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I Emoções na Negociação ntrodução As emoções desempenham um papel significativo na negociação, influenciando a forma como as partes percebem, interpretam e respondem às situações durante o processo de negociação. As negociações podem ser experiências emocionalmente intensas, nas quais as emoções podem desencadear reações, afetar a tomada de decisões e moldar as interações entre as partes envolvidas. Emoções como a raiva, o medo, a frustração e a felicidade podem surgir durante uma negociação, muitas vezes como resultado de divergências de interesses, concessões difíceis ou obstáculos no caminho para um acordo. Essas emoções podem influenciar o comportamento e a comunicação das partes, afetando o clima da negociação e o resultado final. Além disso, as emoções também podem ser usadas estrategicamente como tática de negociação, buscando influenciar as percepções e as decisões da outra parte. Compreender e gerenciar as emoções na negociação é essencial para alcançar resultados satisfatórios. Isso envolve reconhecer as emoções tanto em si mesmo quanto na outra parte, ser consciente do impacto que elas podem ter nas negociações e adotar estratégias para lidar com elas de forma construtiva. Ao considerar e gerenciar as emoções, as partes podem promover uma comunicação mais eficaz, melhorar a tomada de decisões e trabalhar em direção a um acordo mutuamente benéfico. Objetivos da aula • Principais Emoções na Negociação • Conflitos • Distanciamento • Lidando com pessoas difíceis / Minimizando intimidações Resumo Na negociação, diversas emoções podem emergir e desempenhar um papel importante no processo. Algumas das principais emoções que podem ser experimentadas durante negociações incluem: Raiva: A raiva pode surgir quando as partes sentem-se injustiçadas, frustradas ou quando seus interesses estão em conflito. A expressão da raiva pode levar a comportamentos defensivos e agressivos, dificultando a comunicação e a colaboração. Medo: O medo pode surgir da incerteza em relação ao resultado da negociação, do temor de perder algo valioso ou da pressão para tomar decisões difíceis. O medo pode levar a uma postura defensiva e à resistência em fazer concessões. Frustração: A frustração pode advir de obstáculos, impasses ou quando suas expectativas não são atendidas. Ela pode afetar a disposição para colaborar e comprometer-se. Alegria: A alegria pode surgir quando as partes alcançam um acordo satisfatório, cumprem suas metas ou reconhecem que seus interesses foram atendidos. A alegria tende a aumentar a disposição para cooperar e pode fortalecer o relacionamento entre as partes. Empatia: A empatia é a habilidade de se colocar no lugar da outra parte, compreendendo e reconhecendo seus sentimentos e perspectivas. Ela pode facilitar a comunicação e ajudar na busca por soluções mutuamente benéficas. Confiança: A confiança é fundamental na negociação, pois influencia o nível de cooperação e a disposição para fazer concessões. Quando há confiança mútua, é mais provável que as partes sejam flexíveis e busquem acordos que sejam proveitosos para ambos os lados. É importante reconhecer e lidar adequadamente com essas emoções durante a negociação. Desenvolver a inteligência emocional e procurar um ambiente de negociação construtivo pode ajudar a gerenciar as emoções de forma eficaz, conduzindo a resultados mais satisfatórios. CONFLITOS Os conflitos são uma parte natural do processo de negociação, uma vez que as partes envolvidas podem ter interesses, objetivos e perspectivas diferentes. Os conflitos na negociação podem surgir de várias fontes, como divergências de interesses, escassez de recursos, diferenças culturais, comunicação inadequada ou falta de confiança entre as partes. Existem diferentes tipos de conflitos que podem surgir durante a negociação, incluindo conflitos de substância, relacionais e processuais. Os conflitos de substância referem-se a diferenças reais de interesses e posições entre as partes. Os conflitos relacionais estão ligados a questões de relacionamento, percepção pessoal e emoções envolvidas na interação. Os conflitos processuais relacionam-se a problemas na condução da negociação, como falta de transparência, desequilíbrio de poder ou violações de protocolos. No entanto, é importante abordar os conflitos de maneira construtiva, pois eles também podem proporcionar oportunidades para alcançar melhores resultados e aprimorar o relacionamento entre as partes. Algumas estratégias para lidar com conflitos na negociação incluem: • Comunicação eficaz: Promover uma comunicação aberta, honesta e clara, buscando entender as preocupações e perspectivas da outra parte. • Escuta ativa: Dar espaço para que a outra parte expresse seus pontos de vista e preocupações, demonstrando interesse genuíno e compreensão. • Busca de interesses comuns: Identificar os interesses subjacentes de ambas as partes e buscar soluções que atendam a esses interesses compartilhados. • Geração de opções: Explorar diferentes alternativas e possibilidades que possam satisfazer as necessidades de ambas as partes, buscando soluções criativas e mutuamente benéficas. • Mediação ou arbitragem: Em casos mais complexos, envolver um mediador imparcial ou um árbitro para auxiliar na resolução do conflito e facilitar a negociação. • Construção de confiança: Investir na construção de confiança mútua por meio de ações transparentes, cumprimento de compromissos e respeito mútuo. Ao lidar com conflitos na negociação, é importante manter o foco nos interesses comuns e buscar soluções colaborativas, em vez de adotar uma mentalidade de ganhar-perder. Ao adotar uma abordagem construtiva para os conflitos, as partes têm a oportunidade de alcançar acordos mais duradouros e fortalecer o relacionamento mútuo. Distanciamento No calor das emoções, a reação natural dos indivíduos é reagir. O professor William Ury, um dos principais autores mundiais sobre negociação, propõe um caminho alternativo, que é “ir para a varanda”. Ao encarar um negociador intransigente, imagine que você é um observador assistindo a essa interação da varanda e pense em como você descreveria o que está vendo de uma forma neutra. Lidando com pessoas difíceis e minimizando intimidações Considere que: • Quando você estiver nervoso, de cabeça quente, fará o melhor discurso do qual poderá se arrepender para sempre; • É importante perceber as transformações que ocorrem no seu corpo — ficar vermelho, sentir o sangue subir, tremer. A consciência é o primeiro passo para retomar o controle; • Numa discussão acalorada, pedir uma pausa, ir ao banheiro, tomar uma água ou sugerir retomar a conversa em outro momento são boas estratégias para acalmar os ânimos; • Dizer que o outro está nervoso não é uma boa estratégia, porque dá a impressão de que a culpa da discussão é toda dele, quando na verdade, pode ser de ambos. A postura de um reflete na do outro; • Tente realinhar a discussão ao propósito comum, que é buscar uma solução mutuamente satisfatória. Como aplicar na prática o que aprendeu Papel das emoções nas negociações O papel das emoções nas negociações é significativo e pode influenciar diretamente o desenvolvimento e o resultado das negociações. Aqui estão alguns aspectos-chave sobre o papel das emoções na negociação: Impacto na tomada de decisões: As emoções podem afetar a maneira como as partes tomam decisões durante a negociação. Por exemplo, a raiva pode levar a respostas impulsivas e decisões baseadas em retaliação, enquanto o medo pode levar a decisões excessivamente cautelosas. Por outro lado, a confiança e a alegria podem facilitar a tomada de decisões mais favoráveis e cooperativas. Comunicação e expressão emocional: As emoções podem influenciar a forma como as partes se comunicam e expressam seus pontos de vista e necessidades. A expressão emocional pode ajudar a transmitir o significado e a importância de certas questões, mas também pode comprometer a comunicação quando as emoções são intensas e descontroladas. É essencialaprender a expressar emoções de maneira construtiva e compreender as emoções expressas pela outra parte. Construção ou ruptura de relacionamentos: As emoções têm o poder de construir ou romper relacionamentos durante a negociação. A empatia e a compreensão das emoções alheias podem fortalecer o vínculo e promover a colaboração. No entanto, a expressão inadequada de emoções, como a raiva ou o desrespeito, pode criar um ambiente de negociação hostil e prejudicar a construção de um relacionamento de confiança. Influência nas concessões e acordos: As emoções podem desempenhar um papel importante nas concessões que as partes estão dispostas a fazer e nos acordos finais alcançados. Emoções como a raiva podem resultar em concessões rígidas, enquanto o medo pode levar a concessões exageradas. A habilidade de gerenciar as emoções e encontrar um equilíbrio adequado nas concessões é crucial para alcançar acordos mutuamente vantajosos. Gerenciamento emocional: O gerenciamento adequado das emoções é essencial para uma negociação eficaz. Isso envolve a consciência das próprias emoções, a capacidade de reconhecer e entender as emoções da outra parte e a habilidade de regular e expressar emoções de maneira construtiva. O gerenciamento emocional permite que as partes tomem decisões mais racionais e colaborativas, promovendo o sucesso da negociação. Portanto, na prática, é crucial reconhecer, entender e gerir as emoções durante as negociações. A inteligência emocional desempenha um papel fundamental para lidar com as emoções de forma construtiva, melhorar a comunicação, fortalecer os relacionamentos e alcançar resultados satisfatórios para todas as partes envolvidas. Conteúdo bônus Tópicos avançados Nome do vídeo: O Caldeirão do Huck traz o especialista Dan Shapiro - 15/09/2018 Plataforma: Gshow ou Globoplay (disponível gratuitamente) Descrição: Um dos maiores especialistas do mundo em negociações, Dan Shapiro ajudou famílias a resolverem seus problemas: “Uma transformação poderosa acontece quando as pessoas se colocam lado a lado”. Referência Bibliográfica CARVALHAL, Eugenio do et al. Negociação e administração de conflitos. 4.ed. Rio de Janeiro : FGV, 2015, 213 p. FISHER, Roger. PATTON, Bruce. URY, William. Como chegar ao sim: a negociação de acordos sem concessões. Rio de Janeiro: Imago, 2005. MARTINELLI, D. P.; ALMEIDA, A. P. Negociação e solução de conflitos: do impasse ao ganha ganha através do melhor estilo. São Paulo: Atlas, 1998. Ir para questão
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