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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Quadro clínico: 1. Introdução: • Pode ser anterior ou posterior (mais comum); • Defeito congênito na porção posterolateral do diafragma por obliteração incompleta de forame situado nesta região; 2. Sinais e Sintomas: • 90% sintomáticos nas primeiras 24 horas; • Insuficiência respiratória grave; Dificuldade respiratória precoce (antes de 6 horas de vida) é considerado fator de mau prognóstico; Sinais de dificuldade respiratória - tiragem, taquipneia, gemido, batimento asa de nariz e cianose. • Abdome escavado; • Ictus cordis desviado; • Instabilidade hemodinâmica; • Ruídos hidroaéreos no tórax; • Período de “Lua de Mel” - dificuldade respiratória depois de um intervalo de 48hrs. Diagnóstico: 1. Diagnóstico Pré-Natal: • USG e ressonância durante a gestação; • Alças intestinais presentes no tórax, pulmão diminuído, desvio mediastinal. 2. Radiografia de Tórax: • Principal exame diagnóstico; • Sinais encontrados: Desvio cardíaco e traqueia; Alças intestinais na região do tórax (bolas na região pulmonar esquerda); Ausência de diafragma à esquerda; Estômago na região torácica; Pulmão esquerdo diminuído e pulmão direito “esmagado”. Hérnia diafragmática Congênita Hernia Diafragmatica Mais comum à esquerda ocorrendo em 80-90% dos casos, ao que se atribui a obliteração mais precoce do canal pleuro- peritoneal direito e ao efeito de barreira causado pelo fígado. Congenita Importante - altamente contraindicado o uso de pressão positiva (VPP) de alta intensidade em pacientes com hérnia (possibilidade de lesar estômago). Universidade Nove de Julho Maria Lívia Principais complicações: 1. Hipertensão Pulmonar: • A compressão pulmonar é responsável pelo desenvolvimento de hipertensão pulmonar e hipoplasia; • As alterações pulmonares são várias - diminuição do número dos alvéolos, espessamento da parede alveolar, aumento do espaço intersticial, diminuição acentuada do espaço aéreo alveolar com diminuição da área de trocas gasosas; Estas modificações do espaço aéreo originam alterações nos vasos pulmonares com diminuição do nº vasos pulmonares e hiperplasia da camada média. • Aumento da resistência vascular pulmonar e hiperreatividade arteriolar -> hipertensão pulmonar; 2. Fisiopatologia Vascular Pulmonar: • Aumento da resistência vascular pulmonar -> hipertensão pulmonar -> diminuição do fluxo pulmonar, manutenção da circulação fetal (suntuoso D-E) -> hipóxia, hipercapnia, acidose -> ↑ d a m u s c u l a t u r a e sensibilidade arteriolar; • Parênquima alterado -> menos alvéolos; • Vasculatura pulmonar mais espessa. Tratamento: • Não está indicada a correção cirúrgica urgente; • Ventilação - melhor tratamento; Uso de baixas pressões ventilatórias, a hipercapnia permissiva, usando o mínimo possível de O2 suplementar (ventilação gentil) e alta frequência; Óxido nítrico inalatório - melhor vasodilatador, mas pode-se usar outros. • Paciente estável -> cirurgia. 1. Cuidados Pós Natal: • Assistência na sala de parto; • UTI neonatal; • Ecocardiograma, acesso venoso; • Monitorização - hipoxemia e hipercapnia permissivas; PaCO2 até 70 mmHg; Saturação de O2 até 80%; pH até 7,25. Ventilação Gentil - pressões ventilatórias baixas mas com alta frequência. Atualmente discute-se a possibilidade de cirurgia intrauterina com a colocação de uma sonda na traqueia do feto (ajuda o pulmão a se desenvolver melhor) em casos de mau prognóstico - relação pulmão direito x diâmetro cabeça < 1 e presença do fígado no tórax.
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