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O QUE ENSINAR? COMO FAZER NA PRÁTICA, DE FORMA SIMPLES Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples ©2022. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Estado do Rio de Janeiro – Sebrae/RJ Rua Santa Luzia, 685, 7º andar, Centro, Rio de Janeiro /RJ. Telefone: (21) 2212-7700. Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/1998). PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO ESTADUAL Antônio Florêncio de Queiroz Junior DIRETOR-SUPERINTENDENTE Antônio Alvarenga Neto DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO Sergio Malta DIRETOR DE PRODUTO E ATENDIMENTO Júlio Cezar Rezende de Freitas GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO Antonio Carlos Kronemberger – Gerente COORDENAÇÃO DA ESCOLA DE NEGÓCIOS Patrícia Moreira Soares – Coordenadora Priscila Cardoso de Correa Marques – Analista Caio Moniz de Almeida – Analista Ingrid Balbino Areias – Analista CONSULTOR Alexandre Mafra – Conteudista Bibliotecário catalogador – Leandro Pacheco de Melo – CRB 7ª 5471 M187 Mafra, Alexandre. O que ensinar: como fazer na prática, de forma simples / Alexandre Mafra. - Rio de janeiro : Sebrae/RJ, 2021. 81 p. ISBN 978-65-5818-154-5 1. Ensino. 2. Prática de ensino. 3. Metodologia. I. Sebrae/RJ. II. Título. CDD 371.3 CDU 371.32 Apresentação ..........................................................................................................................05 Atividade diagnóstica .......................................................................................................06 Gabarito das atividades ...................................................................................................08 Unidade 1: Primeiros passos - como transformar uma ideia em negócio .......................................................................................................09 Geração e validação de ideias .........................................................................................10 Brainstorm ..................................................................................................................................11 Funil de Ideias ...........................................................................................................................13 Validação de ideia ..................................................................................................................17 Modelo de negócios ..............................................................................................................19 Unidade 2: Planejamento e mercado .....................................................................27 Análise do ambiente e pesquisa de mercado .......................................................34 Proposta de valor ....................................................................................................................39 Como obter recursos para o negócio? .......................................................................45 Unidade 3: A gestão de um negócio na prática ..............................................49 Marketing e vendas ...............................................................................................................50 Gestão de pessoas ..................................................................................................................53 Gestão financeira ....................................................................................................................60 Sumário O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 4 Atividade de conclusão ...................................................................................................63 Gabarito das atividades ...................................................................................................65 Encerramento ..........................................................................................................................67 Referências bibliográficas .............................................................................................68 Transcrições dos Podcasts ............................................................................................70 O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 5 Apresentação Seja bem-vindo(a) à disciplina O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples. Aqui, serão abordados os principais pontos que fazem parte do universo do empreendedorismo e que são indispensáveis para futuros empreendedores. Você também conhecerá técnicas e ferramentas que o ajudarão na capacitação de seus alunos para a geração de ideias, planejamento, conhecimento de mercado e das principais áreas da gestão de uma empresa. Retorne ao curso online, assista ao vídeo de apresentação e compreenda a estrutura da disciplina. Vídeo Apresentação do curso Para vê-lo na íntegra, acesse o curso online. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 6 Atividade diagnóstica Antes de começar o curso, que tal testar seu conhecimento sobre o que você já conhece sobre o tema? Responda às questões a seguir para verificar o que você sabe sobre esta disciplina! Atividade 1 Ter boas ideias é importante para quem deseja empreender. Nesse sentido, é correto afirmar que: a. ter boas ideias é um privilégio das pessoas que nascem criativas. b. existem técnicas e ferramentas que estimulam a geração de ideias. c. gerar muitas ideias faz com que a validação seja dispensável. Atividade 2 A análise do mercado inclui fatores externos à empresa, que são: a. controláveis, como pontos fortes e fracos. b. desconhecidos, como mercado consumidor e fornecedores. c. incontroláveis, como oportunidades e ameaças. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 7 Atividade 3 O mix de marketing, também chamado de 4 Ps do marketing, é formado por: a. preço, praça, produto e promoção. b. pessoas, pedidos, publicidade e promoção. c. processos, planejamento, precificação e publicação. Neste momento, não se preocupe se suas respostas não foram as mais adequadas ou se não tiver certeza de que sua experiência foi a mais eficaz. Esta disciplina vai ajudá-lo a aprimorar seus conhecimentos! Confira na página a seguir o gabarito. Siga em frente! O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 8 Gabarito das atividades Confira agora as respostas das atividades desta jornada. Atividade 1 Resposta: letra B. Feedback: Ter boas ideias é muito importante para quem deseja empreender! Claro que, para chegar a uma boa ideia, é preciso que ela seja gerada e validada. Para auxiliar nesse exercício, existem técnicas e ferramentas que ajudam a estimular a geração de ideias, como o brainstorm e o funil de ideias. Atividade 2 Resposta: letra C. Feedback: A análise de mercado busca analisar o ambiente da empresa, que é composto por fatores internos e externos. Os internos são controláveis e representam os pontos fortes e fracos da empresa. Já os externos são incontroláveis e representam as oportunidades e ameaças. Atividade 3 Resposta: letra A. Feedback: Os 4 Ps do marketing são a base para as decisões dessa área e eles se referem às decisões relativas a produto, preço, praça e promoção. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 9 Unidade 1: Primeiros passos - como transformar uma ideia em negócio Abrir o próprio negócio é o desejo de muitas pessoas, mas, para isso se tornar realidade, existe uma premissa: ter uma ideia. Afinal, qual seria esse negócio? Estes são os primeiros passos da jornada empreendedora: Gerar ideias Validar ideias O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 10 Geração e validação de ideias Todo negócio nasce de uma ideia. Por isso, existem dois desafios iniciaispara quem deseja empreender: Tão desafiador quanto ter ideias é não saber qual delas selecionar, não é mesmo? Os estudantes que desejam empreender podem adotar técnicas para estimular a geração de ideias. Quem não quer abrir um negócio também pode se beneficiar dessas técnicas porque são aplicáveis em diversas situações profissionais e pessoais. 1 2 Saber qualideia valea pena Terideias O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 11 Mas o que é geração de ideias? É um processo consciente de exteriorização de pensamentos, ou seja, anotar o máximo de ideias que surgirem em um determinado período. Brainstorm Brainstorm ou tempestade de ideias é uma técnica que busca gerar um volume considerável de ideias de uma única vez. A aplicação pode ser individual, mas o ideal é ter a participação de, ao menos, duas pessoas para ser mais proveitosa. De modo geral, a aplicação do brainstorm envolve os seguintes passos: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 12 Filtrar as soluções É o momento de trazer o senso crítico à tona. Racionalmente, o grupo avalia a qualidade e a potencialidade de cada uma das ideias. Aquelas consideradas inviáveis são descartadas e são selecionadas cerca de 2 a 3 ideias possíveis. Pode ocorrer a fusão de duas ou mais ideias para criar uma nova e melhor. Apresentar as ideias registradas Cada participante é convidado a expor as ideias geradas aos demais. Não deve ocorrer julgamento, as ideias não devem ser criticadas. Registrar as ideias Todos cientes do problema, inicia-se o registro das ideias que surgirem em um período predeterminado (de 2 a 5 minutos), no qual cada um anota suas ideias de forma individual. É hora de deixar a imaginação fluir livremente, sem filtros. Apresentar o problema No caso da ideação para novos negócios, o problema é relacionado à necessidade de criar ideias para qual negócio você vai abrir. Mas a técnica pode ser utilizada para encontrar ideias que solucionem problemas de qualquer natureza. Reunir um grupo de pessoas Presencialmente ou online, é fundamental que todos estejam próximos, envolvidos e comprometidos com o momento. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 13 Quer uma dica para trabalhar o brainstorm com seus alunos? Retorne ao curso e ouça o podcast a seguir: #1 - O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples. Clique aqui para acessar a transcrição. Podcast Funil de ideias Se o estudante já sabe que quer empreender, mas não tem certeza de qual ramo seguir, outra ferramenta que pode ajudar é o Funil de Ideias. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 14 Vivência: olhar para dentro O funil que parte da vivência tem como foco o autoconhecimento. Assim, a partir de algumas simples reflexões, são mapeadas as competências e as preferências do potencial empreendedor para gerar ideias dos potenciais empreendimentos e sobre quem seriam os primeiros clientes. Análise do mercado: olhar para fora Já o funil a partir do mercado foca nas necessidades e nas tendências do ambiente externo. Permite gerar ideias que motivariam o potencial empreendedor e que tivessem espaço no mercado. Ele tem duas abordagens, a vivência e a análise de mercado. Confira a seguir: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 15 Agora que você conhece as duas abordagens da técnica do funil de ideias, vamos colocar a mão na massa! Anote abaixo as suas observações a partir de reflexões práticas sobre um novo negócio. Funil de ideias para um novo negócio Ideias de negócio 2. O que você poderia fazer? A partir da sua vivência A partir do mercado Você (ou se já tiver sócio, você e seus sócios) Suas competênciascom 1. Quem é você? O que você sabe fazer? Quem você conhece? Seu perfil para os negócios Suas preferências “A” ideia de negócio 3. Quem poderiam ser os seus clientes? “A” ideia de negócio 3. Por que haveria mercado para essa ideia? Ideias compatíveis com o seu perfil 2. Qual ideia o motivaria? Ideia já existia em outro local ou contexto Insatisfação com algum produto ou serviço Tendência de mercado Ideias a partir do mercado 1. Copiar algo que já existe, insatisfações, tendências de mercado? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 16 Ideias de negócio 2. O que você poderia fazer? A partir da sua vivência A partir do mercado Você (ou se já tiver sócio, você e seus sócios) Suas competênciascom 1. Quem é você? O que você sabe fazer? Quem você conhece? Seu perfil para os negócios Suas preferências “A” ideia de negócio 3. Quem poderiam ser os seus clientes? “A” ideia de negócio 3. Por que haveria mercado para essa ideia? Ideias compatíveis com o seu perfil 2. Qual ideia o motivaria? Ideia já existia em outro local ou contexto Insatisfação com algum produto ou serviço Tendência de mercado Ideias a partir do mercado 1. Copiar algo que já existe, insatisfações, tendências de mercado? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 17 Após a geração das ideias, é necessário selecionar aquelas com maior potencial e validá-las. Um erro na abertura de um novo negócio pode envolver o apego a uma ideia que se julgava ser infalível. Nesse contexto, a validação é essencial para evitar uma experiência frustrada. Validação de ideias A validação consiste em um processo de apresentar para o potencial público-alvo do negócio o produto/serviço e coletar impressões. Mas, além da validação do produto/serviço em si, também é recomendada a validação de outros aspectos, como: Validar não é simples, requer proatividade e muita observação, pois nem sempre o potencial público-alvo vai declarar o que pensa. Tipo de comunicação Canal de distribuiçãoPreço O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 18 Mas como fazer isso? Uma possibilidade é usar o produto mínimo viável (MVP), que seria um protótipo do seu produto ou serviço feito com o mínimo de recursos possíveis para testar com o público-alvo. Retorne ao curso e confira no podcast o caso da Ana e como ela usou um MVP para tomar decisões importantes! #2 - Produto Mínimo Viável ou MVP Clique aqui para acessar a transcrição.Podcast Não é necessário ter todo o negócio montado e/ou o produto acabado. O objetivo é ir até o potencial cliente e testar a viabilidade da ideia de forma barata e rápida, para evitar o desperdício de tempo, energia e dinheiro. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 19 Com a ideia de negócio selecionada, é importante estabelecer um modelo de negócio. Mas o que é isso e para que serve? Acompanhe o próximo tópico! Modelo de negócios Com a seleção da ideia, é preciso entender como seria a estruturação desse negócio. Assim, para ter uma visão sistêmica do futuro negócio, pode ser aplicada uma ferramenta que é amplamente utilizada para o planejamento de novos empreendimentos: o Business Model Canvas ou simplesmente Canvas. Veja a seguir mais informações sobre o Canvas. Se a ideia tiver potencial e o mercado indicar isso, será mais seguro seguir investindo na ideia. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 20 Curiosidade A popularidade da ferramenta se deve, principalmente, à praticidade na modelagem e estruturação, à facilidade de uso e aos resultados rápidos que podem ser alcançados com o seu preenchimento. O Canvas também pode ser aplicado na remodelagem de negócios já existentes ou no lançamento de novos produtos e serviços. Para construir o modelo de negócio, é preciso preencher os 9 blocos que compõem o quadro em branco que representa o Canvas. Conheça a estrutura do quadro a seguir: Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Aqui constam os principais stakeholders do negócio. Por exemplo, sócio investidor, bancosfinanciadores, fornecedores de matéria-prima, prestadores de serviço e outros parceiros que são fundamentais. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 21 Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita São fundamentais para que ocorra a operação e impactam diretamente nos custos. Essas atividades variam conforme a natureza do negócio. Por exemplo, as atividades-chave de uma padaria diferem de uma empresa de assistência técnica para celular. Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita É a definição do benefício que o seu produto ou serviço trará para o consumidor. Qual “dor” você se propõe a resolver com o produto/serviço que está oferecendo? É fundamental saber qual é o diferencial do seu negócio e como ele pode fazer diferença na vida dos potenciais clientes. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 22 Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Não basta definir quais canais de comunicação serão utilizados, é preciso entender como será relacionamento com os clientes em cada um dos momentos de contato com eles. Como a empresa vai atender? Terá vendedores dedicados, atendimento personalizado, self-service, um chatbot… Não há certo ou errado. O importante é definir um atendimento que faça sentido para o público, esteja coerente com os canais e com a proposta de valor, de modo a construir um relacionamento com cada cliente. Por exemplo, não faz sentido você ter um e-commerce e o atendimento ser exclusivamente por telefone. Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Corresponde ao mercado que seu negócio se propõe a atender. O ponto de partida para preencher esse bloco é responder “quem é o meu cliente?”. É bem importante definir o público-alvo para quem você pretende vender. Para isso, tente traçar um perfil, identificando faixa etária, renda, comportamento de consumo, prioridades, necessidades e o que esse público valoriza. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 23 Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita São indispensáveis para o funcionamento do negócio, sejam recursos materiais, financeiros ou humanos. Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita É o momento de definir como a empresa entregará a proposta de valor para os clientes. Aqui são definidos os canais de venda, distribuição e comunicação. Por exemplo, pode haver um ponto de venda físico, e-commerce, por redes sociais ou marketplaces ou, ainda, por uma combinação dessas opções. A venda pode envolver Correios ou transportadoras para a entrega. A comunicação pode ser por telefone, e-mail, redes sociais, aplicativos etc. Essa definição deve ser feita a partir da natureza do negócio, do perfil do público-alvo e da estratégia da empresa como um todo. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 24 Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Define como a empresa ganhará dinheiro. Pode ser pelo método tradicional, no qual o cliente paga pelo produto ou serviço uma única vez. Mas dependendo da natureza do negócio, a remuneração pode ser por assinatura mensal, aluguel, arrendamento etc. Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Todos os custos (saídas de dinheiro) necessários para o negócio funcionar precisam ser listados aqui. É importante fazer esse levantamento para avaliar se as fontes de receita têm potencial para cobrir a estrutura de custos. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 25 Para iniciar a construção do Canvas, basta imprimir o quadro e preenchê-lo com post-its ou papéis adesivos que podem ser facilmente alterados ou removidos. O intuito é, de forma muito visual, preencher os blocos, entendendo como as coisas se relacionam e, quando necessário, ajustar com rapidez. Retorne ao curso e acesse o Kit aula para fazer o download do Canvas. Caso você prefira, poderá preencher online, utilize o link descrito a seguir: https://sebraecanvas.com/. Download Link Após preencher o Canvas, compartilhe o modelo de negócio com outras pessoas. Afinal, é fundamental conhecer outras opiniões, tanto para esclarecer dúvidas que surgem ao longo do planejamento quanto para amadurecer a ideia de estruturação. https://sebraecanvas.com/ O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 26 Fabricantes de brinquedos artesanais, Correios, empresa responsável pelo site. Seleção dos fabricantes, compra dos brinquedos, montagem dos kits, envio para os clientes, acompanhamento dos canais de comunicação, gestão das redes sociais e dos fóruns de pais. Site do e-commerce integrado para pagamentos, brinquedos de madeira, acesso à internet. Hospedagem e domínio do e-commerce, manutenção do site, tarifas bancárias, frete do envio dos produtos, custo dos brinquedos e da embalagem, publicidade, impostos e pró-labore. Criar uma rede de pais com princípios e preocupações parecidas, fóruns de discussão fechados para assinantes em redes sociais, grupo no WhatsApp e no Telegram. Fornecer entretenimento com baixo impacto ambiental, com brinquedos lúdicos, analógicos e divertidos. Pais que sejam preocupados com o meio ambiente e que querem evitar que os filhos fiquem tanto tempo em celulares e tablets na primeira infância. E-commerce, Correios, redes sociais, WhatsApp, e-mail, telefone. Venda das assinaturas e patrocínio no site. Parcerias- -chave Atividades- -chave Proposta de valor Relacionamento com clientes Segmentos de clientes Recursos- -chave Canais Estrutura de custos Fontes de Receita Chegamos ao final da primeira unidade sabendo como gerar e validar ideias para novos negócios a partir da aplicação de técnicas, bem como entendendo a utilização do Canvas para estruturar um modelo de negócio com rapidez e simplicidade. Acompanhe na próxima unidade como planejar e entender o mercado. Lembra da Ana, que está criando sua empresa com assinatura de brinquedos de madeira? Então! Veja como ficou seu Canvas do negócio: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 27 Unidade 2: Planejamento e mercado Com a ideia gerada, validada e amadurecida com o Business Model Canvas, é o momento de direcionar a atenção e o foco para o planejamento e para o estudo do mercado, de modo a entender a viabilidade e definir os próximos passos da sua empresa. Mas o que é o planejamento no empreendedorismo? O planejamento nada mais é que a preparação para a realização de algo, para o alcance de determinado objetivo, como no caso de uma empresa. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 28 Com o planejamento, muitas vezes conseguimos antecipar a maioria dos problemas e entraves, diminuindo, assim, os riscos. Além disso, é possível ainda prever os custos e o tempo necessários para a abertura de uma empresa e o momento em que ela começa a dar lucros. Em todas as etapas de uma empresa, o planejamento é primordial; no entanto, no início,ele é ainda mais crítico. Isso porque evita o desperdício de tempo, dinheiro e energia, concentrando esforços no que realmente importa. E para organizar melhor todas as informações, usamos uma ferramenta chamada plano de negócio. Mas será que o plano de negócio é eficaz para minha empresa? Para o Sebrae, o plano de negócio é um documento, que pode parecer burocrático ou uma ferramenta para empreendedores inseguros, mas esse entendimento é equivocado. Listamos os principais benefícios de realizar um plano para demonstrar a sua importância. Conheça cada um deles a seguir: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 29 Organizar as ideias Antes de efetivamente abrir um negócio, precisamos organizar as ideias. Há muitas possibilidades de organização para cada área que compõe uma empresa. É preciso avaliar o que será viável e possível de operacionalizar. Orientar a expansão/mudança Quando a empresa já existe e pretende lançar algo novo ou mudar o seu rumo, o plano de negócio auxilia a entender e definir o caminho a ser seguido, as ações a serem tomadas e o que deve ser priorizado. Apoiar a gestão do negócio O plano de negócio abarca uma série de projeções, estimativas e estudos que auxiliam na gestão do negócio, especialmente nos primeiros meses. A análise de cenários é muito importante para a tomada de decisão. Facilitar a comunicação Ter um documento sistematizado entre os stakeholders do negócio auxilia todos a estarem na mesma página, sejam eles futuros parceiros, sócios, investidores, acionistas, entre outros. Captar recursos Muitos bancos, agências de fomento e investidores autônomos pedem o plano de negócio para avaliar a viabilidade e a aderência do negócio. Por isso, há uma sessão com as projeções financeiras que contemplam a quantidade de capital necessário, o prazo de retorno do investimento no negócio. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 30 Plano de negócio É importante ressaltar que o plano de negócio é um documento vivo e deve ser constantemente revisitado, seja para proceder com atualizações, complementações ou mudanças. Enquanto ferramenta, ela tem uma série de blocos organizados de forma sequencial, normalmente em um documento Word ou em formato PDF. 1 3 2 5 4 7 6 9 8 Capa Sumário Executivo Sumário Análise estratégica A empresa Análise de mercado Plano operacional Plano financeiro Plano de marketing A seguir, saiba mais sobre cada uma dessas etapas (CHIAVENATO, 2012; DORNELAS, 2018; SEBRAE, 2013): Capa Apresenta, de forma objetiva e relevante, informações básicas sobre o projeto. Esse é o primeiro contato do leitor com o plano de negócio. Veja as etapas do plano de negócio: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 31 Sumário Relaciona os itens que serão abordados no documento com as respectivas páginas, de modo a auxiliar o leitor a se guiar pelo documento. Sumário Executivo Resume o plano, apresentando os destaques de cada seção. No momento da elaboração, embora ele apareça no início, deve ser a última etapa a ser escrita. A empresa Descreve a empresa no que se refere a porte, produtos/serviços, localização, estrutura organizacional, sócios, parceiros etc. Produtos e serviços podem ser tratados numa seção própria, em função da quantidade de informações e detalhamento que precisam. Nos casos em que a empresa já existe e o plano é para um novo produto ou serviço, é importante trazer um breve histórico dos seus resultados. Análise estratégica Contempla os grandes direcionadores do negócio, como a missão, visão, pontes fortes, fracos, ameaças e oportunidades. Essa análise é resultado da observação do mercado e da própria empresa. Plano operacional Apresenta como a empresa funcionará efetivamente, ou seja, como será o processo produtivo, estrutural, logístico, atividades, atendimento etc. Além disso, deve apresentar o plano de gestão de pessoas, detalhando os indivíduos e as funções para operar a empresa (competências, formação, atribuições e experiência necessárias), além das necessidades de treinamento e de capacitação. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 32 Análise de mercado Representa um aprofundamento da análise estratégica, trazendo um estudo do mercado, com foco em mercado consumidor, oportunidades, gaps, concorrência e potencial competitivo. Plano de marketing Apresenta como a pessoa pretende vender, conquistar e manter clientes, bem como aumentar a demanda. É indispensável que essa seção apresente os 4 Ps de marketing (produto, preço, praça e promoção - que vamos conhecer na sequência dos estudos), trazendo métodos de comercialização, política de preços, promoções, estratégia de posicionamento e diferenciação, além dos canais de distribuição e projeções de vendas. Plano financeiro Demonstra se o negócio é viável financeiramente e tem potencial de lucro. Além disso, deve informar qual a necessidade de investimento e o prazo de retorno dele. Idealmente, essa seção deve apresentar fluxo de caixa futuro, análise do ponto de equilíbrio (cálculo de quanto precisa vender para cobrir os gastos) e indicadores financeiros do negócio, como faturamento previsto e taxa interna de retorno (TIR). O plano de negócio reúne, em um único documento, uma análise prévia de toda a empresa. O papel do empreendedor na construção do plano é fundamental, uma vez que ele domina todas as intenções sobre o negócio. Além disso, muitas vezes, o plano é um meio de o empreendedor tirar as ideias da sua mente e organizá-las. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 33 Saiba mais O Sebrae/SC tem uma ótima ferramenta online e gratuita para a construção do plano de negócio. Acesse e confira em: https://atendimento.sebrae-sc.com.br/ cursos/plano-de-negocio/. É importante ressaltar que seus alunos, ao começarem a empreender, não precisam ficar em dúvida se constroem um Canvas ou um plano de negócio, afinal, essas são ferramentas complementares. Uma traz o panorama mais global, enquanto a outra traz um detalhamento maior de cada área. Como você viu, o plano de negócio contempla a análise de mercado. A seguir, vamos explorar um pouco melhor como realizar isso. https://atendimento.sebrae-sc.com.br/cursos/plano-de-negocio/ https://atendimento.sebrae-sc.com.br/cursos/plano-de-negocio/ O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 34 Análise do ambiente e pesquisa de mercado Existem diversos fatores no mercado que impactam o seu negócio, os quais simplesmente não podemos controlar. Mas, ao conhecer alguns deles, conseguimos preparar nossa a empresa para aproveitar as oportunidades do mercado e nos proteger antecipadamente das ameaças. Ao fazer esse mapeamento, estamos fazendo uma análise do ambiente. Existem ainda fatores internos que impactam na empresa. Podemos chamá- los de pontos fortes e fracos ou fortalezas e fraquezas. Por serem aspectos internos, são passíveis de controle, mas, para isso, é necessário conhecê-los. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 35 E para fazer a análise dos ambientes interno e externo, utilizamos a Matriz SWOT. Ela é uma das ferramentas mais populares e simples para realizar essa análise e, no Brasil, essa ferramenta também é conhecida como FOFA. A análise deve ser realizada a partir da construção de uma matriz com quatro quadrantes, sendo dois deles dedicados a analisar o ambiente interno da sua empresa (forças e fraquezas) e dois para o ambiente externo, ou seja, o mercado (oportunidades e ameaças). O nome resume cada um dos fatores que são analisados. Veja o significado na imagem abaixo: OS W TOPPORTUNITIES(oportunidades)STRENGTHS(forças) THREATS (ameaças)(fraquezas) WEAKNESSES O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 36 Veja a seguir um infográfico sobre a Matriz SWOT. Nele, você poderá ver também essa matriz aplicada ao casoda Ana, a nossa empreendedora que está criando sua empresa com assinatura de brinquedos de madeira. Vamos lá? WS O Fatores positivos Fa to re s in te rn os Fatores negativos Fa to re s ex te rn os TOpportunities(oportunidades) Strengths (forças) Threats (ameaças) (fraquezas) Weaknesses Strengths (força) A ideia é inovadora e a estrutura da empresa é enxuta, demanda pouco investimento inicial e pode ter uma margem de lucro alta. Weaknesses (fraquezas) Ana tem pouco tempo para se dedicar ao negócio diante de suas outras obrigações (trabalho, faculdade etc.). O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 37 Os dois primeiros pontos são sobre a situação do mercado no qual a empresa irá atuar, envolvem aspectos econômicos, legais e comportamentais (do público consumidor), enquanto os últimos dois pontos são sobre a empresa em si, são fatores que podem ser controlados pela empreendedora. Opportunities (oportunidades) É crescente o número de pais preocupados com a saúde mental e o desenvolvimento dos filhos de forma mais natural, com menos tecnologia. E como ainda há pouca concorrência, existe bastante espaço para crescer. Threats (ameaças) Nem sempre os pais preocupados são aqueles com poder aquisitivo para utilizar o serviço prestado pela empresa da Ana. Num primeiro momento, a Matriz SWOT era utilizada no planejamento estratégico das empresas. No entanto, sua aplicabilidade se estende para outros momentos da empresa, como o seu nascimento, mas não se restringe a isso. Ela pode ser aplicada sempre que houver a necessidade de planejar algo novo ou atualizar os rumos da empresa. Conheça mais a Matriz SWOT: O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 38 Mudanças É importante pontuar que vivemos em um momento com muitas mudanças e em alta velocidade; por isso, é essencial que o empreendedor esteja sempre observando o que acontece no seu entorno e na sua empresa. Diagnóstico O diagnóstico dado pela matriz SWOT permite que a empresa compreenda se o mercado no qual ela atua tem espaço para o que ela vende, como os consumidores estão reagindo, quais os produtos concorrentes e o que pode ameaçar a sua existência, além de visualizar oportunidades para novos ganhos ou mesmo para o lançamento de novos produtos. Análise A análise das fortalezas e fraquezas propicia ao empreendedor um olhar para dentro, para o que precisa ser melhorado e ajustado. A análise de mercado é fundamental para o êxito de qualquer negócio, pois é onde ele está inserido. Não há negócio isolado que possa sobreviver sem um mercado. A compreensão do mercado contribui para que o empreendedor também possa olhar para o seu negócio e definir sua proposta de valor, mas qual é a importância disso? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 39 Proposta de valor Você já ouviu falar sobre proposta de valor? A proposta de valor representa o que a empresa vai entregar para seus clientes, qual será o seu diferencial competitivo frente à concorrência. Importante ter em mente que a definição dessa proposta é fundamental para dar direcionamento à empresa. Mas não se preocupe, existe uma ferramenta que pode ajudar nessa definição: o Canvas da Proposta de Valor. Esse modelo, desenvolvido com base no Business Model Canvas, tem como objetivo aprofundar o entendimento sobre os clientes e sobre o que eles apreciam, buscam e valorizam. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 40 Ao utilizar a proposta de valor, é possível posicionar sua empresa de forma a se destacar para um determinado nicho do público, entregando realmente o que os clientes esperam. A seguir, veja um infográfico com a proposta de valor e com o perfil do cliente. Perfil do clienteProposta de valor Ganhos Dores Tarefas do cliente Criadores de ganhos Aliviam as dores Produtos e serviços Adaptado de: ROCK CONTENT. Proposta de valor: o que é e como criar a proposta perfeita para o seu cliente. 2019. Disponível em: <https://rockcontent.com/br/blog/proposta-de-valor/>. Acesso: 8 jul. 2021. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 41 Podemos entender a proposta de valor como uma noção clara e delimitada sobre de que forma o negócio é relevante para o cliente. Isso pode parecer um pouco abstrato, mas, a partir do momento em que se conhece qual é a “dor” que um produto/serviço irá sanar para o cliente, fica mais claro. Mas o que seria essa “dor” do cliente? Quando falamos de “dor do cliente”, nos referimos a um problema, uma necessidade ou uma preocupação na vida dele. Ela pode ser algo real, que existe na prática e está latente ou pode ser apenas uma percepção de algo que possa vir a ser um problema. Veja um exemplo a seguir. O “Sem Parar” é um aplicativo para pagamento automático em pedágios. Seus usuários, geralmente, são pessoas que viajam muito, e a parada nos pedágios é um problema, afinal, nem sempre têm dinheiro em espécie e os pedágios não aceitam pagamento com cartão. Além disso, normalmente há fila nas cabines e isso impacta no tempo de viagem. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 42 Já para pessoas que viajam pouco, passar por um pedágio é uma situação desconfortável, mas não é um problema latente e diário. Por isso, entender a situação desses dois públicos é fundamental para definir como oferecer e comunicar o serviço da empresa, seus benefícios e vantagens. Então, oriente seus alunos a elaborarem uma proposta de valor clara, transparente e honesta. A empresa tem que, efetivamente, entregar o que está se propondo a fazer. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 43 Lembrando que a proposta deve ser incorporada por toda a empresa, e todos os colaboradores precisam estar focados na entrega desse valor. Você pode colocá-la ainda em sites e redes sociais da empresa. Mas como construir a proposta de valor? Segundo a empresa ROCK CONTENT, especialista em marketing digital, a proposta de valor deve ser redigida e estruturada, além de conter os itens a seguir. Título Deve dizer o que a sua empresa faz, de forma breve, em no máximo duas frases. Subtítulo É uma explicação um pouco mais detalhada que explora mais o que a empresa faz e quais são as suas entregas. Bullet Points São dois ou três tópicos nos quais a empresa apresenta as principais vantagens dos seus produtos. Vamos ver outro exemplo trazido pela Rock Content (2019)? Dessa vez, suponha uma empresa que comercialize tênis de corrida. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 44 Título Os melhores tênis de corrida de rua para que seu desempenho não tenha barreiras. Bullet points ∙ Tênis de alta qualidade, com o melhor custo-benefício do mercado; ∙ Conforto sem igual, por conta da tecnologia de absorção de impacto; ∙ Todos os tênis têm garantia de 5 anos contra defeitos de fabricação. Subtítulo Uma boa performance nas corridas de rua depende diretamente de um calçado que seja capaz de transformar impacto em energia de impulsão. Nossos tênis são capazes de aumentar a sua capacidade e resistência durante a prática, ajudando você a superar seus próprios limites. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 45 Como obter recursos para o negócio? Um dos obstáculos mais comuns para quem quer empreender é o fator financeiro. Muitos empreendedores têm ideias realmente boas, com alto potencial de lucratividade e geração de emprego. Mas, na grande parte das vezes, eles não têm os recursos financeiros necessários para começar o negócio. Não deixe que esse fator seja um impedimento para seus alunos nem para você, caso queira empreender. Sempre tenha em mente que a proposta de valor deve ser construída para expressar a missão, no mundo, de uma empresa, com base nas necessidades do seu público-alvo. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 46 A seguir,conheça algumas alternativas para obtenção de recursos para um negócio. Crédito em instituições financeiras tradicionais Uma das formas mais comuns de captação de recursos para iniciar negócios é por meio dos empréstimos (dinheiro) ou financiamentos (aquisição de ativos) em bancos, cooperativas de crédito etc. Entretanto, para acesso ao crédito, a empresa passa por uma análise financeira por parte do banco, que avaliará a capacidade de pagamento, a viabilidade do negócio e o histórico dos envolvidos. Neste momento, ter um plano de negócio bem alinhado e com projeções e indicadores positivos é essencial. Via de regra, os bancos têm linhas específicas para a abertura de novas empresas e para pequenas empresas, com condições e prazos acessíveis e condizentes com um negócio que está começando. É importante destacar que a decisão por captação de crédito em instituições financeiras deve ser tomada de maneira estratégica, analisando as condições, os juros e o grau de endividamento do seu negócio. Sócios Investir em um negócio, em sociedade, é uma boa maneira de dividir os gastos e os riscos daquele empreendimento. Por meio de um contrato social, formaliza-se o valor do capital a ser investido por cada sócio e o percentual de responsabilidade de cada um na empresa. Alguns sócios apenas desejam investir o capital e colher os resultados, frente ao seu investimento; outros administram ou atuam em setores específicos do negócio. Também se pode definir o grau de autonomia e poder de decisão de cada sócio na organização. Todas essas configurações são acordadas entre os próprios sócios, conforme seus interesses e objetivos. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 47 Investidores anjos Outra opção para captação de recursos, extremamente válida e em alta, é por meio do “investimento anjo”. Os investidores anjos são pessoas físicas, geralmente profissionais empreendedores, que investem seu próprio capital em empresas que se encontram em estágio inicial (conhecido como estágio de capital empreendedor pré-semente). Esses investidores buscam injetar recursos em negócios de alto potencial, que tenham perspectiva de retornos financeiros significativos. E, para além do capital, oferecem apoio aos novos empreendedores, compartilhando experiências e redes de contato, daí o termo “anjo”. Essa é uma maneira de o negócio já entrar no mercado com o suporte de um profissional da área, recursos e networking que pode impulsionar o sucesso da empresa, já em seu estágio inicial. Capital semente Assim como o investimento anjo, o capital semente também se destina a empresas que, em estágio inicial de desenvolvimento do seu produto/serviço, precisam de capital para sua inserção no mercado. Porém o investimento de capital semente é realizado por meio de um fundo de investimento, em que um grupo de investidores aportam recursos e demais suportes, em mais de uma empresa. Ou seja, um fundo de investimento mantido por investidores, que ao se organizarem em grupos reduzem o risco individual do investimento e se colocam em contato com um maior número de ideias e negócios. Além disso, no capital semente, as empresas podem conseguir uma quantia mais considerável de recursos e apoio de mais investidores experientes, estando o capital semente um nível acima do investimento anjo. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 48 Caso nenhuma dessas opções seja viável, ainda é possível fazer um crowdfunding, também conhecido no Brasil como financiamento coletivo. Nele, há a arrecadação de dinheiro por meio de um site. Pessoas que se identificam com o objetivo da empresa e desejam colaborar com o projeto podem fazer contribuições livremente pela internet, sem o compromisso de serem recompensadas posteriormente. Além dessas fontes, há a possibilidade de pegar dinheiro emprestado com algum familiar ou amigo. Essa alternativa, normalmente, não incorre juros e taxas, podendo ser mais atrativa, mas precisará da confiança e da credibilidade da rede de contatos. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 49 O capital para iniciar um novo negócio pode ser um desafio para muitos, isso leva grande parte das pessoas a manter suas empresas na informalidade e aguardar os próprios ganhos para se profissionalizar. Tendo um bom planejamento inicial, é possível antecipar quais são os valores necessários e se organizar para iniciar na formalidade e com os recursos financeiros em mãos. Chegamos ao final da segunda unidade sabendo mais sobre planejamento e mercado. Na sequência, vamos conhecer algumas das principais áreas gerenciais e suas atividades. Você verá os aspectos gerenciais que farão com que nossos empreendedores prosperem e atinjam seus objetivos. Vamos lá? Normalmente, esse tipo de financiamento é utilizado para negócios sociais, com forte apelo na comunidade. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 50 Unidade 3: A gestão de um negócio na prática Você viu ao longo da disciplina a importância de ter ideias, validá-las, planejar e ter o apoio de ferramentas que apoiem na estruturação da abertura de um novo negócio. Agora como fazer a operação no dia a dia? O que é indispensável saber para que se tenha êxito na gestão do seu negócio próprio? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 51 Para responder a essas perguntas, vamos abordar, de forma pontual, três grandes áreas gerenciais que são fundamentais para que um negócio funcione: marketing e vendas; gestão de pessoas e finanças. Vamos lá? Marketing e vendas Para falar sobre esse tema fundamental para o empresário, preparamos um podcast. Dê um play para saber mais. #3 - Os 4 Ps. Clique aqui para acessar a transcrição.Podcast Você já viu os fundamentos básicos do marketing. Agora, é preciso entender como organizar e controlar esse processo. Para isso, utilizaremos uma ferramenta chamada funil de vendas. Você já ouviu falar dela? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 52 Topo do funil Fase de descoberta, engloba muitas pessoas, alguns curiosos, é o momento em que a empresa chama atenção para a necessidade ou “dor” que o potencial cliente tem. Meio do funil Nesta etapa, o potencial cliente já passou pelo topo do funil, ele já sabe que tem uma necessidade e tem o desejo de buscar uma solução. O interesse já existe, mas ainda não há preparo para a tomada de decisão. É preciso fornecer subsídios e informações que minimizem as dúvidas. Fundo do funil O interesse já existe, mas agora falta acontecer o match entre o potencial cliente e a empresa. É o momento no qual os esforços são direcionados para concluir a venda. O funil representa cada uma das etapas que o cliente pode percorrer até concretizar uma compra, ou seja, até ocorrer o fechamento de uma venda. Ao compreender todas as etapas que compõem o funil, é possível traçar estratégias para aumentar a conversão e o volume de vendas. Ele é segmentado em três partes principais. Veja cada uma delas na sequência. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 53 É importante que o empreendedor se lembre sempre que seus clientes podem passar por cada uma dessas etapas. Com isso em mente, ele vai determinar estratégias e ações para ter melhores resultados nas vendas. Para conseguir alcançar resultados cada vez melhores em vendas, é muito importante que o eempresário tenha atenção especial ao relacionamento que ele constrói com os clientes. Para isso, há uma área que estuda e explica as formas de gerenciar esse relacionamento e operacionalizar essas ações. Vamos conhecer mais sobre ela a seguir. CRM A sigla CRM significa Customer Relationship Management, que em uma tradução livre pode ser entendido como gestão do relacionamento com o cliente. Interações com clientes A gestão do relacionamento com o cliente (CRM) envolve registrar as interações e ter uma atenção toda especiala cada pessoa, O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 54 Ao longo da disciplina falamos sobre o posicionamento da empresa no mercado e como vender e cultivar um bom relacionamento com os clientes. No entanto, um outro fator é muito importante para o sucesso de uma empresa: a gestão de pessoas, a qual veremos a seguir. considerando as compras, as interações, os atendimentos e muito mais. Em posse desses dados e informações, é possível traçar estratégias e planejar ações que fortaleçam o relacionamento com os clientes e que permitam fidelizá-los. Dados e informações Um grande desafio é conseguir trabalhar com todos os dados e informações que são gerados e armazenados ao longo de todo o processo. Assim, é fundamental contar com planilhas e softwares que ajudem nessa missão e permitam contatar o cliente no momento certo. Gestão de pessoas Uma empresa é composta por pessoas, mesmo que ela tenha apenas um indivíduo, como ocorre no caso dos negócios individuais. Mas é importante ressaltar que, além disso, é possível ter parceiros, fornecedores, investidores e clientes. Ou seja, a atenção às pessoas é parte fundamental para o sucesso de um negócio. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 55 O empresário precisa ter atenção para aprender a gerenciar e liderar essas pessoas de modo que todos caminhem rumo ao sucesso, tanto individual de cada colaborador e do empreendedor, quanto organizacional. Agregar pessoas Envolve recrutar e selecionar pessoas que componham o time. Segundo Chiavenato (2010), existem seis macroprocessos de gestão de pessoas. Vamos conhecer cada um deles na sequência. É relevante dizer que o foco da nossa disciplina será nas pessoas que são contratadas para contribuir com a realização das atividades da empresa, ou seja, os colaboradores. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 56 Vamos ver como esses conceitos se aplicam na prática? #4 - Como será que está a empresa da Ana? Clique aqui para acessar a transcrição.Podcast Aplicar pessoas Envolve o desenho dos cargos que existirão na empresa e a avaliação do desempenho dos colaboradores. Recompensar pessoas Inclui todos os aspectos relacionados à remuneração, recompensas, benefícios etc. Desenvolver pessoas Processos de treinamento e desenvolvimento. Manter pessoas Envolve a qualidade de vida no trabalho e aspectos ligados à higiene e à segurança. Monitorar pessoas Inclui os sistemas de informações gerenciais, bancos de dados que armazenam as informações de todos os colaboradores. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 57 O DISC é uma técnica que envolve a resposta a algumas perguntas, cujo objetivo é identificar a tendência natural de reação e o comportamento de cada pessoa, ou seja, permite identificar o perfil comportamental. O DISC é composto por quatro perfis e vamos conhecer cada um deles. Dominância Foco nos resultados, direto, competitivo, lida bem com pressão, preza pelo sucesso. Influência Comunicativo, persuasivo, entusiasmado, amigável, otimista, preza pelos relacionamentos interpessoais. Estabilidade Sincero, paciente, modesto, não lida bem com mudanças, preza pelo status quo e pela segurança. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 58 E qual destes é o perfil mais adequado? Os perfis são diferentes e complementares, por isso não existe um perfil adequado. Assim, em alguns momentos, será mais indicada uma pessoa influente; em outros, uma pessoa mais estável. Dessa forma, para uma empresa ter sucesso, é preferível que ela tenha pessoas de diferentes perfis, desde que estejam ocupando o cargo certo. Por essa razão, em posse dessas informações, o empresário passa a ser capaz de contratar, entender e gerenciar de forma mais adequada cada pessoa. Por exemplo, a empresa precisa contratar uma pessoa para vendas, alguém com boa comunicação, que se expresse bem e goste de conversar com outras pessoas. O empresário já sabe que é alguém cujo perfil está mais próximo da influência. Conformidade Preciso, cuidadoso, sistemático, disciplinado, contemplativo, preza pela qualidade e pelo rigor dos processos. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 59 Ainda na gestão de pessoas, podemos citar outro aspecto, que é a forma de buscar o desenvolvimento contínuo dos colaboradores, algo que deve ser incentivado e estimulado pelo empresário. Para isso, duas técnicas podem ser interessantes. Vamos conhecer cada uma delas a seguir. Link E qual o seu perfil? Quer descobrir? Faça o teste para conhecer o seu perfil. Acesse: https://www.pactorh. com.br/teste-disc/disc/faca-agora- teste-disc/. https://www.pactorh.com.br/teste-disc/disc/faca-agora-teste-disc/ https://www.pactorh.com.br/teste-disc/disc/faca-agora-teste-disc/ https://www.pactorh.com.br/teste-disc/disc/faca-agora-teste-disc/ O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 60 Feedback Envolve trazer um retorno positivo, corretivo ou construtivo sobre uma situação ou comportamento que já aconteceu, ou seja, um evento do passado. Para que o feedback traga bons resultados, é fundamental que ele seja embasado em evidências concretas, e não em opiniões e achismos. Além disso, é ideal que exista um momento adequado para isso, no qual as partes possam estar confortáveis para realizar uma troca. Tão importante quanto saber dar feedback, é saber recebê-lo, afinal, nem sempre é fácil receber elogios ou críticas. Feedforward Envolve planejar o futuro, ou seja, traçar um plano de ação para que ocorra um desenvolvimento. Por isso, é tão importante a atuação do empreendedor, enquanto gestor, na aplicação do feedforward, porque ele pode ajudar sua equipe a traçar o melhor caminho para o desenvolvimento e a melhoria contínua. São muitos os aspectos que envolvem a gestão de pessoas: processos, liderança, gestão de equipes, comunicação e muito mais, mas, com os pontos apresentados, você já consegue ter uma visão sobre o assunto. Vale a pena incentivar seus alunos a irem além e pesquisarem mais sobre o assunto. Agora, vamos conhecer um setor que representa o ponto fraco de muitas empresas: a área de finanças. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 61 Gestão financeira #5 - Pílulas do conhecimento Clique aqui para acessar a transcrição.Podcast Falamos já sobre como conseguir dinheiro. Agora o grande desafio é cuidar dele. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 62 Receita Bruta (-) Deduções e abatimentos (=) Receita Líquida (-) CMV (Custos de Mercadorias Vendidas) (=) Lucro Bruto (-) Despesas (=) Resultado Antes IRPJ CSLL (impostos que dependem do formato da empresa) (-) Provisões IRPJ E CSLL (=) Resultado Líquido IRPJ: Imposto de Renda de Pessoa Jurídica CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Com a DRE, é possível identificar o resultado líquido, que representa o lucro ou o prejuízo do empreendimento. Como você ouviu no podcast, o fluxo de caixa e a DRE são muito importantes para a gestão financeira. A DRE possui uma estrutura simples de construção e análise. Veja a seguir: Sabemos que nem sempre o controle sobre as finanças é fácil; por isso, para ajudar os futuros empreendedores com esse controle e com a disciplina para registrar as informações, indicamos o uso de planilhas financeiras. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 63 Link Para facilitar, o Sebrae disponibiliza algumas planilhas para que seus alunos iniciem essa organização. Acesse: https://www.sebrae.com.br/ sites/PortalSebrae/sebraeaz/planilhas- que-facilitam-a-gestao-financas. Contudo, é importante saber que esse controle também pode ser realizado com o apoio de softwares específicos, mas cada empresário analisará a necessidade do seu empreendimento. Estamos quase no final da nossa disciplina, mas antes vamos ver como a Ana aplicou os conceitos de Gestão Financeirana sua empresa. Para saber mais você poderá ouvir o podcast sobre este assunto. #6 - Como será que está indo o controle financeiro da Ana? Clique aqui para acessar a transcrição. Podcast https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/planilhas-que-facilitam-a-gestao-financas,b6354e64c093d510VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/planilhas-que-facilitam-a-gestao-financas,b6354e64c093d510VgnVCM1000004c00210aRCRD https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/planilhas-que-facilitam-a-gestao-financas,b6354e64c093d510VgnVCM1000004c00210aRCRD O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 64 Atividade de conclusão Agora que você já finalizou a disciplina, é hora de testar seus conhecimentos. Siga em frente e responda à atividade! Atividade 1 Gerar ideias pode ser um grande desafio, e, para isso, uma estratégia é o brainstorm, que consiste em: a. ter uma ideia e estruturá-la a partir do Business Model Canvas, de modo que seja possível apresentá-la. b. buscar o máximo de isolamento e silêncio para se conectar com os próprios pensamentos. c. só ou em grupo estimular a geração de pensamentos sem filtro e sem crítica, para depois validá-los. Atividade 2 O planejamento é importante para um negócio que está em fase inicial ou já existente. Nesse sentido, sobre o plano de negócio, é correto afirmar que: a. precisa ser elaborado por um consultor gerencial especializado. b. envolve informações operacionais, estratégicas e financeiras. c. evita que as informações da empresa sejam compartilhadas. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 65 Atividade 3 É comum que os empreendedores trabalhem muito e não consigam perceber o lucro. Uma forma de mudar essa realidade é controlando as finanças e apurando o lucro. Para isso, o empreendedor pode fazer uso de: a. Demonstração do Resultado do Exercício. b. Fluxo de Caixa. c. Funil de Vendas. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 66 Gabarito das atividades Confira agora as respostas das atividades desta jornada. Atividade 1 Resposta: letra C. Feedback: O brainstorm é uma técnica que ajuda na geração de ideias, esteja a pessoa sozinha ou em grupo. O objetivo é estimular, em um primeiro momento, o máximo de pensamentos e ideias, sem filtrar e sem julgar. Não há necessidade de silêncio e isolamento, nem da construção de um Business Model Canvas, ainda que seja possível incorporar tais práticas. Atividade 2 Resposta: letra B. Feedback: O plano de negócio, que inclui diversas seções que abarcam aspectos operacionais, estratégicos e financeiros, pode e deve ser desenvolvido pelo próprio empreendedor, afinal, ele conhece as intenções para o negócio. Ele pode contar com o apoio de um consultor, mas não precisa. Além disso, quando o empreendedor estrutura o plano, fica muito fácil compartilhar tais informações com terceiros, como os stakeholders. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 67 Atividade 3 Resposta: letra A. Feedback: A Demonstração do Resultado do Exercício ou DRE permite identificar o lucro do negócio, ao passo que o fluxo de caixa permite acompanhar entradas e saídas. Já o funil de vendas é responsável pelo acompanhamento das etapas que o potencial cliente pode percorrer até concretizar a compra. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 68 Encerramento Chegamos ao final da disciplina O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples. Você viu os principais pontos que fazem parte do universo dos negócios e que são indispensáveis para futuros empresários, bem como também conheceu técnicas e ferramentas para auxiliar seus alunos a gerarem ideias, planejarem, conhecerem o mercado e viu as principais áreas da gestão de uma empresa. Desejamos a você um ótimo trabalho! Até a próxima! O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 69 Referências bibliográficas CASAROTTO, C. Aprenda o que é análise SWOT, ou análise FOFA, e saiba como fazer uma análise estratégica do seu negócio. Rock Content, [S.l.], 20 dez. 2019. Disponível em: https://rockcontent. com/br/blog/como-fazer-uma-analise-swot/. Acesso em: 16 jan. 2021. CHIAVENATO, I. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Barueri: Manole, 2010. CHIAVENATO, I. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empreendedor. 4. ed. Barueri: Manole, 2020. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo, transformando ideias em negócios. 7. ed. São Paulo: Empreende, 2018. GAUSS Consulting Group. Modelo Canvas. 2016. Disponível em: https://gaussconsulting.com.br/geracao-de-modelo-de-negocios- bmg-canvas/modelo-canvas-sforweb-min/. Acesso em: 19 nov. 2020. KOTLER, P. Administração de marketing: a edição do novo milênio. 10. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2000. NAKAGAWA, M. Ferramenta: Funil de ideias para um novo negócio. Movimento Empreenda, [S.l.], 20-- . Disponível em: https://rdstation-static.s3.amazonaws.com/ cms%2Ffiles%2F6588%2F1448469755ME_Layout_das_ Ferramentas_funildeIDEIAS.pdf. Acesso em: 18 nov. 2020. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 70 OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business model generation: inovação em modelos de negócios. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. ROCK CONTENT. Proposta de Valor: o que é e como criar a proposta perfeita para o seu cliente. [S.l.], 24 nov. 2020. Disponível em: https://rockcontent.com/br/blog/proposta-de-valor/. Acesso em: 18 jan. 2021. SEBRAE. Sebrae Canvas. Disponível em: https://sebraecanvas.com/. Acesso em: 19 nov. 2020. SEBRAE. Tudo o que você precisa saber para criar o seu plano de negócio, [S.l.], 05 dez. 2013. Disponível em: https://www.sebrae. com.br/sites/PortalSebrae/artigos/como-elaborar-um-plano-de-ne gocio,37d2438af1c92410VgnVCM100000b272010aRCRD. Acesso em: 18 jan. 2021. SEBRAE. Conheça as fontes de financiamento e as principais linhas de crédito. Brasília: Sebrae, 2019. Disponível em: <https:// www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/conheca-as-fontes- de-financiamento-e-as-principais-linhas-de-credito,7475a8ce76801 510VgnVCM1000004c00210aRCRD>. Acesso em: 21 jan. 2021. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 71 Transcrições dos Podcasts #1 - O que ensinar? Como fazer na prática e de forma simples Técnica para geração de ideias: brainstorm. Neste podcast, vamos conferir uma dica sobre como exercitar esta técnica com os alunos! Brainstorm é uma técnica muito conhecida! Mas não se engane, pois não é qualquer reunião de pessoas “jogan- do” ideias para o ar que podemos chamar de brainstorm. Para compreender bem esta técnica é importante praticá-la. Apresente aos alunos um problema do dia a dia, como, por exemplo: fila longa na lanchonete durante o intervalo. Como resolver? Vamos ter ideias sobre isso? Todos devem falar mesmo se achar a ideia absurda. Enquanto as ideias surgem, é importante adiar o julgamento, ou seja, não rejeitar nenhuma ideia ou posicionar-se a favor de uma delas. Depois que todos apresentaram as soluções, aí, sim, avalia-se cada uma. Os alunos tendem a se engajar e aprendem melhor praticando! E aí? Qual problema você pode apresentar aos seus alunos para exercitar a técnica brainstorm? Clique aqui para voltar ao conteúdo. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 72 #2 - Produto Mínimo Viável ou MVP Neste podcast, vou contar para você como eu usei uma MVP para tomar decisões importantes! Bom, deixa eu me apresentar! Meu nome é Ana e, quando estava no 3º ano da faculdade, trabalhava em uma empresa em um ramo diferente do que estava estudando. Pensando no futuro, tinha vontade de ter minha própria empresa para ter autonomia, tomar decisões e definir como as coisas devem acontecer. Por isso, sempre observei as pessoas e, em conversas com os amigos, e até desconhecidos, eu costumava ter muitas ideias de negócio. Se alguém demonstrava uma necessidade, mesmo que fosse bem simples, eu já queriaimaginar que tipo de negócio solucionaria esse problema. Com o tempo, fui anotando essas ideias e avaliando minhas habili- dades e o próprio mercado. Foi então que eu amadureci a seguinte ideia: Criar um clube de assinaturas de brinquedos de madeira para crianças! Comprei alguns brinquedos, montei um kit e ofereci a alguns pais de crianças. Afinal de contas, eu precisava testar! Será que os pais considerariam interessante minha ideia? Gostaria de ver a reação deles! Conversando com os pais, pude perceber algumas reações e apri- morar diversos aspectos da minha ideia de negócio. Por exemplo: percebi que a maioria tinha uma preocupação em re- lação ao tempo que os filhos passam em frente às telas de televiso- res, tablets e smartphones, mesmo antes de serem alfabetizados. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 73 Depois disso, fui amadurecendo e direcionando um pouco a proposta. E com a certeza de que, a partir desse teste, estava cada vez mais no caminho certo! Clique aqui para voltar ao conteúdo. #3 - Os 4 Ps A sua empresa precisa de vendas para sobreviver? Parece uma pergunta boba, mas você já parou para pensar que difi- cilmente uma empresa sobrevive sem vender? E, se você tem algo para vender, então você precisa do apoio do Marketing. Pode ser um produto, serviço ou até sua imagem como no caso de influencers. Isso porque, segundo KOTLER, o marketing pode ser entendido como um processo “por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo de que necessitam e que desejam com a criação, ofer- ta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. Assim, é possível afirmar que o marketing é a área responsável por posicionar a empresa no mercado e comunicar qual é o produto/ serviço que ela oferece, sua proposta de valor e qualquer outra ação que a empresa venha a realizar. Em negócios pequenos ou em fase inicial, a área de marketing pode não ser composta por uma equipe específica e especializada. E não é incomum que o próprio empreendedor conduza as ações e tome as decisões dessa área. Outra opção é contratar uma empresa espe- cializada em marketing e terceirizar essas atividades. Independente da sua escolha, é importante compreender seus fun- damentos básicos. Começando por entender e definir o chamado mix de marketing, também conhecido como os 4 Ps de marketing que são: produto, preço, praça e promoção. A partir do entendimen- O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 74 to de cada um desses elementos, o empreendedor terá mais segu- rança para definir e direcionar as suas ações nessa área. Mas o que significa cada um dos 4 Ps? Começando por Produto, nele você deve colocar todas as caracterís- ticas do seu produto ou serviço, desde o nome, a marca, o design, a embalagem, a qualidade, a garantia entre outros. Já em Preço, é a formação do valor que você venderá o seu produto ou serviço. Lembre-se de que o preço deve cobrir os custos de pro- dução e operação, além de conter a margem de lucro e as condições de pagamento que a empresa irá oferecer como: descontos, parce- lamento, formas de pagamento. Em Praça, é destinado ao local, físico ou virtual, no qual o produto/ serviço será disponibilizado, como, por exemplo: uma loja, um quios- que, um site etc. E, por fim, a Promoção. Essa categoria abarca aspectos sobre a co- municação do produto/serviço para o mercado, incluindo a publici- dade e as formas de promover o produto. Para ajudar você a entender melhor esses conceitos, vamos voltar à história da Ana e ver como os 4 Ps foram aplicados no negócio dela. ∙ Em Produto: ela oferece um serviço de assinatura de brinque- dos de madeira que não possui carência nem tempo mínimo. A pessoa pode cancelar a assinatura a qualquer momento. ∙ No preço: ela estabeleceu o valor da assinatura, que dá direito a um kit mensal, é de R$ 59,90. O pagamento é mensal via cartão de crédito, débito, boleto ou pix. O frete para outras cidades não está incluído no valor. ∙ Na Praça: a empresa de Ana não possui uma loja física, há um site no qual o consumidor pode conhecer a empresa, sua pro- posta, serviços e valores. Além disso, a empresa mantém ativo um perfil nas redes sociais. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 75 ∙ Em Promoção: para promover a empresa e torná-la conhecida, Ana participa de lives com educadores que estão alinhados aos valores da empresa. Além disso, ela também impulsiona algu- mas postagens nas redes sociais. Ana conseguiu distribuir o seu negócio dentro dos 4 Ps estruturan- do assim o seu foco de venda. O Marketing acompanha as mudan- ças no mundo e está em constante mudança; por isso, não tenha medo de ajustar o seu negócio dentro dos 4 Ps se necessário. A seguir veja o que é funil de vendas. Até a próxima. Clique aqui para voltar ao conteúdo. #4 - Como será que está a empresa da Ana? Como será que está a empresa da Ana? Ana está prosperando e, consequentemente, a quantidade de tra- balho está aumentando. Por essa razão, ela está pensando em con- tratar uma pessoa para trabalhar com ela na empresa. Esse é o momento no qual ela vai aplicar o primeiro processo de gestão de pessoas: agregar pessoas. Mas antes de sair divulgando isso ou procurando uma pessoa, ela pre- cisa definir quais características e o perfil desejado para essa pessoa. Além disso, é importante definir quais atividades esse profissional irá fazer e se é necessário que ele tenha alguma formação ou expe- riência específica. Uma vez com essas definições prontas, é hora de Ana divulgar a vaga (pode ser no próprio site, nas redes sociais ou em portais especializa- dos em recrutamento) e iniciar o processo de seleção do profissional com base nos critérios definidos previamente. O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 76 E uma vez escolhido esse profissional, ela deve buscar capacitar essa pessoa para que possa então começar a trabalhar. Além disso, terá que dedicar atenção ao acompanhamento das atividades do novo colaborador, avaliando, motivando, remunerando adequadamente e oferecendo boas condições de trabalho, as quais propiciem uma boa qualidade de vida para este funcionário. Humm, parece que Ana está se saindo bem, não? Ana está rumo ao sucesso e no caminho certo. Mas apenas focar nos processos não é o suficiente, é preciso que a gestão de pessoas seja estratégica e vise ao desenvolvimento a longo prazo das pessoas e da empresa também. Por isso, é preciso conhecer as pessoas que compõem ou vão compor o time e uma das ferramentas que po- dem contribuir para isso é o DISC. Essa é uma ferramenta de auto- conhecimento, que ajuda o empreendedor a se conhecer, mas tam- bém contribui para que ele conheça as pessoas que pertencem ou pertencerão à empresa. A seguir, veremos mais sobre essa ferramenta. Até a próxima. Clique aqui para voltar ao conteúdo. #5 - Pílulas do conhecimento Leonardo: Olá, sejam bem-vindos ao nosso podcast “Pílulas do Co- nhecimento” mais uma vez. Meu nome é Leonardo, e vamos a mais uma conversa com a especialista, empreendedora, professora de em- preendedorismo e CEO da Empresa Flauta Mágica, Tereza Martins. Leonardo: Fizemos uma pesquisa com nossos ouvintes, sobre qual o próximo assunto que gostariam que eu te perguntasse, e 85% de- les votaram por Gestão Financeira. Você pode falar um pouco sobre assunto com a gente? O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 77 Tereza: Claro, quem nunca pensou “Onde vai parar o meu dinhei- ro?!” A empresa vende, o dinheiro entra, mas você não consegue or- ganizá-lo a ponto de a empresa ser lucrativa. O básico que muitos esquecem é de separar o dinheiro pessoal do dinheiro do negócio. Leonardo: Muito comum mesmo! Mas você tem alguma dica para fazer essa organização? Tereza: Sim, o ideal é ter um fluxo de caixa. Que nada mais é do que um instrumento de planejamento e controle financeiro. E pode ser feito de forma analógica, ou seja, em um caderno (algunssão ven- didos especificamente para esse propósito em papelarias), ou então de forma digital, em planilhas, ou mesmo em um software geren- cial/contábil. Não importa a forma, mas sim o conteúdo e o controle! Leonardo: E como ele funciona? Muito dos nossos ouvintes estão iniciando no mundo do empreendedorismo ... Tereza: É bem simples. No fluxo de caixa, você deve contabilizar to- das as entradas e saídas de recursos financeiros do caixa da empre- sa. As entradas são os recebimentos decorrentes das vendas realiza- das, já as saídas são os pagamentos que a empresa precisa realizar. Ao acompanhar as entradas e saídas, é possível identificar se existe saldo positivo ou negativo no caixa. Leonardo: Então ele serve para controlar nosso dinheiro, contadi- nho ali na ponta do lápis? Tereza: Isso mesmo. Além disso, esse controle pode ser realizado para análise da realidade, o que acontece com a empresa de ver- dade, ou como ferramenta de projeção, para simular o futuro e ter subsídios para a tomada de decisão. Leonardo: Você pode nos dar um exemplo? Tereza: Claro, por exemplo, uma empresa quer oferecer novas con- O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 78 dições de parcelamento. Ela pode construir um fluxo de caixa proje- tado para simular o impacto disso no caixa da empresa. A utilização do fluxo de caixa permite ao empreendedor tomar deci- sões que podem potencializar o seu lucro. Se ele sabe como estará o caixa daqui a dois meses, ele consegue antecipar pagamentos, ob- tém melhores condições com fornecedores e oferece melhores con- dições para os seus clientes também. E se os números estão mos- trando que há mais despesas que entradas, é necessário reajustar a estratégia da empresa e entender como resolver a situação. Leonardo: Uma ferramenta supersimples, mas que faz toda a dife- rença. Tereza: Sim, e o principal benefício de utilizar o fluxo de caixa é que o empreendedor tem plena consciência de como estão as finanças da sua empresa e a previsão para os próximos meses. Leonardo: Mas é preciso ter disciplina, não? Imagina registrar tudo, ainda mais quando se está começando um negócio. Tereza: Realmente é trabalhoso, rotineiro e dependendo até cansa- tivo, mas essa ferramenta não pode ser negligenciada. Além disso, o efeito de anotar todas as saídas é muito positivo, pois o empreende- dor sabe para onde o dinheiro está indo. Leonardo: Além do registro do fluxo do caixa, você tem alguma ou- tra dica para nossos ouvintes? Tereza: Sim, outra ferramenta importante é a Demonstração de Resultado do Exercício ou DRE. Esse é um demonstrativo contábil que possui grande valor para a gestão de uma empresa. A partir da construção da DRE, é possível conferir a lucratividade de uma em- presa a partir dos resultados operacionais. É um pouco mais traba- lhosa, mas eficaz! O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 79 Leonardo: Ficam aí, então, duas superdicas importantíssimas para a gestão financeira da sua empresa. E esse é o tempo que temos por hoje, pessoal. Obrigado Tereza e a você, ouvinte, até a próxima! Clique aqui para voltar ao conteúdo. #6 - Como será que está indo o controle financeiro da Ana? Como será que está indo o controle financeiro da Ana? Ana quer ter controle financeiro de sua empresa e assim conseguir fazer a prestação de contas para o fisco de forma tranquila e sem complicações. Ela conversou com o contador e optou por começar a usar o Fluxo de Caixa e a DRE. Para o fluxo de caixa, ela fez o download de uma planilha no site do SEBRAE, salvou em seu computador e a alimenta diariamente com todos os pagamentos que faz (que são as saídas) e todas as ven- das (que são as entradas) que a empresa recebe. Além disso, todas as despesas que são fixas ela já preenche antecipadamente para os meses seguintes, assim consegue se programar com os desembol- sos que terá nos próximos meses. Embora seja uma tarefa tediosa, Ana é disciplinada e não deixa de anotar uma informação sequer. Já para a elaboração da DRE, ela conta com os serviços do seu con- tador, que, em posse das informações da empresa, é o responsável por elaborar esse demonstrativo para Ana. Além disso, ele também fica responsável por fazer todas as prestações de conta necessárias para o fisco. Além desses controles fixos, Ana também utilizou uma planilha para fazer a precificação do seu serviço. Veja que para or- ganizar a gestão financeira da empresa não é necessário ter uma infinidade de planilhas, o importante é usar de forma correta e cons- tante aquelas que fazem mais sentido para o seu trabalho. Ter o controle financeiro permitirá a ela assumir o controle do ne- O que ensinar? Como fazer na prática, de forma simples 80 gócio, além de poder servir de subsídio para a tomada de decisão em possíveis outras áreas do negócio, como a linha de bonecas e animais de brinquedo feitos de pano artesanalmente que ela estava pensando em abrir. Ana está aprendendo e progredindo a cada dia. Apesar dos desafios, ela diz que não troca sua empresa por nada. Ela ainda vai enfrentar muitas adversidades no seu caminho como empreendedora, mas desde que ela continue se dedicando e aprendendo, sabemos que a empresa dela se tornará um sucesso um dia! E você gostou da trajetória da Ana? Até a próxima! Clique aqui para voltar ao conteúdo. Concepção e Desenvolvimento: Sebrae/RJ Campo de texto 5: Campo de texto 7: Campo de texto 1: Campo de texto 8: Campo de texto 3: Campo de texto 9:
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