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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/364489060
Fisioterapia respiratória: história e evidências das intervenções
Chapter · January 2021
DOI: 10.5935/978-65-5848-388-5.C0002
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0
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924
2 authors:
Camila Isabel Santos Schivinski
Universidade do Estado de Santa Catarina-Brazil
170 PUBLICATIONS   950 CITATIONS   
SEE PROFILE
Paloma Lopes Francisco Parazzi
University of Campinas
22 PUBLICATIONS   88 CITATIONS   
SEE PROFILE
All content following this page was uploaded by Camila Isabel Santos Schivinski on 02 March 2023.
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https://www.researchgate.net/publication/364489060_Fisioterapia_respiratoria_historia_e_evidencias_das_intervencoes?enrichId=rgreq-dd5f163b1e3a11d09a17abe8bff8c52a-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM2NDQ4OTA2MDtBUzoxMTQzMTI4MTEyMzc3NTU0N0AxNjc3Nzk1NjI5ODc3&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/profile/Paloma-Parazzi?enrichId=rgreq-dd5f163b1e3a11d09a17abe8bff8c52a-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM2NDQ4OTA2MDtBUzoxMTQzMTI4MTEyMzc3NTU0N0AxNjc3Nzk1NjI5ODc3&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf
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https://www.researchgate.net/institution/University_of_Campinas?enrichId=rgreq-dd5f163b1e3a11d09a17abe8bff8c52a-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM2NDQ4OTA2MDtBUzoxMTQzMTI4MTEyMzc3NTU0N0AxNjc3Nzk1NjI5ODc3&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Paloma-Parazzi?enrichId=rgreq-dd5f163b1e3a11d09a17abe8bff8c52a-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM2NDQ4OTA2MDtBUzoxMTQzMTI4MTEyMzc3NTU0N0AxNjc3Nzk1NjI5ODc3&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Camila-Schivinski?enrichId=rgreq-dd5f163b1e3a11d09a17abe8bff8c52a-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzM2NDQ4OTA2MDtBUzoxMTQzMTI4MTEyMzc3NTU0N0AxNjc3Nzk1NjI5ODc3&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf
 
Fisioterapia respiratória: discutindo um pouco de história e evidências das 
intervenções 
 
 
Camila I S Schivinski 
Professora dos Cursos de Graduação Pós-graduação em Fisioterapia, Universidade do 
Estado de Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina, Brasil. 
 
 
Paloma L F Parazzi 
Doutora em Ciências pelo Programa de Saúde da Criança e do Adolescente da FCM-
Unicamp. Especialista em Fisioterapia Pediátrica pelo Departamento de Pediatria da 
FCM-Unicamp e do Hospital de Clínicas-Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resumo 
A história da fisioterapia respiratória está relacionada ao controle e manejo de doenças 
como fibrose cística, asma e pneumonias, bem como em cuidados associados aos 
procedimentos cirúrgicos. O avanço e o embasamento científico dessa especialidade têm 
sido crescentes, uma vez que se trata de uma terapêutica que envolve diferentes recursos 
e técnicas com o objetivo de aumentar a depuração mucociliar, promover a desobstrução 
de vias aéreas, otimizar a ventilação e, consequentemente, recuperar ou manter a 
integridade do sistema respiratório. Nesse sentido, a maioria dos registros e evidências 
científicas relacionados à sua história e aos efeitos terapêuticos de suas diferentes 
intervenções se referem as doenças crônicas (fibrose cística, bronquiectasia e asma) e não 
avaliam, especificamente, o efeito isolado de cada procedimento sobre parâmetros do 
sistema respiratório e outros desfechos, como qualidade de vida e capacidade funcional. 
Em sua maioria, os estudos apresentam resultados de comparações entre terapêuticas, e 
da combinação delas, e a busca por evidências para sustentação destas na prática clínica 
tem sido uma constante na comunidade cientifica. Os trabalhos apresentam metodologias 
limitadas, amostras pequenas, falta de padronização e sistematização dos procedimentos, 
indicadores de efeito subjetivos e questionáveis. Atualmente, identifica-se revisões 
sistemáticas e metanálises, com o intuito de fundamentar a aplicabilidade dessas condutas 
em cada situação específica. São esses documentos que têm norteado os profissionais 
quanto à tomada de decisão clínica e, sendo assim, uma leitura criteriosa e crítica deve 
ser incorporada à prática, conforme será abordado nesse capítulo. Parágrafo extenso 
 
Palavras-chave: história da fisioterapia, técnicas, evidências 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.Introdução 
Fisioterapia respiratória: conceitos e história 
 
A fisioterapia respiratória ou fisioterapia torácica, como foi a princípio conhecida, surgiu 
inicialmente com a função de desobstrução de vias aéreas em pacientes com secreção 
espessa (Figura 1). 
Figura 1: Primeiros registros relacionados aos recursos e técnicas de fisioterapia 
respiratória 
 
 
Legenda: DP: drenagem postural; VNI: ventilação não invasiva; FR: fisioterapia 
respiratória; PEP: pressão positiva expiratória. Fonte: Pryor, 1999 1; Osadnik, McDonald, 
Jones et al., 2012 2. 
Historicamente, a fisioterapia respiratória tem se mostrado eficaz nas enfermidades 
caracterizadas por grande quantidade de secreção, na prevenção de complicações 
respiratórias, melhora da função pulmonar em doenças agudas e crônicas, na diminuição da 
progressão da doença pulmonar crônica e controle de suas exacerbações 2, 3. 
O avanço nas descobertas e no entendimento da fisiopatologia das enfermidades 
respiratórias, principalmente envolvendo alterações do "clearance" mucociliar que resultam 
em processos infecciosos e inflamatórios, guiou o crescente interesse da comunidade 
científica na investigação da composição e regulação do muco, bem como a ação de drogas 
e agentes que pudessem modificar suas propriedades, facilitando sua expectoração 4-9. Sendo 
assim, artigos mais tradicionais apresentam a fisioterapia respiratória como sendo 
reconhecida como importante recurso clínico para melhorar o transporte mucociliar - através 
da modificação da tixotropia do muco e facilitação da expectoração – utilizando-se de seus 
recursos e técnicas 2,3,10. Atualmente a fisioterapia é reconhecida como elemento 
fundamental no manejo terapêutico de doenças respiratórias agudas e crônicas, em adultos 
e crianças, por sua atuação na desobstrução brônquica, otimização da ventilação alveolar, 
por proporcionar aumento da tolerância ao exercício, reduzir o número de internações dos 
pacientes assistidos e, consequentemente, ter impacto importante na melhoria da qualidade 
de vida 11-13. 
Didaticamente, os procedimentos fisioterapêuticos têm sido classificados como passivos, 
ativos e ativo assistidos, ou ainda, convencionais ou tradicionais, e técnicasmodernas ou “à 
fluxo”, e os instrumentais. 
A literatura reconhece e recomenda as técnicas de drenagem postural (DP), vibração e 
percussão torácica (P), como técnicas convencionais ou tradicionais e, técnicas como a 
técnica de expiração forçada (TEF), o ciclo ativo da respiração (CAR), drenagem 
autógena (DA), expiração lenta e prolongada (ELPr), aumento de fluxo expiratório 
(AFE), expiração lenta total com a glote aberta em decúbito infralateral (ELTGol), essas 
chamadas de modernas ou "à fluxo" 11-13. A efetividade clínica de cada uma deve ser 
considerada, respeitando-se sua indicação, contraindicação e a faixa etária do paciente 13. 
Além das intervenções exclusivamente manuais, a fisioterapia respiratória é composta 
também por recursos instrumentais, os quais auxiliam na remoção de secreção e expansão 
pulmonar como: terapia por dispositivos de pressão positiva expiratória (PEP) na via 
aérea, terapia por oscilação oral de alta frequência (OOAF), oscilação de alta frequência 
da parede torácica (HFCWO), ventilação percussiva intrapulmonar (IPV), ventilação não 
invasiva (VNI), dispositivos para treinamento muscular respiratório e os simuladores de 
tosse 11,12,14,15. 
Nesse contexto com ampla possibilidade de recursos e intervenções, existe grande 
preocupação dos pares fisioterapeutas quanto a escassez de evidências científicas 
qualificadas sobre cada intervenção, considerando estudos que sejam randomizados, 
duplo-cegos, multicêntricos e que abranjam diferentes etnias 16-19. Sendo assim, esse 
capítulo irá abordar as diferentes intervenções fisioterapêuticas, pautadas em algumas 
evidências norteadoras de ação na prática clínica, para que o leitor tenha conhecimento 
da história da fisioterapia e de sua evolução. 
 
 
Objetivo: 
Ao final desse capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de: 
 
 conhecer a história e a evolução da fisioterapia respiratória; 
 discernir as diferentes intervenções; 
 identificar as principais barreiras e fatores que influenciam na escolha e execução 
das intervenções; 
 conhecer evidências científicas das diferentes técnicas e recursos? instrumentais 
terapêuticos empregados; 
 desenvolver um senso crítico para quanto às evidências e aplicação dos recursos 
fisioterapêuticos na prática clínica. 
Esquema conceitual 
 
2.Evidências das intervenções no decorrer da história 
Nos últimos 30 anos, as investigações, ensaios clínicos, metanálises e revisões 
sobre fisioterapia respiratória têm sido motivo de pesquisas aplicadas em bases de dados, 
como forma de identificar os efeitos de diferentes condutas, para que haja uma tomada de 
decisão clínica segura e eficiente por parte dos profissionais nos diferentes cenários de 
atuação. Com isso, a transferência de conhecimento e a generalização de alguns 
procedimentos fisioterapêuticos têm acontecido com base no resultado de pesquisas, 
revisões, ensaios clínicos e guidelines. 
Esse capítulo fundamentou-se em artigos relacionados a história da fisioterapia, 
alguns considerados “clássicos” apesar de suas limitações metodológicas, bem como 
estudos que apresentaram evidências de recursos e intervenções fisioterapêuticas em 
diferentes idades e situações clínicas. A maioria dos artigos são relacionados a doenças 
crônicas como fibrose cística, bronquiectasia, asma e outras, e não avaliam 
especificamente o efeito de cada intervenção sobre parâmetros do sistema respiratório, 
mas comparam os efeitos entre as intervenções. 
Nesse contexto, existem artigos históricos, os quais são citados rotineiramente 
quando se trata de intervenções relacionadas à desobstrução brônquica, e estes estão 
apontados nos quadros 1 e 2. O profissional ou acadêmico de fisioterapia pode acessar 
esses estudos quando necessitar compreender a história da fisioterapia e algumas 
evidências apresentadas, inclusive, em guidelines e revisões. Parágrafo extenso 
 
 
 
 
Quadro 1: Alguns artigos que fundamentam a história da fisioterapia respiratória 
 
Fonte: quadro elaborado pelas autoras 
 
A maioria dos estudos tradicionais realizaram comparações entre as técnicas 
denominadas convencionais, seguindo-se da realização da comparação entre técnicas 
manuais e recursos instrumentais. 
Quadro 2: Estudos sobre algumas das intervenções mais abordadas 
Fonte: quadro elaborado pelas autoras descrever siglas da tabela (RI) 
Referência 
Título do 
artigo? 
Desenho 
de estudo? 
População? 
Está um 
pouco 
confuso 
(rever) 
Fisioterapia nas 
vias aéreas 
somente-
discutindo 
evidências 
Primeiros 
relatos dos 
efeitos da 
fisioterapia 
na via 
aérea 
Revisão Ensaio 
clínico 
Adolescentes Recém-
nascidos, 
crianças e 
adolescentes 
Comparação 
entre 
técnicas 
Referência 4,5,7,8,11,14,20-
24,25-33,55-
58,59,67-
69,83,86,87,94,95 
1,11,28,29, 
55,92,95 
1,4,5,7,8,11, 
21,43,83,94 
3,9,10,23,35, 
79-81,84,85, 
93, 
1,2,13,22, 
17,18,19,22,23, 
51,67,68,82, 
100,101, 
4,24,3253,54, 
55,67-
73,100,101, 
96, 
3,4,51,52, 
100,101, 
 
Referência 
(Rever 
conforme 
anterior) 
 
Técnicas 
manuais 
 
Recursos 
Instrumentais 
 
TM+RI 
Exercício 
 
VPI 
 
VPI x 
TM 
 
VNI 
Referências 3-8,15, 
22,23,26,27, 
50-58,69, 
73,85 
32,79-82,85 1,2,9,20,21, 
24,26,28,35,67,75, 
82, 
101,83,84, 
69,103-
107 
99,86, 
102 
32,100 63 
Legenda: TM: técnicas manuais; RI: recursos instrumentais; VPI: ventilação percussiva 
intrapulmonar, VNI: ventilação não invasiva 
TM: técnicas manuais abordadas nos artigos elencados: percussão, drenagem postural, 
técnica de expiração forçada, drenagem autógena, ciclo ativo da respiração, aumento de 
fluxo expiratório, expiração lenta e prologada; Recursos instrumentais abordados nos 
artigos elencados: terapia por dispositivos pressão positiva expiratória, Flutter, Shaker, 
Acapella, Quake, RC-Cornet, Lung Flute, Vest; VPI: ventilação percussiva 
intrapulmonar; VM: ventilação mecânica; VNI: ventilação não invasiva 
 
3.Intervenções fisioterapêuticas 
Técnicas convencionais 
As técnicas convencionais são largamente utilizadas e difundidas principalmente nos 
países anglo-saxônicos 20, e muitos estudos já foram realizados para comprovação de seus 
efeitos e de suas indicações 12,19-24. Os artigos de revisão reconhecem a lacuna existente 
com relação a evidências de qualidade que comprovem a eficácia dessas, e de várias 
técnicas e instrumentais fisioterapêuticos 25-34. 
 De acordo com a análise sistemática de dados científicos da "medicina baseada em 
evidência" 35, nenhum dos trabalhos realizados até o momento apresenta nível de 
evidência I. A maioria dos estudos não apresenta desenho metodológico bem delineado, 
os resultados obtidos nas pesquisas são decorrentes de comparações entre as intervenções 
e, assim, não há eficácia clínica comprovada. 
Em fibrose cística (FC), muitos foram os estudos que identificaram benefícios em dados 
espirométricos, na quantidade e qualidade do muco expectorado, no tempo de internação 
hospitalar, nos episódios de exacerbação pulmonar e na saturação de oxigênio dos 
pacientes com a utilização dessas técnicas 25-35. 
Repetidamente, os efeitos imediatos da drenagem postural e da percussão torácica na 
função pulmonar foram estudados, mas os resultados são inconclusivos 36, e há 
controvérsias quanto ao uso nas diferentes doenças respiratórias 3. Na exacerbação aguda 
da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a percussão mecânica realizada pelo 
fisioterapeuta parece ser ineficiente e pode até ser prejudicial 35. 
Na FC, a aplicação da drenagem postural (DP) associada à percussão torácica é uma 
modalidade clássica da fisioterapia respiratória 19, 37,38. A princípio, muito se questionou 
sobre a tolerância à postura em Trendelemburg e seus riscos, não sendo recomendada em 
lactentes e crianças com: refluxo gastroesofágico, hipertensão intracraniana e 
hidrocefalia, edema pulmonar, desconfortorespiratório, e com coleções pleurais não 
drenadas 39,40. A contraindicação da percussão torácica nos casos de osteoporose, 
coagulopatia, contusão pulmonar e enfisema subcutâneo foi apresentada por Ford et al. 
(1991) 41, e o benefício de sua associação com a drenagem postural foi questionado no 
trabalho de Murphy et al. (1983) 42. Entretanto, é consenso a indicação dessas duas 
técnicas em crianças menores de cinco anos e em pacientes com problemas neurológicos 
e neuromusculares, sem condições de participarem ativamente da terapia 15, desde que 
haja um quadro hipersecretivo instalado. 
Mesmo sendo consideradas intervenções tradicionais para facilitar a depuração 
mucociliar, juntamente com a vibração 43, a natureza agressiva na aplicação desses 
procedimentos acarreta a falta de adesão dos pacientes ao tratamento, o que levou ao 
desenvolvimento das técnicas à fluxo 15. 
As técnicas conservadoras têm sido indicadas em documentos como a 
Recomendação Brasileira de Fisioterapia na Fibrose Cística: um Guia de Boas Práticas 
Clínicas, e em revisões sistemáticas da Cochrane em situações como bronquiectasia, 
doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e outras 44-46. 
 
Técnicas “à fluxo” 
Inicialmente essas técnicas eram chamadas de modernas e, mais recentemente, são 
nominadas de à fluxo. Dentre essas, a técnica de expiração forçada (TEF) combina uma 
ou duas expirações forçadas cujo volume aéreo determina a mobilização da secreção, com 
períodos de respiração diafragmática 36. Essa técnica foi desenvolvida por Pryor e 
Webber, em 1979 e tem se mostrado eficaz na depuração de secreção de pacientes com 
afecções respiratórias agudas e crônicas 47, além de ser um recurso utilizado em outras 
técnicas à fluxo, como no ciclo ativo da respiração (CAR). O CAR combina respiração 
controlada exercícios de expansão torácica, sendo finalizada com a TEF 48, e sua 
aplicação tem a finalidade de potencializar as trocas gasosas, deslocando as secreções 
pulmonares, melhorando a ventilação e a função pulmonar. A TEF consiste na última 
etapa do CAR 47-48. 
A drenagem autógena (DA), desenvolvida em 1960 na Bélgica, integra o conjunto de 
técnicas a fluxo, utilizando-se da respiração diafragmática para mobilizar secreções por 
meio da variação do fluxo aéreo expiratório 40,50. 
As técnicas de expiração lenta total com a glote aberta em infralateral (ELTGOL), a 
expiração lenta prolongada (ELPr) e a técnica de aumento do fluxo expiratório (AFE) são 
técnicas de origem européia, descritas como técnicas de expiração lenta 51. Essas técnicas 
não fazem integram as recomendações americanas, e ainda são poucos os estudos na 
literatura avaliando seus efeitos. 
A técnica ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas, também 
chamada em francês de “l'expiration lente totale glotte ouverte en infralate ´ral”. É 
definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em 
decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao 
volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente 
para que consiga exercer uma pressão abdominal infra lateral e uma pressão de contra 
suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem que sua aplicação pode 
ser realizada tanto em adultos como crianças maiores 51. Um estudo que avaliou seu 
efeito- por meio de imagens cintilográficas de 12 adultos com bronquite crônica - na 
depuração do muco das áreas pulmonares periféricas, constatou aumento na remoção de 
muco da periferia do pulmão direito. A técnica foi então considerada eficiente no aumento 
da depuração das vias aéreas periféricas no pulmão dependente de pacientes com essa 
afecção 51. 
Ao comparar o ELTGOL (protocolo 1) com técnicas convencionais como drenagem 
postural (protocolo 2), em 16 pacientes hipersecretivos com idades entre 22 e 56 anos e 
diagnóstico de bonquiectasias, evidenciou-se que todos os pacientes foram unânimes em 
relatar a melhora respiratória após as sessões com dois protocolos. O efeito positivo de 
ambas as técnicas também foi comprovado com a melhora da ausculta pulmonar ao final 
das sessões 52. Parágrafo extenso 
A ELPr é uma técnica de desobstrução brônquica aplicada em lactentes e há evidência 
cientifica em relação a quantificação do volume de reserva expiratório mobilizado, 
indução de suspiros, manutenção do pico de fluxo expiratório e redução no desconforto 
respiratório após sua aplicação 53. Estudo que avaliou seu efeito na escala de gravidade 
da bronquiolite aguda e na saturação de oxigênio de 80 lactentes em regime de internação 
hospitalar, identificou redução dos escores da escala e menor tempo de internação nos 
bebês atendidos com a técnica, em comparação aqueles que receberam apenas o 
tratamento habitual (controle) por um período de uma semana. Nenhum evento adverso 
foi detectado 54. 
Em 1970, Barthe, com o propósito de melhorar o acúmulo de secreções em crianças 
pequenas com FC, propôs uma técnica de esvaziamento passivo das secreções por 
aumento do fluxo expiratório e apoio abdominal. Encontram-se na França, datados de 
1968, os primeiros esboços da descrição da manobra de aumento do fluxo expiratório 
(AFE), por Mme Martinat: "As contrações renovadas dos músculos expiratórios têm por 
objetivo trazer as secreções da periferia pulmonar para coletá-las nos grossos brônquios 
ou na traquéia" 55. Seu princípio fisiológico é o de que um aumento da pressão 
intrabrônquica, provocaria uma turbulência do fluxo aéreo, mobilizando as secreções dos 
brônquios periféricos em direção aos proximais 56. Sua fundamentação física tem como 
base os efeitos da lei de Poiseuille: "a velocidade de um fluxo é inversamente 
proporcional à quarta potência do raio" 57. 
Barthe distinguiu a expiração provocada pela aplicação da técnica como a "AFE rápida" 
e "AFE lenta", e é essa modulação na velocidade do fluxo aéreo expiratório que permite 
a drenagem das diferentes regiões da árvore brônquica e que diferencia esta técnica das 
outras técnicas baseadas no fluxo expiratório. A AFE rápida é caracterizada por uma 
expiração forçada não prolongada - próximo ao pico de fluxo expiratório - realizada 
manualmente nos lactentes e por meio da glote aberta nas crianças maiores, e que permite 
a mobilização da secreção das vias aérea de maior calibre. A AFE lenta tem início no 
platô inspiratório, a partir do qual uma expiração lenta é realizada para drenagem de 
secreção localizada na periferia brônquica, e o fluxo expiratório é determinado pela 
integridade brônquica, e principalmente pela pressão de retração elástica do pulmão 58. 
A literatura não refere contraindicações utilização da AFE, desde que uma avaliação 
minuciosa do paciente seja feita previamente, e que sua aplicação seja "personalizada", 
coerente com a fisiopatologia da doença e com a clínica 58. Os casos de discinesia 
brônquica, traqueomalácia, coqueluche, má-formação cardíaca grave, fragilidade óssea e 
insuficiência respiratória grave podem exigir certa adaptação da técnica 20. 
A AFE está indicada para pacientes com obstrução brônquica, proximal ou distal, 
consequente a FC, síndrome de Kartagener, doença dos cílios imóveis, aspiração de 
líquido amniótico ou meconial, doença da membrana hialina, infecções pulmonares 
neonatais, bronquiectasia, asma e bronquite crônica, assim como em situações de 
dificuldade para expectoração e na drenagem pleural 58,59. Parágrafo extenso 
Nesse cenário, conforme revisão sistemática da Cochrane 60, guidelines sobre o manejo 
da fisioterapia 61 e a I Recomendação brasileira de fisioterapia respiratória em unidade de terapia 
intensiva pediátrica e neonatal 62, as técnicas à fluxo, ou consideradas não convencionais, 
são utilizadas em diversos países do mundo, com evidências positivas nas diferentes 
idades. A melhora em parâmetros clínicos - como saturação periférica de oxigênio,frequências respiratória e cardíaca – a diminuição do tempo de internação e o 
restabelecimento rápido da função respiratória, são desfechos que foram avaliados para 
sua indicação 60-62. 
Recursos instrumentais 
Os recursos instrumentais se diferenciam das técnicas manuais por utilizarem de 
dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o deslocamento de 
secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Alguns dispositivos promovem 
também a manutenção da pressão positiva expiratória. 
Os primeiros relatos do uso da pressão positiva foram na realidade, com a utilização da 
ventilação por pressão negativa (pulmão de aço, couraça, poncho) em torno de 1930 a 50 
durante a epidemia de poliomielite. A partir do desenvolvimento da ventilação não 
invasiva (VNI) por pressão positiva, entre a década de 40 e 50, a VNI por pressão negativa 
passou a ser extinta 63. 
A VNI, foi descrita no III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2012), como um 
recurso terapêutico de suporte ventilatório por pressão positiva sem uso de intubação 
endotraqueal. Esse instrumento terapêutico auxilia nas trocas gasosas, minimiza o esforço 
dos músculos respiratórios, melhora fluxo sanguíneo para a musculatura periférica, 
minimizando assim o risco de complicações pulmonares 64. 
Conforme revisões sistemáticas da Cochrane 65,66, a VNI A possibilidade dessas 
melhorias proporcionadas pela VNI se dá através da pressão inspiratória ou pressão de 
suporte, ofertada por máscara nasal ou orofacial, de forma contínua e positiva, para que 
as vias aéreas e alvéolos se mantenham abertos. Além disso, por meio de sua utilização, 
é possível ofertar para o paciente a pressão expiratória final positiva (PEEP), com o 
objetivo de evitar o colapso dos alvéolos pulmonares, aumentando a complacência 
pulmonar e a capacidade residual funcional, expandindo dessa forma, as unidades 
pulmonares hipoventiladas 65,66. 
A terapia por pressão expiratória positiva (PEP), também conhecida como Expiratory 
positive airway pressure (EPAP), consiste em um dispositivo com uma válvula 
unidirecional. Fornecendo uma resistência expiratória resultando no aumento da pressão 
expiratória nos brônquios entre cinco-25 cmH2O 
67, proporcionando melhora na troca 
gasosa e redução da dispneia 68,69. O uso desse dispositivo é evidenciado em estudos que 
sugerem que a PEP é pelo menos tão eficaz ou mais eficaz que a fisioterapia 
convencional68-72. Os dispositivos com a válvula de PEP são recursos importantes na 
terapia desobstrutiva diária dos pacientes crônicos como com FC, e podem ser aplicados 
por meio de máscara facial ou bucal, com pressões estabelecidas e/ou por aparelhos de 
PEP oscilatória 11,73,74. 
A resistência expiratória ideal deve ser mensurada da expiração do paciente, devendo o 
volume de ar ser maior que o da sua habitual capacidade vital forçada74,75. Para correta 
realização da técnica, o paciente deve inspirar a volume pulmonar médio (um pouco 
maior do que o volume corrente). Após aproximadamente 10 a 15 expirações, o paciente 
deve realizar uma série de huffs, mantendo a glote aberta para deslocar e expectorar as 
secreções mobilizadas. Sendo que esse ciclo deve ser repetido por 20 minutos ou até o 
paciente sentir que não há mais secreções para serem expectoradas. A frequência e 
duração de cada tratamento são ajustadas individualmente dependendo da reação de cada 
paciente à técnica 71-75 Parágrafo extenso 
Os dois tipos de resistores existentes são os resistores a fluxo (válvula de orifício) e de 
limiar pressórico (válvula de spring loaded) que na prática clínica tem sido considerada 
mais adequada e funcional 11. 
A indicação da PEP além de mobilização e depuração da secreção também consiste em 
prevenir ou reverter atelectasias e reduzir o aprisionamento de ar. Não há na literatura um 
consenso em relação a idade ideal de início da terapia com PEP, devendo iniciá-la a partir 
da compreensão para realização da técnica 11. 
O PEP subaquático não difere da terapia com PEP instrumental, contribuindo na melhora 
da ventilação em áreas que não estavam sendo ventiladas 76,77. Existem dispositivos 
caseiros e também comercializados. Entre os comercializados estão: AguaPEP™; 
Hydrapep™; Therabubble™. Entretanto pouco se sabe sobre esses dispositivos. O 
Therabubble™ é considerado o que mantem a pressão mais estável em toda a gama de 
fluxos testados 77,78. 
Outro dispositivo comercializado no mercado exterior é o Bottle PEP™, simples, barato 
e de baixa pressão. Em pediatria é chamado de bolha PEP, pela criação de bolhas (pela 
adição de detergente líquido e corante alimentar para a água) sendo atraente para crianças 
77. Não há estudos relevantes sobre o uso de Bottle PEP™ na população pediátrica ou 
adulta. 
Nas adaptações caseiras, a resistência da maioria dos aparelhos é criada por um selo de 
água. A coluna de água é geralmente de 10-13 cm de profundidade em uma garrafa de 
no mínimo um litro. Ao aumentar a profundidade da água, consequentemente aumentará 
a pressão, diminuindo as oscilações durante a expiração. Por outro lado, a diminuição da 
profundidade da água aumentará as oscilações e diminuirá a pressão durante a expiração 
77,78. A garrafa PEP considerada “ideal”, seria com a tubulação com um diâmetro interno> 
8 mm e o orifício de escape de ar ser> 8 mm 78. Entretanto, mais estudos são necessários 
para avaliar as repercussões alveolares de vários dispositivos de pressão da garrafa PEP. 
É importante ressaltar que essa terapêutica não é possível de se aplicar em pacientes com 
diminuição cognitiva e pouca idade, pois ocorre o risco de inalar a água, dificuldade para 
realizar a técnica, assim como para eliminar a secreção 78. 
Estudos do tipo "crossover" e em curto prazo têm sido realizados avaliando o efeito da 
pressão positiva expiratória (PEP), a maioria comparando essa técnica com a fisioterapia 
conservadora em pacientes com FC. Resultados controversos foram encontrados em 
relação à melhora do "clearance" da secreção. Entretanto observou-se uma maior 
preferência dos pacientes pelo PEP, devido à maior conveniência e menor tempo de 
terapia em relação à fisioterapia conservadora 79,80. 
Arens et al. (1994), compararam esse instrumental com a fisioterapia conservadora, e não 
encontraram diferença nos parâmetros da função pulmonar e na produção de secreção 
entre as técnicas 81. Comparando essas duas técnicas com o PEP, Braggion et al. (1995) 
não evidenciaram diferença na quantidade de secreção expectorada por 16 pacientes com 
FC 82. 
Em 1980 foi desenvolvido o "flutter®", um aparelho que combina a PEP com oscilações 
orais de alta frequência (OOAF) e exercícios respiratórios para higiene brônquica, através 
do descolamento do muco da parede da via aérea, do deslocamento (adiamento) do ponto 
de compressão da via aérea pela pressão intratorácica, e pelo próprio fluxo expiratório 
43,67. Expectoração de grande volume de secreção em pacientes com FC 84 e pacientes 
com outras doenças respiratórias 85 foi observada em estudos que compararam sua 
eficácia em relação à drenagem postural e à percussão torácica. A melhor adesão do 
paciente à fisioterapia foi identificada por Lindemann (1992), assim como a redução na 
viscosidade do muco e melhora de suas características reológicas por App em 1995 86,87. 
Outros dispositivos com o mesmo princípio têm sido comercializados como: Shaker®, 
Acapella®, Lungflute®, RC-Cornet® e Pari O-PEP® 88,89. Todos esses dispositivos são 
portáteis, a maioria contém uma bola de aço em um suporte plástico que se assemelha a 
um cachimbo. A expiração realizada através do dispositivo faz com que a esfera de aço 
oscile e vibre. Essas vibrações são transmitidas as paredes dos pulmões facilitando a 
depuração do muco pela tosse. A indicação da OOAF é diante de tosse produtiva ou não, 
bronquite, asma fora da crise, bronquiectasia, enfisema pulmonar, fibrosecistica, pré e 
pós-operatórios e outras afecções secretivas. É importante ressaltar que a OOAF não 
substitui a fisioterapia convencional e é, sim, um recurso complementar. É indicada 
também diante de situações em que a aplicação da fisioterapia convencional esteja 
restrita, como na presença de dor e em situações que as manobras convencionais estejam 
contraindicadas 90. 
Também se tornou popular nos Estados Unidos no início dos anos 80, o aparelho de 
compressão torácica de alta frequência, nome comercial "Vest®". Sua vibração 
oscilatória é aplicada na parede torácica, o que resulta em alteração na reologia do muco 
e aumento da depuração mucociliar, facilitando a eliminação da secreção 91 Em FC, a 
reversão no declínio da função pulmonar com o uso do "Vest®" por 22 meses foi 
observada por Warwick e Hansen (1991) 92, assim como o aumento na produção de 
secreção em comparação à DP e P, no trabalho de Kluft et al. (1996) 93. Kluft et al. (1996) 
observaram maior produção de secreção com o "Vest®" em relação à fisioterapia 
conservadora, em estudo que incluiu 29 pacientes com FC 93. Redução no volume 
expiratório final consequente ao fechamento da via aérea foi registrado por Jones et al. 
(1995), e analisado no estudo de Perry et al. (1998), que sugeriram modesta pressão 
positiva na via aérea para evitar esse evento 94,95,96. 
A versatilidade de sua utilização contribui para uma boa aderência dos pacientes a esse 
recurso, apesar de seu alto custo e difícil transporte. Atualmete existe no mercado 
diferentes marcas, como: The Vest® System, inCourage®, AffloVest® e Smart Vest®, 
inclusive com a plataforma smart para melhor entretenimento do paciente durante a 
terapia chamado de Smart vest 11. 
O High-frequency chest wall oscillation, oscilação de alta frequência da parede torácica 
é um recurso com o objetivo de auxiliar passivamente a desobstrução das vias aéreas por 
alguns princípios 96. Os equipamentos existentes no mercado são compostos de um 
gerador de pulso de ar e um colete inflável para o corpo do paciente, os quais são 
conectados por mangueiras. O gerador envia ar para o colete, através das mangueiras, 
para que ele se insufle e desinsufle quando solicitado, até 20 vezes por segundo. Essa 
rápida inflação e desinflação gera vibrações nas paredes das vias aéreas, auxiliando no 
deslocamento e transporte do muco brônquico para vias aéreas de grande calibre. As 
sessões devem durar em torno de 20-30 minutos, sendo que, a cada 5 minutos, o paciente 
deve realizar a tosse ou huff 97. 
 
Outro instrumental desenvolvido para o tratamento de pacientes, com retenção de 
secreção e atelectasia na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é a ventilação 
percussiva intrapulmonar (IPV). O equipamento é controlado pelo paciente. A percussão 
no interior da via aérea é gerada pela entrada de fluxo aéreo através de um bocal, que 
provoca o deslocamento da secreção 15. Homnick et al. (1995) observaram que o uso do 
IPV preserva a função pulmonar e melhora a expectoração de secreção de pacientes com 
FC, em comparação com as técnicas de fisioterapia conservadora 99-102. 
O aumento na produção de secreção e melhora na prova de função pulmonar em relação 
às técnicas convencionais foi observado por Natale et al. (1994), em estudo com nove 
pacientes com FC. Durante seis meses, pacientes com FC foram 'randomizados' para 
receberem o IPV ou a fisioterapia conservadora, e não houve diferença significativa nos 
valores da espirometria, antropometria, uso de antibióticos e número de hospitalizações 
entre os grupos 100-102. Comparando-se ainda o "Vest®" com essas duas intervenções, 
Scherer et al. (1998) não encontraram diferença na produção de secreção em estudo que 
incluiu 14 crianças com FC 100,101. 
A reversão de imagem radiológica persistente de consolidação pulmonar também foi 
registrada por Birnkrant et al. (1996) após 48 horas do uso do IPV por três pacientes com 
doença neuromuscular 102. Esta é a doença de maior indicação desse recurso, assim como 
pacientes com debilidade muscular e sem condições para realização adequada do 
"flutter", da DA e da pressão expiratória positiva (PEP) 12. Segundo Homnick et al. 
(1995), o pouco tempo consumido na terapia com esse instrumental, o conforto e a 
independência dos pacientes, parecem contribuir com a aderência a esse recurso 99. 
Conforme a revisão sistemática da Cochrane (2019), os dispositivos com EPAP são 
amplamente aplicáveis, seja como expansão pulmonar, eliminação de secreção pulmonar 
ou redução da hiperinsuflação. Não há consenso na literatura sobre os reais benefícios da 
EPAP na redução da hiperinsuflação dinâmica e no aumento da tolerância ao exercício 
em indivíduos com doença pulmonar crônica 99. 
 
Exercício como terapia coadjuvante às diferentes intervenções 
Atualmente, outros recursos como exercícios respiratórios associados aos exercícios 
físicos são recomendados pela literatura como coadjuvante ao tratamento 
fisioterapêutico14. O exercício se tornou um recurso, não somente diagnóstico, mas 
também terapêutico para indivíduos com disfunções respiratórias crônicas, sendo também 
parte integrante no manejo dessas doenças uma vez que contribui para um menor declínio 
da função pulmonar quando associado ou intercalado as técnicas de fisioterapia 
respiratória. 
O exercício respiratório e a regularidade da atividade física também têm sido 
recomendados como recursos adjuntos da fisioterapia respiratória em doenças 
pulmonares crônicas, por contribuir com a mobilização de secreção, melhorar o 
desempenho cardiovascular, a "endurance" dos músculos respiratórios e a qualidade de 
vida dos pacientes 14. 
As evidências existentes como as revisões sistemáticas Cochrane e os guidelines da 
American Toracic Society e Europena Respiratory Society mostram que as várias 
modalidades de treinamento de exercícios físicos aeróbicos ou anaeróbicos (ou uma 
combinação de ambos) tem um efeito positivo na capacidade de exercício aeróbico, 
função pulmonar e qualidade de vida relacionada à saúde. Além disso os exercícios 
através de seus protocolos podem ser ferramentas de avaliação da função pulmonar, 
evolução da doença pulmonar e resposta a medicamentos a diferentes situações clínicas. 
Assim o exercício físico em suas diferentes modalidades seja como instrumento de 
avaliação, ou treinamento para reabilitação cardiopulmonar tem incorporado ainda mais 
a história da fisioterapia e a modificação dos desenhos dos estudos, contribuindo para 
evidências de mais qualidade e maior campo de atuação do fisioterapeuta? da fisioterapia 
103-107. 
4.0 Considerações Finais 
A história das intervenções em fisioterapia respiratória tem início na necessidade de 
promover a desobstrução brônquica, assistir crianças hipersecretivas, tratar soldados 
feridos no pós-guerra e dar suporte ventilatório durante a epidemia por poliomielite. Com 
a evolução da fisioterapia e do entendimento dos mecanismos de ação de algumas 
intervenções, dispositivos e instrumentais foram sendo desenvolvidos, o que ampliou 
ainda mais o contexto de atuação. O exercício físico sistematizado passou a fazer parte 
das terapêuticas e dos protocolos de reabilitação. Nesse cenário, relatos, registros e 
estudos foram sendo conduzidos, com o intuito de organizar as informações dessa 
terapêutica, assim como divulgar os efeitos dos diversos recursos, técnicas e instrumentos 
fisioterapêuticos. No entanto, ainda há necessidade de se investigar – por meio de 
pesquisas com qualidade metodológica – as repercussões sistêmicas, as respostas 
individuais, os diferentes desfechos e as muitas condições clínicas, no que se refere a 
aplicação das intervenções. 
Ensaios clínicos, controlados e randômicos, comparando-se as diferentes intervenções da 
fisioterapia respiratória são necessários para definir a melhor terapêutica na reabilitação 
das diferentes afecções respiratórias, e o momentomais adequado para sua indicação. A 
maioria dos trabalhos identificados avaliou pacientes com doenças pulmonares crônicas, 
como a fibrose cística, e comparou técnicas manuais com recursos instrumentais. Nem 
todas as evidências avaliam e especificam os recursos e as técnicas aplicadas, apenas 
citam a realização da fisioterapia respiratória como terapêutica. 
Assim, a busca por evidências que esclareçam os efeitos das intervenções 
fisioterapêuticas e norteiem a prática clínica tem sido uma constante. Há uma grande 
preocupação com a validação das condutas existentes, pois a literatura é confusa e 
conflitante, os trabalhos apresentam metodologias limitadas, amostras pequenas, falta de 
padronização e sistematização dos procedimentos, alguns indicadores de efeito ainda são 
subjetivos e questionáveis. Os profissionais devem realizar uma análise cuidadosa das 
evidências; se atualizarem frente a literatura cientifica - revisões sistemáticas, metanálises 
e guidelines - para assim atuarem de forma segura e efetiva. 
 
 
 
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Questões 
1) Técnica francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas, definida como 
uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em decúbito 
lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao 
volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do 
paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra-lateral e uma 
pressão de contra-suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem 
que sua aplicação pode ser realizada tanto em adultos como crianças maiores. 
Assinale a técnica referida na afirmação? 
a) TEF 
b) TCAR 
c) ELTGOL 
d) ELPr 
Resposta: alternativa C 
Comentário: A técnica ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias 
aéreas, também chamada em francês de “l'expiration lente totale glotte ouverte en 
infralate ´ral ”. É definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é 
posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual 
funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se 
posicionar atrás do paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra-lateral 
https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/
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e uma pressão de contra-suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem 
que sua aplicação pode ser realizada tanto em adultos como crianças maiores 
2) O CAR combina respiração controlada exercícios de expansão torácica, sendo 
finalizada com a TEF, e sua aplicação tem a finalidade de potencializar as trocas 
gasosas deslocando as secreções pulmonares melhorando a ventilação e a função 
pulmonar. A TEF consiste na última etapa do CAR. Qual a finalidade da TEF 
como última etapa do CAR? 
I) Expansão pulmonar 
II) Desobstrução brônquica 
III) Deslocamento da secreção 
IV) Melhora das trocas gasosas 
Assinale a alternativa verdadeira: 
a) Todas são verdadeiras 
b) II, III, IV são verdadeiras 
c) I, II, III são verdadeiras 
d) I, II e IV são verdadeiras 
Resposta correta: letra B 
Comentários: A TEF não promove expansão pulmonar. A TEF promove desobstrução 
brônquica através do deslocamento da secreção e expulsão muco. Consequentemente leva 
a melhora das trocas gasosas. 
3) São consideradas técnicas a fluxo? 
a) ELTGOL, ELPr e AFE 
b) DA, huffing, DP 
c) AFE, ELTGOL, vibrocompressão 
d) TEF, AFE e DA 
Resposta correta: letra A 
Comentários: São consideradas técnicas modernas ou a fluxo: AFE, DA, ELTGOL, 
ELPr, TEF e outras. As consideradas técnicas convencionais são: vibração, 
vibrocompressão, DP, tapotagem e outras 
4) Utilizam dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o 
deslocamento de secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Além 
de promoverem a manutenção da pressão positiva expiratória. Essas afirmações 
se referem a: 
a) Técnicas manuais 
b) Técnicas modernas ou a fluxo 
c) Recursos instrumentais 
d) Exercícios lúdicos 
Resposta correta: alternativa C. 
Comentários: Os recursos instrumentais se diferenciam das técnicas manuais por 
utilizarem de dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o 
deslocamento de secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Alguns 
dispositivos promovem também a manutenção da pressão positiva expiratória. Os 
exercícios lúdicos podem ser realizados com instrumentos mais também somente com 
exercícios a fluxo. 
5) Na adaptação caseira ou a criação de protótipos, a resistência da maioria dos 
aparelhos é criada por um selo de água. Dependendo do efeito desejado da técnica 
e da taxa de fluxo do paciente, a coluna de água é geralmente de 10-13 cm de 
profundidade em uma garrafa de no mínimo um litro. O nível de PEP gerado com 
este dispositivo é geralmente entre 10 e 20 cmH2O. Ao aumentar a profundidade 
da água, consequentemente aumentará a pressão, diminuindo as oscilações 
durante a expiração. Por outro lado, a diminuição da profundidade da água 
aumentará as oscilações e diminuirá a pressão durante a expiração. 
Estamos falando de qual técnica? Assinale a afirmação correta 
a) Flutter 
b) EPAP 
c) Máscara de pep 
d) Pep subaquático 
Resposta: alternativa D. 
Comentários: Na adaptação caseira ou a criação de protótipos, a resistência da 
maioria dos aparelhos é criada por um selo de água. Dependendo do efeito 
desejado da técnica e da taxa de fluxo do paciente, a coluna de água é geralmente 
de 10-13 cm de profundidade em uma garrafa de no mínimo um litro. 
6) O exercício se tornou um recurso, não somente diagnóstico, mas também 
terapêutico para indivíduos com disfunções respiratórias crônicas, sendo também 
parte integrante no manejo dessas doenças uma vez que contribui para um menor 
declínio da função pulmonar quando associado ou intercalado as técnicas de 
fisioterapia respiratória. Paciente pode substituir o exercício pela fisioterapia. 
Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Justifique sua resposta. 
Comentários: falsa. Atualmente, recursos como exercícios respiratórios 
associados aos exercícios físicos são recomendados pela literaturacomo 
coadjuvante do tratamento fisioterapêutico. 
7) Técnica que foi desenvolvida com o propósito de melhorar o acúmulo de 
secreções em crianças pequenas com fibrose cística. Essa técnica propõe o 
esvaziamento passivo das secreções por aumento do fluxo expiratório e apoio 
abdominal. Estamos falando da: 
a) AFE 
b) TEF 
c) ELTGOL 
d) DAA 
Resposta: alternativa A. Comentários: Em 1970, Barthe (1990), com o propósito de 
melhorar o acúmulo de secreções em crianças pequenas com fibrose cística, propôs uma 
técnica de esvaziamento passivo das secreções por aumento do fluxo expiratório e apoio 
abdominal. Encontram-se na França, datados de 1968, os primeiros esboços da descrição 
da manobra de aumento do fluxo expiratório, por Mme Martinat: "As contrações 
renovadas dos músculos expiratórios têm por objetivo trazer as secreções da periferia 
pulmonar para coletá-las nos grossos brônquios ou na traquéia" 
8) A fibrose cística é uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Entre todos os 
sintomas, o mais comum é o aumento da quantidade e viscosidade da secreção 
pulmonar. Na prática clínica, deve ser considerada exclusivamente técnica de 
desobstrução brônquica: 
I)Drenagem postural associada ao huffing 
II)Manobra de vibrocompressão com bloqueio unilateral 
III)Pressão positiva expiratória 
IV)Incentivador inspiratório 
Assinale a alternativa correta: 
a) Todas as alternativas anteriores 
b) Somente I e II estão corretas 
c) Somente a III está correta 
d) Somente a IV está correta 
Afirmativa correta: B 
Comentários: a pressão positiva expiratória pode ser considerado um dispositivo que 
auxilia na tixotropia do muco, porém é um dispositivo que visa a expansibilidade da via 
aérea. O incentivador inspiratório não é utilizado para finalidade de desobstrução 
brônquica e sua utilização na fibrose cística é controversa e sem embasamento científico. 
9) No que se refere a abordagem do paciente pediátrico, assinale a alternativa 
incorreta 
a) CAR combina respiração controlada exercícios de expansão torácica, controle 
da respiração e expansão da caixa torácica sendo finalizada com a TEF. 
b) ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas. É 
definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é 
posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade 
residual funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O 
fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente para que consiga exercer 
uma pressão abdominal infra-lateral e uma pressão de contra-suporte na caixa 
torácica inferior superior. 
c) "AFE rápida" e "AFE lenta", e é essa modulação na velocidade do fluxo aéreo 
expiratório que permite a drenagem das diferentes regiões da árvore brônquica 
e que diferencia esta técnica das outras técnicas baseadas no fluxo expiratório. 
d) A Drenagem autógena assistida é uma técnica passiva de ajuda expiratória 
aplicada ao lactente. A técnica deve ser obtida por meio de uma pressão 
manual tóraco-abdominal lenta que se inicia ao final da expiração espontânea 
mantida até o volume residual (VR). Objetivo é obter um volume expirado 
maior que o de uma expiração normal que ela apenas prolonga e completa. 
Resposta: alterantiva D. 
Comentário: a descrição mencionada “A Drenagem autógena assistida é uma 
técnica passiva de ajuda expiratória aplicada ao lactente. A técnica deve ser obtida 
por meio de uma pressão manual tóraco-abdominal lenta que se inicia ao final da 
expiração espontânea mantida até o volume residual (VR). Objetivo é obter um 
volume expirado maior que o de uma expiração normal que ela apenas prolonga 
e completa”, se refere a ELPr e não a drenagem autógena assistida. 
10) As válvulas de EPAP são amplamente aplicáveis em pacientes com doença 
pulmonar crônica. Assinale qual alternativa não se refere a benefícios do EPAP. 
a) expansão pulmonar, 
b) eliminação de secreção pulmonar 
c) redução da hiperinsuflação 
d) aumento da tolerância ao exercício 
resposta correta: alternativa D. 
Comentários: Não há consenso na literatura sobre os reais benefícios da EPAP na 
redução da hiperinsuflação dinâmica e no aumento da tolerância ao exercício em 
indivíduos com doença pulmonar crônica . 
 
 
 
Questões 
Caso clínico 
1) Lactente esteve internado por bronquiolite viral aguda por 45 dias. Ao receber a 
alta hospitalar é encaminhado para fisioterapia respiratória, e encontra-se com: 
FR: 40 rpm, ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente bilateral com roncos 
e estertores difusos, tiragem intercostal presente, FC: 135bpmm, SpO2: 92% em 
ar ambiente. 
A) Quais os recursos a fisioterapia respiratória se dispõem no tratamento desse caso? 
Resposta e comentários: pode-se citar como resposta as técnicas convencionais e 
instrumentais 
B) Cite três contraindicações de técnica convencionais 
Resposta e comentários: Contraindicações das técnicas convencionais: A princípio, muito 
se questionou sobre a tolerância à postura em Trendelemburg e seus riscos não sendo 
recomendada em lactentes e crianças devido ao risco de refluxo gastroesofágico, 
hipertensão intracraniana e hidrocefalia, edema pulmonar, desconforto respiratório, e 
coleções pleurais não drenadas. A contra-indicação da percussão torácica nos casos de 
osteoporose, coagulopatia, contusão pulmonar e enfisema subcutâneo foi apresentada por 
Ford et al. e o benefício de sua associação com a drenagem postural foi questionado no 
trabalho de Murphy et al. (1983). 
 
Caso clínico 2: 
Fibrose cística é uma doença crônica, pulmonar, obstrutiva e em progressão. O paciente 
deve manter a fisioterapia respiratória constantemente mesmo nos períodos de 
exacerbação. Entretanto, a adesão a fisioterapia domiciliar ou online é ainda um desafio. 
a) Nesse sentido, quais os critérios e recursos instrumentais você indicaria para os 
pacientes domiciliares? 
Resposta e comentários: os critérios principais a considerar em relação a indicações dos 
recursos instrumentais são idade do paciente, capacidade cognitiva e motora para a 
realização o exercício e se tem ou não o equipamento indicado. Como recursos 
instrumentais domiciliares a partir dos critérios citados indicaria válvula de Epap, shaker 
ou flutter, os dispositivos lúdicos, ventilação não invasiva (VNI), dispositivos para 
treinamento muscular respiratório e os simuladores de tosse. 
b) O que seria necessário para validação das técnicas de fisioterapia respiratória? 
Resposta e comentários: realização de ensaios clínicos e estudos duplo cegos, com o 
intuito de entender a aplicabilidade das técnicas manuais e recursos instrumentais em 
diferentes condições clínicas 
 
 
 
 
 
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