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Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ
SENSIBILIZAÇÃO: POR QUE 
E COMO ENSINAR
EMPREENDEDORISMO?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
©2022. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJ 
Rua Santa Luzia, 685, 7º andar, Centro, Rio de Janeiro /RJ. Telefone: (21) 2212-7700.
Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em 
parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998).
PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL
Antônio Florêncio de Queiroz Junior
DIRETOR-SUPERINTENDENTE
Antônio Alvarenga Neto
DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO
Sergio Malta
DIRETOR DE PRODUTO E ATENDIMENTO
Júlio Cezar Rezende de Freitas
GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO
Antonio Carlos Kronemberger – Gerente 
COORDENAÇÃO DA ESCOLA DE NEGÓCIOS
Patrícia Moreira Soares – Coordenadora 
Priscila Cardoso de Correa Marques – Analista 
Caio Moniz de Almeida – Analista 
Ingrid Balbino Areias – Analista
CONSULTORA 
Flora Pachalski – Conteudista
Bibliotecário catalogador – Leandro Pacheco de Melo – CRB 7ª 5471
P116 Pachalski, Flora.
 Sensibilização: por que e como ensinar empreendedo-
rismo / Flora Pachalski. - Rio de janeiro : Sebrae/RJ, 2021. 
 82 p.
 ISBN 978-65-5818-157-6
 1. Empreendedorismo. 2. Ensino. 3. Comportamento. 
I. Sebrae/RJ. II. Título.
CDD 658
CDU 658
 Sumário
Apresentação ..........................................................................................................................05
Avaliação diagnóstica .......................................................................................................05
Gabarito das atividades ...................................................................................................08
Unidade 1: A era do empreendedorismo ..................................................................09
Como começou a história do empreendedorismo? ..........................................11
Quais as características do empreendedor? .........................................................15
Você sabe o que é MEI? .........................................................................................................21
Empreendedorismo e startups ......................................................................................23
Qual a relação entre empreendedorismo e startup? .......................................25
Introduzindo o empreendedorismo no ensino formal ....................................26
Unidade 2: Um sobrevoo pelo empreendedorismo no Brasil ......................29
Desafios e barreiras para empreender no Brasil .......................................................35
Impacto econômico e social ................................................................................................37
Mudança de visão e o educador contemporâneo 
como agente de mudança ................................................................................................39
Unidade 3: Plantando a semente da cultura empreendedora .............44
Importância e internalização da cultura empreendedora ...................................45
Fazendo e aprendendo ..........................................................................................................48
Ferramentas para o ensino do empreendedorismo ...............................................52
Experiências reais .....................................................................................................................58
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
Atividade de conclusão ...................................................................................................61
Gabarito das atividades ...................................................................................................63
Encerramento ..........................................................................................................................65
Indicações de materiais ...................................................................................................66
Livros ..............................................................................................................................................66
Filmes .............................................................................................................................................67
Referências bibliográficas .............................................................................................68
Transcrições dos podcasts ............................................................................................73
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
5
Apresentação
Bem-vindo(a) ao curso Sensibilização: por que e como ensinar 
empreendedorismo?
Aqui, você conhecerá a história e os conceitos sobre 
empreendedorismo no mundo, a sua importância e como orientar 
e sensibilizar os alunos sobre esse tema cada dia mais relevante na 
nossa sociedade. No vídeo Apresentação do curso abordaremos 
mais sobre.
Atividade diagnóstica
Antes de começar, que tal testar seu conhecimento sobre o tema 
sensibilização ao ensinar empreendedorismo? Responda a essas 
questões e reflita sobre o que você já sabe do assunto!
Apresentação do curso 
 
Para vê-lo na íntegra, acesse o curso online.Vídeo
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
6
(clique no campo abaixo para escrever)
Atividade 1
Em que reside a importância do empreendedorismo em um 
momento de transformações tão rápidas?
(clique no campo abaixo para escrever)
Atividade 2
Por que o processo de mudança é tão complexo para o ser humano?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
7
(clique no campo abaixo para escrever)
Atividade 3
Como a cultura empreendedora pode ser internalizada?
Neste momento, não se preocupe se suas respostas não foram as 
mais adequadas ou se não tiver certeza de que sua experiência 
foi a mais eficaz. Esta disciplina vai ajudá-lo(a) a aprimorar seus 
conhecimentos!
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
8
Gabarito das atividades
Confira agora as respostas das atividades desta jornada. 
Atividade 1
Feedback: A atual realidade exige muita resiliência e agilidade 
de todos que nela estão inseridos. O empreendedor possui 
características que o diferenciam da grande maioria das pessoas 
na medida em que são observadores, questionadores, ousados, 
criativos e proativos. Enquanto a grande maioria das pessoas estão 
pensando, o empreendedor faz acontecer.
Atividade 2
Feedback: A complexidade do processo de mudança é 
influenciada pelo grau de flexibilidade e abertura do ser humano 
a algo diferente. Quanto mais a pessoa se comporta como “dona 
da verdade”, menos aberta a ouvir ela será, e assim terá maior 
resistência ao que é novo.
Atividade 3
Feedback: A internalização de uma cultura ocorre a partir de um 
processo contínuo de práticas e experiências que resultam na 
construção de conhecimentos e de uma nova forma de ser. Por 
exemplo: participar de cursos, aprimorar ou adquirir habilidades 
técnicas, desenvolver, aprender e aplicar características e 
comportamentos empreendedores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
9
Unidade 1: A era do 
empreendedorismo
Para começar nosso aprendizado sobre o tema, vamos conhecer 
alguns conceitos de empreendedorismo.
Quando você ouve a palavra 
“empreendedorismo”, o que vem 
à mente?
São diversas as definições para 
esse termo. Porém, de forma 
geral, empreendedorismo é 
um processo criativo em que 
são encontradas soluções 
para aspectos até então não 
resolvidos ou identificadas novas 
possibilidades para o que já havia 
sido solucionado.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
10
Normalmente, essas novas soluções buscam eficiência, 
praticidade e rapidez, e são trazidas por pessoas com 
características diferenciadas que se destacam pela 
determinação e pela flexibilidade.Agregam valor com 
suas ações, assumem riscos e se satisfazem através 
do que realizam. 
Mas o que é empreender?
É ter a capacidade de transformar uma 
simples ideia em uma oportunidade 
lucrativa. O empreendedor precisa 
funcionar como um radar, sempre 
buscando identificar oportunidades. 
Transcende qualquer aptidão ou 
característica pessoal. É um “estado de 
espírito”, algo intrínseco ao seu modo 
de ser e viver.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
11
Como começou a história do 
empreendedorismo?
Você acabou de conferir, de modo geral, o que é 
empreendedorismo. Mas de onde ele veio? Qual sua história?
Desde os tempos mais antigos 
da civilização humana, estamos 
envolvidos com a gestão de 
recursos. Por exemplo: os que 
sobreviviam da caça tiveram que 
buscar formas de armazenar e 
conservar seus alimentos. 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
12
Ou quando passamos a utilizar o 
escambo com outros povos e logo 
sentimos a necessidade de criar o 
dinheiro. As conquistas de novas 
terras e novos povos são atribuídas a 
empreendedores que, por iniciativa, 
curiosidade e necessidade, saíram 
em busca de soluções mundo afora.
Em nosso país, a história do empreendedorismo é feita por alguns 
nomes de destaque.
Vamos conhecer alguns deles.
 
Século XIX
No século XIX, Irineu Evangelista de Souza, conhecido como o 
Barão de Mauá, um gaúcho, natural da cidade de Arroio Grande, 
foi tido como um dos primeiros empreendedores bem-sucedidos 
do Brasil. Foi ele quem fabricou as primeiras caldeiras de 
máquinas a vapor, assim como construiu os engenhos de açúcar, 
entre outros empreendimentos. Foi também responsável por 
diversas obras públicas.
Destacou-se nesse século ainda Francesco Matarazzo, italiano 
naturalizado no Brasil que criou o maior grupo industrial da 
América Latina.
Escambo: troca 
de mercadorias 
ou serviços sem 
o uso de moedas.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
13
Século XX
Já no século XX destacaram-se Jorge Gerdau (Grupo Gerdau), José 
Ermínio de Moraes (Grupo Votorantim), Amador Aguiar (Bradesco), 
Attílio Fontana (Sadia), Valentim dos Santos Diniz (Grupo Pão de 
Açúcar), entre muitos outros empreendedores.
Empreendedorismo 
no Brasil
Nos últimos 20 anos, o 
empreendedorismo no Brasil evoluiu 
cada vez mais, e o termo começou a 
ganhar força acadêmica, levando à 
criação de uma base curricular que 
pudesse acompanhar e ampliar o 
pensamento empreendedor no país. 
Isso porque a globalização proporcionou uma grande abertura 
às importações, e passou a ser necessário que o Brasil adotasse 
uma postura mais competitiva através de novos negócios, para 
conseguir se manter no mercado. 
O empreendedorismo, como o conhecemos hoje, ganhou 
mais força nos anos 1990, período em que começou uma 
estruturação de teorias específicas e surgiram também 
cursos profissionalizantes, técnicos e pós-graduações 
que objetivavam o preparo de empreendedores, pois o 
mercado, em função da globalização, tornou-se muito 
mais competitivo e desafiador.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
14
Empreendedor inicial
No Brasil, compreendem os 
empreendedores nascentes, aqueles 
que são proprietários de negócios novos, 
mas que ainda não foram remunerados 
por esse empreendimento por mais de 
três meses.
Ao começar a empreender, podemos dividir os empreendedores 
em duas categorias: iniciais e novos.
Empreendedores novos
Já os proprietários de um novo negócio, 
que pagou salários ou qualquer outra 
forma de remuneração aos proprietários 
por mais de três meses e menos de 
42 meses (3,5 anos), são os chamados 
empreendedores novos.
Estudos apontam que, em 2019, o Brasil atingiu a maior 
marca, até aquela data de taxa de empreendedorismo 
inicial, 23,3%. Atualmente, acredita-se que 53,5 milhões 
de pessoas estão criando novos negócios ou gerindo um 
negócio já existente. Isso equivale a 38,7% da população 
adulta brasileira, sendo uma das maiores taxas do mundo 
(AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS, 2020).
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
15
Um fato bastante relevante 
para os empreendedores atuais 
é a necessidade de o negócio 
gerar valor sustentável. Existe, 
ao empreender, a preocupação 
com o futuro, o impacto das 
decisões no que se refere à 
sustentabilidade, não só sob 
o aspecto econômico, mas 
também empresarial, social, 
ambiental e ecológico.
Quais as características do empreendedor?
Ser empreendedor não é um dom natural. É preciso estar 
preparado, ter coragem e muita motivação para partir para a ação, 
fazer acontecer.
Existem muitas diferenças entre os verdadeiros 
empreendedores e as demais pessoas. Os empreendedores 
são curiosos, observadores, inquietos, criativos e ousados, 
características cada vez mais necessárias em um mundo 
tão dinâmico e competitivo.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
16
Cada vez mais, pessoas com 
capacidade de resolução de 
problemas e geradoras de ideias 
são bem-vindas no mundo atual, 
tão carente e volátil em termos 
de necessidades.
Intraempreendedorismo
Intraempreendedorismo é a prática 
de comportamentos e atitudes 
empreendedoras de um colaborador 
dentro da empresa ou instituição em 
que atua. Qualquer pessoa, em todo e 
qualquer momento de sua vida, pode 
pensar, agir e obter resultados positivos 
através da identificação de soluções 
criativas para situações que podem 
beneficiar a um ou mais indivíduos. O 
intraempreendedor faz diferença no seu 
ambiente formal de trabalho.
Embora o termo empreendedor venha do francês – Entreprendre 
–, cujo significado em português é “começar um negócio próprio”, 
hoje esse termo vai muito além de ter simplesmente um negócio. 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
17
Na década de 1950, a ONU 
(Organização das Nações Unidas) 
realizou pesquisas que lhe 
dessem sustentação no fomento a 
empreendedores das economias 
mais carentes. A partir dessas 
pesquisas, foram identificadas as 
dez características comuns aos 
empreendedores. Elas traduzem a 
forma como os empreendedores 
de sucesso agem no dia a dia. 
As dez características e seus 
respectivos comportamentos 
empreendedores são 
hoje utilizados na grande 
maioria dos treinamentos de 
empreendedorismo no Brasil 
e no mundo.
Cada uma das dez 
características comuns 
aos empreendedores de 
sucesso foram traduzidas, 
posteriormente, em 
três comportamentos 
empreendedores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
18
Busca de oportunidade e iniciativa
 ∙ Faz as coisas antes de solicitado ou antes de forçado pelas 
circunstâncias.
 ∙ Age para expandir o negócio para novas áreas, produtos 
ou serviços.
 ∙ Aproveita oportunidades fora do comum para começar um 
negócio, obter financiamentos, equipamentos, terrenos, 
local de trabalho ou assistência. 
Busca de informações
 ∙ Dedica-se pessoalmente a obter informações de clientes, 
fornecedores ou concorrentes.
 ∙ Investiga pessoalmente como fabricar um produto ou fornecer 
um serviço.
 ∙ Consulta especialistas para obter assistência técnica ou comercial. 
Planejamento e monitoramento 
sistemático
 ∙ Planeja, dividindo tarefas de grande porte em subtarefas 
com prazos definidos.
 ∙ Constantemente revisa seus planos, levando em conta os 
resultados obtidos e as mudanças circunstanciais.
 ∙ Mantém registros financeiros e utiliza-os para tomar decisões.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
19
Correr riscos calculados
 ∙ Avalia alternativas e calcula os riscos.
 ∙ Age para reduzir os riscos ou controlar os resultados.
 ∙ Coloca-se em situações que implicam desafios ou riscos 
moderados.
 
Estabelecimento de metas
 ∙ Estabelece metas e objetivos que são desaf iadores e que 
têm signif icado pessoal.
 ∙ Tem visão de longo prazo, clara e específ ica.
 ∙ Estabelece objetivos de curto prazo, mensuráveis.
 
Exigência de qualidade e eficiência
 ∙ Busca alternativas que sejam melhores,mais rápidas ou mais 
baratas.
 ∙ Age de maneira a fazer coisas que satisfaçam ou excedam 
padrões de excelência.
 ∙ Desenvolve ou utiliza procedimentos para assegurar que o 
trabalho seja terminado a tempo.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
20
Persistência
 ∙ Age diante de um obstáculo significativo.
 ∙ Age repetidamente ou muda de estratégia a fim de 
enfrentar um desafio ou superar um obstáculo.
 ∙ Faz um sacrif ício pessoal ou despende um esforço 
extraordinário para completar uma tarefa.
 
Compromisso
 ∙ Assume responsabilidade pessoal por solucionar situações que 
possam prejudicar a conclusão de um trabalho nas condições 
estipuladas. 
 ∙ Apoia seus colaboradores ou coloca-se no lugar deles, se 
necessário, para terminar uma tarefa.
 ∙ Esforça-se por manter os clientes satisfeitos e coloca a boa 
vontade a longo prazo acima do lucro a curto prazo. 
Independência e autoconfiança
 ∙ Busca autonomia em relação às normas e aos controles 
de outros.
 ∙ Mantém seu ponto de vista, mesmo diante da oposição ou 
de resultados inicialmente desanimadores.
 ∙ Expressa confiança na sua própria capacidade de completar 
uma tarefa difícil ou de enfrentar um desafio.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
21
Persuasão e rede de contatos
 ∙ Utiliza estratégias deliberadas para influenciar ou 
persuadir os outros.
 ∙ Utiliza pessoas-chave como agentes para atingir seus 
próprios objetivos.
 ∙ Age para desenvolver e manter relações comerciais.
Você sabe o que é MEI?
Adaptado de: PÔNCIO, Rafael. As 10 CCEs – Características comportamentais do empreen-
dedor. Administradores, 8 nov. 2016. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/
as-10-cces-caracteristicas-comportamentais-do-empreendedor. Acesso em: 20 mar. 2021.
Existem diferentes tipos de empreendedores. O Microempreendedor 
Individual, também conhecido como MEI, é atualmente um dos 
tipos mais comuns de registro de empreendedores no Brasil, já que 
se trata de uma opção simplificada de abertura de empresa, criada 
pela Lei Complementar 128/2008. Com isso, é possível observar o 
grande crescimento de autônomos que se legalizam.
A seguir veja algumas informações importantes sobre ser um MEI.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
22
Critérios
Existem alguns critérios para se enquadrar como um 
microempreendedor individual, como a necessidade de ter um 
limite de faturamento por ano, a restrição para contratação de 
apenas um empregado e não ter participação em outra empresa 
como sócio ou titular.
 
Funcionários
Segundo a legislação, o MEI pode ter um empregado contratado 
que receba um salário mínimo.
Você sabia que o MEI se tornou um dos maiores 
programas de inclusão social do país? Isso porque ajudou 
o trabalhador informal a se regularizar mais facilmente 
e, além disso, foram criadas diversas vantagens para os 
profissionais que aderiram a essa categoria.
Benefícios
Entre os benefícios oferecidos por 
essa lei está o registro no Cadastro 
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), 
o que possibilita a abertura de conta 
bancária, o pedido de empréstimos e 
a emissão de notas fiscais. Concede 
ainda acesso a benefícios como 
salário-maternidade, auxílio-doença, 
aposentadoria, entre outros.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
23
Diante de todos os conceitos e 
definições que vimos até este 
momento, cabe ressaltar que 
“o empreendedorismo é uma 
revolução silenciosa que será, 
para o século XXI, mais do que 
a Revolução Industrial foi para o 
século XX”. Essa frase é de Jeffry 
Timmons (1985), professor da 
Babson College, uma das mais 
tradicionais escolas de 
negócios do mundo.
Empreendedorismo e startups
Adotado por muitos jovens como um caminho diferente das 
empresas tradicionais, o modelo de negócio das startups está 
ganhando cada vez mais a atenção dos jovens empreendedores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
24
O que são startups?
Uma startup é “um grupo de pessoas à procura de um modelo de 
negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extre-
ma incerteza” (SEBRAE, 2014). Ou seja, de forma geral, podemos 
considerar que startups são negócios em fase inicial, com grande 
potencial de crescimento.
Qual o diferencial de uma startup?
Empresas que foram gigantes no passado, como Kodak e 
Blockbuster, com o tempo foram substituídas por negócios que 
começaram como startups e hoje dominam o mercado, como 
Instagram e Netflix.
Alguns requisitos caracterizam uma startup, como oferecer ao 
mercado soluções inovadoras, oferecer um produto repetível 
(produção ilimitada) e escalável (crescimento rápido).
 
Exemplos
Alguns exemplos de startups: Hotmart, Buscapé, Easy Táxi, Click Bus, 
Kekanto, Tripda, Yellow, Quinto Andar, Guia Bolso, Buser, Nubank, 
CargoX, iFood, Loggi, Uber, Netflix, Google, Airbnb e Spotify.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
25
Não só as startups necessitam 
de pessoas empreendedoras, 
mas também todos os 
empreendimentos que 
pretendem conquistar e se 
manter no mercado.
Qual a relação entre empreendedorismo e 
startup?
Para que uma startup gere valor, é necessário que a gestão seja 
feita por pessoas com perfil e características empreendedoras: 
criativas, comprometidas e ousadas.
O sucesso de uma empresa 
é consequência de como se 
conduz um empreendimento. 
Mais importante do que aquilo 
que se faz, é como se faz. É 
dessa maneira que se consegue 
realizar uma leitura correta 
do mercado e entregar valor 
através de soluções.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
26
Introduzindo o empreendedorismo no 
ensino formal
O mercado brasileiro vem passando por fortes e significativas 
mudanças, oriundas da nova mentalidade dos jovens e da reforma 
trabalhista, que estabeleceu outros padrões nas relações de 
trabalho. Essas mudanças também são impulsionadas por fatores 
como: as mudanças constantes no cenário mundial, as ondulações 
no mercado e o cenário resultante da pandemia da covid-19 em 
2020, como o desemprego. 
O mundo está em constante 
transformação e as mudanças 
ocorrem cada vez mais 
rapidamente, impactando 
diretamente no modo como 
os novos profissionais terão 
de se preparar para adentrar 
o mercado de trabalho e se 
manterem competitivos.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
27
Assim, a contribuição do empreendedorismo no 
ensino formal de nível superior é fundamental para o 
desenvolvimento da capacidade empreendedora dos 
estudantes e para sua efetiva inserção no novo modelo 
de mercado de trabalho.
Atualmente, a inclusão 
de disciplinas de 
empreendedorismo no nível 
superior é comum em cursos de 
graduação relacionados à área 
de gestão – como Administração. 
Contudo, isso não é suficiente, 
afinal, a necessidade de 
empreender não se limita 
aos profissionais dessa área 
específica, precisamos considerar 
o leque de possibilidades e 
formações existentes. 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
28
Cada estudante, independentemente da área de formação, quando 
terminar sua graduação se encontrará frente a duas escolhas 
principais: 
O empreendedorismo será o norte para ambas as situações, afinal, 
você já sabe da importância do intraempreendedorismo.
gerenciar seu próprio negócio 
(autônomo ou empresário). 
trabalhar para uma empresa; ou
Ao contar com uma educação 
empreendedora, os profissionais 
poderão se inserir no mercado 
de trabalho com uma 
atitude empreendedora e 
com maior desenvolvimento 
das características do 
comportamento empreendedor.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
29
Para isso, o empreendedorismo 
não precisaria ser abordado 
em uma disciplina específica, 
mas representar uma temática 
a ser inserida nos mais 
diferentes momentos ao longo 
da formação superior. 
Dessa forma, passam a 
ser formados profissionais 
capacitados e competentes 
em suas respectivas áreas deatuação, porém com uma 
formação empreendedora.
O docente de ensino superior tem um importante papel 
nesse contexto, sendo convidado a explorar caminhos que 
propiciem maior integração entre as teorias com a prática 
e situações reais do mercado de trabalho.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
30
E assim passa a ser responsável 
pela formação de profissionais 
não apenas competentes 
em suas áreas técnicas, mas 
empreendedores e preparados 
para lidar com o cenário atual 
de mudanças aceleradas e 
transformações contínuas.
A seguir, você verá sobre as motivações para empreender, os 
desafios e obstáculos do empreendedor no Brasil e seu impacto 
econômico e social.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
31
Unidade 2: Um sobrevoo 
pelo empreendedorismo 
no Brasil
Uma das características do brasileiro é buscar alternativas 
para o sustento e a geração de renda. Assim, muitas vezes, o 
empreendedor brasileiro empreende por necessidade, como 
uma opção para sua subsistência.
Em comparação aos outros 54 países que participaram da 
pesquisa do GEM (Global Entrepreneurship Monitor/2020), 
o Brasil está entre os 10 países que mais consideram 
a escassez de emprego como fator motivador para 
empreender, junto com África do Sul e Índia.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
32
Motivação
O termo motivação vem do latim 
movere (mover) e indica um motivo 
para a ação, algo que faça sentido, um 
propósito que impulsione a busca e o 
alcance de algo. A motivação consiste 
em um fator variável, de pessoa para 
pessoa, de acordo com uma escala de 
necessidades próprias e circunstanciais. 
Somente após terem sido atendidas 
as necessidades de um determinado 
nível de motivação em que a pessoa se 
encontra se torna possível ela passar a 
ser motivada pelo nível seguinte.
O que destaca bem esses diferentes níveis de motivação é a 
pirâmide da Teoria de Motivação de Maslow (1954). Conheça 
a seguir.
Diante desse cenário, como encontrar outro incentivo para o 
empreendedorismo, além da necessidade? E, como educadores, 
de que maneira podemos estimular o pensamento empreendedor 
em nossos alunos para que isso seja possível?
Para responder a essa pergunta, precisamos entender um pouco 
sobre motivação.
Motivação para empreender
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
33
Outra linha de pensamento é a teoria de motivação de Frederick 
Herzberg. Segundo ela, a motivação pode acontecer por dois fatores.
Fatores higiênicos
Têm origem no ambiente 
externo e não geram motivação, 
mas, sim, melhoria de 
desempenho e da ação.
Respiração, comida, água, sexo, sono, homeostase, excreção
Segurança do corpo, do emprego, de recursos, da moralidade
da família, da saúde, da propriedade
Autoestima, confiança, conquista, respeito dos outros, 
respeito aos outros
Moralidade, criatividade, espontaneidade, solução de problemas,
ausência de preconceito, aceitação dos fatos
Amizade, família, intimidade sexual
Realização 
Pessoal
Estima
Amor/Relacionamento
Segurança
Fisiologia
Fatores motivacionais
Geram motivação, estão 
relacionados aos sentimentos e 
às sensações que temos a partir 
daquilo que realizamos.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
34
Segundo Herzberg (1959), “fatores de higiene operam 
independentemente dos fatores de motivação. Um 
indivíduo pode ser altamente motivado em seu trabalho 
e estar insatisfeito com seu ambiente de trabalho.”
Oriunda da área da administração, a teoria de Herzberg buscava 
entender os fatores que levam a insatisfação e satisfação no 
ambiente de trabalho. Assim, para compreender um pouco mais 
da teoria, confira, a seguir, alguns exemplos dos fatores higiênicos 
e motivacionais relacionados a esse cenário.
Política da empresa
Condições do ambiente de trabalho
Relacionamento com outros funcionários
Segurança
Salário
Crescimento
Desenvolvimento
Responsabilidade
Reconhecimento
Realização
Fatores que levam à insatisfação
(Fatores higiênicos)
Fatores que levam à satisfação
(Fatores motivacionais)
Com base nessas informações e reflexões, confira a seguir a 
correlação entre as teorias de Maslow e Herzberg.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
35
Já o psicólogo David McClelland identificou três tipos de 
motivação: pelo poder, por afiliação e por realização. 
A seguir, vamos conhecer cada um deles. 
Motivação pelo poder
Pessoas motivadas pelo poder motivam-se por conseguir que os 
outros façam aquilo que elas desejam.
 
Motivação por afiliação
A característica que define essa motivação é uma forte 
necessidade de pertencimento ao grupo, de aceitação por parte 
do grupo e por sentir que seus integrantes estão confortáveis e se 
sentindo bem.
Realização 
Pessoal
Estima
Amor/Relacionamento
Segurança
Fisiologia
Fatores 
Motivacionais
Fatores 
Higiênicos
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Motivação por realização
Sua origem é na própria realização ou na conquista realizada. 
Segundo pesquisas realizadas na década de 1950, por encomenda 
da ONU (Organização das Nações Unidas) a várias fontes 
pesquisadoras, inclusive a David McClelland, esee é o tipo de 
motivação que predomina nos empreendedores de sucesso. 
Saiba mais!
Você se lembra que na Unidade 
1 conheceu as 10 características 
comportamentais empreendedoras? 
Pois bem, elas são fruto da pesquisa 
de David McClelland! Como você 
viu, elas são utilizadas na grande 
maioria dos treinamentos de 
empreendedorismo. E entre eles, 
podemos citar o Empretec, tido como 
o maior programa de desenvolvimento 
em empreendedorismo do mundo, 
e que no Brasil está sob 
a responsabilidade do Sebrae.
A motivação para empreender pode se dar por dois motivos 
distintos: necessidade ou oportunidade.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Empreendedores por 
necessidade empreendem 
por falta de opção, por não 
terem outra fonte de renda. Se 
fôssemos enquadrar esse grupo 
na Teoria de Maslow, certamente 
eles seriam alocados na base da 
pirâmide, pois os fatores capazes 
de os motivar são aqueles 
referentes ao atendimento 
de necessidades fisiológicas 
e de segurança. 
Já os empreendedores por 
oportunidade são aqueles que 
empreendem por identificar no 
ambiente oportunidades que 
lhes oferecem a possibilidade 
de ofertar soluções novas ou 
significativamente melhoradas 
para aquele cenário.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Por fim, podemos dizer que entender sobre motivação 
e sobre o que leva as pessoas a empreenderem pode 
nos ajudar a orientar e estimular nossos alunos sobre o 
empreendedorismo, pois, mesmo que eles não tenham 
interesse em ser empreendedores, as habilidades e 
características empreendedoras são importantes em 
qualquer ambiente e forma de trabalho.
Desafios e barreiras para 
empreender no Brasil
No Brasil, existem inúmeras barreiras e obstáculos que fazem da 
ação empreendedora um grande desafio, hoje potencializado pelo 
momento de insegurança e incerteza em relação ao futuro.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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#1 - Quais são os desafios enfrentados 
pelos empreendedores brasileiros? 
 
Clique aqui para acessar a transcrição.
Podcast
Mas quais são os desafios enfrentados pelos empreendedores 
brasileiros? Ouça o podcast e conheça mais sobre o assunto!
E como vencer os desafios de 
empreender no Brasil?
A todos que pretendem 
empreender no nosso país, 
frente a esse cenário tão incerto, 
faz-se necessário definir, o 
mais claramente possível, o 
modelo do negócio, planejar 
detalhadamente o passo a passo 
e monitorar sistematicamente 
o que foi planejado. Esse é o 
caminho a ser seguido para 
minimizar os riscos e maximizar 
suas chances de ser bem-
sucedido.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
40
Além das dif iculdades f inanceiras que levam o brasileiro a 
empreender, o empreendedorismo tem outros impactosna 
nossa sociedade.
Veja a seguir alguns deles.
Mais de 1,1 milhão de registros formais 
entre fevereiro e setembro de 2020, 
o que gerou empregos (30 milhões 
de empreendedores em estágio 
inicial geraram ocupação para, 
aproximadamente, 18 milhões de 
pessoas) e, junto a, aproximadamente, 
7,5 milhões de micro e pequenas 
empresas existentes, consiste em 
30% do PIB brasileiro e em 99% das 
empresas privadas.
Impacto econômico e social
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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O Brasil é um país em desenvolvimento, com grandes 
fragilidades sociais. A distribuição de renda, o saneamento 
básico, a miséria, a falta de oportunidades, entre outros 
problemas, afetam a todos. Isso transformou o povo 
brasileiro em pessoas empreendedoras e em busca de 
soluções e inovações para enfrentar seus problemas sociais.
Esse mesmo relatório de 2020, realizado 
no Brasil pelo Instituto Brasileiro de 
Qualidade e Produtividade, com 
o apoio do Sebrae, indica que o 
país atingirá a sua maior taxa de 
empreendedores iniciais ou donos de 
negócios com 3,5 anos de atividade, 
com 25% da população adulta nacional, 
empreendendo.
Segundo relatório do GEM (Global 
Entrepreneurship Monitor), o 
empreendedorismo representa 
uma das maiores fontes para o 
desenvolvimento econômico e social. 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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O resultado dessas 
situações gerou o 
empreendedorismo social
Mas o que é isso? O 
empreendedorismo social tem 
início com a observação de uma 
determinada situação-problema 
local ou fragilidade social e, em 
seguida, parte em busca de uma 
alternativa para enfrentar essa 
situação, como a possibilidade 
de geração de novos negócios. 
Ele é um processo de gestão 
social, já não mais assistencialista 
e mantenedora, mas 
empreendedora, emancipadora 
e transformadora.
Mudança de visão e o educador 
contemporâneo como agente de mudança
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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O processo de mudança
A mudança sempre fez parte da história da humanidade. “Se 
existe algo que é certo em nossas vidas, é que as coisas irão se 
transformar, sofrer alterações”. Esse é um dito popular que ilustra 
a dinâmica da vida, do próprio universo, que, segundo estudiosos, 
está em transformação e exigindo de todos uma constante 
adequação.
Como você percebe o processo 
de mudança? Como algo 
simples ou complexo?
Mudar tem vários significados 
como alteração, transformação, 
modificação, renovação, entre 
outros. Essas diversas definições 
atribuídas ao verbo mudar nos 
levam a refletir sobre o grau de 
complexidade e de exigência, 
em termos pessoais, envolvidos 
nesse processo.
Individualmente
Você sabia que mudança é um 
processo pessoal, que cabe a 
cada um, individualmente?
Como se dá o processo de mudança?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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De forma processual
Ninguém muda ninguém. 
Mudança, num primeiro 
momento, nos remete a 
transformação, a um modo 
diferente de agir.
Em vários níveis
A mudança que acontece pode 
ser perceptível, mas superficial. 
Para que seja profunda, existem 
várias outras etapas a serem 
percorridas.
No dia a dia, a maioria das pessoas utiliza os termos “atitude” e 
“comportamento” como sinônimos, mas eles possuem significados 
diferentes. 
A atitude está relacionada à 
percepção, a maneira com 
que vemos, percebemos 
algo. A atitude é intenção.
O comportamento está relacionado 
à forma de portar-se. Portanto, o 
comportamento é ação. É nesse 
que a mudança ocorre 
efetivamente. Torna-se visível.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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E por que estamos falando 
de mudança? Porque, para que o 
empreendedor obtenha sucesso 
na sua jornada ou mesmo para 
desenvolver características 
empreendedoras, ele precisa 
estar preparado para mudanças e 
entender os seus diferentes tipos.
Como a atitude que desenvolvemos a respeito de tudo que 
nos rodeia requer conhecimento de diferentes níveis, mudar 
nos demanda esforço e tempo proporcionais às circunstâncias 
referentes àquilo que queremos mudar.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Além disso, como educadores, é importante que a nossa 
visão sobre o tema seja abrangente. Para que o ensino 
do empreendedorismo seja relevante e expressivo para 
a realidade dos alunos e para que consigamos contribuir 
com o melhor preparo deles para o mercado de trabalho.
Além de envolver nossos alunos, será que nós também podemos 
desenvolver características de um intraempreendedor? Confira 
no podcast a seguir!
#2 - Características de um 
intraempreendedor 
 
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Podcast
A seguir, você verá a importância da cultura empreendedora, de 
praticar a teoria, da neurociência na educação e do crescimento ao 
empreender. Vamos lá?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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A cultura é um conjunto de crenças, moral, costumes, arte e 
tradições que guia a conduta de determinado grupo. Nesse 
sentido, vamos saber mais sobre a cultura empreendedora. Confira!
Unidade 3: Plantando 
a semente da cultura 
empreendedora
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Você já parou para pensar no significado da expressão 
“cultura empreendedora”? 
 
Esse termo se refere a comportamentos empreendedores, 
como autoconfiança, independência e ousadia. Com as 
condições do meio que favorecem a geração de ações, 
eles proporcionam resultados positivos para individuais 
e coletivos.
Importância e internalização da cultura 
empreendedora
Mas como adquirir esta 
“cultura empreendedora”?
A internalização de uma cultura 
(chamada de endoculturação) 
se dá por meio de um processo 
contínuo de práticas e 
experiências que resultam na 
construção de conhecimentos e 
de uma nova forma de ser.
Há várias formas de internalizar 
a cultura empreendedora, como 
participar de cursos, aprimorar 
ou adquirir habilidades 
técnicas, desenvolver, aprender 
e aplicar características 
e comportamentos 
empreendedores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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E como essa aprendizagem acontece?
Pelas diversas áreas
O empreendedorismo é bastante 
abrangente, podendo estar 
presente em qualquer área de 
ensino. O empreendedorismo é 
uma forma de ser, de pensar, de 
agir, de sentir, de viver.
Pela valorização 
do saber
Cabe ao educador conhecer 
e valorizar o saber de seus 
alunos para que se tornem 
mais eficientes no papel de 
multiplicadores da cultura 
empreendedora.
Pela prática
A prática sistemática e a 
experimentação de saberes 
contribuem para que o cérebro 
humano priorize o que já foi 
assimilado, tornando-o mais 
saudável e mais predisposto 
a aprender o novo.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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E como podemos ensinar nossos alunos a terem uma visão do 
empreendedorismo como forma de ser, sentir, pensar, agir e 
viver? Não é uma tarefa fácil, mas pode ser feita. Ouça o podcast a 
seguir e saiba mais!
#3 - Os referenciais para educação 
da Unesco 
 
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Podcast
A educação empreendedora, nessa dimensão, tem o objetivo de 
buscar o desenvolvimento pleno da pessoa: corpo, mente, espírito, 
inteligência e responsabilidade pessoal.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
51
Fazendo e aprendendo
Antes de conferirmos como é possível estimular o aprendizado 
a partir da prática, é necessário compreendermos dois aspectos 
fundamentais para a educação empreendedora no ensino 
superior: andragogia e neuroeducação.
Por isso, é muito importante a internalização da cultura 
empreendedora. Empreendedores agregam valor ao 
meio em que estão inseridos, são autoconfiantes, 
independentes, seguros do que querem, lidam bem com 
mudanças, cenários de profunda incerteza e situações de 
fracasso propondo alternativas de soluções.
Para estimular a cultura empreendedora no ensino formal de nível 
superior e tornar a educação empreendedora umarealidade, as 
instituições de ensino e os professores têm uma missão: incentivar 
os estudantes a aprenderem fazendo. Afinal, o empreendedorismo 
requer uma dose de “mão na massa”.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
52
Ele possui uma história de vida, uma 
caminhada, cujas situações vivenciadas, 
associadas ao seu autoconhecimento, 
determinam um arcabouço de 
experiências e percepções que definem 
a sua visão de mundo.
Essa experiência acumulada que 
o adulto possui é determinante 
nas condições de aprendizagem 
e de desenvolvimento, já que a 
andragogia propõe a utilização de 
acontecimentos do cotidiano como 
forma de educação.
A andragogia tem como premissa 
básica o fato de o adulto não ser 
inexperiente.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
53
Para reforçar os princípios da andragogia, a neurociência vem 
ganhando cada vez mais espaço na educação com a chamada: 
neuroeducação.
Mas onde a neurociência entra na educação?
Cabe, então, ao educador propor uma forma de ensino 
que se baseie na prática, de forma a gerar soluções para 
problemas reais, utilizando o conhecimento e a experiência 
que o educando carrega consigo. Aprender a partir de 
um referencial consiste em um grande diferencial no 
aprendizado de adultos. 
Aprender envolve emoção, motivação, formações do meio e 
identificação pessoal com aquilo que está sendo ensinado. Nesse 
sentido é que a neuroeducação (ramo da neurociência focado no 
ensino) se torna um segmento importante nos dias de hoje.
Cada um aprende a partir 
das suas experiências e visão 
própria. Aprender deixou de 
ser uma simples obtenção de 
conhecimentos. Se assim fosse, 
atualmente, com o advento da 
internet, disponibilizando um 
volume imenso de informação, 
em muitos casos nem haveria a 
necessidade de um educador.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
54
E o que a neuroeducação propõe? Ela propõe que o aprendizado 
deve ocorrer por meio de uma forma de mudança de 
comportamento, objetivando que o educador coloque o foco do 
aprendizado na vida prática do educando. Isso envolve a questão 
emocional e, para tanto, é necessário que se crie vínculos.
Sendo os estudantes de cursos de graduação adultos ou jovens 
adultos, compreendê-los, assim como entender a forma como 
aprendem, contribui para que os docentes possam buscar as 
melhores estratégias e ferramentas para tornar a educação 
empreendedora uma realidade e propiciá-la a partir do “fazer 
e aprender”. 
O empreendedorismo pode ser trabalhado em sala de aula de 
inúmeras maneiras, confira duas delas:
 
Casos práticos
Os casos podem ser apresentados pelo professor, mas também 
podem ser trazidos pelos estudantes. A criação de vínculo com 
os casos, com a visualização prática do conteúdo que está sendo 
estudado, possibilita, além da aprendizagem, o desenvolvimento 
de características empreendedoras. 
Situações-problemas
Outra possibilidade é a aplicação de situações-problemas, em 
que os alunos precisam aplicar seus conhecimentos, aprendizados 
e vivências para resolver as situações apresentadas. Além disso, 
durante a realização dos desafios e atividades, é criado um 
ambiente que propicia o fomento à cultura empreendedora 
e ao desenvolvimento das características do comportamento 
empreendedor.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Ferramentas para o ensino do 
empreendedorismo
Existem inúmeros recursos a serem utilizados no ensino do 
empreendedorismo. Conheça, agora, algumas ferramentas 
que podem auxiliar no desenvolvimento de competências e 
habilidades empreendedoras.
 
Técnicas de relaxamento e reflexão
São técnicas que trabalham o corpo e a mente para que ocorra 
a eliminação de tensões e preocupações, visando o melhor 
aproveitamento das experiências. São utilizadas quando se 
busca a preparação e a sensibilização para a introdução de um 
determinado tema ou para quebra de crenças, introdução de 
novas visões e posturas. 
Agora, que já temos o contexto, podemos conferir algumas 
das ferramentas que podem contribuir para o ensino do 
empreendedorismo.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Mapa dos sonhos
Instrumento que possibilita a reflexão e o estabelecimento de 
objetivos nas diversas áreas da vida. Utilizado para a reflexão e 
preparação para o estabelecimento de objetivos, desafios e metas. 
 
Círculo Dourado
É uma metodologia de construção de propósito do negócio, 
objetivando criar uma forma própria de pensar, agir e comunicar. 
Trata-se de um gráfico, que indica, do centro para fora: por que, 
como e o quê. Utilizado na inspiração de equipes para a criação de 
propósitos diversos. 
 
Ikigai
É um método de origem japonesa que objetiva a definição de 
propósito (de vida ou do negócio) por meio da autoavaliação, da 
reflexão e do autoconhecimento.
 
Instrumento de avaliação
O instrumento de avaliação do perfil empreendedor possibilita 
a autoavaliação em relação às diversas características 
empreendedoras. Utilizado na introdução de treinamentos 
e desenvolvimentos em empreendedorismo por meio de 
autoavaliação da prática dos comportamentos empreendedores. 
 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Design Thinking
É uma técnica que objetiva a construção estruturada de uma ideia 
de negócio para o estudo de sua viabilidade. É utilizada na busca 
da solução de problemas e de inovações a serem implementadas.
 
Mapa de empatia
É um instrumento que possibilita um maior conhecimento dos 
clientes, buscando entender como eles pensam, suas dores e o 
que os fará felizes. Utilizado, por meio da busca de informações, 
em planejamentos, definição de produtos e serviços, inovações, 
estratégia de marketing, etc.
Modelo de Negócio
O Modelo de Negócio (Canvas 
ou Business Model Canvas) é um 
método simples, visual e flexível, em 
forma de quadro, que possibilita 
visualizar o negócio todo em 
apenas uma página. É utilizado na 
fase de planejamento de um novo 
negócio ou novo produto ou serviço.
Outras ferramentas podem ser vistas a seguir.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Brainstorming
É uma técnica grupal de geração 
de ideias que objetiva a busca de 
sugestões e de soluções. É utilizada em 
situações que necessitam de sugestões 
para a resolução de um problema ou 
melhorias em um produto ou serviço. 
Plano de Negócio
É um documento de definição de 
objetivos e de como atingi-los. Utilizado 
para planejar detalhadamente, avaliar e 
validar a viabilidade ou o andamento de 
um negócio.
Além das ferramentas apresentadas, ainda podemos usar as que 
constam a seguir.
Pitch
É uma apresentação resumida 
e consistente que objetiva a 
venda de uma ideia ou produto. 
É muito utilizada para captação 
de investimentos em pequenos 
intervalos de tempo. Prática 
comum das startups em busca 
de investimentos e investidores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Matriz de Negociação
Matriz utilizada para obter e 
organizar todas as informações 
necessárias e possíveis variáveis 
envolvidas em um processo 
de negociação, visando uma 
preparação prévia adequada e 
abrangente.
Mapa do Poder
Ferramenta utilizada para definir 
uma estratégia e as pessoas 
da sua rede de contatos que 
podem auxiliar no alcance de 
algo que necessita.
Mapa Mental
Ferramenta aplicável na 
identificação de oportunidades 
e no planejamento do negócio. 
Permite organizar ideias de 
forma visual e ordenada.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Podemos também utilizar as ferramentas a seguir: 
Jogos
Existem diversos jogos com mecanismos vivenciais que permitem 
aos participantes extrapolarem suas diversas características 
pessoais, favorecendo, através da fase de processamento, o 
autoconhecimento e a mudança de comportamento. Podem 
ser utilizados no treinamento e desenvolvimento de pessoas e 
em vários segmentos referentes à gestão de pessoas (seleção, 
integração,motivação, identificação de habilidades etc.)
Estudos de Casos
É uma metodologia de leitura e análise de casos de sucesso, 
utilizados na reflexão, inspiração e aprendizado a partir de 
experiências bem-sucedidas.
Filmes e vídeos
Quando bem usados, podem ser ótimos instrumentos de 
aprendizado por meio de experiências e vivências de terceiros 
(reais ou fictícios) que abordem temas específicos. Muito utilizados 
para reflexão, inspiração, exemplificação e desenvolvimento de 
competências comportamentais.
Podcasts
É uma gravação de áudio que pode ser ouvida a qualquer 
momento e que objetiva a comunicação de um assunto 
direcionado a um público específico. Utilizados como instrumento 
de informação, introdução de assunto, sensibilização a um 
determinado tema, etc.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
61
O relato de histórias de empreendedores que buscaram soluções 
e inovações também é uma ferramenta bastante útil e eficaz 
nas práticas de ensino do empreendedorismo. Vamos conhecer 
algumas delas? Ouça o podcast e confira!
Estamos nos aproximando da etapa final dessa jornada de 
aprendizagem. Que tal fixar os conteúdos visitados até aqui?
Experiências reais
#4 - História de empreendedores 
 
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Podcast
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Atividade de conclusão
Estamos nos aproximando da etapa final dessa jornada de 
aprendizagem. Que tal fixar os conteúdos visitados até aqui?
 
Atividade 1
No que se refere ao ensino do empreendedorismo no ensino 
superior, qual desafio tem sido proposto às instituições brasileiras 
diante da atual realidade? Assinale a alternativa correta.
a. Introduzir o ensino do empreendedorismo em todos os 
cursos superiores oferecidos, independentemente da área 
de conhecimento.
b. Serem as primeiras instituições de ensino superior no mundo 
a voltarem-se para o tema empreendedorismo.
c. Encontrar informações, conhecimento profundo sobre o 
funcionamento das startups.
Atividade 2
Qual é o papel do educador neste novo cenário?
a. Ensinar de forma lúdica para que possamos priorizar a 
imaginação em vez da realidade.
b. Conectar os alunos entre si para que cooperem e sejam mais 
amigos do que colegas.
c. Transformar alunos em cidadãos preparados para uma 
realidade muito mais complexa.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Atividade 3
Qual a influência da neuroeducação no ensino do 
empreendedorismo?
a. A neuroeducação baseia-se no fato de que, para a pessoa 
aprender, é necessário, acima de tudo, estar muito motivada, 
pois todo o resto acontecerá naturalmente. 
b. A neuroeducação fundamenta-se na ideia de que a 
passagem de conhecimentos, no processo de aprendizagem, 
é tão importante quanto a experiência pessoal.
c. A neuroeducação propõe o advento de uma nova forma de 
ensinar, que extrapola a mera passagem de conhecimentos. 
Entende o aprender como uma forma de mudança de 
comportamento.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Gabarito das atividades
Confira agora as respostas das atividades desta jornada.
Atividade 1
Resposta: letra A.
Feedback: É necessário preparar os estudantes para a nova 
realidade de mercado. Nas universidades brasileiras, a adesão a 
essa nova visão ainda é muito incipiente, estando presente em 
apenas 6,2% das instituições de ensino superior.
Atividade 2
Resposta: letra C.
Feedback: Segundo David Epstein, atualmente, o educador 
eficiente deve ser percebido por seus alunos como um 
facilitador nos grupos, como um garantidor de que o processo 
de aprendizagem ocorra com o foco mais amplo, formando 
generalistas em suas respectivas especializações. 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Atividade 3
Resposta: letra C.
Feedback: A neuroeducação fundamenta-se em um princípio 
básico da vida quando reconhece que o conhecimento pelo 
conhecimento não tem nenhuma utilidade nem proporciona 
qualquer contribuição. O conhecimento somente tem e passa a 
agregar valor quando gera algum resultado, e isso só é possível 
quando colocado em prática. A teoria dá sustentação à ação, que, 
por sua vez, é a única forma de se obter algum resultado.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Desejamos a você um ótimo trabalho! Até a próxima!
Apresentamos, ainda, a importância de a cultura 
empreendedora ser um fator internalizado e a 
complexidade envolvida nesse processo de fusão da 
emoção com a ação, todos esses aspectos sustentados 
pela neurociência e apoiados em ferramentas didáticas e 
nas características e comportamentos identificados nos 
empreendedores de sucesso.
Encerramento
Chegamos ao final da disciplina Sensibilização: por que e como 
ensinar empreendedorismo?
Nessa disciplina, apresentamos a você uma visão ampla sobre 
empreendedorismo em virtude de sua contemporaneidade e 
importância no desenvolvimento sustentável da sociedade. Você 
agora conhece seus diversos conceitos, os agentes envolvidos 
no processo, como é o empreendedorismo no nosso país e a 
importância desse tema vir a fazer parte da grade de ensino das 
instituições de formação superior.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Indicações de materiais
 
Livros
 ∙ Inovação em modelos de negócios: business model 
generation – Alexander Osterwalder.
 ∙ A decolagem de um grande sonho – Ozires Silva.
 ∙ Vai Que Dá – Joaquim Castanheira.
 ∙ Startup Enxuta – Eric Ries e Carlos Szlak.
 ∙ De zero a um – Peter Thiel.
 ∙ A Estratégia do Oceano Azul – Chan Kim e Renée Mauborgne.
 ∙ Poder do Hábito – Charles Duhigg.
 ∙ Subliminar - Como o inconsciente influencia nossas vidas – 
Leonard Mlodinow.
 ∙ Liderança – Daniel Goleman.
 ∙ Sonho Grande – Cristiane Correa.
 ∙ O jeito Disney de encantar os clientes – Disney Institute.
 ∙ Normose: a patologia da normalidade – Jean-Yves Leloup, 
Pierre Weil e Roberto Crema.
 ∙ Criação de novos negócios – José Dornelas e Stephen Spinelli.
 ∙ Foco: a atenção e seu papel fundamental para o sucesso – 
Daniel Goleman.
 ∙ O segredo de Luísa – Fernando Dolabela.
 ∙ Elon Musk: como o CEO bilionário da Spacex e da Tesla está 
moldando nosso futuro – Ashlee Vance.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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 ∙ Inteligência Emocional – Daniel Goleman.
 ∙ O lado difícil das situações difíceis: como construir um negócio 
quando não existem respostas prontas – Ben Horowitz.
 ∙ Elástico: Como o pensamento flexível pode mudar nossas 
vidas – Leonard Mlodinow.
 ∙ Oportunidades Disfarçadas: Histórias reais de empresas 
que transformaram problemas em grandes oportunidades – 
Carlos Domingos.
 ∙ Empreendedorismo Corporativo – José Dornelas.
 ∙ Por que os generalistas vencem num mundo de especialistas 
– David Epstein.
Filmes
 ∙ Joy: o nome do sucesso
 ∙ Erin Brockovich – uma mulher de talento
 ∙ Estrelas além do tempo 
 ∙ Fome de Poder
 ∙ Coco, antes de Chanel
 ∙ Mauá, o imperador e o rei
 ∙ Walt antes do Mickey
 ∙ O menino que descobriu o vento
 ∙ Madame J. C. Walker
 ∙ A Teoria de tudo
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Referências bibliográficas
 
AGÊNCIA SEBRAE DE NOTÍCIAS. Brasil deve atingir marca 
histórica de empreendedorismo em 2020. 2020. Disponível em: 
https://www.agenciasebrae.com.br/sites/asn/uf/NA/brasil-deve-
atingirmarca-historica-de-empreendedorismo-em-2020,d9c76d10f
3e92710VgnVCM1000004c00210aRCRD Acesso em: 15 mar. 2021. 
ASHOKA EMPREENDEDORES SOCIAIS. Empreendimentos sociais 
sustentáveis: como elaborar planos de negócios para organizações 
sociais. 1. ed. Peirópolis-SP: McKinsey & Company, 2001.
ASSIS, C. L., NEPOMUCENO, C. M. Processos culturais: endocultu-
ração e aculturação. 21. ed. Campina Grande-RN: Programa Univer-
didade a distância/Unidis Grad., 2007. Apostila da disciplina “Estu-
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Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Transcrições dos podcasts
 
#1. Quais são os desafios enfrentados pelos empreendedores bra-
sileiros?
Leonardo – Olá, sejam bem-vindos ao nosso podcast “Pílulas do Co-
nhecimento”. Meu nome é Leonardo e, hoje, vou entrevistar a espe-
cialista e empreendedora Tereza Martins, CEO da Empresa Flauta 
Mágica.
Leonardo – Tereza, hoje, cada dia mais, os empreendedores brasilei-
ros enfrentam diversas barreiras e desafios, você pode citar alguns?
Tereza – Claro, Leonardo! Entre muitos, posso citar a carga tributária 
e a formalização da empresa como desafios para nossos empreen-
dedores.
Leonardo – E por que eles são desafios?
Tereza – No caso da carga tributária, é preciso entender que, no Brasil, 
o sistema tributário é muito complexo e exige de todo empreende-
dor definir o melhor regime tributário para a sua empresa (Simples 
Nacional, Lucro Real e o Lucro Presumido). No Brasil, para formalizar 
uma empresa, em média, são necessários mais de cem dias para a 
obtenção de todos os registros, alvarás e licenças. Para tanto, é de ex-
trema importância contar com um serviço especializado. Além dos 
custos desse serviço, o tempo para formalização pode, inclusive, de-
sestimular o empreendedor menos obstinado.
Leonardo – A obtenção de crédito para empresa também é um de-
safio certo? 
Tereza – Muito! Isso é porque, dentre os empreendedores brasileiros, 
há uma predominância de empreendedorismo por necessidade. A 
recomendação é ter em mãos um projeto consistente do negócio 
e buscar um investidor ou financiamento com amigos próximos e 
familiares.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Tereza – Posso citar também a falta de capacitação profissional, é 
bastante comum encontrar um médico dirigindo a sua clínica e um 
engenheiro, a sua construtora. Por não possuírem a qualificação ne-
cessária, cuidam de seus negócios com pouca estratégia, com foco 
em atingir seus objetivos com mais facilidade.
Leonardo – E a política econômica brasileira é propícia para o em-
preendedor?
Tereza – Infelizmente, não; ainda falta ao Brasil uma política econô-
mica claramente definida e que contemple o incentivo e a valoriza-
ção de quem busca empreender. Isso prejudica muito nossos em-
preendedores, é preciso ter uma mudança nessa situação para que 
possamos empreender com alta qualidade e dessa forma, aproveitar 
todo o potencial existente em nosso país para a geração de riqueza.
Leonardo – Esse é o tempo que temos por hoje. Obrigado Tereza, e a 
você, ouvinte, até a próxima!
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#2. Características de um intraempreendedor
Leonardo – Olá, sejam bem-vindos ao nosso podcast “Pílulas do Co-
nhecimento”. Eu sou o Leonardo, e vamos a mais uma conversa com 
a especialista e empreendedora Tereza Martins, CEO da Empresa 
Flauta Mágica.
Leonardo – Tereza, além de empreendedora, você também dá aula 
no ensino superior sobre empreendedorismo, certo?
Tereza – Isso mesmo, Leonardo.
Leonardo – Qual o maior desafio de se ensinar empreendedorismo 
para a nova geração?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Tereza – Prender a atenção. Aspectos teóricos não despertam mais a 
atenção dessa geração tecnológica que possui um montante infin-
dável de informações à sua disposição.
Leonardo – E como podemos fazer isso?
Tereza – O melhor caminho a adotar em sala de aula é a prática, a 
verdadeira base da andragogia. É fazendo que o adulto aprende. Di-
ferente das crianças, o adulto carrega consigo uma bagagem base-
ada na sua experiência de vida.
Leonardo – Isso é um grande desafio para os professores hoje...
Tereza – Sim, o grande desafio é essa mudançade cultura, em que 
o foco sai do educador para o aluno, o qual irá colocar o seu saber 
em conjunto com o saber dos outros colegas, para uma construção 
coletiva de aprendizagem.
Leonardo – Mas será que é possível? Como professores adquirem 
características empreendedoras?
Tereza – Claro! Podemos todos ser intraempreendedores na nossa 
prática. Posso até dar um exemplo, tenho uma amiga docente na uni-
versidade, chamada Juliana, o bairro onde ela morava possuía uma 
grande escola pública. O marido dela, que era professor desta esco-
la, relatou que eles estavam enfrentando um problema com alunos 
pré-adolescentes na escola. Uma determinada turma apresentava 
um nível de rebeldia que estava impossibilitando as aulas de serem 
ministradas. A Juliana, então, procurou a reitoria da universidade em 
que atuava, relatou o problema e propôs uma ação de apoio e de 
solução, com ajuda dos graduandos do curso de Psicologia. Ela, in-
clusive, apresentou ao reitor um miniprojeto, apresentando os be-
nefícios para comunidade e para a universidade, proporcionando 
uma experiência prática real aos seus formandos, contribuindo de 
forma significativa com o aprendizado deste grupo. O projeto ga-
nhou tamanha proporção que vários professores se voluntariaram 
para supervisionar o trabalho. O trabalho dos estudantes buscou 
identificar os assuntos de interesse da turma e tratá-los em sala de 
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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aula, por meio de práticas e vivências. Durante todo um semestre, 
os estudantes monitorados por um grupo de supervisão assistiram 
e acompanharam os adolescentes, tornando-os mais cientes e re-
silientes. O trabalho foi considerado como uma experiência muito 
bem-sucedida. E a Juliana, conseguiu conectar a universidade e a 
comunidade. Ela é um exemplo de intraempreendedora. E, assim 
como ela, temos tantos outros professores e professoras.
Leonardo – O educador, então, pode ser um agente de mudança?
Tereza – Assim como todos nós, que neste mundo de mudanças 
constantes assumimos papel relevante e transformamos situações 
e ambientes. Pessoas com esse perfil podem ser chamadas facil-
mente de agentes de mudanças.
Leonardo – Hoje, como você disse, o mundo está sempre mudando. 
Qual o papel, então, do educador?
Tereza – É entender e atuar como um facilitador nos grupos e ga-
rantir que o processo de aprendizagem ocorra. É transformar alunos 
em cidadãos preparados para uma realidade muito mais complexa, 
que lhes exigirá uma visão e uma atuação baseada numa formação 
multidisciplinar. Daqui há 10 anos, talvez estejamos atuando em al-
guma atividade/profissão que hoje ainda nem exista e precisamos 
preparar nossos alunos para isso.
Leonardo – Podemos falar que a mudança está conectada a ser em-
preendedor?
Tereza – Claro, nós, seres humanos, temos essa capacidade de mu-
dar, de se adaptar, de lidar com circunstâncias imprevisíveis de for-
ma rápida e criativa, e é essa flexibilidade cognitiva que nos permite 
estar em um processo de aprendizado contínuo, questionando e, 
assim, evoluindo.
Leonardo – Tereza, antes de encerrarmos, você tem alguma dica 
para os professores e as professoras?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Tereza – Não acreditem em fórmula mágica! Eu diria que o primei-
ro passo é conseguir inspirar como educador. Mostrar as inovações 
daqueles que ousaram mudar, e lembrar que você também precisa 
ser um agente da mudança! Busquem inspiração em si mesmos.
Leonardo – Belas palavras, Tereza! E esse é o tempo que temos por 
hoje, pessoal.
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#3. Os referenciais para educação da Unesco
Você já ouviu sobre os referenciais para educação da Unesco?
Os referenciais para educação no século XXI, baseados no Relatório 
da Unesco, são quatro: saber conhecer, saber fazer, saber conviver e 
saber ser. Cada um desses referenciais deverá ser explorado para vir 
a incorporar-se ao jeito de ser e agir dos futuros empreendedores.
O saber conhecer está relacionado aos aspectos que se referem a 
aprender a pensar, privilegiando o desenvolvimento do raciocínio 
próprio com base em uma análise da realidade e do contexto em que 
a pessoa está inserida. A aprendizagem se dá num âmbito global, e 
de forma multidisciplinar. Uma característica comum, ainda presen-
te no ensino brasileiro, consiste em apresentar premissas, conceitos 
prontos e definidos, que sempre inibiram a criatividade, a liberdade 
e a vontade de imaginar e inventar do aluno. O educador deve então 
ser um mediador entre o ensino estruturado e uma aprendizagem 
sustentável, unindo as condições oferecidas pelo ambiente ao saber 
existente em cada pessoa.
O saber fazer está relacionado com a capacidade de desempenho 
da pessoa. Diz respeito à migração da noção de qualificação para a 
noção de competência. Quando o intelecto se sobrepõe à técnica, o 
processo de aprendizagem evolui e deixa de ser considerado uma 
simples transmissão de práticas rotineiras. Foram identificadas ca-
racterísticas com fortes traços de subjetividade nos empreendedo-
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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res bem-sucedidos, tais como a capacidade de relacionar-se, de per-
suadir e de utilizar pessoas para atingir seus objetivos, assim como a 
ousadia para correr riscos e a proatividade. Sendo assim, uma postu-
ra de observação, identificação e aproveitamento de características 
individuais a serem exploradas e aproveitadas na consolidação da 
aprendizagem torna-se cada vez mais necessária ao educador.
Já o saber conviver deve buscar utilizar a educação como ferramen-
ta para desconstruir uma cultura de individualismo, exclusão de in-
divíduos e falta de ética.
E o que fazer para melhorar esta situação?
Os métodos de ensino devem focar na descoberta do outro e na 
participação de projetos com objetivos comuns que levem, desde a 
mais tenra idade, os seres humanos a praticar a cooperação. A edu-
cação deve, primeiramente, proporcionar ao aluno a descoberta de 
si mesmo para, só depois então, ele conseguir colocar-se no lugar do 
outro e compreendê-lo. Uma alternativa que gera bons resultados é 
inserir o educando em projetos de cunho social. Saber ser está rela-
cionado ao se sentir importante como pessoa.
E como fazer com que uma pessoa se perceba importante? Princi-
palmente ouvindo, dando espaço para que coloque seus pensamen-
tos e opiniões. Dando oportunidades de entendimento do mundo e 
das coisas por meio de ferramentas e vivências.
Ter em mente esses quatro referenciais, Saber Conhecer, Saber Fa-
zer, Saber Conviver E Saber Ser, irá auxiliar você no desenvolvimento 
de seus alunos no caminho do empreendedorismo. Até a próxima.
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#4. História de empreendedores
Vamos conhecer algumas histórias de empreendedores em busca 
do sucesso?
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Começando pela história da Marlene, professora e coordenadora do 
curso de graduação em psicologia de uma universidade privada, na 
região metropolitana do Rio de Janeiro. 
Ao longo dos anos, Marlene percebeu que havia uma necessi-
dade latente no mercado em relação à inserção dos estudantes 
recém-formados. Por mais que a competitividade seja grande, que 
o mundo esteja passando por inúmeras transformações no que tange 
ao mercado de trabalho, Marlene acreditava que a universidade 
poderia contribuir para tornar a transição dos estudantes em profis-
sionais mais tranquila. 
Percebendo essa possibilidade no processo de ensino, ela fez uma 
proposta para complementar o currículo do curso de psicologia, 
inserindo palestras com profissionais formados e atuantes nas mais 
diferentes áreas de atuação – de modo a evidenciar o leque de possi-
bilidades de atuação dos profissionais – aproximando os estudantes 
da realidade profissional. 
Além disso, os professores, independentemente da disciplina, 
tinham a missão de propor um desafio que envolvesse aspectos do 
empreendedorismo durante o semestre– poderia ser uma atividade 
isolada ou interdisciplinar.
Além de levar o empreendedorismo para dentro da sala de aula, 
Marlene evidenciou o intraempreendedorismo, não é mesmo?
Enquanto isso, no Rio de Janeiro, João Alfredo estava desempregado 
e passando por dificuldades. Sentado em um banco, João observou 
que muitas pessoas estavam andando e se movimentando sob o 
sol, e que elas, provavelmente, sentiam sede. Então teve uma ideia e 
decidiu vender água.
Pegou emprestados 10 reais, para comprar água e vender na praia. 
Passados alguns dias, João percebeu o lucro e decidiu incrementar 
seu produto com gelo, e vender água bem gelada na praia. Com 
muito carisma e simpatia ele se destacava dos outros vendedores.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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O negócio deu tão certo, que, em pouco tempo, ele já estava lucrando, 
por dia, 200 reais. Ele decidiu postar um vídeo no YouTube para 
compartilhar com outras pessoas necessitadas como ele conseguia 
se destacar em um mercado tão competitivo. 
O compartilhamento do vídeo foi tão amplo que Alfredo foi convi-
dado para dar uma palestra em um importante congresso sobre 
empreendedorismo. Alfredo deixou de ser vendedor ambulante e, 
atualmente, tornou-se influenciador digital, garoto-propaganda, 
consultor e escritor, já tendo publicado seu primeiro livro.
Outro exemplo é o de Rômulo, que era tido por seus amigos e 
familiares como um especialista no preparo de açaí. Sempre gostou 
muito dessa fruta e começou a buscar informações e dicas para um 
preparo de maior qualidade.
Uma ocasião, passando um tempo na praia com amigos, percebeu 
que havia uma grande variedade de vendedores ambulantes, mas 
nenhum oferecendo açaí na praia que frequentava, apenas vende-
dores de coco verde e sorvete. 
Ali mesmo, na beira da praia, começou a verificar junto às pessoas, 
de maneira informal, se existia algum interesse em consumir açaí.
Em pouco tempo, montou em sua garagem uma produção de açaí 
e, utilizando sua própria bicicleta, passou a oferecer o produto na 
beira da praia, seguindo todas as exigências legais e os protocolos 
de higiene e segurança. 
O sucesso foi tamanho, que logo abriu o primeiro quiosque da marca, 
em um pequeno espaço de um centro comercial.
Hoje, Rômulo possui uma franquia com mais de 15 unidades na 
capital de Santa Catarina e já tem um projeto de expansão para todo 
o Estado e outras praias do país. Em pouco menos de dois anos, 
Rômulo transformou uma fruta que apreciava e consumia em um 
negócio reconhecido e muito lucrativo.
Sensibilização: por que e como ensinar empreendedorismo?
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Embora essas histórias sejam de empreendimentos comuns, essas 
pessoas transformaram ideias simples e encontraram uma maneira 
diferente de empreender!
Até a próxima!
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Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ
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