos operacionais da preparação da NE. Supervisionar e promover auto-inspeção nas rotinas operacionais da preparação da NE ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DA NUTRICIONISTA 61 ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO FARMACÊUTICO - adquirir, armazenar e distribuir a NE industrializada, quando estas atribuições,não forem de responsabilidade do nutricionista; - participar do sistema de garantia da qualidade 62 ATRIBUIÇÕES PRINCIPAIS DO ENFERMEIRO - receber a NE e assegurar a sua conservação até a administração. - administrar NE - garantir o registro de informações relacionadas à administração e à evolução do paciente quanto ao: - peso, - sinais vitais, - tolerância digestiva e - outros dados que se fizerem necessários 63 Informações do rótulo: ROTULAGEM E EMBALAGEM Nome do paciente, Nº do leito, Registro hospitalar, Comp. qualitativa e quantitativa Volume total, Velocidade de administração, Via de acesso Data e hora da manipulação, Prazo de validade, Número sequencial de controle Condições de To para conservação, Nome e número no Conselho.
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