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Resumo - Ansiolíticos e Hipnóticos

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ANSIOLÍTICOS E HIPNÓTICOS 
São usados no tratamento de vários transtornos de ansiedade e atuam como hipnóticos 
também por facilitar a indução do sono. 
Principais transtornos de ansiedade: 
 Transtorno de ansiedade generalizada (conceituado quando o indivíduo apresentar um 
estado constante de ansiedade, sem que ele tenha uma razão clara para estar ansioso) 
 Transtorno do pânico (quando o indivíduo apresenta uma crise de ansiedade e que 
esteja associada a manifestações físicas – taquicardia, sudorese, tremores e sensação 
de falta de ar) 
 Fobia (indivíduo apresenta medo de situações especificas ou de objetos) 
 Transtorno do estresse pós-traumático (quando o indivíduo entra em um estado de 
ansiedade devido uma lembrança de uma experiência estressante vivida no passado) 
 Transtorno de ansiedade social (relacionado às pessoas que tem medo de estar ou 
interagir com outras pessoas) 
 Transtorno obsessivo compulsivo (TOC – comportamento com ritual compulsivo, 
dominado por ansiedade irracional). 
Tratamento: não é só medicamento, tem que existir também a abordagem psicológica. Dentro 
dos medicamentos amplamente usados nesses transtornos têm os ansiolíticos e, hoje em dia, 
associados a eles, os antidepressivos e também os antipsicóticos e os antiepiléticos. 
Classificação dos fármacos ansiolíticos e hipnóticos: 
 Benzodiazepínicos (são usados por seu efeito ansiolítico e hipnótico); 
 Buspirona (utilizada principalmente no tratamento da ansiedade generalizada, sendo 
usada só como ansiolítico); 
 Antagonistas de receptores β-adrenérgicos (como o propranolol – usados para tratar 
ansiedade que apresenta manifestação física, para impedir taquicardia, tremor e 
sudorese excessivos – o antagonista β-adrenérgico é eficaz por bloquear resposta 
simpática periférica, não dependendo da ação central do fármaco); 
 Zolpidem (usado como hipnótico); 
 Barbitúricos (já foram, mas não são mais usados como ansiolíticos e hipnóticos, por 
gerarem mais efeitos colaterais, como depressão, portanto foram substituídos pelos 
benzodiazepínicos. Mas ainda são usados como antiepiléticos e anestésicos); 
 Anti-histamínicos sedativos (antagonistas H1 da histamina – histamina atua em H1 
aumentando estado de alerta, se for usado um antagonista, impede essa ação, 
diminuindo o estado de alerta – gerando sedação e acalmando o indivíduo, sendo mais 
utilizados em crianças); 
 Antidepressivos, antipsicóticos e antiepilépticos (são usados para tratar a ansiedade e 
não para causar hipnose). 
 
 
Diferença entre um fármaco sedativo e hipnótico: 
O fármaco sedativo diminui a atividade do indivíduo, modera excitação e acalma. 
Um fármaco hipnótico produz sonolência, facilita o início do sono e mantem o sono no período 
de uma noite. 
 
BENZODIAZEPÍNICOS 
Mecanismo de ação: 
Atuam em receptor GABAA (responsável pela transmissão sináptica inibitória). Os 
benzodiazepínicos intensificam a resposta de GABA, potencializando os efeitos desse 
neurotransmissor. 
Se ligam em um sítio de ligação diferente do sítio de ligação de GABA do receptor, dessa forma 
geram ativação alostérica: no receptor de GABAA tem um sítio alostérico e um ativo, o 
benzodiazepínico se liga ao alostérico, aumentando afinidade do sítio ativo por GABA. Quando 
GABA se liga ao sítio ativo abre canal de Cl-, tendo entrada de cloreto no neurônio pós-
sináptico, gerando hiperpolarização – diminuindo as sinapses. 
Receptor GABAA é um canal iônico dependente de ligante, considerado ionotrópico (tipo 1), 
formado por 5 subunidades proteicas que formarão o canal de cloreto. Os benzodiazepínicos 
não ativam diretamente os receptores GABAA – só o benzodiazepínico se ligar ao receptor não 
abre canal de cloro. Depende da ligação pré-sináptica de GABA também para que os 
benzodiazepínicos tenham efeito. E como não atuam isoladamente, pode-se dizer que eles 
apenas modulam de forma positiva os efeitos de GABA, pois vão intensificar a resposta desse 
neurotransmissor. Eles fazem isso por gerar um aumento na frequência da abertura dos canais 
de cloreto, tendo mais entrada de cloreto do que em níveis fisiológicos, favorecendo a 
hiperpolarização do neurônio pós e tornando mais lenta a liberação de neurotransmissores 
excitatórios pelo neurônio pós, acalmando o indivíduo e induzindo a hipnose. 
 
Propriedades farmacológicas: 
Maior parte dos efeitos dos benzodiazepínicos vai depender da ação deles no nível do SNC, 
porém têm 2 propriedades farmacológicas relacionadas a eles que dependem de ação 
periférica. 
Quanto a relacionada as ações centrais: 
 Sedação e hipnose 
 Redução da ansiedade e agressividade 
 Relaxamento muscular 
 Amnésia anterógrada 
 Atividade anticonvulsivante. 
Já a vasodilatação coronária (só ocorre quando doses terapêuticas são administradas via 
intravenosa. Via oral não) e o efeito bloqueador neuromuscular (só por altas doses de 
benzodiazepínicos na via intravenosa) são efeitos de ações periféricas. 
Objetivos de uso: 
Geram redução da ansiedade e agressividade. Benzodiazepínico é indicado para tratar estado 
agudo de ansiedade, não seria a mais indicada para tratar ansiedade em longo prazo, pois seu 
efeito é rápido (em longo prazo preferem-se os antidepressivos e a buspirona). 
Também são usados para causar sedação e indução do sono, mas embora sejam usados para 
gerar hipnose, são indicados somente para indivíduos que dormem menos de 6 horas por 
noite – isso está associado à meia-vida desses deles. 
Os fármacos benzodiazepínicos, como o Midazolam, são usados para facilitar o sono e não vão 
proporcionar uma duração maior do que 6 horas (sua meia-vida é de 6hrs). Além disso, a 
literatura mostra que os efeitos declinam com o uso prolongado: se o indivíduo fizer uso 
contínuo por 2 ou mais semanas, pode ter queda de resposta, necessitando de aumento de 
dose. Também não é recomendado, porque além de gerarem tolerância, benzodiazepínico 
também gera dependência e ressaca (porque é altamente lipofílico, se acumulando no tecido 
adiposo e gerando ressaca – por estar acumulado e ser liberado aos poucos na corrente 
sanguínea, pode gerar sonolência – o acúmulo do fármaco favorece seu efeito colateral). 
Também geram redução do tônus muscular e da coordenação (relacionados ao efeito na 
medula espinhal, onde o benzodiazepínico potencializa a ação de GABA em nível espinhal, 
promovendo relaxamento muscular – importante, pois a ansiedade está relacionada ao 
aumento do tônus muscular, gerando tensão). 
Todos os benzodiazepínicos contem efeito anticonvulsivante, porque todos potencializam o 
efeito inibitório de GABA, diminuindo sinapse anormal. Dentro dos benzodiazepínicos tem 
alguns que são utilizados exatamente devido seu efeito anticonvulsivante: Clonazepam ou 
Clorazepato (usado via oral para prevenção de epilepsia), e o Diazepam (é um 
benzodiazepínico usado por via intravenosa para impedir uma crise convulsiva durante um 
estado epilético). 
Benzodiazepínicos também causam amnésia anterógrada – quando o indivíduo está sob o uso, 
pode não lembrar algumas coisas, principalmente se estiver no pico de concentração 
plasmática (mais ou menos 1 hora após administração), além disso também são usados em 
procedimentos cirúrgicos menores para que o indivíduo não tenha lembranças desagradáveis. 
Também tem efeito antidepressivo, o único que tem é o Alprazolam – que além de ser um 
ansiolítico, tem efeito antidepressivo por inibir captura de noradrenalina e serotonina. 
Respiração: 
Doses hipnóticas usadas por indivíduos saudáveis não terá dificuldade de respiração. 
Necessário ter cautela de uso em crianças, pois elas são mais sensíveis a esses fármacos 
inibidores do sistema nervoso,tendo efeito mais potencializado. E indivíduos que tem 
comprometimento da função hepática (alcoólatras), não são indicados, pois são metabolizados 
por enzima CYP no fígado, interferindo no seu metabolismo e gerando aumento de 
concentração plasmática. 
Em doses mais altas, seriam utilizadas na medicação pré-anestésica ou para endoscopia, 
gerando uma diminuição de ventilação alveolar, favorecendo a retenção de CO2. Em pacientes 
que tenham DPOC eles potencializam hipóxia alveolar, geram retenção excessiva de CO2, 
geram acidose respiratória e podem gerar narcose por CO2 (intoxicação por excesso de CO2). 
Também podem gerar apneia quando usados para anestesia ou em associação com os 
analgésicos opióides, porque os analgésicos opióides geram depressão do centro respiratório, 
dificultando as trocas gasosas. 
Pacientes gravemente intoxicados por benzodiazepínicos requerem assistência respiratória, 
somente quando ingerirem outro fármaco depressor ou quando alta dose é associada ao 
álcool, ele sozinho não mata. 
Os benzodiazepínicos podem piorar as desordens respiratórias associadas ao sono, por 
afetarem os músculos das vias aéreas superiores e por diminuírem a resposta ventilatória ao 
CO2, gerando hipoventilação e hipoxemia, em função disso é contraindicado para pacientes 
que tenham doença pulmonar obstrutiva crônica grave. 
Em pacientes que tenham apneia obstrutiva do sono (AOS), também não é indicado o uso de 
benzodiazepínicos (por diminuir o tônus muscular das vias aéreas superiores, podendo 
intensificar a apneia); e de um modo geral, a presença da apneia obstrutiva do sono é uma 
contraindicação não só pra uso de benzodiazepínico, mas de qualquer outro sedativo 
hipnótico e também para utilização do álcool. 
Pacientes que roncam regularmente também tem que se ter cautela, pois essa obstrução 
parcial das vias respiratórias pode dar origem a uma apneia obstrutiva do sono. 
Sistema cardiovascular: 
Em doses terapêuticas em indivíduos saudáveis eles não interferem na função cardiovascular. 
Já em doses pré-anestésicas, causam diminuição da pressão sanguínea e como resposta a 
queda da pressão o indivíduo tem aumento da frequência cardíaca (esse aumento da 
frequência ocorre por ativação reflexa mediada pelos barorreceptores). Ex. de fármacos que 
podem gerar esses efeitos: Midazolam quando usado por via intravenosa diminui resistência 
vascular periférica, causando queda na pressão. Se tiver aumento de dose, ainda diminui o 
fluxo sanguíneo levando a uma diminuição da captação de oxigênio pelo cérebro; e o 
Diazepam diminui trabalho ventricular esquerdo, diminuindo o débito cardíaco. 
Trato Gastrintestinal 
Os benzodiazepínicos melhoram as desordens gastrointestinais associadas a ansiedade, 
prevenindo azias e gastrites por ex. Estudos em animais mostram que eles protegem 
parcialmente contra úlceras associadas ao estresse. Em humanos o uso contínuo de Diazepam 
está associado a uma diminuição da secreção gástrica, prevenindo contra ulcerações. 
Aspectos farmacocinéticos: 
Podem ser usados via oral (principal via de administração), também podem ser usados por via 
intravenosa (Diazepam – para um estado de mal epilético; e Midazolam – em processos 
anestésicos – são os dois mais usados por essa via). Também podem ser usados através da via 
intramuscular quando se deseja um efeito mais prolongado. 
Quando administrados pela via oral, eles são completamente absorvidos pelo TGI, com 
exceção do clorazepato – que antes de ser absorvido é transformado (no suco gástrico) no 
metabólito ativo - N-desmetildiazepam, sendo posteriormente completamente absorvido. 
A concentração plasmática máxima para maioria deles é de 1 hora pós-administração via oral 
(exceções: Oxazepam e Lorazepam – são absorvidos de forma mais lenta). 
Os benzodiazepínicos se ligam amplamente às proteínas plasmáticas e o grau de ligação vai 
estar associada à lipossolubilidade de cada benzodiazepínico (quanto mais lipossolúvel, maior 
a taxa de ligação a albumina para transporte; e também quanto mais lipossolúvel, maior será o 
efeito acumulativo do benzodiazepínico em longo prazo). 
Metabolização: 
É catalisado por enzimas do citocromo P450, principalmente a CYP3A4 e a CYP2C19 (exceções: 
Oxazepam e Lorazepam – únicos que não são metabolizados pela enzima CYP. Eles são 
diretamente conjugados ao acido glicurônico para serem inativados, não passam por reação de 
fase 1, só de fase 2). 
Os benzodiazepínicos cruzam a barreira placentária e são secretados no leite materno, de 
forma que se evita o uso desses fármacos durante a gravidez a amamentação. 
Também sofrem interação medicamentosa: Eritromicina, Claritromicina – antibióticos; 
Itraconazol, Cetoconazol – antifúngicos  esses 4 fármacos inibem a enzima CYP, diminuindo 
o metabolismo dos benzodiazepínicos, aumentando a concentração plasmática deles (mas 
lembrando que o Oxazempam e o Lorazepam não são metabolizados pela enzima CYP, eles 
não vão sofrer essas interações medicamentosas). 
Duração de ação: 
Curta, média e longa. 
Um fármaco de ação curta tem uma meia-vida inferior a 6hrs 
O de meia-vida média terá uma duração de ação de 6-24hrs 
Um de meia-vida longa terá uma duração de ação superior a 24hrs. 
 
Imagem: 
 Triazolam e Midazolam têm meia-vida curta – formam metabólitos ativos (que tem 
meia-vida de mais 2hrs), por terem duração de ação curta são usados podem ser 
usados como hipnóticos. 
 *Zolpidem está na tabela, mas não é benzodiazepínico – ele só atua no mesmo local 
dos benzodiazepínicos. 
 Lorazepam, Oxazepam e demais do grupo, geram meia-vida mais longa – não formam 
metabólitos ativos, mas proporcionam um efeito de 12-18h – duração de ação média – 
efeitos ansiolíticos e hipnóticos (mais para o ansiolítico, pela ação mais longa). 
 Alprazolam: dá origem a um metabólito ativa que prolonga sua ação e tem efeito 
ansiolítico e também antidepressivo (único). 
 Nitrazepam (ela focou na meia-vida dele) tem duração de ação longa, embora não 
forme metabólitos ativos; é usado como hipnótico e ansiolítico. 
 Diazepam: tem meia-vida longa, e além disso forma metabólito ativo (Nordazepam) 
que tem meia-vida de 60 horas – usado como efeito ansiolítico por promover 
relaxamento muscular e por via intravenosa tem efeito anticonvulsivante. Quanto 
maior a meia-vida, maior chance de acúmulo do fármaco no organismo, aumentando a 
chance de efeito colateral. 
 Fluorazepam: meia-vida curta, problema é que forma o N-desmetilflurazepam que 
tem meia-vida longa de 60hrs, fazendo com que tenha duração de ação longa – usado 
devido efeito ansiolítico. 
 Clonazepam: meia-vida longa, usado por via oral para efeito anticonvulsivante e 
também é usado devido efeito ansiolítico. 
Metabólitos ativos de alguns benzodiazepínicos são biotransformados mais lentamente que 
compostos originais. 
Benzodiazepínicos não causam indução da enzima CYP, portanto não interferem no 
metabolismo dos outros fármacos (contrário dos Barbitúricos, que induzem). 
Para quem faz uso de contraceptivo oral ou de Cimetidina (fármaco usado para pacientes com 
problema gástrico): também vão interferir no metabolismo dos benzodiazepínicos, pois inibem 
reações essenciais para o metabolismo dos benzodiazepínicos, levando ao aumento de 
concentração plasmática. 
Também deve ter cautela de uso para pacientes idosos (devido ao metabolismo mais lento) e 
também em pacientes com doença hepática crônica (como a cirrose). 
 
Imagem: 
 Muitos formam metabólitos antes de serem conjugados ao ácido glicurônico (as 
exceções são o Lorazepam e o Oxazepam – não sofrem metabolismo, sendo 
diretamente conjugados ao ácido glicurônico se tornando altamente polares para 
serem eliminados).Mas TODOS eles no final têm que ser conjugados ao ácido 
glicurônico para formar o glicuronídeo, porque é através disso que se tornam polar 
para ser eliminados. 
 Quanto ao Diazepam (agonista), os metabólitos ativos dele atuam como agonista 
parcial – portanto, o Diazepam é mais potente do que seus metabólitos ativos. 
Efeitos adversos: 
Os efeitos tóxicos (relacionados à superdosagem aguda) e os efeitos adversos que ocorrem 
com o uso contínuo. Além disso, relacionado a eles, existem os problemas de tolerância e de 
dependência. 
Quanto aos efeitos tóxicos causados pela superdosagem aguda, o principal problema é gerar 
sonolência prolongada, muito dificilmente vão gerar uma depressão respiratória ou depressão 
cardiovascular fatal quando isolados, mas se associados a outros depressores do SNC ou ao 
álcool vão gerar depressão respiratória e cardiovascular – potencialmente fatal. Para reverter 
uma superdosagem dos benzodiazepínicos é administrado o Flumazenil – antagonista de 
benzodiazepínico, se ligando ao sitio alostérico impedindo que o benzodiazepínico se ligue. 
Quanto aos efeitos colaterais: pode causar sonolência, confusão, amnesia anterógrada, 
comprometimento da coordenação, graus variados de delírio, aumento do tempo de reação e 
comprometimento das funções mentais e motoras (sendo que gera mais comprometimento 
motor do que mental), mas se todos esses efeitos estiverem presente no momento que o 
indivíduo acorda, acaba levando ao comprometimento da capacidade de dirigir veículos. Além 
disso, podem causar fraqueza, cefaleia, visão embaçada, vertigem, náuseas, vômitos, 
desconforto epigástrico e diarreia, e quando usados como efeito anticonvulsivante tem 
aumento frequência convulsões como efeito colateral em longo prazo, se for tirado de forma 
imediata também aumenta a chance de convulsão. 
Quanto à tolerância e dependência, a tolerância está associada à mudança em relação ao 
receptor, como por exemplo perda de densidade de receptor gabaérgico, interferindo na 
ligação do benzodiazepínico ao receptor, necessitando de aumento de dose. Fora isso, essa 
tolerância ocorre mais frequentemente se o benzodiazepínico for usado devido ao efeito 
ansiolítico ou anticonvulsivante do que ao efeito hipnótico, pois para efeito ansiolítico ou 
anticonvulsivante utiliza-se benzodiazepínico de longa duração de ação, favorecendo alteração 
do receptor, mas se faz uso como hipnótico a meia-vida do fármaco é curta o receptor fica em 
contato com o fármaco só por umas 6 horas, gerando menor chance de tolerância. 
Causam dependência depois da utilização por semanas ou meses, portanto sempre se 
recomenda a redução gradual do fármaco através da diminuição da dose, se forem tirados de 
forma imediata geram sintomas de abstinência (Insônia e ansiedade, disforia, irritabilidade, 
suores, sonhos desagradáveis, tremores, anorexia. Tonteiras) - *Diazepam tem meia-vida 
superlonga, se o indivíduo parar de fazer uso de forma rápida, a abstinência pode não ser 
imediata, podem aparecer em 2 ou 3 semanas, devido ao seu efeito cumulativo. 
Usos terapêuticos: 
São usados principalmente para: 
 Efeitos anticonvulsivantes (meia-vida longa e que atravesse facilmente a barreira 
hematocefálica ex.: Diazepam, Clorazepato, Clorazepam); 
 Efeito hipnótico (meia-vida curta como o Midazolam e Triazolam – desvantagens do 
uso desses medicamentos de meia-vida curta: propensão ao uso abusivo); 
 Efeito ansiolítico (com meia-vida longa como o Flurazepam, Nitrazepam e Diazepam). 
*Entre o Flurazepam e o Nitrazepam, o Flurazepam é bastante usado para ansiedade e gera 
menos sonolência que o Nitrazepam. 
*Para insônia não deve indicar um fármaco de meia-vida longa. 
Segurança: 
São considerados seguros, porque seus efeitos dependem da liberação pré-sináptica de GABA. 
Os efeitos sedativos e comportamentais ocorrem devido à potencialização de vias gabaérgicas 
que regulam o disparo de neurônio, diminuindo a liberação de neurotransmissores excitatórios 
por outros neurônios. 
Doses enormes: raramente fatais, somente se associado a outro fármaco depressor do SN ou 
ao álcool. 
Doses terapêuticas relacionadas à DPOC e AOS, podem exacerbar a apneia. 
Grandes doses utilizadas antes ou durante o trabalho de parto, podem causar hipotermia, 
hipotonia e leve depressão respiratória no bebê (pois pode atravessar a barreira placentária). 
O uso abusivo na gestante pode causar síndrome de abstinência no bebê. 
Etanol: aumenta taxa absorção e depressão (SNC). 
 
*Halazepam – oral – distúrbios de ansiedade – a atividade é devida, em grande parte, à 
conversão metabólica em nordazepam – 14 - – 
*fluorazepam é ansiolítico, não insônia. Melhor um fármaco com meia-vida curta para insônia. 
 
ANTAGONISTAS DOS BENZODIAZEPÍNICOS: 
Flumazenil 
Atua no sitio alostérico do receptor GABAA, portanto é um antagonista competitivo que se liga 
ao sítio alostérico, impedindo a ação do benzodiazepínico. 
Tem que ser usado por via intravenosa, devido seu efeito imediato e fora isso, se for usado por 
via oral, ele sofre extenso metabolismo hepático de 1ª passagem (só 25% do fármaco atinge a 
circulação sistêmica) e tem meia-vida curta de 1 hora. 
Usado para reverter a superdosagem de benzodiazepínico (não é eficaz contra a 
superdosagem com barbitúrico, pois só se liga ao sítio alostérico do benzodiazepínico e não do 
barbitúrico). 
Também é usado para reverter o efeito dos benzodiazepínicos (ex.: Midazolam) usado para 
procedimentos cirúrgicos menores. 
 
Buspirona 
Usada pelo seu efeito ansiolítico. É um agonista parcial de receptor 5-HT1A de serotonina 
(auto receptor), a buspirona atuando como agonista parcial reduz a liberação e síntese de mais 
serotonina. Além disso, ela se liga aos receptores de dopamina e inibe a atividade de neurônio 
adrenérgico, causando diminuição no estado de alerta do individuo. Isso é o que acontece no 
início do tratamento, mas não leva a melhora clínica, precisa de um período de até 3 semanas 
para que a Buspirona consiga exercer seu efeito ansiolítico, a melhora só vai ocorrer depois 
que começar a ter aumento na liberação de serotonina e no inicio tem redução, por isso tem 
que ter a dessenssibilização do receptor 5-HT1A, para que o neurônio volte a sintetizar e 
liberar mais serotonina, para ter melhora clinica do paciente. 
É utilizada no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. É ineficaz no tratamento 
da crise do pânico e em casos de ansiedade grave (pois precisam de fármaco mais potente). 
Como principais efeitos colaterais pode causar náuseas, tontura, cefaleia e agitação. 
 
Barbitúricos: 
Eram usados como ansiolíticos e hipnóticos, não são mais. Eles causam atividade depressora 
generalizada sobre o SNC. Em grandes doses podem causar depressão respiratória e depressão 
cardiovascular, potencialmente fatal (por isso não são mais utilizados como ansiolíticos e 
hipnóticos). 
São considerados menos seguros que os benzodiazepínicos e foram substituídos por eles. Ex.: 
Pentobarbital. 
Os barbitúricos em uso hoje em dia são usados para outras situações. 
 O Fenobarbital é utilizado para prevenção de epilepsia. 
 O Tiopental que é utilizado como anestésico. 
Em concentrações baixas, os barbitúricos intensificam os efeitos de GABAA de forma 
semelhante aos benzodiazepínicos; porém em altas concentrações ativam diretamente o 
receptor GABAA – problema, pois por ativar o receptor, independente de GABA, eles podem 
gerar depressão generalizada grave. 
Eles atuam no receptor GABAA em um sítio alostérico – é diferente do sítio alostérico onde o 
benzodiazepínico se liga. À medida que o barbitúrico se liga ao sitio alostérico, ele também vai 
aumentar a afinidadedo sítio ativo por GABA, que vai levar a abertura dos canais de cloreto, 
possibilitando a entrada de cloreto no neurônio pós e gerando a hiperpolarização (da mesma 
maneira que o benzodiazepínico). A diferença deles é que o benzodiazepínico aumenta a 
frequência de abertura de canal de cloreto, o barbitúrico aumenta a duração da abertura do 
canal de cloro, possibilitando maior entrada de cloreto no neurônio, gerando hiperpolarização 
e diminuindo as sinapses (esse é o mecanismo de ação normal em doses fisiológicas). Se 
aumentar a dose o barbitúrico consegue por si só abrir o canal de cloro, sem depender de 
GABA – e só abrindo, vai gerar essa depressão grave (benzodiazepínico não faz isso, 
independente da dose utilizada). 
Além de perigosos na superdosagem, induzem alto grau de DEPENDÊNCIA e TOLERÂNCIA. E 
ainda interferem no metabolismo de vários medicamentos, porque são indutores de enzima 
CYP e por induzirem enzimas de conjugação como a UDP-glicuroniltransferase (enzimas de 
fase 2), desse modo os barbitúricos aceleram o metabolismo de vários fármacos, diminuindo 
concentração plasmática e, consequentemente, diminuindo efeito terapêutico. 
 
Zaleplona e Zolpidém: 
São usados devido seu efeito hipnótico. Exercem efeitos de agonistas sobre os locais dos 
benzodiazepínicos no receptor GABAA, ou seja, atuam exatamente no mesmo local onde 
atuam os benzodiazepínicos, desse modo também aumentam a afinidade do sítio ativo por 
GABA, levando abertura de canal de cloreto – hiperpolarização (não são considerados 
benzodiazepínicos, ainda que atuem no mesmo local). 
São usados para aliviar insônia e aprovação de uso é para um período de 7-10 dias e não para 
uso contínuo. Tem eficácia hipnótica prolongada e não causam insônia de rebote (indivíduo 
não precisa de redução gradual de dose para suspensão de uso do fármaco). 
Os dois fármacos citados diferem em relação à meia-vida deles (Zolpidém – meia-vida de 2 
horas e é para ser administrado ao deitar, porque auxilia na manutenção do sono por um 
período de 6 a 8 horas – podendo causar como efeito colateral sedação matutina, retardo 
tempo de reação e amnésia anterógrada; já a Zaleplona tem meia-vida mais curta – de 1 hora, 
o que possibilita ser usada mais tarde da noite – indivíduos podem utilizar ao deitar ou depois 
se tiver dificuldade de conciliar o sono após o deitar, sem gerar efeito colateral na manhã 
seguinte – mas no máximo 4 horas antes de levantar). 
 
OUTROS ANSIOLÍTICOS: 
Fluoxetina, Paroxetina e Sertralina 
Inibidores seletivos da recaptura de serotonina. Elas são usadas, além do tratamento da 
depressão, no tratamento de TODOS os transtornos de ansiedade (desde o transtorno de 
ansiedade generalizada, até o TOC, ou na síndrome do pânico, na fobia, no transtorno de 
ansiedade generalizada, transtorno da ansiedade social e transtorno do estresse pós-
traumático). 
Utiliza-se muito mais inibidor seletivo de recaptura de serotonina do que benzodiazepínico 
como ansiolítico, pois os ISRS não têm o efeito hipnótico que os benzodiazepínicos têm e 
acabam gerando sedação e interferindo no dia-a-dia do indivíduo, mas não tem efeito 
imediato. 
 
OUTROS FÁRMACOS 
Antiepiléticos: 
Gabapentina e Valproato, sendo utilizados no tratamento do transtorno de ansiedade 
generalizada e são eficazes por intensificar os efeitos de GABA. 
 
Antipsicóticos: Olanzapina e Risperidona são usados no tratamento dos transtornos de 
ansiedade generalizada e no transtorno do estresse pós-traumático (mas não é a primeira 
opção, pois vai gerar mais efeito colateral do que um ISRS e para o transtorno de ansiedade 
generalizada a Buspirona). 
Além de todos esses fármacos, também tem a Difenidramina, a Prometazina e o 
Difenidrinato, que tem efeito hipnótico e podem ser vendidos sem prescrição médica. Eles 
acalmam o individuo e induzem ao sono. Como efeito colateral pode causar certa sonolência 
residual diurna, associada à meia-vida deles – tem que ser administrado ao deitar. Esses 
fármacos são anti-histamínicos – acalmam e facilitam o sono. Tem o mesmo efeito que os 
benzodiazepínicos (mas menos potente) de auxiliar o indivíduo a dormir. Geram sono porque 
são antagonista de receptor H1 da histamina (que atuando nesse receptor aumenta estado de 
alerta). Também pode ser usado em crianças.

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