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CRISES HIPERTENSIVAS

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CRISES HIPERTENSIVAS . 
- URGENCIA HIPERTENSIVA 
- EMERGENCIA HIPERTENSIVA 
 
 URGENCIA HIPERTENSIVA . 
- Elevação acentuada da PA de forma sintomática 
como: mal-estar 
cefaleia 
tontura 
náusea 
vômito 
➔ sem lesão de órgão alvo. 
 
- a PA muito elevada pode ser sinal de eminência de LOA. 
 
- O paciente deve ter previamente alguma alteração estrutural de 
algum órgão 
ex: paciente sabidamente tem aneurisma de aorta abdominal ou 
torácico, miocardiopatia com FE reduzida, renal crônico. 
 
- portanto no aneurisma a PA elevada pode causar uma dissecção 
aguda de aorta 
 
- outro exemplo: paciente com miocardiopatia e FE reduzida deixa 
de tomar o remédio, abusa de bebida e comida no final de 
semana, pode desencadear um Edema Agudo de Pulmão. 
 
➔ A PA muito elevada de um paciente com uma doença 
estrutural pode nas próximas horas desencadear uma 
descompensação, mas no momento ele está sem lesão. 
 
TRATAMENTO 
- checar se esta fazendo acompanhamento medico, adequado ou 
não 
- aderência medicamentosa 
 
SEMPRE QUESTIONAR O PACIENTE 
 
FARMACOS: captopril 
 Clonidina 
 
- Na UREGENCIA HIPERTENSIVA não precisamos usar drogas 
parenterais (EV), podemos usar medicações VO. 
- Os dois primeiros são os mais usados. 
 
- PODEMOS FAZER: 
→ CAPTOPRIL 25 a 50 mmHg VO, deixamos o paciente em 
ambiente calmo e após 60-90 minutos verificamos 
novamente a PA e vemos se teve uma queda. 
 
→ CLONIDINA de 0,1 a 0,3 mg VO por vez, reavaliamos o 
paciente em 30-60 minutos 
 
Obs: Se usamos captopril e a PA não abaixou, podemos usar 
clonidina depois ou se usamos clonidina e a PA não abaixou 
podemos usar captopril. 
 
- o paciente tem que estar em um ambiente tranquilo, silencioso, 
tem que manter repouso 
 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL DAS CRISES HIPERTENSIV 
 – URGENCIA E EMERGENCIA . 
 
▪ ANSIEDADE (vamos tratá-la com medicação ansiolítica) 
 ex: paciente chega se sentindo mal-estar, se queixando de dor de 
cabeça, aperto no peito, sudorese, devemos avaliar se teve algum 
fator desencadeante como situação de estresse para essa 
sintomatologia, como brigar com um familiar. 
- Perfil do paciente geralmente é mulher mais jovem. 
 Ex: paciente chega no PS com crise de ansiedade e PA elevada, 
primeiro fazemos medicação ansiolítica, deixamos de observação 
durante meia hora, depois reavaliamos a PA e verificamos se está 
sentindo palpitação ou outro sintoma, se estiver mais calmo e a 
PA vai abaixar, não precisamos dar uma medicação anti-
hipertensiva, precisamos só controlar a PA na ansiedade. 
 
▪ PACIENTE PODE CHEGAR NO PS COM PSEUDOCRISE (aumento 
da PA por causas secundárias como stress e quadro de dor). 
Ex: paciente chega ao PS com queixa de cólica renal, na triagem 
sua PA está 190/120 mmHg, primeiro tratamos a dor, depois o 
reavaliamos, se a PA estiver controlada não precisamos medicar, 
se a PA estiver elevada podemos medicar com droga anti-
hipertensiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 EMERGENCIA HIPERTENSIVA . 
- Elevação acentuada da PA (HAS) com LESÃO DE ÓRGÃO ALVO. 
- PAS > 180 mmHg e PAD > 120 mmHg (isso não é mandatório para 
classificar como emergência hipertensiva, pois se tiver elevação 
da PA e LOA já classificamos como EH). 
- Presença de lesão de órgão alvo como: 
• Retinopatia 
• insuficiência renal aguda 
• IAM 
• EAP 
• síndrome coronariana aguda 
• dissecção de aorta 
• encefalopatia hipertensiva 
• AVC hemorrágico 
• eclampsia 
 
- A emergência hipertensiva mais comum é EDEMA AGUDO DE 
PULMÃO. Precisa de tratamento imediato. 
Ex: paciente chega ao PS com PA 170/100 mmHg associado com 
AVCH, vamos classificá-lo em EH. 
 
QUADRO CLINICO – sintomas gerais 
• Mal-estar 
• Sintomas neurológicos generalizados (confusão mental e 
agitação) ou focais (perda de força de um lado do corpo) 
• Hemorragias retinianas (identificadas no exame de fundo 
de olho) 
• Náuseas e vômitos 
• Desconforto torácico 
• Dor aguda dorsal 
• Dispneia 
 
EXAMES COMPLEMENTARES 
- solicita de acordo com a suspeita 
• Hmg 
• U (ureia) 
• Cr 
• Eletrólitos 
• urina I 
• BTF 
• LDH 
• esquizócitos (para investigação de hemólise por conta da 
hipertensão) 
 
Exames específicos para cada tipo de apresentação da EH: 
✓ SCA – marcadores de necrose 
✓ EAP (edema agudo de pulmão) – BNP, Nt-pro-BNP 
✓ Dissecção de aorta – d-dímero 
Exames realizados para pacientes que apresentam determinada 
sintomatologia ou patologia: 
1. ECG: Dor torácica; EAP 
2. RX DE TÓRAX: Dor torácica; EAP; Dissecção de aorta 
(suspeitada) 
3. TC: AVC (quadro de confusão mental, perda de força 
muscular; TC de crânio para avaliar se é AVCI, AVCH ou 
edema cerebral); Dissecção de aorta (TC é padrão-ouro) 
 
 
TRATAMENTO 
• Encefalopatia hipertensiva 
• EAP 
• SCA 
• Dissecção aguda de aorta 
 
Essas são as patologias mais frequentes da EH. 
 
FARMACO: nitroprussiato de sódio - EV 
 
 
 
 EM BUSCA DE SINAIS DE ALARME OU LOA . 
AVALIAÇÃO 
 
NEUROLOGICA: orientado ou confuso 
Deficit focal 
Pupila 
Sinais meníngeas 
 
CARDIOLOGICO: pulso simétrico 
PA simétrica 
Presença de arritmias 
Dor torácica 
 
PULMONAR:Ausculta pulmonar 
Saturação 
Dispneia 
 
ABDOMINAL: massa palpável – aneusrisma de aorta abdominal 
 
VASCULAR: palpar pulso pelo menos 6 pontos (2 carotideos, 2 
 superiores, 2 inferiores) simetria em ambos 
PA simetrica 
– dissecção de aorta tem diferença de pulso entre os 
membros 
 
RENAL: diminuição da diurese 
Se tem sangue, espuma 
Coletar creatinina, ureia 
 
MEDICACOES/DROGAS: se fez uso de drogas 
Se introduziu ou suspendeu algum 
medicamento 
 
 QUANDO SOLICITAR EXAMES . 
- na suspeita de emergência hipertensiva > 180 x > 120 
- paciente fala que não esta sentindo nada, porem a cara dele não 
ta boa 
 
Exames: 
] 
- hemograma 
- eletrólitos 
- função renal 
- BTF 
- LDH 
- URINA 1 
- troponina 
 
 
-BNP 
- Rx de tórax: EAP? 
Alargamento do mediastino – 
dissecção de aorta? 
- ECG 
- angio TC – dissecção de aorta 
- TC cranio 
 
 TRATAMENTO . 
- VASODILATADORES EV- PA deve ser verificada de 5/5 minutos na 
1ª hora 
 
TRIDIL – nitroglicerina 
1 amp – 50mg em 10ml 
 + 
240ml de SG 5% ou SF 0,9% 
 
DOSE: 5 - 100mcg/mint = 1,5 a 60ml/h 
 
INICIO: 1,5ml/h BIC = 5mcg/min 
 
MANUTENÇÃO: aumenta 1,5ml/h a cada 5 minut ate atingir 
pressão alvo 10-20% na 1ªhora e 25-30% nas proc 24h 
 
OBS: tridil faz vasodilatação coronariana. Se paciente for 
coronariopata pe a melhor escolha 
 
 
NIPRIDE- nitroprussiato de sódio 
1 amp – 50mg em 2ml 
 + 
248ml de SG 5% 
 
DOSE: 0,25 a 10mcg/kg /minut 
Se 70kg = 5 a 200 ml/h 
 
INICIO: 0,25 mcg/kg/minut 
Se 70kg = 5ml/h 
 
MANUTENÇÃO: aumenta 0,25mcg/kg (se 70kg) a cada 5 minuto 
ate presao alvo 
 
OBS: se eu fizer nipride em um paciente coronariopata ela vai se 
queixar de dor no peito. O nipride não faz vasodilataçãp das 
coronarias 
 
CASO CLINICO 
- paciente com PA 180/120 
- sexo masculino, 50 anos, caminhoneiro 
- queixa de dor de cabeça, mal estar e lombalgia 
 
Atenção: lembrar que através da anamnese e do exame físico 
voce consegue chegar no diagnostico do paciente, quando isso 
não é possível voce solicita exames complementares 
 
 
 
 ANAMNESE . 
IDENTIFICAÇAO: 
- paciente sexo masculino, 50 anos, caminhoneiro 
 
QUEIXA E DURAÇÃO: 
- dor de cabeca a 4 dias 
 
HPMA 
- conta a historia da moléstia atual → dor de cabeça 
 
Características: 
▪ fator desencadeante (uso de aines, corticoide) 
▪ Como iniciou, como evoluiu – súbita ou insidiosa 
▪ Evolução (progrediu, continua,intermitente) 
▪ localização (região occipital) 
▪ irradiação (da nuca para a frente) 
▪ tipo da dor (pontada, lancinate, fisgada) 
▪ intensidade (severa, moderada, leve – escala de dor) 
▪ fator de melhora e de piora 
▪ sintomas acompanhantes (náusea, vomito, fotofobia) 
 
Resumo: 
paciente refere inicio da cefaleia a 4 dias, insidioso, de moderada 
intensidade (escala de dor 5), irradiada da região occipital para 
frontal bilateral, melhora com uso de medicamento anti-
hipertensivo, sem fator de melhora, “talvez” desencadeada pelo 
uso de corticoide, associada a mal estar 
 
 
INTERROGATORIO DOS DIVERSOS APARELHOS 
- déficit focal 
- alteração visual 
- tontura 
- fotofobia 
- dor ocular 
- confusão mental 
- sincope 
- alteração na fala,deglutição 
- alteração no demais órgãos do sentido... 
- palpitação, dor no peito 
- dificuldade pra respirar, tosse 
- náusea, diarreia, dor de barriga 
- funções fisiológicas...... 
ANTECEDENTES PESSOAIS 
- has 
- questionou dm e outras comorbidades 
- verificou medicações de uso 
- questionou sobre uso de drogas 
 
 
ANTECEDENTES FAMILIARES 
 
 
 EXAME FISICO . 
- BEG, anictérico, afebril, acianótico, corado e hidratado, 
eupneico, consciente, orientado, lucido, ausência de déficit focal 
e neurologico 
 
Tem que fazer: ausculta cardiopulmonar 
 
- O paciente estava com queixa de cefaleia, dor atras da nuca, tem 
que verificar se essa dor é muscular ou se e causada pela HAS 
Tem que apalpar ver se tem algum ponto doloroso, ve se a dor 
piora com a movimentação .... 
 
 
 HIPOTESE DIAGNOSTICA . 
- CRISE HIPERTENSIVA → URGENCIA HIPERTENSIVA 
 
 
 CONDUTA . 
 
PODEMOS FAZER: 
→ CAPTOPRIL 25 a 50 mmHg VO, deixamos o paciente em 
ambiente calmo e após 60-90 minutos verificamos 
novamente a PA e vemos se teve uma queda. 
 
→ CLONIDINA de 0,1 a 0,3 mg VO por vez, reavaliamos o 
paciente em 30-60 minutos 
 
Obs: Se usamos captopril e a PA não abaixou, podemos usar 
clonidina depois ou se usamos clonidina e a PA não abaixou 
podemos usar captopril. 
 
- o paciente tem que estar em um ambiente tranquilo, silencioso, 
tem que manter repouso 
 
 
PARA ESSE PACIENTE FAREMOS ANALGESIA, pois mesmo após ter 
sido medicado para baixar a pressão a dor de cabeça dele persiste. 
Podemos utilizar dipirona 1g sempre VO para esse tipo de 
paciente 
- não utilizar AINES E CORTICOIDE – pioram a pressão 
 
 
 
 
 CONDUTA APÓS ATENDIMENTO . 
- Após ser atendido e medicado, esse paciente precisa de 
acompanhamento na sua UBS. 
- faça encaminhamento de contra referencia para ele dar 
continuidade, pois na urgência e emergência so resolve o 
problema, não da acompanhamento 
- o medico tem que fazer uma cartinha informando o 
atendimento, um pequeno resumo do atendimento e tratamento. 
 
Cartinha 
Ex: paciente admitido com urgência hipertensiva 180/120, feito 
captopril 50mg e dipirona 1g com resolução do quadro, 
encaminho para seguimento ambulatorial. 
Orienta o paciente a ir logo na UBS 
 
SEMPRE DANDO ORIENTACOES COMO: 
- faca o uso correto das medicações para não teve novos episódios 
- esses episódios vão lesionando podendo causar danos mais 
graves 
- se necessário aumente a dose do medicamento ou ajuste o 
horário, não troque a medicação pois sera pior ainda a aderência 
dele. 
 
OBS: Urgência e emergência não da orientações de dieta e 
atividade fisica

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