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Contestaçao npj4

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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DO FORO REGIONAL DE JACAREPAGUÁ
Processo nº xxx
BANCO SAFRA, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído apresentar
CONTESTAÇÃO
Em face da Ação de Obrigação de Fazer c/c Antecipação dos Efeitos da Tutela c/c Danos Materiais e Morais movida por MARIA CRISTINA DIAS, dizendo e requerendo o que segue.
I – Das Preliminares:
· Incorreção do valor da causa
Visto que o valor dado na inicial não condiz com a realidade dos fatos, pois, a autora da ação contratou serviço do banco de forma legitima.
· Impugnação à Gratuidade de Justiça
Da Indevida concessão do benefício da gratuidade de justiça ao autor
Pelo que se depreende da documentação apresentada, o autor apenas declarou ser pobre nos termos da lei para auferir os benefícios da Gratuidade de Justiça.
Ocorre que a declaração de pobreza gera apenas presunção relativa acerca da necessidade, cabendo ao julgador verificar outros elementos para decidir acerca do cabimento do benefício.
Neste sentido, não pode ser aceita a mera declaração de pobreza, devendo ser exigida prova da impossibilidade no pagamento das custas processuais.
Assim não comprovada a situação de miserabilidade, o indeferimento do pedido é medida que se impõe.
II – Dos Fatos
A Sra. MARIA CRISTINA DIAS, contratou o serviço do banco SAFRA por livre manifestação de vontade na formalização do negócio jurídico, tendo assinado um contrato de empréstimo de forma legitima, tendo o réu agido com transparência e de boa-fé.
Depois de usufruir dos benefícios que o banco promoveu, a autora alega que não contratou o serviço, agindo com má-fé de forma contraria a postura que o banc0 teve com a autora quando foi contratado.
III – Mérito da Contestação
A Contestante impugna todos os fatos articulados na inicial o que se contrapõe com os termos desta Contestação, esperando a IMPROCEDÊNCIA DA AÇÃO PROPOSTA, pelos seguintes motivos.
Pelo princípio da eventualidade, todos os argumentos e provas deve a:
· Da Litigância de Má-fé
Conforme disposição expressa do Código de Processo Civil, em seu;
Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
II – Alterar a verdade dos fatos;
III – Usar do processo para conseguir objetivo ilegal;
Portanto, considerando a manifesta intencionalidade do autor em mover uma ação infundada, fica caracterizado o abuso das ferramentas processuais, devendo ser aplicada a multa por litigância de má-fé.
O litigante de má-fé deve ser condenado a paga multa de dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
Afinal, mover a máquina pública conscientemente da improcedência da ação, com o intuito ardil de prejudicar a outra parte configura nítida litigância de má-fé.
Motivos pelos quais requer a condenação do autor a multa por litigância de má-fé.
· Dos Danos Morais – Mero Aborrecimento
Pela doutrina e jurisprudência, o dano moral é conceituado e exclusivamente como aquele que abala a honra e a dignidade humana, sendo exigido para sua configuração um impacto psicológico, humilhação ou severo constrangimento.
No entanto, a inicial não descreve qualquer linha acerca de alguma humilhação ou constrangimento à honra ou à imagem da Autora.
Pelo contrário, diante do primeiro contato, o Réu se prontificou a resolver o infortúnio ocorrido com a Autora, bem como a apresentação do contrato assinado de empréstimo, além de não se tratar de conduta reiterada, razões pelas quais não há que se falar em cabimento de dano moral, pois a cobrança a Autora é legitima.
Ou seja, o mero aborrecimento do dia a dia não tem o condão de conferir o direito á danos morais, sob risco de banalizarmos o instituto do dano à dignidade, transformando em verdadeira indústria de indenizações.
IV – Dos Pedidos
Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:
· O deferimento à impugnação ao valor da causa determinando sua adequação;
· O deferimento do pedido de Gratuidade de Justiça;
· O acolhimento das preliminares arguidas com a imediata extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos dos arts. 354 e 485 do CPC;
· O acolhimento das contraposições às provas e argumentos trazidos e consequente declaração de IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA;
· A demanda seja julgada TOTALMENTE IMPROCEDENTE, pois não há nenhuma conexão que realmente prove a existência de prejudicar o autor da demanda por parte do réu, visto que a parte que figura no polo passivo não divulgou o contrato de empréstimo assinado pela mesma, que demonstra a obrigação de pagar da autora;
· Que seja declarado inexistente o dano, pois se observa que aceita-lo seria assumir um erro que o réu não cometeu, visto que todas as ações realizadas foram legitimas e com consentimento da autora, dito isto o pedido de danos morais não deveria ser cabível;
· O reconhecimento da concessão indevida da AJG a Autora, devendo o mesmo arcar com as custas processuais e honorários de sucumbência;
· A total improcedência da presente demanda, com a condenação da Autora ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;
· A intimação em nome do Advogado da autora;
· Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos em direito, sejam eles documentais, testemunhais ou periciais, principalmente pelas provas acostadas.
Por fim, manifesto o interesse na audiência conciliatória, nos termos do Art. 319, VII do CPC.
Do valor da causa à Reconvenção: R$ 1.000,00.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado
OAB xxx

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