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CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Doenças da orelha externa Anatomia ● Orelha externa: pavilhão auricular + conduto auditivo Pavilhão ● Localização ○ Anterior à mastóide ○ Posterior à ATM ● Duas linhas horizontais: ○ Sobrancelhas ○ Base do nariz CAE - conduto auditivo externo ● Relação anatômica -> 4 paredes: ○ Anterior: ATM (pode ter desgaste, tem relação com oclusão dentária, doenças da articulação degenerativa) ■ Paciente com bruxismo -> estimula nervo auditivo -> dor na ATM ○ Posterior: apófise mastóide ○ Superior: base do crânio ○ Inferior: glândula parótida Revestimento do CAE ● Porção proximal: epitélio escamoso estratificado. ● Porção cartilaginosa: espessa, pêlos, glândulas ceruminosas e sebáceas. ○ Produção de cera ● Porção óssea: pele pouco aderente, delgada, sem tecido subcutâneo, contato direto com periósteo, praticamente sem pêlos ou anexos. Irrigação ● Ramos: ○ Auricular posterior da A. carótida externa (3 a 5 ramos superficiais – hematoma subpericondral) ■ Irriga região posterior do conduto ○ Auricular profundo da A. maxilar ■ Irrigação auricular anterior ○ Auriculares da A. temporal superficial: superior, médio, inferior ● Nutrição da cartilagem: embebição a partir do pericôndrio – preservá-lo em cirurgias ○ Cirurgia para orelha de abano -> retirada da cartilagem = perde capacidade de nutrir as orelhas -> risco de inflamações auriculares e necrose Drenagem linfática ● Linfonodos parotídeos superficiais: a frente do trago ● Linfonodos cervicais retroauriculares e profundos ● Linfonodos cervicais superficiais Inervação ● Doenças que podem acometer parte de inervação -> ex.: paralisia periférica total + otite externa Sensitiva: ● Ramo auricular do plexo cervical: parte póstero-inferior do pavilhão e conduto CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III ● Nervo auriculotemporal (ramo do NC V - trigêmio): parte anterior do pavilhão e pequena parte do conduto ● Nervo Facial: concha e parte inicial do conduto (começo do conduto, parte mais externa) ○ Zona da Ramsay-Hunt ● Ramo auricular do NC X (N. de Arnold): parte profunda do conduto e membrana timpânica ○ Queixa de tosse - estímulo de nervo juntamente, pela anatomia Motora: ● Nervo Facial: musculatura do pavilhão Microbiologia ● Flora típica: ○ Staphylococcus epidermidis – 87% ○ Corynebacterium sp – 81% ○ Bacillus sp – 16% ○ S. aureus – 12% ○ E.coli – 8% ○ S. pyogenes – 4% ○ Outros – 7% ○ Pseudomonas aeruginosa – 0% ● Manutenção desta flora e da integridade do conduto atuam na prevenção da otite externa. ○ Comprometimento (erosão, piercing, brinco, natação, capacete) -> predispõe otite externa Fisiologia ● Porção cartilaginosa do conduto auditivo externo (CAE): ○ Porção proximal do conduto auditivo ○ Presença de folículos pilosos (barreira contra o corpo estranho e impactação de cerume), ○ Glândulas sebáceas ○ Glândulas ceruminosas: cerume é necessário para proteção de microrganismos (bacteriostática) ■ Característica lipofílica que não deixa que a água entre em contato com o conduto, como na natação ■ Evita otite fúngica, eczema, ressecamento ● Pêlos: ○ Barreira contra CE ○ Favorecem a impactação de cerume ● Cerume: ○ Produto de secreções glândulas sebáceas, ceruminosas e descamação pele do conduto ○ Composição: lipídios (46 a 73%), proteínas, aminoácidos livres e íons minerais, água, substâncias antibacterianas (lisozima, Igs) ○ Proteção antimicrobiana (fungistática e bacteriostática) pela produção lisozima e pH ácido ○ Proteção superfície cutânea CAE ○ Hidrofóbico, impedindo a estagnação da água, maceração da pele e evitando infecções ○ Retirada de cerume com objetos, limpeza de maneira incorreta -> precursor de otite externas ○ Consistência: pastoso, líquido, sólido, várias colorações -> não tem importância clínica Cerumen Impactação de cerúmen ● Doença muito comum – 2 a 6% ● QC: assintomático a hipoacusia, plenitude auricular (sensação de ouvido tampado), prurido, otalgia, vertigem e zumbido ● Diagnóstico: otoscopia ● Tratamento: remoção – lavagem, estiletes, curetas, gotas solventes (ceruminolíticos) Otite externa ● Processo inflamatório do pavilhão e conduto auditivo Classificação ● Ouvido tampado (plenitude), dor à manipulação do conduto auditivo→ otite externa ○ Orelha média normal (MT íntegra e translúcida), ● Otite média -> não tem dor a manipulação do conduto, dor é contínua Classificação OE aguda difusa OE maligna OE aguda localizada OE herpética OE crônica OE bolhosa OE granulosa Pericondrite e condrite OE fúngica Erisipela Fatores predisponentes a OE ● Ausência de cerúmen ● Traumatismos ● Supurações de OM ● Substâncias cáusticas ● Queimaduras ● Corpos Estranhos ● Lavagens repetidas ● Altas temperatura e umidade Otite Externa Aguda Difusa ● “Swimmer’s ear”: otite do nadador ● Mudança do pH ácido para alcalino + pele lesada ou modificada (banho mar ou piscina, remoção cerúmen, trauma...) -> crescimento bacteriano “incomum” Etiologia ● Pseudomonas aeruginosa (38%) = gram (-) -> principal tratamento é Quinolona ● S. epidermidis (9,1%) ● S. aureus (7,8%) Quadro clínico ● QC: prurido (precede a dor), dor intensa, sensibilidade à palpação, hipoacusia, plenitude auricular (sensação de abafamento, ouvido tampado) ○ Hipoacusia, plenitude auricular: presente em todas as otites CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Exame Físico ● Inspeção: dor a palpação e manipulação orelha ● Otoscopia: eritema e edema CAE (em toda extensão do conduto), secreção serosa ou purulenta, restos epiteliais, obstrução parcial ou total lúmen ● Febre e linfonodomegalia pré e pós auricular quadros avançados Exames Complementares ● Não são necessários, exceto em casos de OM maligna ● Cultura de secreção: ausência resposta a terapia empírica em 3 dias, imunossuprimidos, OE severa ● HMG e glicemia: suspeita de complicação (OE Maligna) Tratamento ● Cuidados locais ● Analgesia: AINH, CE sistêmicos em casos de dor e edema intensos ● ATB tópico com neomicina, polimixina B, quinolona, 3 a 4 x/dia, por 7 a 10 dias ○ Ciprofloxacino ○ P. aeruginosa (38%) = gram (-) -> principal tratamento é quinolona ● ATB sistêmico: DM, imunodeficiências, celulite auricular ou facial, linfadenite cervical ou parotídea (ciprofloxacino, cefalexina) ○ Casos de edema que não penetra gota otológica -> associar ATB sistêmico (quinolonas - ex.: cipro) ● Orientações: proteção com algodão + óleo, não nadar, evitar uso aparelho auditivo ou fones durante quadro agudo, não usar cotonetes OE Aguda Localizada (Furunculose) ● OE limitada a uma área do CAE, 1/3 externo, inflamação unidade pilossebácea ○ Pode ter abscesso presente -> pode realizar drenagem ● Etiologia: Staphylococcus aureus = gram + ○ Tratamento: cefalosporina de 1ª geração Quadro clínico ● Dor localizada, hipoacusia (obstrução CAE), adenopatia periauricular Exame Físico ● Inspeção: tumefação à entrada do CAE ○ Porção cartilaginosa tem folículos pilosos-> distal não tem ● Otoscopia: tumefação circunscrita, eritema, edema, ponto de flutuação Tratamento ● Limpeza local ● Drenagem de ponto de flutuação (pode ou não ser necessário) ● ATB tópico: creme (gentamicina, neomicina, cloranfenicol...) com CE não-fluorado (hidrocortisona) ● ATB sistêmico: Cefalexina por 7 a 10 dias ○ S. aureus = gram + ■ Tratamento: cefalosporina de 1ª geração ● Analgesia: analgésicos simples, AINH, compressas mornas Otite externa crônica ● Etiologia mista: infecção e hipersensibilidade ● Aumento da espessura da pele do CAE, com ressecamento, estagnação de debris, diminuição do lúmen ○ Prurido intenso, ressecamento ● Etiologia: culturas – ou flora não patogênica Quadro clínico ● Prurido intenso, desconforto, ressecamento, hipoacusia, indolor Exame físico ● Otoscopia: pele seca, hipertrófica, estenose parcial, otorréia mucopurulenta quando infecção aguda Tratamento ● Limpeza frequente e debridamento local ● Agentes secativos e acidificantes ● CE tópicos e queratolíticos ○ AAS + betametasona (Diprosalic) – 90 dias alternados ○ Queratolítico = corticóide com AAS (descamação e limpeza da pele) ●ATB tópicos durante exacerbações Otite externa granulosa ● Inflamação 1/3 interno do CAE e MT, ● Secreção escassa purulenta e cremosa de granulações justa timpânicas ● Etiologia: Proteus sp. e Pseudomonas aeruginosa Quadro clínico ● Hipoacusia, otorréia purulenta, prurido leve e dor leve Exame físico ● Otoscopia: placas granulosas sésseis em MT Tratamento ● Limpeza, secagem, cauterização tecido de granulação com ATA 70%, ● Creme com ATB (gentamicina) e CE fluorado (betametasona), orientar proteção contra água ○ ATB para gram (-) -> Gentamicina ○ Inicia com tópico -> se não melhora ATB oral Otomicose ● Otite externa fúngica ● Aumento da umidade e calor no CAE, uso prévio de ATB tópico de longa data, imunossupressão, DM ○ Uso de antibiótico tópico por muito tempo ou por doença não bacteriana -> atrapalha a simbiose -> proliferação fúngica = risco de perfuração de membrana timpânica ● Etiologia: Aspergillus sp, Candida sp ○ Aspergillus sp = pó de café ○ Candida sp = hifas aderidas Quadro clínico ● Prurido, otalgia e otorréia (infecção bacteriana secundária), hipoacusia e plenitude ● Otoscopia: micélios fúngicos e debris celulares ○ Pode haver comprometimento de membrana timpânica = MT borrada Tratamento ● Correção fatores predisponentes, limpeza ● Assepsia e acidificação com Timerosal ● Antifúngicos tópicos líquido ou creme (Nitrato de Miconazol, Clotrimazol) = Fungirox, Ciclopirox olamina ● Proteção contra água, CAE aerado CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Otite externa maligna ● Mais grave!!! -> pode levar a óbito ● Infecção invasiva e necrotizante do CAE, com progressão para osteomielite de osso temporal e base de crânio ○ Teto do conduto auditivo é a base do crânio ● Associado: DM, idosos, imunocomprometidos ● Etiologia: ○ Pseudomonas aeruginosa (90%), ○ S. epidermidis, S. aureus, Proteus sp. Fisiopatologia 1. Traumatismo da pele do CAE 2. Celulite dolorosa (otorréia, otalgia, edema, cefaléia) 3. Condrite 4. Osteíte do conduto auditivo externo 5. Lesão de NC, osteomielite de base de crânio, parótida, tecidos moles do pescoço Quadro clínico ● Otalgia intensa desproporcional ao encontrado no exame físico ● Otorréia fétida ● Paciente geralmente tem DM ou imunossupressão Exame físico ● Otoscopia: tecido de granulação assoalho CAE, junção osteo-cartilaginosa, ulceração local, inflamação ao redor ● Edema tecido adjacente, linfadenopatia regional ● Paralisia facial (NC VII) em infecções avançadas ○ Necrose de concha (onde está o nervo facial) ● NC IX, X, XI (acometimento do forame jugular): rouquidão, disfagia, aspiração ○ Comprometimento de outros pares cranianos Classificação de severidade ● Estágio I: necrose limitada aos tecidos moles e cartilagem, podendo ocorrer PFP (paralisia facial periférica) ● Estágio II: acometimento ósseo com erosão osso temporal, neuropatia craniana múltipla ● Estágio III: atinge base de crânio, acometimentos intra-cranianos (meningite, tromboflebite, abscessos, empiema subdural e epidural) ● Sequelas: estenose CAE Exames Complementares ● Internação + hemograma, glicemia, VHS ● Bacterioscópico e cultura com antibiograma ● LCR (líquor) na suspeita meningite ● Exame imagem: ○ TC com contraste (avaliar estruturas ósseas) ○ Ressonância Nuclear Magnética: invasão base de crânio na TC -> se complicação intracraniana ○ Cintilografia com Tecnécio: fixa zonas de destruição óssea -> para diagnóstico ○ Cintilografia com Gálio: monitorizar evolução clínica (PMN) -> para acompanhamento Tratamento ● Controle comorbidades (DM) ● Debridamento diário do CAE para retirar todo o tecido de granulação ● ATB parenteral anti-pseudomonas: ciprofloxacino, ceftazidima – 6 a 9 semanas ● Oxigênio hiperbárico - controverso ● Cirurgia: resultados pobres ● Cintilografia com Gálio a cada 3 a 4 sem, controle 1 mês do fim do tratamento (acompanhamento) Otite externa herpética ● Herpes Zoster -> pode atingir a orelha externa -> formação de vesículas -> se rompem -> formação de crostas Quadro clínico ● Erupção cutânea unilateral, com vesículas, em área dolorosa com base eritematosa, com posterior formação de crostas ● Síndrome Ramsay Hunt: NC VII, podendo se associar disacusia neurossensorial (DNS) e vertigem. ○ Otite externa por herpes zoster associada a paralisia facial periférica (paralisia hemifacial) ○ Grave e comum Tratamento ● Higiene local ● ATB tópico: infecção secundária ● Antivirais: Aciclovir (1 a 4 gotas/dia) por 10 dias ● Corticosteróides: Dexametasona ● Descompressão do NC VII: rara Otite Externa Bolhosa ● Etiologia: desconhecida, Mycoplasma pneumoniae Quadro clínico ● Otalgia intensa, plenitude, hipoacusia, zumbido, otorréia serossanguinolenta ● Otoscopia: vesículas ou bolhas hemorrágicas dolorosas na porção óssea do CAE ou MT Tratamento ● Eritromicina VO 10 dias (Claritromicina ou Azitromicina também são efetivas) ● Analgesia Pericondrite ● Infecção cartilagem pavilhão ● Diagnosticar e tratar rapidamente, porque gera deformidade na cartilagem do pavilhão auricular CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III ● Causa: outras infecções, trauma, cirurgia, piercing, oto-hematoma ● Etiologia: Pseudomonas aeruginosa Quadro Clínico ● Dor intensa, plenitude Exame Físico ● Orelha eritematosa, endurecida e dolorosa à palpação, calor local, flutuação, demarcação com o lóbulo não acometido Exames. Complementares ● Cultura e antibiograma Tratamento ● Profilaxia: proteger a cartilagem exposta durante procedimentos ● Analgesia ● Debridamento, drenagem de pontos de flutuação, drenos, curativos compressivos, pontos captonados ● ATB tópica e sistêmica (Ciprofloxacino, Ceftazidima) ● Ressecção da cartilagem ● Pode ser necessário fazer drenagem se presença de abscesso -> curativo compressivo Erisipela do pavilhão ● Secundária à otite externa aguda ou trauma ● Etiologia: Staphylococcus aureus Quadro clínico ● Edema da pele, congestão e aspecto áspero (casca de laranja), manifestação sistêmica Tratamento ● Cefalosporinas (Cefalexina), analgesia Hiperemia por todo pavilhão auricular e tecidos adjacentes, pele em casca de laranja, lobo hiperemiado Otite externa eczematosa ● Dermatite Atópica ● Dermatite Seborréica ● Dermatite de Contato ● Psoríase ● Lúpus ● Neurodermatites ● Eczema Infantil Dermatite atópica - eczema ● Eczema (pápulas eritematosas, com liquenificação) e prurido intenso, acometimento da orelha associado ao da face e pescoço, história rinite, asma ● Diagnóstico: clínico, aumento de IgE sérica, eosinofilia Tratamento: ● Higiene cutânea ● Corticosteróides tópicos ● Anti-histamínicos ● CE sistêmicos ● Imunoterapia Dermatite seborreica ● Doença inflamatória crônica com acometimento de regiões com numerosas glândulas sebáceas ● Acometimento da orelha geralmente por progressão do couro cabeludo e face Quadro clínico ● Prurido, dor e queimação local, lesões eritematosas com liquenificação e descamação Tratamento ● CE e queratolíticos; ● Shampoo com enxofre, sulfato de selênio e zinco Dermatite de contato ● Irritativa x Alérgica ● Pele e lóbulo ressecados ● Irritantes: ○ Neomicina ○ Níquel, cromato e fósforo ○ Anestésico tópico, propilenglicol ● Alérgenos: ○ Shampoos, perfumes e sabonetes Quadro clínico ● Prurido, queimação ● Inspeção: lesões eritematosas, edemaciadas e exsudativas ● Diagnóstico: clínico e testes cutâneos Tratamento ● Identificação e remoção do agente, CE tópicos, compressas locais com água boricada Alterações geriátricas ● Aumento do número de pêlos ● Diminuição da espessura da epiderme do CAE ● Perda de elasticidade -> orelhas ficam maiores ● Perda de pigmentação ● Atrofia de glândulas com ressecamento, prurido, cerume ressecado que impacta mais ● Irritação frequente Tratamento: ● Gotas e cremes hidratantes com uréia ● Biópsia para excluir CA em úlceras na hélice Colesteatoma de CAE ● Idiopático, idosos, unilateral, audição normal Exame físico ● MT normal com área de erosão na parede inferior do CAE, periostite ● TC: erosão óssea e comprometimento das células da mastóide Tratamento ● Remoção da bolsa de colesteatoma edo osso necrótico ● Mastoidectomia CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Corpo estranho ● Só mexer se presença de material e competência para retirar ● CE duros: lavagem ● CE hidrófilos (grãos, sementes): pinças e estiletes ○ Evitar de lavar porque incha e dificulta retirada ● CE moles (papel, algodão): pinças ● CE líquidos: lavagem e/ou aspiração ● CE vivos: sensação desagradável e dores lancinantes. ○ Introdução de substância oleosa seguida de lavagem ou remoção com pinças. ○ Urgência: CE vivos Complicações ● Iatrogênicas ● Lacerações de pele do CAE ● Perfuração de MT ● Desarticulação da cadeia ossicular ● Lesão do labirinto ● Lesões do NC VII Oto-hematoma ● Hematoma traumático (artes marciais) x não traumático (discrasias sanguíneas) ● Acúmulo de sangue entre o pericôndrio e a cartilagem, mais comum no 1/3 superior. Quadro clínico ● Perda de contorno, equimose, parestesia e dor local Tratamento ● Incisão e drenagem, com retirada dos coágulos ● Aproximação dos retalhos, curativo compressivo ou pontos captonados ● ATB Exostoses ● Formações ósseas arredondadas, endurecidas, metade interna do CAE, múltiplas, bilateral ● Multifatorial ● Fatores predisponentes: esportes náuticos, otites, otosclerose Quadro clínico ● Assintomáticos; hipoacusia condutiva Tratamento: ● Cirurgia: complicações, como OE recidivante, estenose quase total, colesteatoma, perfuração de MT Classificação OE aguda difusa OE aguda localizada OE crônica OE granulosa OE fúngica Agente etiológico P.aeruginosa S. aureus Etiologia mista: infecção e hipersensibilidade Proteus sp. e P. aeruginosa Aspergillus sp, Candida sp Gram - + - fungo Sinais e sintomas Prurido (precede a dor), dor intensa, sensibilidade à palpação, hipoacusia, plenitude auricular. Dor localizada, hipoacusia (obstrução CAE), adenopatia periauricular Prurido intenso, desconforto, ressecamento, hipoacusia, indolor Hipoacusia, otorréia purulenta, prurido leve e dor leve Prurido, otalgia e otorréia (infecção bact. secundária), hipoacusia e plenitude Tratamento Analgesia ATB tópico com neomicina, polimixina B, quinolona, 3 a 4 x/dia, por 7 a 10 dias ATB sistêmico SN Drenagem de ponto de flutuação ATB tópico: creme (gentamicina, neomicina, cloranfenicol...) com CE não-fluorado (hidrocortisona) ATB sistêmico: Cefalexina por 7 a 10 dias Analgesia Limpeza freqüente e debridamento local agentes secativos e acidificantes CE tópicos e queratolíticos (AAS + betametasona - DiprosalicR) – 90d, dias alternados ATB tópicos durante exacerbações Limpeza, secagem, cauterização tecido de granulação com ATA 70%, creme com ATB (genta) e CE fluorado (betametasona), orientar proteção contra água Correção fatores predisponentes, limpeza assepsia e acidificação com TimerosalR antifúngicos tópicos líquido ou creme (Nitrato de miconazol, Clotrimazol) Proteção contra água, CAE aerado CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Classificação OE maligna OE herpética OE bolhosa Pericondrite e condrite Erisipela Agente etiológico Pseudomonas aeruginosa (90%), S. epidermidis, S. aureus, Proteus sp. Herpes Zoster Desconhecida, Mycoplasma pneumoniae P. aeruginosa S.aureus Gram - vírus - + Sinais e sintomas Otalgia intensa desproporcional Otorréia fétida DM ou imunossupressão Erupção cutânea unilateral, com vesículas, em área dolorosa com base eritematosa, com posterior formação de crostas Otalgia intensa, plenitude, hipoacusia, zumbido, otorréia serossanguinolenta Dor intensa, plenitude orelha eritematosa, endurecida e dolorosa à palpação, calor local, flutuação, demarcação c o lóbulo não acometido Edema da pele, congestão e aspecto áspero (casca de laranja), manif sist. Tratamento Controle comorbidades (DM) debridamento diário do CAE para retirar todo o tecido de granulação ATB parenteral anti-pseudomonas: ciprofloxacino, ceftazidima – 6 a 9 semanas oxigênio hiperbárico - controverso cirurgia: resultados pobres Cintilografia com Gálio a cada 3 a 4 sem, controle 1 mês do fim do tratamento Higiene local ATB tópico: infecção secundária antivirais: aciclovir (1 a 4 g/d) por 10 dias Corticosteróides: dexametasona descompressão do NC VII: rara Eritromicina VO 10 dias, analgesia Profilaxia: proteger a cartilagem exposta durante procedimentos Analgesia Debridamento, drenagem de pontos de flutuação, drenos, curativos compressivos, pontos captonados ATB tópica e sistêmica (cipro, ceftazidima) ressecção da cartilagem Cefalosporinas (Cefalexina), analgesia Classificação OE eczematosa Dermatite atópica OE eczematosa Dermatite seborreica OE eczematosa Dermatite de contato Alteração geriátrica Colesteatoma de CAE Sinais e sintomas Eczema (pápulas eritematosas, com liquenificação) e prurido intenso, acometimento da orelha associado ao da face e pescoço, história rinite, asma Prurido, dor e queimação local, lesões eritematosas c/ liquenif. e descamação Prurido, queimação Aumento do número de pêlos Diminuição da espessura da epiderme do CAE Perda de elasticidade Perda de pigmentação Atrofia de glândulas com ressecamento Irritação freqüente Tratamento Higiene cutânea corticosteróides tópicos anti-histamínicos CE sistêmicos imunoterapia CE e queratolíticos; shampoo com enxofre, sulfato de selênio e zinco Identificação e remoção do agente, CE tópicos, compressas locais com água boricada Gotas e cremes hidratantes com uréia Biópsia para excluir CA em úlceras na hélice Remoção da bolsa de colesteatoma e do osso necrótico, Mastoidectomia CLÍNICA MÉDICA III - CICLO III Classificação Corpo estranho Oto-hematoma Exostoses Sinais e sintomas CE vivos: sensação desagradável e dores lancinantes. Acúmulo de sangue entre o pericôndrio e a cartilagem, mais comum no 1/3 superior. QC: perda de contorno, Assintomáticos; hipoacusia condutiva Tratamento CE duros: lavagem CE hidrófilos (grãos, sementes): pinças e estiletes CE moles (papel, algodão): pinças CE líquidos: lavagem e/ou aspiração CE vivos:introdução de substância oleosa seguida de lavagem ou remoção com pinças. Incisão e drenagem, com retirada dos coágulos aproximação dos retalhos, curativo compressivo ou pontos captonados ATB Cirurgia: complicações, como OE recidivante, estenose quase total, colesteatoma, perfuração de MT
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