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PROVA DE ORTODONTIA – 2015.2 1) Qual a importância da radiografia cefalométrica de perfil para a Ortodontia? É a o principal exame radiográfico indicado para que seja feito o diagnóstico em Ortodontia. A radiografia cefalométrica de perfil é indicada para: - Observar proporções dento-faciais; - Relação inter-maxilares; - Classificação das anomalias esqueléticas; - Padrão do crescimento facial: observar se o paciente tem crescimento vertical ou horizontal aumentados por conta de ângulos na mandíbula. - Planejamento do tratamento. 2) Aproveitamento do surto de crescimento para intervir nas classes I, II e III. As desarmonias esqueléticas devem ser corrigidas o quanto mais breve possível, a época ideal é aquela que estamos no surto de crescimento e temos um favorecimento no tratamento. No paciente com maloclusão Classe I, as bases ósseas estão em harmonia, portanto, não é feita nenhuma intervenção. Quando identificado precocemente um problema, o ortodontista pode elaborar um plano de tratamento menos invasivo, utilizando aparelhos extra orais nas maloclusões Classe II (esqueléticas) e em alguns casos de Classe III. A maloclusão Classe II deve ser tratada durante o surto de crescimento, pois deseja- se aproveitar ao máximo o potencial de crescimento do paciente de forma a tentar restringir um pouco o crescimento da maxila, em casos de protrusão maxilar, e, permitir que a mandíbula expresse o seu crescimento. A Classe III é um pouco mais difícil de ser tratada, principalmente aquelas que envolvem prognatismo mandibular, será necessário um tratamento mais invasivo, orto-cirurgico. O paciente pode ter maloclusão Classe III devido a uma deficiência maxilar. Nesses casos, o pode ser realizada a interceptação através da protação maxilar. Faz-se a disjunção e a protração maxilar com o objetivo de “puxar” a maxila, a protação é a tração anterior da maxila, antes do surto de crescimento (8-9 anos). Quando a Classe III é bastante acentuada e tem o componente mandibular, pode até ser feita tração da maxila, a fim de amenizar a desarmonia, e, às vezes, corrigir uma mordida cruzada anterior e acompanhar aquele paciente, porém é importante orientar os pais que certamente este caso será orto-cirúrgico (tratamento paleativo). Em casos de problemas transversos, como a constrição maxilar, deve-se corrigir esse problema se possível durante a fase de crescimento porque tem-se uma amplitude de correção. Tal deficiência manifesta-se como mordida cruzada uni ou bilateral, parcial ou total, e, às vezes, não há mordida cruzada, mas sim uma inclinação acentuada no processo dento-alveolar. No caso de mordidas cruzadas onde há o comprometimento da base óssea, deve-se intervir até um pouco antes do surto de crescimento visto que a maxila cresce primeiro que a mandíbula. Deve- se usar aparelhos removíveis para correção das inclinações axiais alteradas. 3) Análise cefalométrica para classificar o paciente em Classe I, II ou III, posicionamento dos dentes e classificar o perfil em reto, côncavo e convexo. 4) Por que é importante realizar a análise de dentição mista? A análise da dentição mista é importante para o diagnóstico e tratamento (preventivo, interceptavivo ou corretivo) de problemas oclusais em pacientes infantis durante o seu crescimento, ainda em fase de evolução da oclusão. 5) Cite 3 pequenos movimentos que um clínico pode executar. Inclinação, extrusão e rotação anterior. 6) Fazemos uma placa com batente para sobremordida exagerada. Quem pode usar esse aparelho? O que a placa com batente pode realizar no paciente? O paciente deve estar na fase de crescimento. O batente promove a desoclusão posterior, permitindo com que haja erupção dos dentes posteriores, acompanhados pelo tecido ósseo alveolar, o que melhora a sobremordida). Para correção da sobremordida exagerada, a extrusão promovida pelo uso da placa com batente deve ser maior que o crescimento dos côndilos. O uso da placa com batente promove leve intrusão dos incisivos inferiores, melhora do terço inferior da face, extrusão dos dentes posteriores, crescimento vertical do osso alveolar na região posterior. 7) Como ocorre o movimento dentário quando a força é leve e quando a força é pesada. Força Suave: no lado de pressão, quando eu tenho uma força suave, vai haver uma diminuicao do ligamento periodontal, mas não terá obliteração total. Vai haver diminuição do metabolismo celular e as áreas de hialinização formadas serão de pouca extensão e tamanho. A absorção óssea será direta, quando os osteoclastos ficam enfileirados na superficie do osso alveolar voltado para o ligamento periodontal em direção a medula óssea, proporcionando um movimento lento e contínuo. Absorção óssea direta tem como sinônimo frontal ou de superfície. Na absorção óessa frontal as células que estão no ligamento periodontal estão em atividade. Força Pesada: Na força pesada eu vou ter a obliteração dos capilares e grande diminuição ou obliteração total do espaço do ligamento periodontal, isso vai levar a uma ausência de irrigação e as células irão sofrer necrose. Vai ter ausência do metabolismo celular e os eventos para que o dente se mova não irão ocorrer devido a morte celular, ou seja, devido a formação de uma grande área hialinizada. A absorção óssea gerada será a indireta ( solapante a distância ), a absorção será da medula óssea para o processo alveolar. O dente não vai fazer um movimento contínuo, faz um movimento de grande extensão e vai gerar dor. A absorção óssea indireta só vai ser causada pelo movimento dentário induzido, não acontece fisiologicamente como a direta. Absorção direta - osteoclastos ficam entre os espaçõs do ligamento periodontal;ausência de dor;movimento longo e contínuo Absorção indireta- osteoclastos ficam entre os espaços medulares;presença de dor;movimento demorado e de longa extensão. 8) Diferenciar uma mordida aberta esquelética de uma mordida aberta dentária. A mordida aberta dentária está normalmente associada a hábitos bucais deletérios, como sucção digital, e seus portadores caracterizam-se por apresentar uma face proporcional, com um padrão de crescimento vertical normal, incisivos na maioria das vezes protruídos, dentes anteriores em infra-oclusão por deficiência vertical alveolar e altura molar levemente excessiva. A mordida aberta esquelética é caracterizada por ângulos goníacos e do plano mandibular aumentados, altura facial anterior inferior aumentada, inclinação anterior do plano palatino, além de uma mandíbula retrognática geralmente, o que gera um aspecto facial de desequilíbrio entre os terços faciais médio e inferior. Apresenta, também, um maior desenvolvimento vertical dos molares e um desenvolvimento normal dos processos alveolares na região anterior dos arcos dentários, que se encontram em infra-oclusão devido a uma divergência entre as bases ósseas. 9) Diferenciar uma mordida cruzada esquelética de uma mordida cruzada dentária. Dois exemplos de intervenção, duas situações clínicas. - Mordida cruzada esquelética: Quando existe comprometimento esquelético transversal da maxila, mandíbula ou de ambos. - Mordida cruzada dentária: não afeta o tamanho ou a forma do osso, somente a inclinação localizadfa de um ou mais dentes. - Exemplo 1: Paciente possui mordida cruzada anterior localizada, onde seu incisivo central está palatinizado * não há falta de espaço. Nesse caso podemos optar pelo uso de um plano inclinado. - Exemplo 2: Paciente possui mordida cruzada posterior bilateral. Foi observado que sua etiologia era esquelética. Nesse caso podemos optar pelo uso do disjuntor palatal 10) Paciente perdeu o segundo molar decíduo com 8 anos, com os primeiros molares permanentes erupcionados, deve ser realizada manutenção de espaçopara o 1º molar permanente não mesializar. Qual mantenedor de espaço indicamos? Cite suas vantagens e desvantagens. O mantenedor de espaços indicado é a banda alça, que é um mantenedor fixo. Deve ser usado até que ocorra a erupção do 2º pré-molar, a fim de evitar que ocorra a mesialização do 1º molar permanente, e, consequentemente, uma impactação do 2º pré-molar. Vantagens: Preserva perfeitamente o espaço do dente perdido; Guiar o dente sucessor; Não depende da colaboração do paciente; Vida útil prolongada; Confecção simples. Desvantagens Não evita a extrusão do antagonista; Não restaura a função mastigatória; Maior risco de cárie; Retém placa.
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