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Curso: Farmácia 
Alunos: 
Disciplina: Administração e Empreendedorismo Farmacêutico 
Período: 10º 
Professor/a: 	 
 
2ª AVALIAÇÃO: MOTIVAÇÃO1 
 
Qual é organização que não gostaria de ter em seus quadros pessoas motivadas, satisfeitas, felizes e entusiasmadas? Um dos maiores desafios do administrador é motivar as pessoas. Torná-las decididas, confiantes e comprometidas intimamente a alcançar os objetivos propostos. Energizá-las e estimulá-las o suficiente para que sejam bem-sucedidas através de seu trabalho na organização. O conhecimento da motivação humana é indispensável para que o administrador possa realmente contar com a colaboração irrestrita das pessoas. Embora os estudos sobre motivação pertençam especificamente à área da psicologia, a teoria administrativa se abastece dela para criar condições de aplicabilidade dos seus conceitos na vida organizacional. 
 
Nesse sentido, motivar os empregados para alcançar altos níveis de satisfação, desempenho e produtividade, constitui o ponto central da Psicologia do Trabalho. Muitos autores vêm contribuindo nesse sentido, formulando teorias, definindo conceitos e situações motivadoras, interpretando comportamentos e atitudes, estabelecendo metas e objetivos no processo motivacional e propondo modelos e planos de ação, embora apresentando diversidade nos seus pontos de vista. Apesar das divergências de opinião, pode-se observar que existe consenso generalizado em considerar o fenômeno da motivação, representado por um processo de tomada de decisões que, na situação de trabalho, leva os indivíduos a executarem suas tarefas e a desempenharem suas atribuições na medida de suas melhores capacidades e esforços. 
 
MAS O QUE É MESMO MOTIVAÇÃO? 	 
 
Talvez seja mais fácil começar dizendo o que a motivação não é. Muita gente acha que a motivação é um traço pessoal da personalidade humana que algumas pessoas possuem e outras não. Há gente que acha que as pessoas com pouca motivação são preguiçosas e indolentes. O conhecimento atual a respeito da motivação demonstra que essas pressuposições são errôneas. A motivação funciona como resultado da interação entre o indivíduo e a situação que o envolve. As pessoas diferem quanto ao seu impulso motivacional básico, e a mesma pessoa pode ter diferentes níveis de motivação que variam ao longo do tempo, ou seja, ela pode estar mais motivada em um momento e menos motivada em outra ocasião. A conclusão é que o nível de motivação varia entre as pessoas e dentro de uma mesma pessoa através do tempo. Além das diferenças individuais, existem as variações no mesmo indivíduo em função da situação. 
 
Enquanto a motivação geral está relacionada com o esforço em direção a algum objetivo pessoal, preferimos aqui estreitar o nosso foco de preocupação na situação trabalho. Assim, a motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforços em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer algumas necessidades individuais. 
 
Para compreender a motivação humana, o primeiro passo é o conhecimento do que a provoca e dinamiza. A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza com as necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias, que podem ser chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou motivos. As necessidades humanas ou motivos são forças internas que impulsionam e influenciam cada pessoa determinando seus pensamentos e direcionando o seu comportamento diante das diversas situações da vida. As necessidades ou os motivos constituem as fontes internas de motivação da pessoa. Cada pessoa possui motivos ou necessidades que condicionam seu comportamento e que são pessoais e individuais, pois são determinados por fatores que formam a personalidade, por traços biológicos e psicológicos e pelas características adquiridas pela experiência pessoal e aprendizagem de cada 
pessoa. Ademais, cada um pode sentir seus motivos e necessidades de maneira diferente, em diferentes épocas ou situações. 
Apesar das diferenças individuais quanta às necessidades que regem o comportamento das pessoas, elas são basicamente semelhantes quanto à maneira pela qual as fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter satisfação. Sob esse ponto de vista, muitas teorias procuram identificar as necessidades que são comuns a todas as pessoas. A utilidade dessas teorias reside no fato de que o gestor, por ter pleno conhecimento dessas necessidades, pode tentar motivar sua equipe a agir e a se comportar de acordo com os objetivos da empresa e, simultaneamente, alcançar a satisfação delas por meio do contexto organizacional. Ambos, empresa e individuo, poderiam beneficiar-se reciprocamente. 
 
As teorias de motivação podem ser classificadas em duas abordagens diferentes. De um lado, as teorias de conteúdo que se relacionam principalmente com aquilo que está dentro de um indivíduo ou do ambiente que envolve um indivíduo e que energiza ou sustenta o seu comportamento. Proporcionam uma visão geral das necessidades humanas e ajudam o administrador a entender o que as pessoas desejam ou o que satisfará as suas necessidades. De outro lado, as teorias de processo, que oferecem uma alternativa mais dinâmica, pois proporcionam uma compreensão dos processos cognitivos ou de pensamento das pessoas, e que influenciam seu comportamento. 
 
TEORIAS DE CONTEÚDOS 
 
Hierarquia das necessidades de Maslow: a teoria motivacional mais conhecida e a de Maslow e se baseia na hierarquia das necessidades humanas. Para Maslow, as necessidades humanas estão arranjadas em uma pirâmide de importância e de influencia no comportamento humano. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas e recorrentes, enquanto no topo estão as mais sofisticadas e intelectualizadas. São elas: Necessidades fisiológicas (fome, sede, sono, sexo), Necessidades de Segurança (segurança e proteção contra ameaça e perigo físico e emocional), Necessidades Sociais (afeição, filiação, aceitação social e amizade), Necessidades de Estima (estima, autorrespeito, autonomia, senso de competência, etc.), Necessidades de Autorrealização (crescimento pessoal e alcance da plena potencialidade. 
 
De acordo com essa teoria, quando uma necessidade é relativamente satisfeita, a próxima necessidade mais elevada torna-se dominante no comportamento da pessoa. As necessidades mais altas somente influenciam o comportamento quando as necessidades mais baixas estão relativamente satisfeitas. Na verdade, a diferenciação entre as necessidades de alto nível e as de baixo nível se baseia na premissa de que a necessidades mais elevadas são satisfeitas internamente (dentro da pessoa), enquanto as de baixo nível são satisfeitas externamente (através de remuneração, contratos de trabalhos, etc.). 
 
Teoria dos dois fatores: Proposta por Frederick Herzberg, trata da motivação para o trabalho e é também chamada de teoria dos fatores higiênicos (salários, condições ambientais de trabalho, segurança no emprego, relação com os superiores, etc.) e motivacionais (trabalho em si, realização pessoal, etc.). Os primeiros estão associados com o contexto do trabalho, ou seja, com aqueles aspectos relacionados com o ambiente de trabalho. A insatisfação está ligada mais com o ambiente no qual a pessoa trabalha do que com a natureza do trabalho em si. Os fatores motivacionais estão relacionados com o conteúdo do trabalho, com as fontes de satisfação no trabalho. Trata-se de uma teoria dos determinantes da satisfação e insatisfação no emprego e não propriamente uma teoria da motivação. 
 
TEORIAS DE PROCESSO 
 
Teoria da equidade: uma organização é um sistema de contribuições e de recompensas: as pessoas contribuem para a organização através do seu trabalho e recebem recompensas da organização. Logo, essa teoria avalia as contribuições (o que a pessoa dá) em relação às recompensas (o que a pessoa recebe) do seu trabalho à organização. Cada pessoa faz comparações entre as contribuições e recompensas de seu trabalho com as contribuições e recompensasdo trabalho das outras pessoas. Essas comparações servem para definir inequidades e então reagir a elas ou tentar eliminá-las. Quando um empregado percebe uma inequidade, ele escolhe uma das seguintes alternativas de comportamento: mudar suas contribuições (reduzindo seu esforço no trabalho); mudar as recompensas recebidas (mantendo a quantidade de produção e reduzindo a qualidade do trabalho ou reclamando de recompensa recebida); modificar os pontos de 
comparação (procurando meios de fazer as coisas parecerem melhores); modificar a situação (transferindo para outra situação ou saindo da organização). 
 
Teoria da expectância: segundo essa teoria, a tendência para agir de uma certa maneira depende da força da expectativa de que a ação possa ser seguida por algum resultado e da atratividade desse resultado para o individuo. Em termos práticos, isso significa que um empregado estará motivado a se esforçar quando ele acredita que seu esforço o levará a uma boa avaliação do desempenho, a qual lhe proporcionará recompensas da organização, como bônus, prêmio, promoção, gratificação ou aumento salarial, e que essas recompensas satisfarão os seus objetivos individuais. 
 
 
 
 
QUESTÕES: 
 
1. Qual a importância da motivação no mundo das organizações? 
A aplicação desempenha um papel crucial no mundo das organizações, pois funcionários motivados tendem a ser mais produtivos, satisfeitos e comprometidos. Uma força de trabalho motivada contribui positivamente para o alcance dos objetivos organizacionais, promovendo um ambiente de trabalho saudável e eficiente.
2. Com base no texto, qual sua compreensão sobre motivação humana? E como ela se relaciona com as necessidades humanas? 
A motivação, de acordo com o texto, resultado da interação entre o indivíduo e sua situação. A motivação humana está intrinsecamente ligada às necessidades individuais, que são forças internas impulsionando o comportamento. As necessidades humanas, ou motivos, são influenciadas por fatores biológicos, psicológicos e experiências pessoais. A motivação é o desejo de atender a essas necessidades através de esforços direcionados a objetivos organizacionais.
3. Quais as abordagens existentes sobre as teorias da motivação? Explique o que prega as teorias de conteúdo e de processo? 
Teorias de Conteúdo: Concentram-se no que motiva as pessoas, identificando as necessidades que influenciam o comportamento. Exemplos incluem a Hierarquia de Necessidades de Maslow e a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg.
Teorias de Processo: Exploram os processos cognitivos que influenciam o comportamento motivado. Exemplos incluem a Teoria da Equidade e a Teoria da Expectância.
4. Comente as teorias de Maslow e Herzberg. 
Teoria de Maslow: Hierarquia das Necessidades
A teoria de Maslow, conhecida como Hierarquia das Necessidades, propõe que as necessidades humanas são organizadas em uma hierarquia de cinco níveis. A progressão ocorre da base para o topo, incluindo:
· Necessidades Fisiológicas: Básicas, como alimentação, sono e abrigo.
· Necessidades de Segurança: Relacionadas à proteção contra perigos e ameaças.
· Necessidades Sociais: Envolvem interação social, amizade e acessibilidade.
· Necessidades de Estimativa: Relacionadas ao reconhecimento, autoestima e estatuto.
· Necessidades de Autorrealização: Envolvem o alcance do potencial máximo e crescimento pessoal.
Maslow postula que as necessidades em um nível superior só se tornam motivadas quando as necessidades em níveis inferiores estão relativamente satisfeitas. Essa teoria enfatiza a progressão contínua das necessidades ao longo da vida.
Teoria de Herzberg: Teoria dos Dois Fatores
Frederick Herzberg propôs a Teoria dos Dois Fatores, também conhecida como teoria dos fatores motivacionais e higiênicos. Ele acordou dois conjuntos diferentes de fatores:
· Fatores Higiênicos: Relacionados ao ambiente de trabalho e condições externas. Inclui negociações, condições de trabalho, relacionamento com colegas e supervisores. A ausência desses fatores pode causar insatisfação, mas sua presença não leva necessariamente à motivação.
· Fatores Motivacionais: Relacionados ao conteúdo do trabalho e às características intrínsecas da carga. Envolvem desafios, reconhecimento, responsabilidade e crescimento profissional. A presença desses fatores motiva os funcionários.
Herzberg argumenta que a satisfação e a insatisfação no trabalho são influenciadas por fatores diferentes e, portanto, devem ser tratadas separadamente. A ausência de insatisfação não significa automaticamente a presença de motivação, sendo necessário abordar ambos os conjuntos de fatores.
Ambas as teorias de Maslow e Herzberg são importantes para a compreensão das motivações humanas no contexto organizacional, embora abordem diferentes aspectos das características. Maslow destaca a situação das necessidades, enquanto Herzberg enfoca os fatores que influenciam a satisfação e a motivação no trabalho.
5. Comente as teorias da equidade e expectância? 
Teoria da Equidade: 
A Teoria da Equidade, conforme apresentado no texto, abordagem a aplicação sob a perspectiva da justiça social. Essa teoria destaca a importância de os indivíduos compreenderem equidade nas relações entre suas contribuições e recompensas no ambiente de trabalho. A ideia central é que os funcionários comparem suas próprias contribuições (como esforço e dedicação) e recompensas (como lucro e reconhecimento) com as de seus colegas. Quando percebemos uma falta de equidade, reagimos de diferentes maneiras, como podem facilitar o esforço, buscando recompensas adicionais ou até mesmo considerando a saída da organização.
A Teoria da Equidade destaca a sensibilidade das pessoas à percepção de justiça nas relações trabalhistas. É crucial para os gestores garantirem que as políticas de recompensas e reconhecimento sejam percebidas como justas e equitativas, a fim de evitar a insatisfação e promover um ambiente de trabalho saudável.
Teoria da Expectância: 
A Teoria da Expectância, conforme mencionado no texto, foca na tomada de decisão individual em relação à motivação. Essa teoria sugere que a motivação para realizar uma determinada ação é influenciada pela expectativa de que o esforço tenha um bom desempenho, a instrumentalidade (a crença de que um bom desempenho resultará em recompensas) e a valência (a valorização pessoal das recompensas).
De acordo com a Teoria da Expectância, a motivação é calculada multiplicando esses três fatores. Se qualquer um deles for zero, a motivação resultante será zero. Isso destaca a importância de perceber uma clara relação entre esforço, desempenho e recompensas para a motivação.
Ambas as teorias ressaltam a importância da percepção individual e das expectativas na motivação dos colaboradores, oferecendo abordagens valiosas para compreensão e melhoria do desempenho no ambiente de trabalho.

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