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Apostila Terapia Nutricional em Oncologia (parte 1)

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NUTRIÇÃO EM ONCOLOGIA 
 
Prof. Iris Lengruber – irislengruber@hotmail.com 
 
CÂNCER 
 
 O câncer é uma doença extremamente complexa. É 
na verdade, um conjunto de doenças caracterizadas pelo 
progressivo acúmulo de mutações no genoma de uma 
célula. As alterações genéticas podem transformar uma 
célula normal do organismo em uma célula que não 
responde mais aos sinais de controle, crescimento, 
diferenciação e morte celular. 
 Podemos dizer que o câncer é uma desordem clonal. 
A maioria dos tumores se origina de uma única célula que 
sofreu uma ruptura nos seus mecanismos de controle de 
proliferação e autodestruição. 
 Todo câncer é uma neoplasia e um tumor, mas a 
recíproca não é verdadeira. 
 A mudança de um tecido completamente normal para 
um tumor maligno metastatizante ocorre através de uma 
série de passos através de um período de tempo. O câncer 
não é uma doença que aparece de uma hora para outra. 
 O câncer é uma doença crônica, inflamatória e de 
baixa intensidade. O que significa dizer que uma exposição 
prolongada e contínua a fatores ambientais (cigarro, má 
alimentação, álcool, estresse, agrotóxicos, etc.) levam 
agressões às células. E o organismo do indivíduo pode não 
conseguir corrigir os defeitos causados por essa exposição 
crônica. 
 
Fatores de risco: 
 
Fator de risco, é qualquer situação que aumente a 
probabilidade de ocorrência de uma doença ou agravo à 
saúde, a exemplo dos múltiplos fatores causais do câncer. 
O termo risco, além do sentido de possibilidade ou chance 
(oportunidade), tem o sentido de perigo. 
 
- Fatores intrínsecos  mutações espontâneas 
inevitáveis que surgem como resultado de erros 
aleatórios em Replicação do DNA relacionada 
como uma característica de ser humano. 
 
- Fatores extrínsecos  idade, sexo, fatores 
ambientais, físico, químico, biológico, questões 
socioculturais, estilo e hábitos de vida e 
alimentares. 
 
Podemos classificar os fatores de risco ainda de outra 
forma: 
 
- Não modificáveis  envelhecimento, etnia ou raça, 
hereditariedade, sexo 
 
- Modificáveis (esses são alvo da atenção primária) 
 tabagismo, má alimentação, infecções, 
radiação, sedentarismo e obesidade, alcoolismo, 
poluentes ambientais e alimentos contaminados. 
 
Podemos dizer que: para cada tipo de câncer, teremos um 
ou mais fatores de risco específicos. 
 
IARC 
 
Maior agência intergovernamental na área de condução e 
coordenação de pesquisas sobre as causas do câncer. 
Sediada na França, é responsável por coletar e publicar 
dados de vigilância sobre a ocorrência de câncer em todo o 
mundo. A agência possui uma série de monografias sobre 
os riscos carcinogênicos para os seres humanos. 
Atualmente existem cerca de 120 compostos classificados 
pela IARC. 
 
 A classificação é dividida em cinco categorias. O 
critério baseia-se na força da evidência da 
carcinogenicidade, conforme a tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
 
INCA – INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER 
 
 Órgão brasileiro do Ministério da Saúde (MS), sediado 
no Rio de Janeiro, responsável por promover ações 
integradas para a prevenção e controle do câncer no Brasil. 
Desenvolve projetos, estudos, pesquisas e experiências 
eficazes de gestão com instituições governamentais e não 
governamentais, além de manter acordos internacionais de 
cooperação em várias frentes, formando redes de 
conhecimento técnico e científico e buscando reduzir o 
impacto regional e global da doença. 
 Promove ações, campanhas e programas em âmbito 
nacional, em atendimento à Política Nacional de Prevenção 
e Controle do Câncer do Ministério da Saúde, como: 
 
- Programa Nacional de Controle do Tabagismo; 
- Comissão Nacional para Implementação da Convenção 
- Quadro para o Controle do Tabaco – Conicq; 
- Controle do Câncer de Mama e Colo de Útero; 
- Projeto Expande - Expansão da Assistência Oncológica; 
- Programa de Transplante de Medula Óssea (TMO); 
- Banco Nacional de Tumores e DNA; 
- Vigilância do Câncer e seus Fatores de Risco; 
- Rede Nacional de Câncer Familial; 
- Programas de Qualidade em Radiações Ionizantes. 
 
 
AGROTÓXICOS 
 
“Produtos e componentes de processos físicos, químicos ou 
biológicos destinados ao uso nos setores de produção, no 
armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, 
nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou 
plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes 
urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a 
composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da 
ação danosa de seres vivos considerados nocivos, bem 
como as substâncias e produtos empregados como 
desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores de 
crescimento" (Decreto-lei nº 4.074, de 4 de janeiro de 
2002). 
 Em 2018, o Brasil bateu um recorde histórico, do qual 
não tem que se orgulhar: registro de 450 agrotóxicos novos, 
sendo apenas 52 de baixa toxicidade. Totalizando 2149 
agrotóxicos registrados (https://portal.fiocruz.br/). 
 Cada brasileiro consome, em média, 7,5 litros de 
agrotóxico ao ano – somos os maiores consumidores do 
mundo! 
 Os malefícios conhecidos do consumo abusivo de 
agrotóxico são inúmeros, e com certeza existem muitos 
outros desconhecidos ainda. Mas dentre os principais 
malefícios relacionados com o desenvolvimento do câncer, 
podemos citar: estresse oxidativo, disfunção mitocondrial e 
disruptores endócrinos. 
 E não adianta apelar para receitas à base de iodo, 
bicarbonato de sódio ou lugol para retirar o agrotóxico dos 
alimentos, porque tudo isso é crendice e mito. Infelizmente, 
nenhuma substância é capaz de limpar um alimento 
contaminado por agrotóxico. 
 Na lista do IARC, temos 5 agrotóxicos classificados 
como carcinogênicos: 
 
- Glifosato (2A) 
- Malathion(2A) 
- Diazinon (2A) 
- Tethraclorvinphos (2B) 
- Parathion (2B) 
https://portal.fiocruz.br/
 
 
 
XENOBIÓTICOS 
 
 São substâncias não nutritivas, que produzem 
desiquilíbrio fisiológico nocivo, com sinais clínicos e 
laboratoriais, ou não, e com capacidade de causar danos – 
toxicidade. 
 A toxicidade vai variar de acordo com a intensidade da 
exposição, eu vai depender da concentração do agente, de 
condições ambientais (temperatura, umidade, ventilação) e 
do empo e frequência da exposição. 
 
DETOXIFICAÇÃO 
 
 O processo de desintoxicação (detoxificação ou 
destoxificação) envolve a mobilização, biotransformação e 
eliminação de tóxicos de substâncias exógenas e 
endógenas. 
 É realizada em diversas fases e envolve fígado, rins e 
intestino. 
 Digerimos alimentos, medicamentos, inalamos 
substancias – geralmente lipossolúveis – e com isso 
precisamos transformar em hidrossolúveis para serem 
eliminadas. A digestão tem papel importante nesse 
processo. 
 As toxinas podem ser acumuladas em tecidos 
adiposos – quanto mais obeso, maior exposição, mais carga 
tóxica. O nosso corpo tem capacidade de detoxificar, mas o 
perigo é isso não acontecer e as toxinas se tornam agentes 
mutagênicos. 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
 
 A inflamação está presente nas diferentes etapas da 
carcinogênese. Nas etapas iniciais pode até combater 
células transformadas, mas quando se torna crônica, passa 
a ser é citotóxica e pode funcionar como fator de progressão 
da doença. Nessa fase de progressão, observa-se um misto 
de respostas citotóxicas e supressoras no mesmo tumor. 
 A relação de causa e efeito entre a exposição a fatores 
cancerígenos (substâncias químicas, certos vírus, etc.) e a 
inflamação crônica está sendo muito estudada, mas a 
maioria dos mecanismos moleculares e celulares que fazem 
a ligação continua desconhecida. 
 Estima-se que a exposição aos cancerígenos e a 
inflamação são duas condições subjacentes ao 
desenvolvimento do câncer. 
 A proteína denominada "NF-kappa B" ou NF-kB, 
característica da inflamação é frequentemente encontrada 
nos tumores. 
 Em ratos, ao desativareste sinal (a proteína), os 
cientista conseguiram evitar o surgimento do câncer. A 
proteína NF-kB que aparece essencialmente no período de 
inflamação associada a uma forma de câncer tornou-se 
objeto de pesquisa terapêutica. 
 A ativação da proteína NF-kB é observada com 
frequência no câncer de fígado, principalmente nos casos 
consecutivos a uma hepatite crônica. 
 Em caso de inflamação, o corpo produz várias 
substâncias (fatores de crescimento, citoquinas) e a 
TNFalpha (Tumor necrosis factor) que desempenham um 
papel essencial na ativação da proteína NF-kappa B e na 
proteção contra a autodestruição das células hepáticas pré-
cancerosas. 
 A NF-κB (factor nuclear kappa B) é um complexo 
proteico que desempenha funções como fator de 
transcrição. Pode ser encontrada em quase todos os tipos 
de células animais e está envolvida na resposta celular a 
estímulos como o estresse, citocinas, radicais livres, 
radiação ultravioleta, oxidação de LDL e antígenos virais e 
bacterianos. Desempenha um papel fundamental na 
regulação da resposta imunitária à infecção. 
 A regulação incorreta de NF-κB tem sido ligada ao 
câncer, a doenças inflamatórias e autoimunes, choque 
séptico, infecção viral e também a desenvolvimento 
imunitário impróprio. 
 
ESTRESSE OXIDATIVO 
 
 A geração de radicais livres constitui, por excelência, 
um processo contínuo e fisiológico, cumprindo funções 
biológicas relevantes. Durante os processos metabólicos, 
esses radicais atuam como mediadores para a transferência 
de elétrons nas várias reações bioquímicas. Sua produção, 
em proporções adequadas, possibilita a geração de ATP 
(energia), por meio da cadeia transportadora de elétrons; 
fertilização do óvulo; ativação de genes; e participação de 
mecanismos de defesa durante o processo de infecção. 
Porém, a produção excessiva pode conduzir a danos 
oxidativos. 
 A produção contínua de radicais livres durante os 
processos metabólicos culminou no desenvolvimento de 
mecanismos de defesa antioxidante. Estes têm o objetivo 
de limitar os níveis intracelulares de tais espécies reativas e 
controlar a ocorrência de danos decorrentes. 
 A instalação do processo de estresse oxidativo 
decorre da existência de um desequilíbrio entre compostos 
oxidantes e antioxidantes, em favor da geração excessiva 
de radicais livres ou em detrimento da velocidade de 
remoção desses. Tal processo conduz à oxidação de 
biomoléculas com consequente perda de suas funções 
biológicas e/ou desequilíbrio homeostático, cuja 
manifestação é o dano oxidativo potencial contra células e 
tecidos. A cronicidade do processo em questão tem 
relevantes implicações sobre o processo etiológico de 
numerosas enfermidades crônicas não transmissíveis, entre 
elas a aterosclerose, diabetes, obesidade, transtornos 
neurodegenerativos e câncer. 
 
SÍNTESE DE TELOMERASE 
 
 Telômeros são filamentos de proteínas que se 
encontram nas extremidades do DNA, e tem como 
principais funções impedir o desgaste do material genético, 
manter a estabilidade estrutural e proteger a integridade dos 
cromossomos. 
 
 
 
 
 Os telômeros funcionam como um promotor para os 
cromossomos, assegurando que toda a informação 
genética presente no DNA seja corretamente copiada 
quando a célula se divide. 
 Cada vez que uma célula entra em divisão celular, os 
telômeros são encurtados e a célula envelhece. Eles não 
têm capacidade de regenerar e quando ocorre seu 
esgotamento, a replicação dos cromossomos não acontece 
 
 
mais e a célula perde completamente a capacidade de se 
dividir. 
 O encurtamento dos telômeros também pode ajudar a 
remover certos genes que são indispensáveis à 
sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos. 
 Uma teoria que tem sido estudada, é que, uma vez 
ocorrendo alterações no DNA, o processo carcinogênico se 
instale no organismo. Pois a célula cancerosa passa a ter 
capacidade de expressar a enzima chamada “telomerase”. 
Essa enzima parece ter capacidade de sintetizar novos 
telômeros. Dessa forma, a célula do câncer não envelhece 
e não morre. 
 As células cancerosas se mantêm jovens e em intenso 
crescimento e diferenciação celular, passando a ter uma 
característica chamada de “sobrevivência maligna”. Esta 
característica também pode ser relacionada à maior 
resistência ao tratamento. 
 
CICLO CIRCADIANO E SUA RELAÇÃO COM O CÂNCER 
 
 Latim – circa = ciclo + diem = dia. 
 Termo que se refere a aproximadamente 24 horas. 
Período em que se baseia o ciclo biológico de quase todo 
ser vivo, e sofre influência da maré, temperatura e variações 
de luz. 
 A regulação dos horários do sono é o exemplo mais 
óbvio da importância do ritmo circadiano para o 
funcionamento do organismo humano. Ao longo de um 
período aproximado de 24 horas, genes regulam a liberação 
do hormônio melatonina. Durante a noite, no escuro, os 
níveis aumentam e, com a claridade, baixam. Mas o relógio 
biológico — tema que rendeu a três pesquisadores 
americanos o Nobel de Medicina em 2017 — é responsável 
pelas variações diárias no metabolismo e sua alteração 
crônica está relacionada com graves doenças, incluindo o 
câncer. 
 O ritmo circadiano está diretamente relacionado com 
a iluminação do ambiente. Ele é regulado pelo núcleo 
supraquiasmático, estrutura no cérebro que recebe 
informações dos fotorreceptores da retina. 
 Pessoas cegas geralmente apresentam problemas 
com o relógio biológico, já que não podem obter os sinais 
de claridade. Ao escurecer, o núcleo supraquiasmático 
envia um sinal para a glândula pineal secretar melatonina. 
Essa mecânica também reduz a temperatura corporal e a 
pressão sanguínea, e tudo é controlado pelos genes. 
 Se estamos falando que o ritmo circadiano é alterado 
de acordo com a recepção de luz, fica fácil entender o 
“estrago” que o mau uso da iluminação artificial pode fazer 
com o nosso ciclo natural. 
 Com a invenção e o uso da luz elétrica, esta 
organização temporal tem sido dramaticamente alterada. A 
luz a noite tem significado social, ecológico, comportamental 
e consequências na saúde que somente agora começaram 
a aparecer. 
 A exposição à luz a noite atrapalha o ritmo circadiano 
com alteração no padrão da atividade do sono, supressão 
na produção da melatonina, e desregulação dos genes 
envolvidos no aparecimento de câncer. 
 A melatonina, que é produzida naturalmente quando 
respeitamos nosso ciclo circadiano, pode ser um fator 
protetor ao aparecimento do câncer, visto que age em todos 
os “halmarks” do câncer. 
 O ciclo circadiano controla o ciclo celular, e os 
polimorfismos nos genes do ciclo podem impactar no 
descontrole desse ciclo. Respeitar o ciclo circadiano é uma 
mudança importante na qualidade de vida. 
 
GENÔMICA NUTRICIONAL 
 
 Todos os seres vivos são formados por células. 
Enquanto alguns são formados por apenas uma, como as 
bactérias, outros são constituídos por trilhões, como os 
humanos. 
 As células são as unidades funcionais e estruturais 
dos seres vivos. No caso dos humanos, a maioria das sua 
células são constituídas por um núcleo que contem 23 
cromossomos. Que são estruturas compostas por DNA. 
Todos os cromossomos contidos em uma célula formam 
seu genoma – que é o conjunto de todos os seus genes. 
 O DNA é a molécula da vida, responsável por 
armazenar todas as informações genéticas de um indivíduo 
como a cor do seu cabelo, o formato do seu corpo, seu sexo, 
etc. 
 As informações contidas no DNA são “escritas” a partir 
de um alfabeto de quatro letras (A, T, C e G) conhecidas por 
Adenina, Timina, Citosina e Guanina – também chamadas 
de nucleotídeos. 
 O desenvolvimento de novas tecnologias no campo da 
genética e da biologia molecular, juntamente com os 
avanços no estudo da nutrição têm permitido a introdução 
do conceito de genômica nutricional a qual estuda asinterações entre os alimentos (e seus componentes) com o 
genoma de cada indivíduo, e tem como objetivo avaliar a 
predisposição do indivíduo para determinada doença e 
estabelecer um tratamento ou prevenção nutricional com 
base no genótipo individual. 
 A genômica nutricional tem um futuro muito promissor 
e seu desenvolvimento é e será ferramenta extremamente 
útil para o desenvolvimento de dietas individualizadas, 
terapêuticas e preventivas. 
 A base da nutrigenômica é: 
 
• A dieta pode ser um fator de risco para várias doenças. 
 
• A dieta pode ter um maior ou menor grau na saúde ou 
doença, dependendo da constituição genética do indivíduo. 
 
• Alguns genes regulados pela dieta podem desempenhar 
um papel importante em certas doenças crônicas. 
 
• Existem componentes alimentares que podem alterar a 
expressão de genes. 
 
 Nutrientes e/ou compostos bioativos podem 
diretamente ou indiretamente, sozinhos ou em sinergia 
modificarem a estrutura da cromatina, suprimindo ou 
promovendo a expressão de genes através da modulação 
da transcrição e transdução, bloqueando ou ativando 
diferentes vias de sinalização intra e extracelular envolvidas 
na proliferação, diferenciação e morte celular. 
 A genômica nutricional estuda a interação de 
componentes dos alimentos com o genoma e é subdividida 
em Nutrigenômica, Nutrigenética e Epigenômica Nutricional 
 
 A nutrigenômica é a ciência que estuda o efeito dos 
componentes da dieta sobre a expressão gênica, e 
ajuda a compreender os processos fisiológicos que 
ocorrem no organismo após a ingestão de certos 
alimentos. 
 
 Um exemplo de Nutrigenômica vem à tona quando 
ingerimos certos alimentos no dia a dia, caso da castanha-
do-pará (fonte do mineral selênio), o açafrão-da-terra 
(reduto de curcumina) e o chá-verde (que fornece 
epigalocatequina-3-galato). Compostos presentes nesses 
alimentos são capazes de ativar um fator de transcrição que 
provoca aumento da atividade de genes relacionados à 
capacidade antioxidante do nosso organismo. Por isso, 
sabemos que existem tanto alimentos que apresentam 
diretamente ação antioxidante, mas também aqueles que 
 
 
favorecem a produção pelo corpo de enzimas com ação 
antioxidante. 
 A nutrigenética estuda o efeito das variações 
genéticas de pessoas nas interações entre dieta e 
doenças. 
 
 Um exemplo de Nutrigenética na prática tem a ver com 
a fenilcetonúria clássica — um erro inato do metabolismo 
que pode ser transmitido de uma geração para outra. A 
doença é causada por mutações no gene de uma enzima, a 
fenilalanina hidroxilase, responsável por processar o 
aminoácido fenilalanina (encontrado em diversas fontes de 
proteína na dieta). A base do tratamento é justamente a 
redução da ingestão do aminoácido fenilalanina. 
 Epigenômica Nutricional é voltada, entre outras 
coisas, ao estudo de um processo chamado 
metilação do DNA. 
 
 Um bom exemplo é o folato, presente no feijão, 
espinafre, couve e brócolis. O nutriente participa desse 
processo de metilação — em química, falamos da adição de 
radicais “metil” — do DNA, o que serve para controlar a 
expressão de certos genes. A baixa ingestão de folato está 
associada a uma redução global na metilação do DNA, 
situação que pode elevar o risco de câncer. 
 Há cada vez mais estudos investigativos sobre as 
interações entre os genes e os nutrientes, contribuindo, 
assim, para o desenvolvimento de nutrição personalizada. 
 A informação genética de cada pessoa determina o 
seu estado nutricional e metabólico. Cada indivíduo tem 
características diferentes bioquímicas e metabólicas, devido 
às suas características genéticas. 
 A dieta personalizada deve ser baseada no 
conhecimento das necessidades nutricionais 
individualizadas através de estilos de vida. 
 Em resumo, pode-se concluir que uma intervenção 
dietética individualizada com base nas necessidades 
nutricionais, na avaliação do estado nutricional e do 
genótipo é ferramenta muito útil para prevenir ou tratar 
doenças crônicas e inclusive câncer. 
 
CÂNCER NO BRASIL E NO MUNDO 
 
 A Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer 
(IARC, na sigla em inglês) estima que o mundo tenha 
registrado mais de 18 milhões de novos casos de câncer em 
2018, com a morte de mais de 9,6 milhões de pessoas 
devido à doença. 
 De acordo com a Organização Mundial da Saúde 
(OMS), a doença é uma crescente ameaça global à saúde. 
 Um em cada cinco homens e uma em cada seis 
mulheres em todo o mundo desenvolvem câncer durante a 
vida e um em cada oito homens e uma em cada 11 mulheres 
morrem de câncer, de acordo com o primeiro relatório da 
IARC desde 2012. 
 Mundialmente, estima-se que a Ásia terá quase 
metade dos novos casos e mais da metade das mortes por 
câncer em 2018, em grande parte porque a região abriga 
quase 60% da população mundial. 
 A Europa representa quase um quarto dos casos 
mundiais de câncer e um quinto das mortes por câncer, 
embora tenha somente 9% da população global. 
 As Américas têm quase 13% da população global, 
mas representam 21% dos cânceres e em torno de 14% da 
mortalidade global. 
 Na Ásia e na África, mortes por câncer (57,3% e 7,3%, 
respectivamente) são mais altas que os números de casos 
identificados (48,4% e 5,8%). Isto acontece porque estas 
regiões possuem uma frequência mais alta de certos tipos 
de câncer que são associados a piores prognósticos e taxas 
de mortalidade mais altas, segundo a IARC, além de um 
acesso limitado a diagnósticos e tratamentos. 
 Câncer de pulmão é a principal causa de morte tanto 
para homens quanto para mulheres e é a principal causa de 
morte por câncer em 28 países, segundo a agência. 
 As taxas de incidência mais altas deste tipo de doença 
em mulheres são na América do Norte, norte e oeste da 
Europa – especialmente Dinamarca e Holanda – China, 
Austrália e Nova Zelândia, com a Hungria encabeçando a 
lista. 
 A IARC afirma que o predomínio crescente do câncer 
pode ser explicado por muitos fatores, de aumento da 
população a envelhecimento, embora uma mudança nos 
tipos de câncer diagnosticados seja ligada a 
desenvolvimento social e econômico. 
 Isto é particularmente verdadeiro em economias de 
crescimento rápido, segundo a IARC, destacando uma 
mudança de cânceres relacionados à pobreza e infecções 
para cânceres associados a estilos de vida mais típicos de 
países industrializados. 
 
CARCINOGÊNESE 
 
CICLO CELULAR 
 
 Sabe-se que o crescimento celular responde às 
necessidades específicas do corpo e é um processo 
cuidadosamente regulado. Esse crescimento envolve o 
aumento da massa celular, duplicação do ácido 
desoxirribonucléico (ADN) e divisão física da célula em duas 
células filhas idênticas (mitose). Tais eventos se processam 
por meio de fases conhecidas como G1- S - G2 - M, que 
integram o ciclo celular. 
 Nas células normais, restrições à mitose são impostas 
por estímulos reguladores que agem sobre a superfície 
celular, os quais podem resultar tanto do contato com as 
demais células como da redução na produção ou 
disponibilidade de certos fatores de crescimento. Fatores 
celulares específicos parecem ser essenciais para o 
crescimento celular, mas poucos deles são realmente 
conhecidos. 
 É certo que fatores de crescimento e hormônios, de 
alguma forma, estimulam as células 
para se dividir. Entretanto, eles não têm valor nutriente para 
as células nem desempenham um papel conhecido no 
metabolismo. Presumivelmente, apenas sua capacidade de 
ligar-se a receptores específicos de superfície celular os 
capacita a controlar os processos celulares. 
 O mecanismo de controle do crescimento celular 
parece estar na dependência de fatores estimulantes e 
inibidores, e, normalmente, ele estaria em equilíbrio até o 
surgimento de um estímulo de crescimento efetivo, sem 
ativaçãodo mecanismo inibidor. Tal estímulo ocorre quando 
há exigências especiais como, por exemplo, para reparo de 
uma alteração tissular. As células sobreviventes se 
multiplicam até que o tecido se recomponha e, a partir daí, 
quando ficam em íntimo contato umas com as outras, o 
processo é paralisado (inibição por contato). 
 Em algumas ocasiões, entretanto, ocorre uma ruptura 
dos mecanismos reguladores da multiplicação celular e, 
sem que seja necessário ao tecido, uma célula começa a 
crescer e dividir-se desordenadamente. Pode resultar daí 
um clone de células descendentes, herdeiras dessa 
propensão ao crescimento e divisão anômalos, insensíveis 
aos mecanismos reguladores normais, que resulta na 
 
 
formação do que se chama tumor ou neoplasia, que pode 
ser benigna ou maligna. 
 A carcinogênese refere-se ao desenvolvimento de 
tumores malignos, estudada com base nos fatores e 
mecanismos a ela relacionados. 
 
 
 
 
 Nas células que se dividem ativamente, a interfase é 
seguida da mitose, culminando na citocinese. Sabe-se que 
a passagem de uma fase para outra é controlada por fatores 
de regulação - de modo geral proteicos – que atuam nos 
chamados pontos de checagem do ciclo celular. Dentre 
essas proteínas, se destacam as ciclinas, que controlam a 
passagem da fase G1 para a fase S e da G2 para a mitose. 
 Se em algumas dessas fases houver alguma 
anomalia, por exemplo, algum dano no DNA, o ciclo é 
interrompido até que o defeito seja reparado e o ciclo celular 
possa continuar. Caso contrário, a célula é conduzida à 
apoptose (morte celular programada). 
 Outro ponto de checagem é o da mitose, promovendo 
a distribuição correta dos cromossomos pelas células-filhas. 
 Perceba que o ciclo celular é perfeitamente regulado, 
está sob controle de diversos genes e o resultado é a 
produção e diferenciação das células componentes dos 
diferentes tecidos do organismo. Os pontos de checagem 
correspondem, assim, a mecanismos que impedem a 
formação de células anômalas. 
 A origem das células cancerosas está associada a 
anomalias na regulação do ciclo celular e à perda de 
controle da mitose. Alterações do funcionamento de genes 
controladores do ciclo celular, em decorrência de mutações, 
são relacionados ao surgimento de um câncer. Duas 
classes de genes, os proto-oncogenes e os genes 
supressores de tumor são os mais diretamente relacionados 
à regulação do ciclo celular. Os proto-oncogenes são 
responsáveis pela produção de proteínas que atuam na 
estimulação do ciclo celular, enquanto os genes 
supressores de tumor são responsáveis pela produção de 
proteínas que atuam inibindo o ciclo celular. 
 Os proto-oncogenes, quando ativos, estimulam a 
ocorrência de divisão celular e os genes supressores de 
tumor, quando ativos, inibem a ocorrência de divisão celular. 
O equilíbrio na atuação desses dois grupos de genes resulta 
no perfeito funcionamento do ciclo celular. 
 
TIPOS E ESTADIAMENTO DOS TUMORES 
 
 A evolução do tumor maligno inclui várias fases, que 
dependem, em grande parte, da velocidade do crescimento 
tumoral, do órgão-sede do tumor, de fatores constitucionais 
do hospedeiro, de fatores ambientais etc. 
 Os tumores podem ser detectados nas fases 
microscópica, pré-clínica ou clínica. A história biológica de 
alguns tumores permite que eles sejam previstos quando 
ainda a lesão esteja na fase pré-neoplásica. 
 As ações preventivas na área da saúde podem, se 
bem orientadas, imprimir uma profunda modificação na 
evolução natural dos tumores, levando a diagnósticos 
precoces que permitem não só aplicar o tratamento nas 
fases iniciais das lesões, assim como - o que é mais 
importante - tratar as lesões pré-neoplásicas e, com isso, 
evitar o aparecimento do tumor. 
 As etapas sequenciais das neoplasias epiteliais que 
surgem em epitélio escamoso, como, por exemplo, do colo 
do útero, são as seguintes: 
 
• Carcinoma in situ - a neoplasia se desenvolve no interior 
do tecido de origem, sem ultrapassar os seus limites, 
definidos pela membrana basal. 
 
• Carcinoma microinvasor - refere-se à neoplasia maligna 
que ultrapassa a membrana basal e atinge o tecido 
conjuntivo, mas não alcança profundidade superior a 5 mm. 
 
• Carcinoma invasor - é assim definido quando se verifica a 
infiltração, com invasão mais profunda dos tecidos 
adjacentes. 
 
 Essa sequência, no entanto, não é suficiente para 
permitir uma avaliação mais completa da evolução da lesão. 
Métodos que possam definir a rapidez do crescimento e a 
presença ou não de metástases são necessários à 
avaliação do prognóstico e tratamento a ser instituído. 
 
 
 Entre esses métodos, os mais utilizados são a 
graduação histológica e o estadiamento. 
 Verifica-se que, apesar da sua variedade, os tumores 
malignos seguem um curso biológico mais ou menos 
comum a todos eles, que se inicia pelo crescimento e 
invasão local, segue pela invasão dos órgãos vizinhos e 
termina com a disseminação regional e sistêmica. 
 Esta evidência levou a União Internacional Contra o 
Câncer (UICC) a desenvolver um sistema de estadiamento 
dos tumores que tem como base a avaliação da dimensão 
do tumor primário (T), a extensão da disseminação em 
linfonodos regionais (N) e a presença ou não de metástases 
a distância (M) – Sistema TNM de Classificação dos 
Tumores Malignos. 
 Na interpretação de cada fator são analisadas as 
diversas variações que, para o tumor primitivo, vão de T1 a 
T4, para o comprometimento linfático, de N0 a N3, e, para 
as metástases a distância, de M0 a M1. 
 A combinação das diversas variantes de T, N e M, 
finalmente, determina os estádios clínicos que variam entre 
I e IV na maioria dos casos, isto porque alguns dos tumores 
só são classificados em três estádios. 
 Hoje, o estadiamento clínico representa o mais 
importante meio de que dispõe o oncologista para definir o 
prognóstico e a terapêutica dos pacientes. 
 Para a ação do enfermeiro, o conhecimento do 
estadiamento é fundamental para traçar o plano de 
assistência, compreender as bases terapêuticas do 
tratamento médico instituído, orientar adequadamente o 
raciocínio clínico diante dos sinais e sintomas apresentados 
pelo cliente e, finalmente, para poder estabelecer com o 
cliente uma relação profissional orientada pelo respeito e 
por critério prognóstico mais realista. 
 
NUTRIÇÃO, DIETA E CÂNCER 
 
 Dos casos de câncer: 4-6% estão associados com o 
consumo excessivo de bebidas alcoólicas e 10-20% estão 
associados com o excesso de peso e obesidade. 
 De 44 a 61% dos casos de câncer estão associados 
com o hábito alimentar. 
 Em média, 20% dos casos de câncer são causados 
pela obesidade influenciados pela dieta, variação de peso e 
a distribuição de gordura corporal, juntamente com a falta 
de atividade física. 
 Evidência mais forte para uma associação da 
obesidade com câncer endometrial, adenocarcinoma de 
esôfago, colo-retal, de mama na pós-menopausa, próstata 
e renal. 
 A obesidade está correlacionada com os níveis baixos 
de 25 - hidroxi-vitamina D, pode ser responsável por 20% 
do risco de câncer associado ao aumento do IMC. 
 
ALIMENTAÇÃO DE RISCO 
 
 Se consumidos regularmente podem favorecer o 
câncer: carnes vermelhas, frituras, molhos com maionese, 
leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, 
linguiças, mortadelas. 
 Alimentos com agentes cancerígenos: nitritos e 
nitratos usados para conservar (picles, salsichas e outros 
embutidos e enlatados) = nitrosaminas no estômago = 
câncer de estômago - Classe 1 – IARC E249, E250, E251 e 
E252. 
 Defumados e churrascos impregnados de alcatrão 
(fumaça do carvão) = ação carcinogênica conhecida (como 
cigarro). 
 Alimentos preservados em sal: carne-de-sol, charque 
e peixes salgados = câncer de estômago. 
 A formaincorreta de preparo dos alimentos também 
pode torna-los cancerígenos. 
 Ideal, por exemplo, adicionar menos sal na hora de 
fazer a comida, aumentando o uso de temperos como 
azeite, alho, cebola e salsa. 
 
 
 Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a 
temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos 
que aumentam o risco de câncer de estômago e colorretal. 
 Por isso, métodos de cozimento que usam baixas 
temperaturas são escolhas mais saudáveis, como vapor, 
fervura, pochê, ensopado, cozido ou assado. 
 
FIBRAS X GORDURAS 
 
 Alimentação pobre em fibras, com altos teores de 
gorduras e calorias têm relação com câncer de cólon e de 
reto. 
 As fibras ajudam a regularizar o funcionamento do 
intestino, reduzindo o tempo de contato de substâncias 
cancerígenas com a parede do intestino grosso. 
 Em relação a cânceres de mama e próstata, a 
ingestão de gordura pode alterar os níveis de hormônio no 
sangue, aumentando o risco da doença. 
 
ADITIVOS ALIMENTARES 
 
 Substâncias que são adicionadas aos alimentos com 
a intenção de manter ou modificar o sabor e outras 
características sensoriais, melhorar a aparência assim 
como aumentar o tempo de prateleira. 
 Dentre os corantes permitidos como aditivo na 
indústria de alimentos, o corante caramelo ocupa lugar de 
destaque, sendo um dos mais antigos aditivos utilizados 
para coloração do produto final, para se conseguir uma cor 
que pode variar da amarelo-palha ao marrom escuro ou 
quase negro. 
 Pesquisa sobre a toxicidade de caramelos ajudou a 
mostrar que a cor de caramelo de classe III e IV são mais 
perigosos que outros caramelos pela presença de nitrogênio 
em seus promotores de caramelização. Há a formação de 
imidazol, reconhecido como tóxico. 
 Os primeiros conservantes permitidos pela FDA, 
devido ao baixo custo foram: 
Benzoato de sódio; 
Benzoato de potássio; 
Benzoato de cálcio o ácido benzóico e seus sais - são um 
dos conservantes alimentícios mais usados. 
 O problema é que em contato com vitamina C 
(alimentos, frutas etc) resulta na quebra do ácido benzoico 
em BENZENO em pequenas proporções. Sendo assim, 
bebidas que contém vitamina C e utilizam ácido benzoico 
como conservante em sua composição, podem conter 
também benzeno como resultado dessa reação. E o 
benzeno é considerado cancerígeno classe 1 pelo IARC. 
 Os alimentos industrializados são uma realidade da 
“vida moderna”. O que significa maior exposição a 
mutagênicos e maior risco de desenvolvimento de câncer. 
 
12 DICAS PARA SE PROTEGER DO CÂNCER 
 
 A prevenção do câncer engloba ações realizadas para 
reduzir os riscos de ter a doença. 
 O objetivo da prevenção primária é impedir que o 
câncer se desenvolva. Isso inclui evitar a exposição aos 
fatores de risco de câncer e a adoção de um modo de vida 
saudável. 
 O objetivo da prevenção secundária é detectar e tratar 
doenças pré-malignas (por exemplo, lesão causada pelo 
vírus HPV ou pólipos nas paredes do intestino) ou cânceres 
assintomáticos iniciais. 
 
 
 Por essa razão, o INCA lançou esse Resumo, e nele, 
contém as 12 dicas para se proteger contra o câncer. 
 
 
 
 
1. Não fume! 
 
 Essa é a regra mais importante para prevenir o câncer, 
principalmente os de pulmão, cavidade oral, laringe, faringe 
e esôfago. Ao fumar, são liberadas no ambiente mais de 
4.700 substâncias tóxicas e cancerígenas que são inaladas 
por fumantes e não fumantes. Parar de fumar e de poluir o 
ambiente é fundamental para a prevenção do câncer. 
 
2. Alimentação saudável protege contra o câncer. 
 
 Uma ingestão rica em alimentos de origem vegetal 
como frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e 
outras leguminosas, e pobre em alimentos 
ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou 
prontos para aquecer e bebidas adoçadas, pode prevenir o 
câncer. A alimentação deve ser saborosa, respeitar a 
cultura local, proporcionar prazer e saúde e incluir alimentos 
regionais. 
 
3. Mantenha o peso corporal adequado. 
 
 Manter um peso saudável ao longo da vida é uma das 
formas mais importantes de se proteger contra o câncer. 
 Uma alimentação saudável favorece a manutenção do 
peso saudável e a recomendação é evitar alimentos 
ultraprocessados, como aqueles prontos para aquecer ou 
consumir, e fazer dos alimentos in natura e minimamente 
processados como as frutas, legumes, verduras, feijões e 
outros grãos, sementes, castanhas a base da alimentação. 
 A criação de ambientes que incentivem a alimentação 
saudável e ser fisicamente ativo ao longo da vida é 
fundamental para o controle do câncer. 
 
4. Pratique atividades físicas. 
 
 Você pode, por exemplo, caminhar, dançar, trocar o 
elevador pelas escadas, levar o cachorro para passear, 
cuidar da casa ou do jardim ou buscar modalidades como a 
corrida de rua, ginástica, musculação, entre outras. 
Experimente, ache aquela modalidade que você goste, 
aproveite e busque fazer dessas atividades um momento 
coletivo, prazeroso e divertido, com a família e amigos, ou 
faça da atividade física um momento introspectivo no qual 
você se conecta consigo, enfim, é possível encaixar a 
atividade física na rotina de cada um, seja através do 
deslocamento ativo indo ao trabalho ou outras atividades 
caminhando ou de bicicleta, são diferentes possibilidades. 
 
5. Amamente. 
 
 O aleitamento materno é a primeira ação de 
alimentação saudável. A amamentação até os dois anos ou 
mais, sendo exclusiva até os seis meses de vida da criança, 
protege as mães contra o câncer de mama e as crianças 
contra a obesidade infantil. A partir de seis meses da 
criança, deve-se complementar a amamentação conforme a 
dica sobre Alimentação saudável e proteção contra o 
câncer. 
 
6. Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame 
preventivo do câncer do colo do útero a cada três 
anos. 
 
 As alterações das células do colo do útero são 
descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido 
também como Papanicolau), e são curáveis na quase 
totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização 
periódica deste exame. Tão importante quanto fazer o 
exame é saber o resultado, seguir as orientações médicas 
e o tratamento indicado. 
 
7. Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e 
os meninos de 11 a 14 anos. 
 
 A vacinação contra o HPV, disponível no SUS, e o 
exame preventivo (Papanicolau) se complementam como 
ações de prevenção do câncer do colo do útero. Mesmo as 
mulheres vacinadas, quando chegarem aos 25 anos, 
deverão fazer um exame preventivo a cada três anos, pois 
a vacina não protege contra todos os subtipos do HPV. 
 
8. Vacine contra a hepatite B. 
 
 O câncer de fígado está relacionado à infecção pelo 
vírus causador da hepatite B e a vacina é um importante 
meio de prevenção deste câncer. O Ministério da Saúde 
disponibiliza nos postos de saúde do País a vacina contra 
esse vírus para pessoas de todas as idades. 
 
9. Evite a ingestão de bebidas alcoólicas. 
 
 Seu consumo, em qualquer quantidade, contribui para 
o risco de desenvolver câncer. Além disso, combinar 
bebidas alcoólicas com o tabaco aumenta a possibilidade 
do surgimento da doença. 
 
10. Evite comer carne processada. 
 
 Carnes processadas como presunto, salsicha, 
linguiça, bacon, salame, mortadela, peito de peru e blanquet 
de peru podem aumentar a chance de desenvolver câncer. 
 Os conservantes (como os nitritos e nitratos) podem 
provocar o surgimento de câncer de intestino (cólon e reto) 
e o sal provocar o de estômago. 
 
 
 
11. Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use 
sempre proteção adequada, como chapéu, 
barraca e protetor solar, inclusive nos lábios. 
 
 Se for inevitável a exposição ao sol durante a jornada 
de trabalho, use chapéu de aba larga, camisade manga 
longa e calça comprida. 
 
12. Evite exposição a agentes cancerígenos no 
trabalho. 
 
 Agentes químicos, físicos e biológicos ou suas 
combinações são causas bem conhecidas de câncer 
relacionado ao trabalho, e evitar ou diminuir a exposição a 
estes agentes seria o ideal e desejável. Mas para que isto 
ocorra de maneira satisfatória, é necessário o 
comprometimento de todos os envolvidos nos diversos 
processos de trabalho, visando a elaboração de planos para 
evitar o adoecimento dos trabalhadores. Também é 
fundamental a implementação de leis que obriguem e 
fiscalizem a substituição dos agentes causadores câncer no 
trabalho por outros mais saudáveis, quando já houver esta 
alternativa. 
 
TRATAMENTOS PARA OS DIVERSOS TIPOS DE 
CÂNCER 
 
 Após o diagnóstico da doença, o médico discutirá com 
o paciente as opções de tratamento, que dependerão do 
tipo e estágio do tumor, localização, estado de saúde geral 
do paciente e dos possíveis efeitos colaterais. 
 
Os principais tipos de tratamentos contra o câncer são: 
 
Cirurgia 
 
 A cirurgia oncológica é o mais antigo tipo de terapia 
contra o câncer. É o principal tratamento utilizado para 
vários tipos de câncer e pode ser curativo quando a doença 
é diagnosticada em estágio inicial. A cirurgia também pode 
ser realizada com objetivo de diagnóstico, como na biopsia 
cirúrgica, alívio de sintomas como a dor e em alguns casos 
de remoção de metástases quando o paciente apresenta 
condições favoráveis para a realização do procedimento. 
 
Quimioterapia 
 
 O tratamento quimioterápico utiliza medicamentos 
anticancerígenos para destruir as células tumorais. Por ser 
um tratamento sistêmico, atinge não somente as células 
cancerosas como também as células sadias do organismo. 
 De forma geral, a quimioterapia é administrada por via 
venosa, embora alguns quimioterápicos possam ser 
administrados por via oral e pode ser feita aplicando um ou 
mais quimioterápicos. A quimio de acordo com seu objetivo, 
pode ser curativa (quando usada com o objetivo de obter o 
controle completo do tumor), adjuvante (quando realizada 
após a cirurgia, com objetivo de eliminar as células 
cancerígenas remanescentes, diminuindo a incidência de 
recidiva e metástases à distância), neoadjuvante (quando 
realizada para reduzir o tamanho do tumor, visando que o 
tratamento cirúrgico possa ter maior sucesso) e paliativa 
(sem finalidade curativa, é utilizada para melhorar a 
qualidade da sobrevida do paciente). 
 
Radioterapia 
 
 É o uso das radiações ionizantes para destruir ou inibir 
o crescimento das células anormais que formam um tumor. 
 Existem vários tipos de radiação, porém as mais 
utilizadas são as eletromagnéticas (Raios X ou Raios gama) 
e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta 
energia). Embora as células normais também possam ser 
danificadas pela radioterapia, geralmente elas podem se 
reparar, o que não acontece com as células cancerígenas. 
 A radioterapia é sempre cuidadosamente planejada de 
modo a preservar o tecido saudável, tanto quanto possível. 
No entanto, sempre haverá tecido saudável que será 
afetado pelo tratamento, provocando possíveis efeitos 
colaterais. 
 Existem vários tipos de radioterapia e cada um deles 
têm uma indicação específica dependendo do tipo de tumor 
e estadiamento da doença: radioterapia externa, 
radioterapia conformacional 3D, radioterapia de intensidade 
modulada (IMRT), radiocirurgia estereotáxica (Gamma 
Knife) e braquiterapia. A radioterapia pode ser utilizada 
como o tratamento principal do câncer, como tratamento 
adjuvante (após o tratamento cirúrgico), como tratamento 
neoadjuvante (antes do tratamento cirúrgico), como 
tratamento paliativo, para alivio de sintomas da doença 
como dor ou sangramento e para o tratamento de 
metástases. 
 
Hormonioterapia 
 
 É uma modalidade terapêutica que tem como objetivo 
impedir a ação dos hormônios em células sensíveis. 
 Algumas células tumorais possuem receptores 
específicos para hormônios, como os de estrógeno, 
progesterona e andrógeno e em alguns tipos de câncer, 
como o de mama e de próstata, esses hormônios são 
responsáveis pelo crescimento e proliferação das células 
malignas. Portanto a hormonioterapia é uma forma de 
tratamento sistêmico que leva à diminuição do nível de 
hormônios ou bloqueia a ação desses hormônios nas 
células tumorais, com o objetivo de tratar os tumores 
malignos dependentes do estímulo hormonal. 
 A hormonioterapia pode ser usada de forma isolada 
ou em combinação com outras formas terapêuticas. 
 
Terapia Alvo 
 É um tipo de tratamento sistêmico que utiliza 
medicamentos alvo moleculares que atacam 
especificamente ou ao menos preferencialmente 
determinados elementos encontrados na superfície ou no 
interior das células cancerosas. 
 Cada tipo de terapia alvo funciona de uma maneira 
diferente, mas todos alteram a forma como uma célula 
cancerígena cresce, se divide, se auto repara, ou como 
interage com outras células. 
 Os medicamentos alvo moleculares podem ser 
utilizados de forma isolada ou em combinação com outras 
formas terapêuticas. 
 
Imunoterapia 
 
 É um tratamento biológico cujo objetivo é potencializar 
o sistema imunológico, utilizando anticorpos produzidos 
pelo próprio paciente ou em laboratório. 
 O sistema imunológico é responsável por combater 
infecções, além de outras doenças. Atuando no bloqueio de 
determinados fatores, a imunoterapia provoca o aumento da 
resposta imune, estimulando a ação das células de defesa 
do organismo, fazendo que essas células reconheçam o 
tumor como um agente agressor. 
 
Transplante de Medula Óssea 
 
 A medula óssea é encontrada no interior dos ossos e 
contêm as células-tronco, responsáveis pela formação dos 
componentes do sangue: hemácias (glóbulos vermelhos), 
leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. O transplante de 
 
 
medula óssea (TMO) é a coleta da medula óssea para o 
tratamento de alguns tipos de câncer, por exemplo, 
leucemias, linfomas e mieloma múltiplo. 
 Após quimioterapia em altas doses, associada ou não 
à radioterapia, o paciente (receptor) recebe a medula óssea 
por meio de uma transfusão, provenientes do próprio 
paciente ou de um doador. 
 O transplante de medula óssea pode ser: alogênico 
(quando a medula ou as células precursoras provêm de 
outro indivíduo (doador), o doador e o receptor são pessoas 
diferentes) ou autólogo (quando a medula ou as células 
precursoras provêm do próprio indivíduo transplantado, o 
doador e o receptor são a mesma pessoa). 
 É importante que todas as opções de tratamento 
sejam sempre discutidas com o médico, bem como sua 
eficácia e seus possíveis efeitos colaterais, para ajudar a 
tomar a decisão que melhor se adapte às necessidades de 
cada paciente. 
 
O CÂNCER E A DESNUTRIÇÃO 
 
 Nutrição é o processo que consiste na absorção e 
utilização dos nutrientes dos alimentos ingeridos para a 
realização das funções vitais do organismo. Uma boa 
nutrição é fundamental para uma boa saúde. 
 Comer determinados tipos de alimentos antes, 
durante e depois do tratamento do câncer, ajuda a fortalecer 
o organismo, fazendo com que o paciente se sinta melhor e 
mais disposto. Uma dieta saudável significa comer e beber 
alimentos que contenham nutrientes importantes que o 
corpo precisa, para seu funcionamento, como vitaminas, 
minerais, proteínas, carboidratos, gorduras e água. 
 Uma boa alimentação pode ajudar não só à 
manutenção de um corpo saudável, como também pode 
minimizar os efeitos colaterais durante e após o tratamento. 
 Os sintomas da doença junto com os efeitos 
colaterais dos tratamentos, acabam dificultando a 
realização de uma dieta saudável. 
 Quimioterapia, hormonioterapia, radioterapia, cirurgia, 
imunoterapia e o transplante de medula ósseasão terapias 
frequentemente utilizadas no tratamento do câncer e que 
afetam a nutrição dos pacientes. 
 Quando a cabeça e o pescoço e órgãos como 
esôfago, estômago, intestino, pâncreas ou fígado são 
afetados pela doença e pelos os efeitos colaterais do 
tratamento do câncer, acaba se tornando difícil a absorção 
de nutrientes suficientes para a preservação das funções do 
organismo do paciente. 
 O câncer e seus tratamentos podem afetar o paladar, 
o olfato, o apetite e a capacidade do paciente de se 
alimentar ou absorver os nutrientes dos alimentos. Isso 
pode, consequentemente, causar desnutrição, que é 
provocada pela falta dos nutrientes essenciais. 
 A desnutrição pode fazer com que o paciente se sinta 
fraco, cansado e se torne incapaz de combater as infecções 
e, em alguns casos, de realizar e concluir o tratamento do 
câncer. Sabe-se que a desnutrição pode contribuir com a 
progressão da doença. 
 
ANOREXIA E CAQUEXIA: CAUSAS COMUNS DA 
DESNUTRIÇÃO EM PACIENTES COM CÂNCER 
 
 Anorexia é a perda de apetite ou da vontade de comer, 
é um distúrbio alimentar que provoca a perda de peso acima 
do que é considerado saudável para a idade e altura. A 
anorexia é sintoma comum em pacientes com câncer, 
podendo se manifestar já no início da doença, ou conforme 
a doença avança e se dissemina. É a causa mais comum 
de desnutrição em pacientes com câncer. 
 Caquexia se caracteriza pela perda de peso do 
paciente, além da perda de massa corpórea e tecido 
adiposo, normalmente relacionada a doenças crônicas, 
como o câncer. Na caquexia a massa corporal não pode ser 
reposta com alimentação. No entanto, alguns pacientes até 
conseguem se alimentar corretamente, mas não 
conseguem armazenar gordura nem manter massa 
muscular devido à doença. 
 Alguns tipos de câncer mudam a maneira como o 
corpo absorve determinados nutrientes. Tumores na região 
do estômago, intestino, cabeça e pescoço podem afetar a 
absorção de proteínas, carboidratos e gorduras pelo 
organismo. Um paciente pode estar se alimentando bem, 
porém o corpo não consegue absorver corretamente os 
nutrientes necessários dos alimentos. 
 
CÁLCULO PARA NECESSIDADE NUTRICIONAL 
 
 Calorimetria indireta – padrão ouro: mede consumo de 
oxigênio e produção de dióxido de carbono para calcular 
catabolismo de energia. Porém, devido ao alto custo, é 
inviável em ambiente ambulatorial. 
 O que se usa na prática clínica são as Fórmulas 
preditivas – Harris-Benedict. 
 Foi avaliada como a mais precisa quando multiplicada 
pelo fator 1,1. Ainda assim foi encontrado erro em 39% dos 
pacientes em comparação com calorimetria indireta. 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÃO NUTRICIONAL DO PACIENTE 
ONCOLÓGICO 
 
 Segundo o Consenso Nacional de Nutrição 
Oncológica (INCA 2015), o método mais simples de 
estimativa de energia é a relação quilocaloria por 
quilograma de peso (Kcal / Kg). No quadro abaixo, o 
recomendado para paciente cirúrgico: 
 
 
 
 
 
 
 
 Sempre respeitando individualidades, função renal, 
doenças associadas, etc. 
 
 As recomendações para pacientes em quimio ou 
radio, são bastante similares: 
 
 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA PÓS 
TRANSPLANTADOS - TCTH 
 
 Checar data de fabricação e validade dos 
produtos; 
 Observar odor, presença de insetos e corpos 
estranhos em embalagens danificadas; 
 Selecionar vegetais e frutas mais frescos e sem 
injúrias; 
 Evitar salgadinhos e sobremesas não refrigeradas; 
 Evitar estocar alimentos por longo tempo; 
 Evitar restaurantes do tipo “self-service”. 
 
REFERÊNCIAS: 
ABC do Câncer – INCA – online 
Barrére, Ana Paula Noronha et al. Guia Nutricional de 
Oncologia - Atheneu, 2017 
BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática 
do SUS 
Dal Bosco, S.M. , Genro, J.P. Nutrigenética e |Implicações 
na Saúde Humana. Ed Atheneu, 2014. 
Estimativa 2019: incidência de câncer no Brasil. Rio de 
Janeiro: INCA, 2017. 118p. Disponível em: 
http://www1.inca.gov.br/estimativa/2019 
Garófolo, A. Nutrição clínica, funcional e preventiva aplicada 
à oncologia. 2012. Ed Rubio. 
Pinho, A. Nutrição e câncer: da prevenção ao tratamento 
(Bases científicas e Prática clínica) . Ed.PoloBooks, SP, 
2018. 
Waitzberg, Dan Linetzky, et al. Manual de terapia nutricional 
em oncologia do ICESP. 2011.

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