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Cistos Cavidade Oral

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CISTOS DA CAVIDADE 
ORAL
Intervenções Cirúrgicas da Cavidade 
Oral Avançado
CONCEITO DE CISTOS
Cavidade patológica, formada por uma
cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida
internamente por epitélio e que apresenta no
seu interior conteúdo Fluido ou Semi sólido.
Ocorrem em todas as idades, sendo mais
frequentes nos adultos, não havendo
diferença quanto a gênero e raça.
- lúmen: cavidade central que contém material líquido
- epitélio: revestimento epitelial pavimentoso estratificado
- cápsula: tecido conjuntivo que contém fibroblastos e vasos sanguíneos
• Imagem radiolúcida bem delimitada
• circular ou oval 
• halo radiopaco
• Deslocamento dentário
• Desloca estruturas
§ Crescimento lento
Aspectos radiográficos
2017
Cistos Odontogênicos 
Aspectos Clínicos
• Assintomático
• Localização Intra óssea
• Crescimento Lento
• Assimetria Facial
• Rompe as corticais ósseas
• Promove deslocamentos dentários
• Envolvimento de Dentes Inclusos
• Quando infectados causam DOR – edema inflamatório
• Palpação : pressão flutuante = crepitação hidrostática do líquido
• Punção Aspirativa – líquido amarelo citrino = cristais de colesterol
Diagnóstico
• EXAMES IMAGINOLÓGICOS
• - radiografias intra / extra orais (RX)
• - tomografia computadorizada (TC)
2017
Classificação dos Cistos Odontogêncios 2022 
ORIGEM INFLAMATÓRIA
• Cisto Radicular > incidência na cavidade oral
• Cisto Residual, apical e lateral – não são distintos do radicular
• Cisto Colateral Inflamatório
2017
Cistos Odontogênicos e Não Odontogênicos de Desenvolvimento
• Cisto Dentígero
• Queratocisto Odontogênico (Mutação ou inativação do Gene PTCH1 - comportamento 
agressivo e recidivante)
• Cisto Periodontal Lateral e Cisto Odontogênico Botrióide
• Cisto Gengival
• Cisto Odontogênico Glandular
• Cisto Odontogênico Calcificante
• Cisto Odontogênico Ortoqueratinizado
• Cisto do Ducto Nasopalatino
• Cisto Ciliado Pós Cirúrgico
ETIOPATOGENIA DOS CISTOS
inflamatórios
RADICULAR COLATERAL INFLAMATÓRIO 
Etiopatogenia dos cistos 
odontogênicos
São derivados de estruturas epiteliais da odontogênese
• Restos Epiteliais de Malassez: remanescentes da bainha radicular epiteliais
de Hertwig, que persistem no ligamento periodontal após a completa
formação da raiz.
• Epitélio reduzido do esmalte que circunda a coroa do dente após a completa
formação do esmalte.
• Remanescentes da lâmina dentária, ou restos de Serres: ilhas e cordões de
epitélio que originam-se do epitélio oral e permanecem nos tecidos após a
indução do desenvolvimento do dente
Etiopatogenia dos cistos
O surgimento dos cistos está ligado aos resíduos
epiteliais que permanecem na região durante o
processo da formação dentária e ao longo das
linhas de fusão dos ossos maxilares na
embriogênese, podendo estar associado ou não
a processos patológicos inflamatórios.
Cistos
• Cistos Odontogênicos
Inflamatórios
Desenvolvimento
Derivam do epitélio da odontogênese
Cistos
• Cistos Não Odontogênicos
Derivam do epitélio dos processos embriogênicos faciais
Etiopatogenia dos cistos
Desvitalização dental ⇒ estimulação dos restos epiteliais de Malassez no 
ápice dental ou no periodonto ⇒ granuloma periapical ⇒ degeneração e 
proliferação epitelial ⇒ cavitação óssea ⇒ reabsorção osteoclástica
Expansão de dentro para fora ⇒ colápso dos restos celulares dentro do 
lúmem do cisto - aumentam o gradiente osmótico e hidrostático ⇒ ingresso 
de líquido no seu interior
Etiopatogenia dos cistos
epitélio libera para o interior da lesão
restos celulares
produtos do metabolismo celular
proteínas: cristais de colesterol
células inflamatórias
Etiopatogenia dos cistos
TECIDO DE GRANULAÇÃO SEM EPITÉLIO PROLIFERAÇÃO EPITELIAL COM CAVITAÇÃO 
Etiopatogenia dos cistos
Remanescentes
epiteliais
Estímulo infl
amatório
Proliferam
formando ilhotas
celulares
Nutrição insuficiente, causada pela 
distância do tecido conjuntivo adjacente, 
favorecem a degeneração das células 
centrais, que por ação enzimática se 
liquefazem.
Etiopatogenia dos cistos
Líquido, com alta 
concentração 
protéica, e cristais 
de colesterol, 
gerando alta 
pressão osmótica. 
Etiopatogenia dos cistos
A cápsula cística funciona como 
uma membrana semipermeável, 
trazendo líquido 
dos tecidos
Isto faz com que a lesão cística apresente
um crescimento lento e contínuo,
passando por quatro fases evolutivas
bem marcadas
Fases clínicas dos cistos
• SILENCIOSA: Sem manifestação clínica,
encontrada geralmente em exame
radiográfico de rotina - ASSINTOMÁTICO
• DEFORMAÇÃO: Abaulamento das corticais
ósseas decorrente do crescimento da lesão.
• É mais facilmente perceptível na maxila que na
mandíbula, devido à menor espessura das
corticais maxilares, oferecendo menos
resistência à expansão.
Fases clínicas do cisto
• EXTERIORIZAÇÃO : Aumento da deformação,
com adelgaçamento das corticais ósseas,
ocorre sua ruptura no ponto mais proeminente,
o que possibilita à pressão digital a sensação
de compressão de uma bola de “PING-PONG”.
• INFECÇÃO: Por comunicação com a
cavidade bucal, através do periodonto ou
eventualmente por via hematogênica, o cisto
sofre um processo infeccioso agudo de grande
repercussão e evolução rápida, que exige
intervenção imediata com medicação
antibiótica e drenagem.
⇓
INFORMAÇÕES COLETADAS
⇓
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO
⇓
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
Semiotécnica da patologia bucomaxilofacial
DIAGNÓSTICO
Diagnóstico
SINTOMAS
• assintomático 
• dor: infectados 
SINAIS
• não detectáveis clinicamente • assimetria
• mobilidade / deslocamento dental • expansão
• agenesia dental • crepitação óssea
• deformidade facial 
EXAMES COMPLEMENTARES
• aspectos imaginológicos
• biópsia
Diagnóstico
mobilidade / deslocamento dental 
Diagnóstico BIÓPSIA
Aspiração
DIAGNÓSTICO Aspiração
Líquido cístico infectado
`
Líquido cístico
`
Diagnóstico
BIÓPSIA INCISIONAL + PUNÇÃO
BIÓPSIA
Diagnóstico
Diagnóstico
BIÓPSIA EXCISIONAL
Radicular
Cisto
RADIOGRÁFICO
Diagnóstico
Cisto
Radicular
Fase de exteriorização
Radicular
Cisto
Fase de infecção
⇓
INFORMAÇÕES COLETADAS
⇓
DIAGNÓSTICO DEFINITIVO – ANATOMO-PATOLÓGICO
⇓
PLANEJAMENTO TERAPÊUTICO
Semio técnica da patologia bucomaxilofacial
DIAGNÓSTICO
Modalidades de tratamento
Depende da idade, tamanho, localização, agressividade e as estruturas 
anatômicas envolvidas 
• Enucleação
• Curetagem
• Marsupialização
• Descompressão
Enucleação
- Remoção completa sem ruptura da membrana cística, por
intermédio do seu descolamento, deixando a cavidade óssea vazia,
reduzindo a possibilidade de recidiva
- Terapia de escolha para cistos de dimensões menores e quando não
há proximidade ou continuidade com estruturas anatômicas
importantes
Modalidades de tratamento
• Planejamento
• pLanejamento
• - Anestesia - incisão
• - Descolamento muco periostal
- Descolamento da cápsula
- Ablação total da cápsula cística 
- Ostectomia
-Tratamento da cavidade 
enxerto???? Avaliar
- Sutura
Tratamento Enucleação
Enucleação - Indicada para lesão cística que 
possue cápsula - tratamento de primeira escolha
Tratamento Enucleação
Incisão de Wassmund – preservação de papila
2 cistos
Tratamento Enucleação
Realizada por aluno do curso de atualização UNINOVE
Incisão de wassmund – preservação de papila
Tratamento Enucleação
* Tratamento endodôntico prévio
Cisto radicular
Tratamento Enucleação
Incisão de Neumann Modificada
Cisto radicular
Tratamento Enucleação
Incisão de Neumann Modificada
Cisto radicular
Cápsula cística
Tratamento Enucleação
Incisão de neumman modificada
Cisto radicular
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
O que acham da sutura ???
Tratamento Enucleação
Tratamento EnucleaçãoTratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
SUTURA SATISFATÓRIA – PAPILAS EM POSIÇÃO
•Tomografia
Tratamento Enucleação
Tratamento Enucleação
•Tomografia
Tratamento Enucleação
Enucleação – remoção da cápsula
Enucleação Cápsula Cística
Enucleação cavidade cística
cápsula
Remanescentes da lâmina dentária sofrem mutação ou inativação 
do gene PTCH1 levando a uma série de alterações celulares que 
culminam no aumento da proliferação celular e inibição da 
apoptose: queratocisto odontogênico
Queratocisto odontogênico
epitélio com superfície paraceratinizada
corrugada e camada basal em paliçada e hipercromática
Enucleação Sutura
Inicial 24 meses após
Tomografia após 72 meses
PO de 72 meses
Enucleação
Tomografia
Enucleação Cápsula
Enucleação Cápsula
Enucleação Sutura
Cisto Radiografia Panorâmica
Tomografia de cisto mandibular
Abaulamento das corticais
Ostectomia
Iniciando a enucleação
Cápsula do cisto
Loja óssea cística após a enucleação
Tratamento das paredes ósseas, após a 
ENUCLEAÇÂO
Cápsula cística enucleada
Tratamento Curetagem
A exérese é realizada com a raspagem interna da cavidade patológica, após tentativa
de enucleação, onde houve ruptura da membrana cística friável sendo removida em
fragmentos com o auxílio de uma cureta.
Curetagem
MODALIDADES DE TRATAMENTO 
MARSUPIALIZAÇÃO + ENUCLEAÇÃO
- consiste em estabelecer cirurgicamente uma comunicação entre a cavidade patológica e o meio bucal, 
eliminando a pressão hidrostática no interior do cisto, o que leva à redução progressiva da lesão e uma 
neoformação óssea 
- depende da idade, do tamanho, da localização, estruturas anatômicas, agressividade e possibilidade 
de erupção do dente afetado pelo tracionamento ortodôntico 
- em alguns casos a marsupialização leva a remissão completa da lesão, enquanto que em outros, 
apesar da diminuição da lesão, há a necessidade de um segundo procedimento para a enucleação do 
remanescente cístico
CISTOS ODONTOGÊNICOS 
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Cistos Odontogênicos
Marsupialização
• Técnica que tem como objetivo eliminar a pressão
osmótica (pressão intra cística)
• Sutura da cápsula na mucosa oral
• Preservar estruturas adjascentes – cistos grandes
Marsupialização
• Precede a enucleação - redução da lesão por
eliminação da pressão hidrostática (formação 
tecido ósseo). 
Indicação utilizada em lesões grandes ou que estejam
comprometendo estruturas importantes adjascentes.
Marsupialização
• Pode ser a única modalidade de tratamento ???? 
Possivel algumas vezes em lesões que não tenham
características localmente invasivas (recidivantes)
Avaliação clínica e radiográfica
• Incisão na mucosa- descolamento muco periostal, 
ostectomia se necessária - preensão da cápsula e abertura
da mesma
• Sutura da cápsula na mucosa oral
• Orientação ao paciente
Planejamento
Marsupialização
Marsupialização / Descompressão:
Marsupialização
Marsupialização
Tomografia - Acompanhamento
Marsupialização
Marsuplialização + Enucleação
Enucleação
Enucleação – pós marsupialização - sutura
Descompressão
Esvaziamento do cisto
Descompressão
• Técnica de descompressão – semelhante a 
marsupialização - usando um dispositivo de 
drenagem
• Precede a enucleação. 
Descompressão – dispositivo 
Cisto dentígero
Exodontia decíduo
Abertura da Cápsula
Adaptação do dreno
Controle - 6 meses
Clínico 24 mesesRadiográfico 24 meses
Descompressão – dispositivo 
Cisto grande periapical no palato
Esvaziamento do cisto
Esvaziamento do cisto
Punção do cisto + abertura para 
colocação do tubo
Colocação do tubo + sutura
SUTURA E TUBO FIXADO
Radiografia oclusal imediata
PÓS-OPERATÓRIO – RX de CONTROLE
Radiografia Inicial, e 4 meses após
ESVAZIAMENTO DO CISTO 4 meses após
 
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epitélio com superfície paraceratinizada 
corrugada e camada basal em paliçada e hipercromática 
Remanescentes)da)lâmina)dentária)sofrem)mutação)ou)ina5vação))do)
gene)PTCH1)levando)a)uma))série))de))alterações))celulares))que))
culminam)no)aumento)da)proliferação)celular)e)inibição)da)apoptose:)
queratocisto)odontogênico)
Queratocisto Odontogênico
• Origem - lâmina dentária- crescimento difere do cisto
radicular e dentígero - seu crescimento é inerente ao 
próprio epitélio ou atividade da parede cística –
Recidivante
• Predileção pela região posterior do corpo e angulo de 
mandíbula
• Crescimento antero posterior - difere de outros cistos
e tumores
• Pode estar associado a Síndrome de Gorlin-Goltz 
Imagem uni ou multilocular
Queratocisto Odontogênico
Queratocisto Odontogênico
Tratamento- enucleação + tratamento complementar
Método físico
Crioterapia - com nitrogênio liquido- eliminação de 
células remanscentes no tecido ósseo por
congelamento
Complicação - necrose
Tratamento - enucleação + tratamento complementar
Método químico
Complicações - deiscência e infecção
Solução de Carnoy
Promove necrose química superficial (1,5 mm quadrados) 
Protocolo – gazes embebidas por 3 min em 3 
aplicações. Lavar com soro fisiológico
Queratocisto Odontogênico 
caso 
 TRATAMENTO - ENUCLEAÇÃO + TRATAMENTO COMPLEMENTAR 
Solução de Carnoy
Queratocisto Odontogênico 
caso 
 TRATAMENTO - ENUCLEAÇÃO + TRATAMENTO COMPLEMENTAR 
Solução de Carnoy
Queratocisto Odontogênico 
caso 
 TRATAMENTO - ENUCLEAÇÃO + TRATAMENTO COMPLEMENTAR 
Solução de Carnoy
Método quimico
Queratocisto Odontogênico
Tratamento- enucleação + tratamento complementar
Método físico
Ostectomia periférica- realizada com brocas cirurgica
em toda a cavidade após remoção da cápsula. Pode ser
realizada por meio do uso de Piezo.
Queratocisto Odontogênico
!11
-­ + 
Queratocisto Odontogênico
!12
6 mesesAchado radiográfico
Queratocisto Odontogênico
TRATAMENTO RADICAL – RESSECÇÃO
REMOÇÃO DE UM TECIDO OU ORGÃO, TOTAL OU PARCIAL, 
SEM CONTATO DIRETO COM A ÁREA DA LESÃO
TIPOS: SIMPLES (OSSO) E COMPOSTA (OSSO + TECIDO MOLE)
TOTAL: MANDIBULECTOMIA OU MAXILECTOMIA
PARCIAL – MARGINAL E SEGMENTAR
Obrigada

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