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DRENO DE TÓRAX Indicações • Pneumotórax que é recorrente, persistente, traumático, grande, sob tensão ou bilateral • Pneumotórax em um paciente sob ventilação com pressão positiva • Grande derrame pleural sintomático ou recorrente • Enfisema ou derrame parapneumônico complicado • Hemotórax • Quilotórax Contraindicações Contraindicações absolutas • Nenhum Contraindicações relativas • Coagulopatia ou distúrbio hemorrágico (pode requerer hemoprodutos ou fatores de coagulação) Equipamento • Roupas, máscara, luvas e gazes estéreis • Solução de limpeza como solução de clorexidina a 2% • Agulhas • Seringas • Anestésico local como lidocaína • 2 pinças hemostáticas ou Kelly curva e reta • Sutura de seda ou nylon forte não absorvível • Bisturi • Dreno torácico: o tamanho varia, 32 pelo ATLS • Aparelho de drenagem com vedação em selo d’agua e tubos de conexão Posicionamento • Em um paciente respirando espontaneamente, a cabeceira do leito é elevada em 30 a 60° para limitar a elevação do diafragma que ocorre durante a expiração e, assim, diminuir o risco de colocação inadvertida do tubo intra-abdominal. • O membro superior do lado afetado também pode ser colocado em uma posição sobre a cabeça do paciente ou, do contrário, abduzido. • A mão pode ser posicionada atrás da cabeça. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7as-mediastinais-e-pleurais/pneumot%C3%B3rax https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7as-mediastinais-e-pleurais/derrame-pleural https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-tor%C3%A1cico/hemot%C3%B3rax Anatomia relevante • Os feixes neurovasculares estão localizados na borda inferior de cada arco costal. Portanto, o tubo deve ser colocado sobre a borda superior do arco costal para evitar danos ao feixe neurovascular. Como fazer toracostomia com dreno Descrição passo a passo do procedimento • Paramentação • Preencher o frasco do dreno em selo de água com água estéril até cobrir a caneta em dois dedos +-3cm e conectá-lo a uma fonte de sucção. • O local de inserção pode variar com base no ar ou líquido a ser drenado. Normalmente se realiza no 5º espaço intercostal, entre a linha axilar média e a linha axilar anterior. • Marcar o local de inserção. • Preparar a área em e em torno do local de inserção usando uma solução antisséptica como clorexidina. • Proteger a área com Campos estéreis • Injetar um anestésico local como lidocaína a 1% na pele, tecido subcutâneo, periósteo do arco costal (do arco costal abaixo do local de inserção) e pleura parietal. Injetar uma grande quantidade de anestésico local em torno do periósteo altamente sensível à dor e pleura parietal. Aspirar com a seringa antes de injetar lidocaína para evitar a injeção em um vaso sanguíneo. Confirma-se o local apropriado pelo retorno de ar ou líquido na seringa anestésica ao entrar no espaço pleural. • Estimar a profundidade da inserção do tubo de modo que todos os orifícios do tubo estejam dentro do espaço pleural, levando em conta todo o tecido subcutâneo e adiposo, particularmente em pacientes obesos. Estima-se fazendo uma medição da fúrcula ao local da inserção do tubo. Limitar com Kelly reta a marca no tubo que deve então estar visível na pele. • Fazer uma incisão na pele de 1,5 a 2 cm e, então, dissecar o tecido mole intercostal até a pleura, avançando com uma pinça hemostática ou com uma pinça Kelly e abrindo-o. Identificar o arco costal abaixo do local de inserção e mover-se sobre o arco costal para encontrar o espaço pleural acima do arco costal. Em seguida, perfurar a pleura com o instrumento fechado (geralmente indicado por um estalo e/ou diminuição repentina na resistência) e abrir da mesma maneira. • Usar um dedo para ampliar o trato e confirmar a entrada no espaço pleural e a ausência de aderências. • Prender o dreno de tórax na extremidade externa. • Inserir o dreno de tórax, com outra pinça prendendo a ponta, através do trato e direcioná-lo de modo superior e posterior até que os orifícios do tubo estejam dentro da parede torácica e até a marcação. • Conectar o selo d’água ao tubo e retirar a Kelly reta. • Observar se o dreno está funcionante. • Suturar o dreno de tórax na pele em ponto U e bailarina. • Colocar um curativo com gaze estéril. • Usar esparadrapo para prender o curativo no local usando curativos de pressão. Para melhorar a estabilidade, considerar o uso de esparadrapo para prender a parte externa do tubo ao curativo ou paciente separadamente. Cuidados posteriores • Deve-se obter uma radiografia torácica para verificar a posição do tubo. • Retira-se o dreno de tórax quando a doença para a qual foi inserido desaparece. • Para remover o tubo, o paciente deve estar semiereto. Após a remoção das suturas, no momento da remoção, solicita-se que o paciente respire fundo e então exale de maneira forçada; o tubo é removido durante a exalação e o local é coberto com gaze, uma sequência que reduz a probabilidade de pneumotórax durante a remoção. • Deve-se repetir a radiografia de tórax várias horas após a remoção do tubo torácico. Se nenhum pneumotórax é observado na radiografia após a remoção do dreno de tórax, não há necessidade de outras radiografias de tórax, exceto como ditado por alterações clínicas na condição do paciente. ACESSO VENOSO CENTRAL Indicações • Acesso venoso seguro ou a longo prazo que não está disponível em outros locais • Incapacidade de obter acesso venoso periférico ou infusão intraóssea • Infusão IV de altos fluxos ou grandes volumes de líquidos além do que é possível utilizando cateteres venosos periféricos • Monitoramento da pressão venosa central (PVC) • Hemodiálise ou plasmaférese* Um CVC subclávio é preferível para acesso venoso a longo prazo em pacientes não acamados (p. ex., pacientes ambulatoriais que exigem nutrição parenteral, antibióticos, quimioterapia). OBS: A veia subclávia pode ser menos preferida para cateteres rígidos (por causa da dificuldade de contornar a curva acentuada da veia cava superior) ou cateteres de hemodiálise de grosso calibre (que podem causar estenose venosa que torna o braço ipsilateral inadequado para a colocação de derivação arteriovenosa). Contraindicações Contraindicações absolutas • Trombose da veia subclávia • Fratura da clavícula ou arcos costais proximais • Infecção local na área de inserção • Cateter impregnado de antibiótico em paciente alérgico Contraindicações relativas • Doença pulmonar unilateral: canulação ipsilateral. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/abordagem-ao-paciente-criticamente-enfermo/acesso-vascular#v925084_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/abordagem-ao-paciente-criticamente-enfermo/acesso-vascular#v925226_pt • Distorção anatômica unilateral, traumática ou congênita sem pneumotórax: fazer a canulação contralateralmente. • Marcapasso/desfibrilador cardíaco: não fazer canulação da veia usada para as derivações do marcapasso. • Obesidade macroscópica: como a veia axilar é profunda e o plexo braquial está adjacente, pode-se fazer canulação da veia axilar somente em pacientes magros. • Crianças pequenas e lactentes: a canulação da veia subclávia é a última opção para inserção de CVC em crianças pequenas e lactentes por causa da anatomia desfavorável, incluindo a proximidade da veia com a pleura e a artéria subclávia. • Coagulopatia, incluindo anticoagulação terapêutica* • Obesidade macroscópica • Síndrome da veia cava superior maligna • Insuficiência cardiorrespiratória grave ou aumento da pressão intracraniana ou intraocular: esses pacientes serão comprometidos pelo posicionamento em Trendelenburg (cabeça para baixo). • História de cateterização prévia da veia central pretendida • Paciente não cooperativo: sedar, se necessário. • Bloqueio de ramo esquerdo: fio-guiaou cateter no ventrículo direito pode induzir bloqueio cardíaco completo. Complicações • Pneumotórax [maior risco por causa da pleura apical (especialmente no lado esquerdo) está próxima da via de inserção da agulha] • Punção arterial • Hematoma (risco maior porque a clavícula impede a aplicação de pressão externa para interromper o sangramento arterial ou venoso subclávio) • Dano à veia • Hemotórax • Embolia aérea • Posicionamento incorreto do cateter* (p. ex., veia jugular interna ou duto torácico) • Arritmias ou perfuração atrial, geralmente causadas por fio-guia ou cateter • Lesão nervosa • Infecção • Trombose (decorrente do próprio cateter) . Equipamento Procedimento estéril, proteção de contato • Solução antisséptica (p. ex., clorexidina-álcool, iodopovidona, álcool) • Grandes campos estéreis, toalhas • Toucas, máscaras, aventais, luvas estéreis • Anestésico local (p. ex., lidocaína a 1% sem adrenalina, cerca de 5 mL) • Agulhas/seringa para anestesia local • Agulha introdutora (p. ex., parede fina, calibre 18 ou 16, com cubo chanfrado internamente, cerca de 6 cm de comprimento) • Seringas de 3 e 5 mL (usar seringas com ponta deslizante para as agulhas localizadoras e introdutoras) • Fio-guia, em forma de J • Bisturi (lâmina de tamanho #11) • Dilatador • Cateter venoso central Gaze estéril • Solução salina estéril para lavagem da(s) porta(s) do cateter • Sutura de seda ou nylon não absorvível • Considerações adicionais • Algumas vezes as tentativas de canulação falham. Não exceder 2 ou 3 tentativas (o que aumenta o risco de complicações) e utilizar equipamentos novos a cada tentativa (i.e., não reutilizar agulhas, cateteres ou outros equipamentos porque podem ter sido bloqueados por tecido ou sangue). • Durante a parada cardiopulmonar, ou mesmo quando há hipotensão arterial e hipóxia, o sangue arterial pode estar escuro e não pulsátil e pode-se confundi-lo com sangue venoso. Anatomia relevante • A abordagem infraclavicular é a mais comum, e usa-se um dos dois locais de inserção na pele: 1 a 2 cm inferior à clavícula na junção de seus terços medial e médio, ou imediatamente abaixo da clavícula no seu ponto médio. Agulhas são avançadas medialmente ao longo de um plano coronal (frontal) — contornando sob a clavícula — em direção à incisura esternal. No primeiro local, o primeiro arco costal subjacente oferece proteção contra pneumotórax. No segundo local (ponto médio da clavícula), é necessário menos esforço para manter o ângulo de inserção superficial que mantém a agulha no plano coronal. • A canulação da veia subclávia direita, versus esquerda, é às vezes preferível porque evita o ducto torácico e porque o ápice pleural direito é mais baixo do que o esquerdo. Descrição passo a passo do procedimento EM SUBCLÁVIA • Realizar inspeção preliminar (não estéril) para identificar a incisura esternal, a curvatura posterior da clavícula, a junção dos terços medial e médio da clavícula e o ponto médio da clavícula. • • Opcional: anexar uma agulha localizadora a uma seringa de 5 mL com 1 a 2 mL de solução salina estéril. Preparar o campo estéril • Limpar uma ampla área da pele com solução antisséptica, abrangendo toda a área clavicular, bem como a parte lateral do pescoço e tórax anterior abaixo do mamilo ipsolateral. Criar essa ampla área estéril possibilita mudar imediatamente para canulação da veia jugular interna, se essa canulação da veia subclávia falhar. • Colocar campos estéreis grandes • Estabelecer a via de inserção da agulha (veia subclávia, abordagem infraclavicular) • Colocar a ponta do dedo indicador da mão mais próximo da cabeceira do leito na incisura esternal e o polegar no ponto médio da clavícula. • Anestesia local • O trajeto de inserção da agulha: inserir a agulha para o procedimento imediatamente inferior ao ponto médio da clavícula (ou 1 a 2 cm inferior à junção dos terços medial e médio da clavícula), em um ângulo superficial na pele, e — circundando a parte inferior da clavícula — apontar em direção à incisura esternal. • Provavelmente será necessário empurrar para baixo a pele lateralmente até o ponto de inserção da agulha para manter a orientação necessária, quase horizontal, da seringa e da agulha. • Manter pressão negativa suave no êmbolo da seringa à medida que avança a agulha. • Parar de avançar quando um pouco de sangue aparece no corpo da seringa (é possível sentir a agulha atravessar a parede do vaso ao adentrar no lúmen). Manter a seringa imóvel nesse local. Mesmo um pequeno movimento pode deslocar a ponta da agulha da veia. • Se nenhum jato de sangue aparecer no corpo da seringa após 3 a 4 cm de inserção, retirar a agulha lentamente. Se a agulha inicialmente atravessou completamente a veia, um jato pode aparecer ao retirar a ponta da agulha de volta ao lúmen. Se um jato ainda não aparecer, retire a agulha quase até a superfície da pele, mude a direção e tente avançar novamente a agulha na veia. Não alterar a direção da agulha enquanto ela está totalmente inserida. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/como-fazer-procedimentos-de-inser%C3%A7%C3%A3o-de-cateteres-venosos-centrais/como-fazer-canula%C3%A7%C3%A3o-da-veia-jugular-interna-guiada-por-ultrassom https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/como-fazer-procedimentos-de-inser%C3%A7%C3%A3o-de-cateteres-venosos-centrais/como-fazer-canula%C3%A7%C3%A3o-da-veia-jugular-interna-guiada-por-ultrassom Avaliar o retorno venoso • Continuar a manter a seringa imóvel. • Segurar firmemente o canhão da agulha e mantê-la imóvel. • Remover a seringa do canhão da agulha • Entretanto, se o sangue é vermelho vivo e for pulsátil (arterial), interromper o procedimento. Remover a agulha e usar quadrados de gaze de 10 × 10 cm para manter pressão externa sobre a área durante 10 minutos e diminuir o sangramento do local da punção. Deve-se monitorar atentamente o paciente a procura de desenvolvimento de hemotórax e hemorragia (p. ex., controles seriados de sinais vitais, exame físico, possivelmente uma radiografia de tórax). Inserir o fio-guia • Inserir a extremidade curva em J do fio-guia na agulha introdutora, com a curva em J voltada para baixo (i.e., na mesma direção do bisel da agulha). Essa figura mostra a posição da mão durante a punção da veia subclávia (abordagem infraclavicular). • Avançar o fio-guia através da agulha e até a veia. Não forçar o fio; ele deve correr suavemente. • Se sentir alguma resistência ao avançar o fio-guia, parar de avançá-lo. Tentar remover delicadamente o fio, girá-lo ligeiramente, então avançá-lo novamente ou tentar removê-lo completamente, restabelecer a ponta da agulha dentro da artéria (confirmada pelo retorno do sangue venoso) e, em seguida, reinserir o fio. • Entretanto, se sentir alguma resistência ao remover o fio, interromper o procedimento e retirar a agulha e o fio-guia juntos como uma unidade (para evitar que a ponta da agulha rompa o fio-guia dentro do paciente). Em seguida usar quadrados de gaze de 10 × 10 cm por 10 minutos para manter pressão externa sobre a área e ajudar a prevenir sangramentos e hematomas. • Depois que o fio-guia foi inserido, continue segurando-o firmemente no lugar com uma mão e controlando-o durante todo o restante do procedimento. Remover a agulha introdutora (após inserção bem- sucedida do fio-guia) • Primeiro, manter firmemente o fio-guia distal à agulha e puxá-la da pele. • Em seguida, segurar firmemente o fio-guia na superfície da pele e deslizar a agulha ao longo da extensão restante do fio-guia para remover a agulha. Alargar o trato de inserção • Estender o local de inserção da pele: usando o bisturi, fazer uma pequena incisão (cerca de 4 mm) no local de inserção da pele, evitando contato com o fio-guia, para ampliar o local e possibilitar que acomode os maiores diâmetros do dilatador de tecido e do cateter. • Avançar o dilatadorde tecidos sobre o fio-guia: primeiro, segurar o fio- guia na pele e deslizar o dilatador para baixo ao longo do comprimento do fio em direção à pele. Em seguida, segurar o fio imediatamente distal ao dilatador, manter o dilatador próximo da superfície da pele e usar um movimento espiralado como necessário para inserir gradualmente toda a extensão do dilatador. Manter o controle do fio- guia o tempo todo durante a inserção. • Remover o dilatador: primeiro, segurar firmemente o fio-guia distalmente ao dilatador e puxar o dilatador da pele. Quando o fio-guia está visível na superfície da pele, remover completamente o dilatador, deslizando-o pelo comprimento restante do fio-guia. • Manter o controle do fio-guia na superfície da pele. Inserir o cateter • Avançar o cateter sobre o fio-guia em direção à superfície da pele: manter o fio-guia fixo na superfície da pele, inserir a ponta do cateter em torno da extremidade distal do fio-guia e deslizá-lo para baixo até a superfície da pele. A extremidade distal do fio-guia deve agora estar saliente a partir da conexão da via. • Se a extremidade distal do fio-guia não está saliente a partir da conexão da via mover gradualmente o fio-guia para fora da superfície da pele, mantendo a ponta do cateter próxima à superfície até o fio- guia estar saliente. • Continuar avançando o cateter na veia: segurar e controlar o fio-guia no ponto em que ele se projeta do canhão. Segurar o cateter perto da sua ponta e inserir a ponta através da pele. Então, em incrementos de alguns centímetros e usando um movimento espiralado como necessário, avançar gradualmente toda a extensão do cateter subclávio. • Manter o controle tanto do fio-guia como do cateter. • Remover o fio-guia: retirar o fio-guia e segurar o cateter firmemente no lugar sobre a superfície da pele. Cobrir o local • Se o paciente está acordado ou minimamente sedado, usar lidocaína a 1% para anestesiar a pele nos locais de sutura planejados. • Suturar a pele à braçadeira de fixação no cateter. • Para evitar tracionar o local de inserção, suturar o cateter em um segundo local de modo que um segmento curvo ou em forma de laço do cateter permaneça entre os dois locais. • Aplicar um curativo oclusivo estéril. Cuidados posteriores • Fazer uma radiografia de tórax para confirmar que a ponta de um AVC subclávio (ou jugular) está na veia cava superior perto de sua junção com o átrio direito (o cateter pode ser avançado ou retraído se não estiver na posição apropriada) e confirmar que não houve pneumotórax. IOT Equipamento • Luvas, máscara, capote e proteção para os olhos (precauções universais) • Seringa para insuflação do balão do manguito • Tubo endotraqueal, de tamanho adequado para o paciente • Fio guia SN • Ambu • Fonte de oxigênio (100% de oxigênio, 15 L/minuto) • Oxímetro de pulso e sensores apropriados Radiografia de um acesso venoso central Ocultar detalhes • A seta indica a ponta do cateter venoso subclávio esquerdo (colocado apropriadamente na parte inferior da veia cava superior). © 2017 Elliot K. Fishman, MD. • Capnômetro (monitor de dióxido de carbono final expirado) • Fármacos para ajudar a entubação • Máscara facial para ventilação, vias respiratórias orofaríngeas/ nasofaríngeas de tamanho apropriado para o paciente • Sonda nasogástrica SN Considerações adicionais • Idealmente, cada tentativa de entubação endotraqueal não deve durar mais de 30 segundos, precedida de pré-oxigenação. • Se a saturação de oxigênio cair abaixo de 90%, ventilação temporária pode ser necessária Anatomia relevante • O alinhamento do meato acústico externo com a incisura esternal pode ajudar a alinhar o eixo da via respiratória para fornecer a melhor visualização da via respiratória. • O grau de elevação da cabeça que melhor alinha a orelha e a incisura esternal varia (p. ex., nenhum em crianças devido a occipúcios relativamente grandes, alto grau em pacientes obesos). Posicionamento • A posição olfativa é a posição ideal para a inserção do tubo endotraqueal • Colocar o paciente em supinação na maca. • Colocar toalhas dobradas ou outros materiais sob a cabeça, pescoço e ombros, flexionando o pescoço de modo a elevar a cabeça até que o meato acústico externo esteja no mesmo plano horizontal que a incisura esternal. Em seguida, incline a cabeça de modo que a face se alinhe com um plano horizontal paralelo; este segundo plano estará acima do primeiro. Em pacientes obesos, podem ser necessárias muitas toalhas dobradas ou um dispositivo de rampa comercial para elevar suficientemente os ombros e o pescoço Posicionamento de cabeça e pescoço para abertura das vias respiratórias https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/parada-respirat%C3%B3ria/f%C3%A1rmacos-para-ajudar-a-entuba%C3%A7%C3%A3o Descrição passo a passo do procedimento A: A cabeça está no nível na maca; as vias respiratórias estão constrictadas. B: estabelecer a posição olfativa (sniffing), alinhando a orelha e a incisura esternal, com a face paralela ao teto, abrindo as vias respiratórias. Adaptado de Levitan RM, Kinkle WC: The Airway Cam Pocket Guide to Intubation, ed. 2. Wayne (PA), Airway Cam Technologies, 2007. Manobras para criar uma via respiratória patente e para ventilar e pré- oxigenar o paciente são sempre indicadas antes de tentar a entubação traqueal. Depois que a decisão de entubar foi tomada, fazer o seguinte: • Preparar os equipamentos necessários, incluindo equipamentos auxiliares como um aparelho de aspiração. • Posicionamento correto do paciente • Estabelecer o acesso IV. • Ventilar e pré-oxigenar o paciente com oxigênio a 100%. • Inflar o manguito de balão de um tubo endotraqueal de tamanho adequado para verificar se não há vazamentos. • Posicionar a cabeça e o pescoço do paciente, se possível. • Fazer entubação em sequência rápida. • Se necessário, remover secreções obstrutivas, vômitos ou corpo estranho da orofaringe. • Continuar a oxigenação. Para pacientes em respiração espontânea, aplicar uma máscara sem recirculação a uma fração inspirada de oxigênio (FiO2) de 100% por 3 a 5 minutos antes da entubação. Para pacientes que não respiram espontaneamente, administrar cerca de 8 respirações na capacidade vital na concentração máxima de oxigênio usando um ambu. • Inserir o tubo endotraqueal no lado direito da boca e passá-lo atrás da língua. Nesse ponto, observar o monitor para guiar a ponta do tubo pelas pregas vocais. • Inflar o manguito e remover totalmente o estilete. • Ventilar o paciente. Drogas Fentanil Etomidato Succinilcolina Cuidados posteriores • Fazer radiografia de tórax para verificar a inserção adequada do tubo endotraqueal. Crico cirúrgica Indicações Apneia, insuficiência respiratória grave ou parada respiratória iminente exigindo entubação endotraqueal e • Falha nas tentativas de intubação orotraqueal ou nasotraqueal com incapacidade de oxigenar ou ventilar por meio de métodos alternativos (p. ex., máscara com ambu, máscara laríngea) • Contraindicações à intubação orotraqueal ou nasotraqueal como hemorragia oral maciça, trauma facial grave ou efeito de massa decorrente de tumor Contraindicações Contraindicações absolutas • Idade < 8 anos Contraindicações relativas • Incapacidade de identificar pontos de referência devido à lesão significativa na laringe, cartilagem tireoide ou cartilagem cricoide • Transecção parcial ou completa da traqueia distal • Oito a 12 anos de idade (pontos de corte de idade variados, sem consenso definitivo entre especialistas) Complicações Complicações precoces, reconhecidas imediatamente ou em horas após a cricotireotomia, são: • Sangramento, algumas vezes incontrolável • Inserção do tubo no tecido do pescoço em vez de na traqueia, imediatamente reconhecida pela ausência de sons respiratórios na ausculta pulmonar e corrigida pela reinserção do tubo na traqueia • Lesão ou perfuração da face posteriorda traqueia • Lesão da laringe, pregas vocais ou tireoide Complicações tardias, encontradas semanas ou meses após a cricotireotomia, incluem: • Obstrução progressiva das vias respiratórias decorrente de estenose subglótica e tecido de granulação no estoma • Alterações na voz, que são crônicas, mas podem desaparecer com o tempo • Feridas com infecção Equipamento • Solução antisséptica • Campos estéreis • Luvas, máscaras, aventais estéreis e proteção para os olhos e a face (precauções universais) • Anestésico local • Agulha e seringa Dispositivo de cateter sobre agulha capaz de acomodar um fio-guia, conectado a uma seringa de 3 a 6 mL, preenchida até a metade com solução salina SN • Fio-guia flexível em um invólucro de plástico SN • Cateter de vias respiratórias (tubo traqueal) com manguito inflável de plástico • lâmina de bisturi nº 15 • Fonte de sucção e cateter de aspiração SN • Ventilação com ambu e fonte de oxigênio • Equipamento de monitoramento do paciente, incluindo monitor cardíaco, oxímetro de pulso, monitor de pressão arterial (não invasivo) • Capnômetro (monitor de dióxido de carbono final expirado), se disponível Anatomia relevante • A membrana cricotireoidea está entre a cartilagem tireoide e a cartilagem cricoide. A membrana tem cerca de 1 cm longitudinalmente e 2 a 3 cm transversalmente. As cartilagens traqueais se estendem caudalmente da cartilagem cricoide à incisura esternal. • A área ao redor da membrana cricotireoidea é rica em vasos sanguíneos (artérias tireóidea superior e tireóidea inferior). Cricotireotomia de emergência O paciente fica deitado em supinação, com o pescoço estendido. Após preparação estéril, a laringe é segura com uma das mãos enquanto uma lâmina é usada para incisar a pele, o tecido subcutâneo e o ligamento cricotireoideo mediano, precisamente sobre o plano sagital mediano, acessando a traqueia. Um tubo é usado para manter aberta a via respiratória. Descrição passo a passo do procedimento Como fazer uma cricotiroidotomia com fio... • Na medida do possível, assegurar oxigenação e ventilação adequadas ao longo desse procedimento, utilizando ambu ou máscara laríngea e suplementação de oxigênio. • Testar se há vazamentos no manguito do balão do tubo traqueal usando uma seringa para inflá-lo com ar. Em seguida, desinflar o balão. • Aplicar uma pequena quantidade de lubrificante hidrossolúvel ao conjunto dilatador/via respiratória, incluindo o manguito do balão, usando um dedo enluvado. • Identificar a membrana cricotireoidea. Mova o dedo caudalmente a partir da proeminência laríngea (a parte mais proeminente da cartilagem tireóidea anterior) até sentir a membrana cricotireóidea, palpável como um afastamento entre a extremidade caudal da cartilagem tireóidea e a cartilagem cricoidea. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/parada-respirat%C3%B3ria/vias-respirat%C3%B3rias-e-dispositivos-respirat%C3%B3rios#v28604882_pt https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/medicina-de-cuidados-cr%C3%ADticos/parada-respirat%C3%B3ria/vias-respirat%C3%B3rias-e-dispositivos-respirat%C3%B3rios#v28604914_pt • Preparar a região anterior do pescoço com um agente de limpeza da pele como clorexidina ou iodopovidona e colocar um campo estéril sobre o pescoço. • Injetar um anestésico local ao longo do local previsto para a incisão na pele se o paciente tiver sensibilidade álgica. • Alguns operadores fazem uma incisão longitudinal na linha média de 2 a 3 cm na pele e tecidos subcutâneos sobre a membrana cricotireóidea. • Inserir a agulha (normalmente dentro de um cateter), com a seringa contendo líquido conectada, através da membrana cricotireóidea, direcionando caudalmente em um ângulo de cerca de 45 graus. Manter a contrapressão no êmbolo da seringa à medida que avança. • Confirmar a inserção da agulha nas vias respiratórias sentindo um estalo à medida que a agulha entra na traqueia e verificando o ar entrando na seringa, visível como bolhas de ar na solução salina. Parar de avançar a agulha assim que o ar retornar. • Remover a seringa da agulha. Se um cateter está na agulha, retirar a agulha e avançar o cateter. • Fazer incisão na pele Dissecar mais o local como necessário para facilitar a passagem do dispositivo através dos tecidos até chegar na traqueia. Se a resistência à passagem é significativa, tentar usar força suave, mas constante, girar a unidade à medida que avança e usar dissecção adicional se necessário. • Inflar o manguito do balão até o volume mínimo necessário para ventilação eficaz. • Retomar a ventilação utilizando as vias respiratórias. • Fixar o dispositivo no lugar usando fita entremeada ao longo das flanges do cateter. • Quando a via respiratória está fixa, confirmar sua inserção adequada usando a ausculta e a detecção do dióxido de carbono final expirado. Cuidados posteriores • Pode-se fazer ruma radiografia de tórax para confirmar o posicionamento adequado. • Em geral, a cricotireoidostomia é vista como uma ponte para uma traqueostomia mais permanente, que tradicionalmente é feita 72 horas após a cricotireoidostomia de emergência inicial. TRAQUEOSTOMIA Indicações • Desobstrução das vias aéreas superiores. • Comprometimento do trato respiratório superior por tumores, cirurgias, traumas ou infecções. • Prevenir lesões laríngeas ou nas vias aéreas superiores causadas por intubação traqueal prolongada. • Fornecer acesso e proteger as vias aéreas inferiores na possibilidade de aspiração. • Fornecer uma via aérea estável para pacientes que necessitam de suporte ventilatório ou oxigenação. Contraindicações Contraindicações relativas • transtornos de coagulação • obesidade • pescoço curto • aumento da glândula tireoide • infecção de tecidos moles no pescoço • impossibilidade de extensão cervical • história de cirurgia cervical Descrição passo a passo do procedimento • Paciente fica em DDH, com extensão da região cervical. • Aplica-se rapidamente anestésico local na região a ser incisada. • A incisão é feita em sentido horizontal com um comprimento grande o suficiente para assegurar o acesso à traquéia o mais rapidamente possível. A cricóide é identificada através da palpação, e se possível um gancho é alocado em sua borda inferior, para tracionar a laringe em sentido superior e facilitar o acesso à traquéia. • As estruturas pré-tireoidianas são incisadas também em sentido longitudinal, podendo ou não o istmo da tireóide ser dividido neste procedimento. • A incisão é estendida para a traquéia, tornando possível a inserção da cânula na traquéia. • Uma vez que uma via aérea pérvia tenha sido conseguida pode-se fazer a revisão da hemostasia e outros procedimentos para o término da cirurgia. LPD Indicações • exame físico abdominal de interpretação duvidosa • exame físico abdominal não confiável, como nos pacientes com alteração da consciência devido ao trauma de crânio e/ou intoxicação por droga depressora do sistema nervoso central ou, por trauma raquimedular, • impossibilidade de seguimento clínico do abdome em pacientes anestesiados para cirurgias em outros seguimentos corpóreos extra-abdominais ou submetidos a exames complementares prolongados Contraindicações Contraindicações relativas • Operações abdominais • obesidade mórbida • cirrose avançada • coagulopatia preexistente. Equipamento • Gorro; • Óculos de proteção; • Máscara; • Avental de manga longa; • Luvas; • Campo fenestrado; • Gaze; • Seringas e agulhas; • Bisturi e lâmina; • Pinça Kelly; • Tesouras(Metzenbaum e Mayo); • Porta-agulha; • Degermantes; • Ringer Lactato; • Anti-séptico tópico; • Lidocaínacom vasoconstrictor; • Sonda Nelaton/Catéter de diálise peritoneal • Mononylon 3-0 agulhado; • Fita adesiva (Esparadrapo/Micropore); Descrição passo a passo do procedimento • Passagem de sonda gástrica e vesical. • Assepsia e antisepsia. • Anestesia local com xilocaína. • Incisão longitudinal de 2cm inferiorà cicatriz umbilical. Se houver suspeita de fratura de bacia, a incisão deve ser supraumbilical e, na gestante, a incisão deve ser realizada acima do fundo do útero. • Dissecção até o encontro da aponeurose. Hemostasia rigorosa. • Incisão da aponeurose longitudinalmente na linha média. • Dissecção com pinça hemostática tipo Kelly até o encontro do peritônio. Hemostasia rigorosa. • Pinçamento do peritônio com Kelly. Realização de sutura em bolsa no peritônio. • Abertura do peritônio e introdução de cateter de diálise peritoneal na cavidade abdominal dirigido para baixo e para a esquerda. • Tentativa de aspiração de sangue com seringa conectada ao cateter. Se aspirar mais de 10 ml de sangue, considera-se o exame positivo e está indicada a lapatoromia exploradora. • Se não houve a aspiração de sangue, infundir 1000 ml de soro fisiológico aquecido no adulto ou 10 ml por quilo na criança. • Drenagem do líquido infundido. • Enviar material ao laboratório para análise. Critérios de positividade • saída de mais de 10 ml de sangue na aspiração inicial após abertura do peritônio; • saída de sangue à drenagem do líquido infundido; • mais de 100.000 hemácias por campo ou 500 leucócitos no exame do líquido de retorno • saída de restos alimentares, bile e material fecal