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6 - Doencas da orelha externa

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CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Doenças da orelha externa
Anatomia
● Orelha externa: pavilhão auricular + conduto auditivo
Pavilhão
● Localização
○ Anterior à mastóide
○ Posterior à ATM
● Duas linhas horizontais:
○ Sobrancelhas
○ Base do nariz
CAE - conduto auditivo externo
● Relação anatômica -> 4 paredes:
○ Anterior: ATM (pode ter desgaste, tem relação com
oclusão dentária, doenças da articulação degenerativa)
■ Paciente com bruxismo -> estimula nervo auditivo
-> dor na ATM
○ Posterior: apófise mastóide
○ Superior: base do crânio
○ Inferior: glândula parótida
Revestimento do CAE
● Porção proximal: epitélio escamoso estratificado.
● Porção cartilaginosa: espessa, pêlos, glândulas
ceruminosas e sebáceas.
○ Produção de cera
● Porção óssea: pele pouco aderente, delgada, sem tecido
subcutâneo, contato direto com periósteo, praticamente
sem pêlos ou anexos.
Irrigação
● Ramos:
○ Auricular posterior da A. carótida externa (3 a 5 ramos
superficiais – hematoma subpericondral)
■ Irriga região posterior do conduto
○ Auricular profundo da A. maxilar
■ Irrigação auricular anterior
○ Auriculares da A. temporal superficial: superior, médio,
inferior
● Nutrição da cartilagem: embebição a partir do pericôndrio
– preservá-lo em cirurgias
○ Cirurgia para orelha de abano -> retirada da cartilagem
= perde capacidade de nutrir as orelhas -> risco de
inflamações auriculares e necrose
Drenagem linfática
● Linfonodos parotídeos superficiais: a frente do trago
● Linfonodos cervicais retroauriculares e profundos
● Linfonodos cervicais superficiais
Inervação
● Doenças que podem acometer parte de inervação -> ex.:
paralisia periférica total + otite externa
Sensitiva:
● Ramo auricular do plexo cervical: parte póstero-inferior do
pavilhão e conduto
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
● Nervo auriculotemporal (ramo do NC V - trigêmio): parte
anterior do pavilhão e pequena parte do conduto
● Nervo Facial: concha e parte inicial do conduto (começo
do conduto, parte mais externa)
○ Zona da Ramsay-Hunt
● Ramo auricular do NC X (N. de Arnold): parte profunda do
conduto e membrana timpânica
○ Queixa de tosse - estímulo de nervo juntamente, pela
anatomia
Motora:
● Nervo Facial: musculatura do pavilhão
Microbiologia
● Flora típica:
○ Staphylococcus epidermidis – 87%
○ Corynebacterium sp – 81%
○ Bacillus sp – 16%
○ S. aureus – 12%
○ E.coli – 8%
○ S. pyogenes – 4%
○ Outros – 7%
○ Pseudomonas aeruginosa – 0%
● Manutenção desta flora e da integridade do conduto
atuam na prevenção da otite externa.
○ Comprometimento (erosão, piercing, brinco, natação,
capacete) -> predispõe otite externa
Fisiologia
● Porção cartilaginosa do conduto auditivo externo (CAE):
○ Porção proximal do conduto auditivo
○ Presença de folículos pilosos (barreira contra o corpo
estranho e impactação de cerume),
○ Glândulas sebáceas
○ Glândulas ceruminosas: cerume é necessário para
proteção de microrganismos (bacteriostática)
■ Característica lipofílica que não deixa que a água
entre em contato com o conduto, como na natação
■ Evita otite fúngica, eczema, ressecamento
● Pêlos:
○ Barreira contra CE
○ Favorecem a impactação de cerume
● Cerume:
○ Produto de secreções glândulas sebáceas, ceruminosas e
descamação pele do conduto
○ Composição: lipídios (46 a 73%), proteínas, aminoácidos
livres e íons minerais, água, substâncias antibacterianas
(lisozima, Igs)
○ Proteção antimicrobiana (fungistática e bacteriostática)
pela produção lisozima e pH ácido
○ Proteção superfície cutânea CAE
○ Hidrofóbico, impedindo a estagnação da água,
maceração da pele e evitando infecções
○ Retirada de cerume com objetos, limpeza de maneira
incorreta -> precursor de otite externas
○ Consistência: pastoso, líquido, sólido, várias colorações
-> não tem importância clínica
Cerumen
Impactação de cerúmen
● Doença muito comum – 2 a 6%
● QC: assintomático a hipoacusia,
plenitude auricular (sensação de
ouvido tampado), prurido,
otalgia, vertigem e zumbido
● Diagnóstico: otoscopia
● Tratamento: remoção –
lavagem, estiletes, curetas, gotas
solventes (ceruminolíticos)
Otite externa
● Processo inflamatório do pavilhão e conduto auditivo
Classificação
● Ouvido tampado (plenitude), dor à manipulação do
conduto auditivo→ otite externa
○ Orelha média normal (MT íntegra e translúcida),
● Otite média -> não tem dor a manipulação do conduto,
dor é contínua
Classificação
OE aguda difusa OE maligna
OE aguda localizada OE herpética
OE crônica OE bolhosa
OE granulosa Pericondrite e condrite
OE fúngica Erisipela
Fatores predisponentes a OE
● Ausência de cerúmen
● Traumatismos
● Supurações de OM
● Substâncias cáusticas
● Queimaduras
● Corpos Estranhos
● Lavagens repetidas
● Altas temperatura e umidade
Otite Externa Aguda Difusa
● “Swimmer’s ear”: otite do nadador
● Mudança do pH ácido para alcalino +
pele lesada ou modificada (banho
mar ou piscina, remoção cerúmen,
trauma...) -> crescimento bacteriano
“incomum”
Etiologia
● Pseudomonas aeruginosa (38%) =
gram (-) -> principal tratamento é Quinolona
● S. epidermidis (9,1%)
● S. aureus (7,8%)
Quadro clínico
● QC: prurido (precede a dor), dor intensa, sensibilidade à
palpação, hipoacusia, plenitude auricular (sensação de
abafamento, ouvido tampado)
○ Hipoacusia, plenitude auricular: presente em todas as
otites
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Exame Físico
● Inspeção: dor a palpação e manipulação orelha
● Otoscopia: eritema e edema CAE (em toda extensão do
conduto), secreção serosa ou purulenta, restos epiteliais,
obstrução parcial ou total lúmen
● Febre e linfonodomegalia pré e pós auricular quadros
avançados
Exames Complementares
● Não são necessários, exceto em casos de OM maligna
● Cultura de secreção: ausência resposta a terapia empírica
em 3 dias, imunossuprimidos, OE severa
● HMG e glicemia: suspeita de complicação (OE Maligna)
Tratamento
● Cuidados locais
● Analgesia: AINH, CE sistêmicos em casos de dor e edema
intensos
● ATB tópico com neomicina, polimixina B, quinolona, 3 a 4
x/dia, por 7 a 10 dias
○ Ciprofloxacino
○ P. aeruginosa (38%) = gram (-) -> principal tratamento é
quinolona
● ATB sistêmico: DM, imunodeficiências, celulite auricular ou
facial, linfadenite cervical ou parotídea (ciprofloxacino,
cefalexina)
○ Casos de edema que não penetra gota otológica ->
associar ATB sistêmico (quinolonas - ex.: cipro)
● Orientações: proteção com algodão + óleo, não nadar,
evitar uso aparelho auditivo ou fones durante quadro
agudo, não usar cotonetes
OE Aguda Localizada (Furunculose)
● OE limitada a uma área do CAE, 1/3 externo, inflamação
unidade pilossebácea
○ Pode ter abscesso presente -> pode realizar drenagem
● Etiologia: Staphylococcus aureus = gram +
○ Tratamento: cefalosporina de 1ª geração
Quadro clínico
● Dor localizada, hipoacusia
(obstrução CAE), adenopatia
periauricular
Exame Físico
● Inspeção: tumefação à entrada do
CAE
○ Porção cartilaginosa tem
folículos pilosos-> distal não tem
● Otoscopia: tumefação circunscrita, eritema, edema, ponto
de flutuação
Tratamento
● Limpeza local
● Drenagem de ponto de flutuação (pode ou não ser
necessário)
● ATB tópico: creme (gentamicina, neomicina,
cloranfenicol...) com CE não-fluorado (hidrocortisona)
● ATB sistêmico: Cefalexina por 7 a 10 dias
○ S. aureus = gram +
■ Tratamento: cefalosporina de 1ª geração
● Analgesia: analgésicos simples, AINH, compressas mornas
Otite externa crônica
● Etiologia mista: infecção e
hipersensibilidade
● Aumento da espessura da pele do CAE,
com ressecamento, estagnação de
debris, diminuição do lúmen
○ Prurido intenso, ressecamento
● Etiologia: culturas – ou flora não patogênica
Quadro clínico
● Prurido intenso, desconforto, ressecamento, hipoacusia,
indolor
Exame físico
● Otoscopia: pele seca, hipertrófica, estenose parcial,
otorréia mucopurulenta quando infecção aguda
Tratamento
● Limpeza frequente e debridamento
local
● Agentes secativos e acidificantes
● CE tópicos e queratolíticos
○ AAS + betametasona (Diprosalic)
– 90 dias alternados
○ Queratolítico = corticóide com
AAS (descamação e limpeza da
pele)
●ATB tópicos durante exacerbações
Otite externa granulosa
● Inflamação 1/3 interno do CAE e MT,
● Secreção escassa purulenta e cremosa de granulações
justa timpânicas
● Etiologia: Proteus sp. e Pseudomonas aeruginosa
Quadro clínico
● Hipoacusia, otorréia purulenta, prurido leve e dor leve
Exame físico
● Otoscopia: placas granulosas sésseis em MT
Tratamento
● Limpeza, secagem, cauterização tecido de granulação com
ATA 70%,
● Creme com ATB (gentamicina) e CE fluorado
(betametasona), orientar proteção contra água
○ ATB para gram (-) -> Gentamicina
○ Inicia com tópico -> se não melhora ATB oral
Otomicose
● Otite externa fúngica
● Aumento da umidade e calor no CAE, uso prévio de ATB
tópico de longa data, imunossupressão, DM
○ Uso de antibiótico tópico por muito tempo ou por
doença não bacteriana -> atrapalha a simbiose ->
proliferação fúngica = risco de perfuração de membrana
timpânica
● Etiologia: Aspergillus sp, Candida sp
○ Aspergillus sp = pó de café
○ Candida sp = hifas aderidas
Quadro clínico
● Prurido, otalgia e otorréia (infecção bacteriana
secundária), hipoacusia e plenitude
● Otoscopia: micélios fúngicos e debris celulares
○ Pode haver comprometimento de membrana timpânica
= MT borrada
Tratamento
● Correção fatores predisponentes, limpeza
● Assepsia e acidificação com Timerosal
● Antifúngicos tópicos líquido ou creme (Nitrato de
Miconazol, Clotrimazol) = Fungirox, Ciclopirox olamina
● Proteção contra água, CAE aerado
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Otite externa maligna
● Mais grave!!! -> pode levar a óbito
● Infecção invasiva e necrotizante do CAE, com progressão
para osteomielite de osso temporal e base de crânio
○ Teto do conduto auditivo é a base do crânio
● Associado: DM, idosos, imunocomprometidos
● Etiologia:
○ Pseudomonas aeruginosa (90%),
○ S. epidermidis, S. aureus, Proteus sp.
Fisiopatologia
1. Traumatismo da pele do CAE
2. Celulite dolorosa (otorréia, otalgia,
edema, cefaléia)
3. Condrite
4. Osteíte do conduto auditivo externo
5. Lesão de NC, osteomielite de base de
crânio, parótida, tecidos moles do
pescoço
Quadro clínico
● Otalgia intensa desproporcional ao encontrado no exame
físico
● Otorréia fétida
● Paciente geralmente tem DM ou imunossupressão
Exame físico
● Otoscopia: tecido de granulação assoalho CAE, junção
osteo-cartilaginosa, ulceração local, inflamação ao redor
● Edema tecido adjacente,
linfadenopatia regional
● Paralisia facial (NC VII) em
infecções avançadas
○ Necrose de concha (onde está
o nervo facial)
● NC IX, X, XI (acometimento do
forame jugular): rouquidão,
disfagia, aspiração
○ Comprometimento de outros
pares cranianos
Classificação de severidade
● Estágio I: necrose limitada aos tecidos moles e cartilagem,
podendo ocorrer PFP (paralisia facial periférica)
● Estágio II: acometimento ósseo com erosão osso temporal,
neuropatia craniana múltipla
● Estágio III: atinge base de crânio, acometimentos
intra-cranianos (meningite, tromboflebite, abscessos,
empiema subdural e epidural)
● Sequelas: estenose CAE
Exames Complementares
● Internação + hemograma, glicemia, VHS
● Bacterioscópico e cultura com antibiograma
● LCR (líquor) na suspeita meningite
● Exame imagem:
○ TC com contraste (avaliar estruturas ósseas)
○ Ressonância Nuclear Magnética: invasão base de crânio
na TC -> se complicação intracraniana
○ Cintilografia com Tecnécio: fixa zonas de destruição
óssea -> para diagnóstico
○ Cintilografia com Gálio: monitorizar evolução clínica
(PMN) -> para acompanhamento
Tratamento
● Controle comorbidades (DM)
● Debridamento diário do CAE para retirar todo o tecido de
granulação
● ATB parenteral anti-pseudomonas: ciprofloxacino,
ceftazidima – 6 a 9 semanas
● Oxigênio hiperbárico - controverso
● Cirurgia: resultados pobres
● Cintilografia com Gálio a cada 3 a 4 sem, controle 1 mês
do fim do tratamento (acompanhamento)
Otite externa herpética
● Herpes Zoster -> pode atingir a orelha externa ->
formação de vesículas -> se rompem -> formação de
crostas
Quadro clínico
● Erupção cutânea unilateral, com
vesículas, em área dolorosa com base
eritematosa, com posterior formação
de crostas
● Síndrome Ramsay Hunt: NC VII,
podendo se associar disacusia
neurossensorial (DNS) e vertigem.
○ Otite externa por herpes zoster
associada a paralisia facial
periférica (paralisia hemifacial)
○ Grave e comum
Tratamento
● Higiene local
● ATB tópico: infecção secundária
● Antivirais: Aciclovir (1 a 4 gotas/dia)
por 10 dias
● Corticosteróides: Dexametasona
● Descompressão do NC VII: rara
Otite Externa Bolhosa
● Etiologia: desconhecida,
Mycoplasma pneumoniae
Quadro clínico
● Otalgia intensa, plenitude,
hipoacusia, zumbido, otorréia
serossanguinolenta
● Otoscopia: vesículas ou bolhas
hemorrágicas dolorosas na
porção óssea do CAE ou MT
Tratamento
● Eritromicina VO 10 dias (Claritromicina ou Azitromicina
também são efetivas)
● Analgesia
Pericondrite
● Infecção cartilagem pavilhão
● Diagnosticar e tratar rapidamente, porque gera
deformidade na cartilagem do pavilhão auricular
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
● Causa: outras infecções, trauma,
cirurgia, piercing, oto-hematoma
● Etiologia: Pseudomonas aeruginosa
Quadro Clínico
● Dor intensa, plenitude
Exame Físico
● Orelha eritematosa, endurecida e
dolorosa à palpação, calor local,
flutuação, demarcação com o lóbulo
não acometido
Exames. Complementares
● Cultura e antibiograma
Tratamento
● Profilaxia: proteger a cartilagem exposta
durante procedimentos
● Analgesia
● Debridamento, drenagem de pontos de
flutuação, drenos, curativos
compressivos, pontos captonados
● ATB tópica e sistêmica (Ciprofloxacino,
Ceftazidima)
● Ressecção da cartilagem
● Pode ser necessário fazer drenagem se
presença de abscesso -> curativo compressivo
Erisipela do pavilhão
● Secundária à otite externa aguda ou trauma
● Etiologia: Staphylococcus aureus
Quadro clínico
● Edema da pele, congestão e aspecto áspero (casca de
laranja), manifestação sistêmica
Tratamento
● Cefalosporinas (Cefalexina),
analgesia
Hiperemia por todo pavilhão auricular
e tecidos adjacentes, pele em casca
de laranja, lobo hiperemiado
Otite externa eczematosa
● Dermatite Atópica
● Dermatite Seborréica
● Dermatite de Contato
● Psoríase
● Lúpus
● Neurodermatites
● Eczema Infantil
Dermatite atópica - eczema
● Eczema (pápulas eritematosas, com liquenificação) e
prurido intenso, acometimento da orelha associado ao da
face e pescoço, história rinite, asma
● Diagnóstico: clínico, aumento de IgE
sérica, eosinofilia
Tratamento:
● Higiene cutânea
● Corticosteróides tópicos
● Anti-histamínicos
● CE sistêmicos
● Imunoterapia
Dermatite seborreica
● Doença inflamatória crônica com acometimento de
regiões com numerosas glândulas sebáceas
● Acometimento da orelha geralmente por progressão do
couro cabeludo e face
Quadro clínico
● Prurido, dor e queimação local, lesões eritematosas com
liquenificação e descamação
Tratamento
● CE e queratolíticos;
● Shampoo com enxofre, sulfato de selênio e zinco
Dermatite de contato
● Irritativa x Alérgica
● Pele e lóbulo ressecados
● Irritantes:
○ Neomicina
○ Níquel, cromato e fósforo
○ Anestésico tópico, propilenglicol
● Alérgenos:
○ Shampoos, perfumes e sabonetes
Quadro clínico
● Prurido, queimação
● Inspeção: lesões eritematosas,
edemaciadas e exsudativas
● Diagnóstico: clínico e testes cutâneos
Tratamento
● Identificação e remoção do agente, CE
tópicos, compressas locais com água
boricada
Alterações geriátricas
● Aumento do número de pêlos
● Diminuição da espessura da epiderme do CAE
● Perda de elasticidade -> orelhas ficam maiores
● Perda de pigmentação
● Atrofia de glândulas com
ressecamento, prurido,
cerume ressecado que
impacta mais
● Irritação frequente
Tratamento:
● Gotas e cremes hidratantes
com uréia
● Biópsia para excluir CA em
úlceras na hélice
Colesteatoma de CAE
● Idiopático, idosos, unilateral, audição normal
Exame físico
● MT normal com área de erosão na parede inferior do CAE,
periostite
● TC: erosão óssea e comprometimento das células da
mastóide
Tratamento
● Remoção da bolsa de colesteatoma edo osso necrótico
● Mastoidectomia
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Corpo estranho
● Só mexer se presença de material e competência para
retirar
● CE duros: lavagem
● CE hidrófilos (grãos, sementes): pinças e estiletes
○ Evitar de lavar porque incha e dificulta retirada
● CE moles (papel, algodão): pinças
● CE líquidos: lavagem e/ou aspiração
● CE vivos: sensação desagradável e dores lancinantes.
○ Introdução de substância oleosa seguida de lavagem
ou remoção com pinças.
○ Urgência: CE vivos
Complicações
● Iatrogênicas
● Lacerações de pele do CAE
● Perfuração de MT
● Desarticulação da cadeia ossicular
● Lesão do labirinto
● Lesões do NC VII
Oto-hematoma
● Hematoma traumático (artes marciais) x não traumático
(discrasias sanguíneas)
● Acúmulo de sangue entre o pericôndrio e a cartilagem,
mais comum no 1/3 superior.
Quadro clínico
● Perda de contorno, equimose, parestesia
e dor local
Tratamento
● Incisão e drenagem, com retirada dos
coágulos
● Aproximação dos retalhos, curativo
compressivo ou pontos captonados
● ATB
Exostoses
● Formações ósseas arredondadas,
endurecidas, metade interna do CAE,
múltiplas, bilateral
● Multifatorial
● Fatores predisponentes: esportes
náuticos, otites, otosclerose
Quadro clínico
● Assintomáticos; hipoacusia condutiva
Tratamento:
● Cirurgia: complicações, como OE
recidivante, estenose quase total,
colesteatoma, perfuração de MT
Classificação OE aguda difusa OE aguda localizada OE crônica OE granulosa OE fúngica
Agente etiológico P.aeruginosa S. aureus Etiologia mista:
infecção e
hipersensibilidade
Proteus sp. e P.
aeruginosa
Aspergillus sp,
Candida sp
Gram - + - fungo
Sinais e sintomas Prurido (precede a
dor), dor intensa,
sensibilidade à
palpação,
hipoacusia,
plenitude auricular.
Dor localizada,
hipoacusia
(obstrução CAE),
adenopatia
periauricular
Prurido intenso,
desconforto,
ressecamento,
hipoacusia, indolor
Hipoacusia, otorréia
purulenta, prurido
leve e dor leve
Prurido, otalgia e
otorréia (infecção
bact. secundária),
hipoacusia e
plenitude
Tratamento Analgesia
ATB tópico com
neomicina,
polimixina B,
quinolona, 3 a 4
x/dia, por 7 a 10 dias
ATB sistêmico SN
Drenagem de ponto
de flutuação
ATB tópico: creme
(gentamicina,
neomicina,
cloranfenicol...) com
CE não-fluorado
(hidrocortisona)
ATB sistêmico:
Cefalexina por 7 a 10
dias
Analgesia
Limpeza freqüente e
debridamento local
agentes secativos e
acidificantes
CE tópicos e
queratolíticos (AAS +
betametasona -
DiprosalicR) – 90d,
dias alternados
ATB tópicos durante
exacerbações
Limpeza, secagem,
cauterização tecido
de granulação com
ATA 70%, creme com
ATB (genta) e CE
fluorado
(betametasona),
orientar proteção
contra água
Correção fatores
predisponentes,
limpeza
assepsia e
acidificação com
TimerosalR
antifúngicos tópicos
líquido ou creme
(Nitrato de
miconazol,
Clotrimazol)
Proteção contra
água, CAE aerado
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Classificação OE maligna OE herpética OE bolhosa Pericondrite e
condrite
Erisipela
Agente etiológico Pseudomonas
aeruginosa (90%), S.
epidermidis, S.
aureus, Proteus sp.
Herpes Zoster Desconhecida,
Mycoplasma
pneumoniae
P. aeruginosa S.aureus
Gram - vírus - +
Sinais e sintomas Otalgia intensa
desproporcional
Otorréia fétida
DM ou
imunossupressão
Erupção cutânea
unilateral, com
vesículas, em área
dolorosa com base
eritematosa, com
posterior formação
de crostas
Otalgia intensa,
plenitude,
hipoacusia,
zumbido, otorréia
serossanguinolenta
Dor intensa,
plenitude
orelha eritematosa,
endurecida e
dolorosa à
palpação, calor
local, flutuação,
demarcação c o
lóbulo não
acometido
Edema da pele,
congestão e aspecto
áspero (casca de
laranja), manif sist.
Tratamento Controle
comorbidades (DM)
debridamento diário
do CAE para retirar
todo o tecido de
granulação
ATB parenteral
anti-pseudomonas:
ciprofloxacino,
ceftazidima – 6 a 9
semanas
oxigênio hiperbárico
- controverso
cirurgia: resultados
pobres
Cintilografia com
Gálio a cada 3 a 4
sem, controle 1 mês
do fim do
tratamento
Higiene local
ATB tópico: infecção
secundária
antivirais: aciclovir
(1 a 4 g/d) por 10
dias
Corticosteróides:
dexametasona
descompressão do
NC VII: rara
Eritromicina VO 10
dias, analgesia
Profilaxia: proteger a
cartilagem exposta
durante
procedimentos
Analgesia
Debridamento,
drenagem de pontos
de flutuação, drenos,
curativos
compressivos,
pontos captonados
ATB tópica e
sistêmica (cipro,
ceftazidima)
ressecção da
cartilagem
Cefalosporinas
(Cefalexina),
analgesia
Classificação OE eczematosa
Dermatite atópica
OE eczematosa
Dermatite seborreica
OE eczematosa
Dermatite de
contato
Alteração geriátrica Colesteatoma de
CAE
Sinais e sintomas Eczema (pápulas
eritematosas, com
liquenificação) e
prurido intenso,
acometimento da
orelha associado ao
da face e pescoço,
história rinite, asma
Prurido, dor e
queimação local,
lesões eritematosas
c/ liquenif. e
descamação
Prurido, queimação Aumento do número
de pêlos
Diminuição da
espessura da
epiderme do CAE
Perda de
elasticidade
Perda de
pigmentação
Atrofia de glândulas
com ressecamento
Irritação freqüente
Tratamento Higiene cutânea
corticosteróides
tópicos
anti-histamínicos
CE sistêmicos
imunoterapia
CE e queratolíticos;
shampoo com
enxofre, sulfato de
selênio e zinco
Identificação e
remoção do agente,
CE tópicos,
compressas locais
com água boricada
Gotas e cremes
hidratantes com
uréia
Biópsia para excluir
CA em úlceras na
hélice
Remoção da bolsa
de colesteatoma e
do osso necrótico,
Mastoidectomia
CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III
Classificação Corpo estranho Oto-hematoma Exostoses
Sinais e sintomas CE vivos: sensação desagradável e dores
lancinantes.
Acúmulo de sangue entre o pericôndrio e a
cartilagem, mais comum no 1/3 superior.
QC: perda de contorno,
Assintomáticos;
hipoacusia
condutiva
Tratamento CE duros: lavagem
CE hidrófilos (grãos, sementes): pinças e
estiletes
CE moles (papel, algodão): pinças
CE líquidos: lavagem e/ou aspiração
CE vivos:introdução de substância oleosa
seguida de lavagem ou remoção com
pinças.
Incisão e drenagem, com retirada dos
coágulos
aproximação dos retalhos, curativo
compressivo ou pontos captonados
ATB
Cirurgia:
complicações, como
OE recidivante,
estenose quase
total, colesteatoma,
perfuração de MT

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