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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Embriologia: 1. Introdução: • Esôfago + traqueia = tubo único; • Forma-se durante a 4-5 semana; • Separação do intestino anterior em traqueia e esôfago; • É nesse momento que a atresia acontece - 2. Conceito: • Afecção congênita caracterizada pela formação incompleta do esôfago com ou sem comunicação entre este e a traquéia; • Distúrbio do desenvolvimento na formação e separação do intestino anterior primitivo em traquéia e esôfago; • Atresia - folhetos laterais giram dorsalmente durante o desenvolvimento das 2 estruturas, interrompendo a passagem do lúmen esofágico; • Fístula - processo incompleto. As paredes laterais do mesoderma deixam de se encontrar em um ponto. 3. Fatores de Risco: • Gemelaridade, prematuridade; • Gestantes de idade avançada; • Anomalias cromossômicas - Síndrome de Patau, Edward e Down; • Discreta predominância no sexo masculino (+1,2), brancos. 3. Complicações Associadas: • Malformações Congênitas - 40 a 60%; • Vertebral, cardiovasculares; • Genitourinárias, gastrointestinais; • Anorretais, membros. • Malformações Cardíacas - Spitz; Classificação segundo o prognóstico - leva em consideração peso e malformações. Quadro clínico: 1. Classificação da Atresia: • Tipo A - atresia sem fístula; • Tipo B - atresia com fístula proximal com a traqueia; • Tipo C - atresia com fístula distal com a traqueia (90%); • Tipo D - atresia com fístula proximal e distal com a traqueia; • Tipo E - fístula traqueoesofágica sem atresia. Atresia de esôfago Atresia de Esofago Universidade Nove de Julho Maria Lívia 2. Quadro Clínico: • Pré-Natal: Diminuição ou ausência da bolha gástrica; Polidrâmnio; Coto esofágico proximal dilatado; Câmara gástrica muito diminuída - atresia sem fístula. • Pós-Natal: Falha na tentativa de passar sonda gástrica Excesso de salivação - espumosa e aerada; Abdomen escavado - casos sem fistulas; Tosse, cianose. Diagnóstico: 1. Radiológico: • Sonda oro-gástrica injetando 2mL de ar; • Injeção com contraste iodado hidrossolúvel não iônico. Tratamento e conduta: 1. Conduta Pós-Natal: • Cabeceira elevada; • Manter o RN em posição semi-sentada - cadeira de bebê conforto; • Sonda de aspiração no coto esofágico; • Evitar qualquer tipo de ventilação com pressão positiva - maior risco de distensão ou rotura gástrica (intubação permitido). 2. Tratamento Pré-Operatório: • Sonda multiperfurada no coto proximal do esôfago mantida sob sucção contínua; • Jejum; • Paciente mantido na incubadora; • Aquecimento com hidratação; • Oferta calórica adequada; • Antibioticoterapia - Penicilina e Amicacina; • Vitamina K (1mg IM). 3. Tratamento Cirúrgico: • Esofagoplastia - atresia com fístula: Toracotomia extrapleural à direita - incisão de Marchesi; Diagnóstico Pré-Natal - ecografia pré-natal. Classificar com ou sem fístula - radiografia e analisa a presença ou não de ar no estômago. Se tiver ar com fístula (abdome escuro), se não sem fistula (abdome branco). Importante - a amamentação em pacientes com atresia causam broncoaspiração, já que o leite acaba escapando aos poucos e vai para pulmão (engasgo, tosse, cianose). Universidade Nove de Julho Maria Lívia Identificação dos contos proximal e distal -> anastomose. • Atresia sem fístula: Maior a distância entre cotos = dificuldade de anastomose; Esofagostomia, gastrostomia; Reconstrução do trânsito; Após 16 semanas -> crescimento do coto esofágico (?) -> maior hospitalização. • Fístula Traqueoesofágica sem atresia (H): Cervicotomia ou toracotomia; Secção da fístula; Sutura do defeito traqueoesofágico. 4. Tratamento Pós-Operatório: • Manter oxigenação, condições térmicas, hidratação e oferta proteico-calórica; • Antibioticoterapia (48hrs ou mais); • Gastrostomia = alimentação mais precoce; • Após 7 dias de pós operatório -> Rx constrastado – introduzir dieta via oral; • Cuidado ao oferecer refeições. 5. Complicações Pós-Operatórias: • Deiscência da anastomose; • Estenose da anastomose; • Recidiva da fístula esofagotraqueal; • Refluxo gastroesofágico; • Traqueomalácia; • Alterações no peristaltismo esofágico.
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