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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/364489060 Fisioterapia respiratória: história e evidências das intervenções Chapter · January 2021 DOI: 10.5935/978-65-5848-388-5.C0002 CITATIONS 0 READS 924 2 authors: Camila Isabel Santos Schivinski Universidade do Estado de Santa Catarina-Brazil 170 PUBLICATIONS 950 CITATIONS SEE PROFILE Paloma Lopes Francisco Parazzi University of Campinas 22 PUBLICATIONS 88 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Camila Isabel Santos Schivinski on 02 March 2023. 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Paloma L F Parazzi Doutora em Ciências pelo Programa de Saúde da Criança e do Adolescente da FCM- Unicamp. Especialista em Fisioterapia Pediátrica pelo Departamento de Pediatria da FCM-Unicamp e do Hospital de Clínicas-Unicamp, Campinas, São Paulo, Brasil. Resumo A história da fisioterapia respiratória está relacionada ao controle e manejo de doenças como fibrose cística, asma e pneumonias, bem como em cuidados associados aos procedimentos cirúrgicos. O avanço e o embasamento científico dessa especialidade têm sido crescentes, uma vez que se trata de uma terapêutica que envolve diferentes recursos e técnicas com o objetivo de aumentar a depuração mucociliar, promover a desobstrução de vias aéreas, otimizar a ventilação e, consequentemente, recuperar ou manter a integridade do sistema respiratório. Nesse sentido, a maioria dos registros e evidências científicas relacionados à sua história e aos efeitos terapêuticos de suas diferentes intervenções se referem as doenças crônicas (fibrose cística, bronquiectasia e asma) e não avaliam, especificamente, o efeito isolado de cada procedimento sobre parâmetros do sistema respiratório e outros desfechos, como qualidade de vida e capacidade funcional. Em sua maioria, os estudos apresentam resultados de comparações entre terapêuticas, e da combinação delas, e a busca por evidências para sustentação destas na prática clínica tem sido uma constante na comunidade cientifica. Os trabalhos apresentam metodologias limitadas, amostras pequenas, falta de padronização e sistematização dos procedimentos, indicadores de efeito subjetivos e questionáveis. Atualmente, identifica-se revisões sistemáticas e metanálises, com o intuito de fundamentar a aplicabilidade dessas condutas em cada situação específica. São esses documentos que têm norteado os profissionais quanto à tomada de decisão clínica e, sendo assim, uma leitura criteriosa e crítica deve ser incorporada à prática, conforme será abordado nesse capítulo. Parágrafo extenso Palavras-chave: história da fisioterapia, técnicas, evidências 1.Introdução Fisioterapia respiratória: conceitos e história A fisioterapia respiratória ou fisioterapia torácica, como foi a princípio conhecida, surgiu inicialmente com a função de desobstrução de vias aéreas em pacientes com secreção espessa (Figura 1). Figura 1: Primeiros registros relacionados aos recursos e técnicas de fisioterapia respiratória Legenda: DP: drenagem postural; VNI: ventilação não invasiva; FR: fisioterapia respiratória; PEP: pressão positiva expiratória. Fonte: Pryor, 1999 1; Osadnik, McDonald, Jones et al., 2012 2. Historicamente, a fisioterapia respiratória tem se mostrado eficaz nas enfermidades caracterizadas por grande quantidade de secreção, na prevenção de complicações respiratórias, melhora da função pulmonar em doenças agudas e crônicas, na diminuição da progressão da doença pulmonar crônica e controle de suas exacerbações 2, 3. O avanço nas descobertas e no entendimento da fisiopatologia das enfermidades respiratórias, principalmente envolvendo alterações do "clearance" mucociliar que resultam em processos infecciosos e inflamatórios, guiou o crescente interesse da comunidade científica na investigação da composição e regulação do muco, bem como a ação de drogas e agentes que pudessem modificar suas propriedades, facilitando sua expectoração 4-9. Sendo assim, artigos mais tradicionais apresentam a fisioterapia respiratória como sendo reconhecida como importante recurso clínico para melhorar o transporte mucociliar - através da modificação da tixotropia do muco e facilitação da expectoração – utilizando-se de seus recursos e técnicas 2,3,10. Atualmente a fisioterapia é reconhecida como elemento fundamental no manejo terapêutico de doenças respiratórias agudas e crônicas, em adultos e crianças, por sua atuação na desobstrução brônquica, otimização da ventilação alveolar, por proporcionar aumento da tolerância ao exercício, reduzir o número de internações dos pacientes assistidos e, consequentemente, ter impacto importante na melhoria da qualidade de vida 11-13. Didaticamente, os procedimentos fisioterapêuticos têm sido classificados como passivos, ativos e ativo assistidos, ou ainda, convencionais ou tradicionais, e técnicasmodernas ou “à fluxo”, e os instrumentais. A literatura reconhece e recomenda as técnicas de drenagem postural (DP), vibração e percussão torácica (P), como técnicas convencionais ou tradicionais e, técnicas como a técnica de expiração forçada (TEF), o ciclo ativo da respiração (CAR), drenagem autógena (DA), expiração lenta e prolongada (ELPr), aumento de fluxo expiratório (AFE), expiração lenta total com a glote aberta em decúbito infralateral (ELTGol), essas chamadas de modernas ou "à fluxo" 11-13. A efetividade clínica de cada uma deve ser considerada, respeitando-se sua indicação, contraindicação e a faixa etária do paciente 13. Além das intervenções exclusivamente manuais, a fisioterapia respiratória é composta também por recursos instrumentais, os quais auxiliam na remoção de secreção e expansão pulmonar como: terapia por dispositivos de pressão positiva expiratória (PEP) na via aérea, terapia por oscilação oral de alta frequência (OOAF), oscilação de alta frequência da parede torácica (HFCWO), ventilação percussiva intrapulmonar (IPV), ventilação não invasiva (VNI), dispositivos para treinamento muscular respiratório e os simuladores de tosse 11,12,14,15. Nesse contexto com ampla possibilidade de recursos e intervenções, existe grande preocupação dos pares fisioterapeutas quanto a escassez de evidências científicas qualificadas sobre cada intervenção, considerando estudos que sejam randomizados, duplo-cegos, multicêntricos e que abranjam diferentes etnias 16-19. Sendo assim, esse capítulo irá abordar as diferentes intervenções fisioterapêuticas, pautadas em algumas evidências norteadoras de ação na prática clínica, para que o leitor tenha conhecimento da história da fisioterapia e de sua evolução. Objetivo: Ao final desse capítulo, espera-se que o leitor seja capaz de: conhecer a história e a evolução da fisioterapia respiratória; discernir as diferentes intervenções; identificar as principais barreiras e fatores que influenciam na escolha e execução das intervenções; conhecer evidências científicas das diferentes técnicas e recursos? instrumentais terapêuticos empregados; desenvolver um senso crítico para quanto às evidências e aplicação dos recursos fisioterapêuticos na prática clínica. Esquema conceitual 2.Evidências das intervenções no decorrer da história Nos últimos 30 anos, as investigações, ensaios clínicos, metanálises e revisões sobre fisioterapia respiratória têm sido motivo de pesquisas aplicadas em bases de dados, como forma de identificar os efeitos de diferentes condutas, para que haja uma tomada de decisão clínica segura e eficiente por parte dos profissionais nos diferentes cenários de atuação. Com isso, a transferência de conhecimento e a generalização de alguns procedimentos fisioterapêuticos têm acontecido com base no resultado de pesquisas, revisões, ensaios clínicos e guidelines. Esse capítulo fundamentou-se em artigos relacionados a história da fisioterapia, alguns considerados “clássicos” apesar de suas limitações metodológicas, bem como estudos que apresentaram evidências de recursos e intervenções fisioterapêuticas em diferentes idades e situações clínicas. A maioria dos artigos são relacionados a doenças crônicas como fibrose cística, bronquiectasia, asma e outras, e não avaliam especificamente o efeito de cada intervenção sobre parâmetros do sistema respiratório, mas comparam os efeitos entre as intervenções. Nesse contexto, existem artigos históricos, os quais são citados rotineiramente quando se trata de intervenções relacionadas à desobstrução brônquica, e estes estão apontados nos quadros 1 e 2. O profissional ou acadêmico de fisioterapia pode acessar esses estudos quando necessitar compreender a história da fisioterapia e algumas evidências apresentadas, inclusive, em guidelines e revisões. Parágrafo extenso Quadro 1: Alguns artigos que fundamentam a história da fisioterapia respiratória Fonte: quadro elaborado pelas autoras A maioria dos estudos tradicionais realizaram comparações entre as técnicas denominadas convencionais, seguindo-se da realização da comparação entre técnicas manuais e recursos instrumentais. Quadro 2: Estudos sobre algumas das intervenções mais abordadas Fonte: quadro elaborado pelas autoras descrever siglas da tabela (RI) Referência Título do artigo? Desenho de estudo? População? Está um pouco confuso (rever) Fisioterapia nas vias aéreas somente- discutindo evidências Primeiros relatos dos efeitos da fisioterapia na via aérea Revisão Ensaio clínico Adolescentes Recém- nascidos, crianças e adolescentes Comparação entre técnicas Referência 4,5,7,8,11,14,20- 24,25-33,55- 58,59,67- 69,83,86,87,94,95 1,11,28,29, 55,92,95 1,4,5,7,8,11, 21,43,83,94 3,9,10,23,35, 79-81,84,85, 93, 1,2,13,22, 17,18,19,22,23, 51,67,68,82, 100,101, 4,24,3253,54, 55,67- 73,100,101, 96, 3,4,51,52, 100,101, Referência (Rever conforme anterior) Técnicas manuais Recursos Instrumentais TM+RI Exercício VPI VPI x TM VNI Referências 3-8,15, 22,23,26,27, 50-58,69, 73,85 32,79-82,85 1,2,9,20,21, 24,26,28,35,67,75, 82, 101,83,84, 69,103- 107 99,86, 102 32,100 63 Legenda: TM: técnicas manuais; RI: recursos instrumentais; VPI: ventilação percussiva intrapulmonar, VNI: ventilação não invasiva TM: técnicas manuais abordadas nos artigos elencados: percussão, drenagem postural, técnica de expiração forçada, drenagem autógena, ciclo ativo da respiração, aumento de fluxo expiratório, expiração lenta e prologada; Recursos instrumentais abordados nos artigos elencados: terapia por dispositivos pressão positiva expiratória, Flutter, Shaker, Acapella, Quake, RC-Cornet, Lung Flute, Vest; VPI: ventilação percussiva intrapulmonar; VM: ventilação mecânica; VNI: ventilação não invasiva 3.Intervenções fisioterapêuticas Técnicas convencionais As técnicas convencionais são largamente utilizadas e difundidas principalmente nos países anglo-saxônicos 20, e muitos estudos já foram realizados para comprovação de seus efeitos e de suas indicações 12,19-24. Os artigos de revisão reconhecem a lacuna existente com relação a evidências de qualidade que comprovem a eficácia dessas, e de várias técnicas e instrumentais fisioterapêuticos 25-34. De acordo com a análise sistemática de dados científicos da "medicina baseada em evidência" 35, nenhum dos trabalhos realizados até o momento apresenta nível de evidência I. A maioria dos estudos não apresenta desenho metodológico bem delineado, os resultados obtidos nas pesquisas são decorrentes de comparações entre as intervenções e, assim, não há eficácia clínica comprovada. Em fibrose cística (FC), muitos foram os estudos que identificaram benefícios em dados espirométricos, na quantidade e qualidade do muco expectorado, no tempo de internação hospitalar, nos episódios de exacerbação pulmonar e na saturação de oxigênio dos pacientes com a utilização dessas técnicas 25-35. Repetidamente, os efeitos imediatos da drenagem postural e da percussão torácica na função pulmonar foram estudados, mas os resultados são inconclusivos 36, e há controvérsias quanto ao uso nas diferentes doenças respiratórias 3. Na exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a percussão mecânica realizada pelo fisioterapeuta parece ser ineficiente e pode até ser prejudicial 35. Na FC, a aplicação da drenagem postural (DP) associada à percussão torácica é uma modalidade clássica da fisioterapia respiratória 19, 37,38. A princípio, muito se questionou sobre a tolerância à postura em Trendelemburg e seus riscos, não sendo recomendada em lactentes e crianças com: refluxo gastroesofágico, hipertensão intracraniana e hidrocefalia, edema pulmonar, desconfortorespiratório, e com coleções pleurais não drenadas 39,40. A contraindicação da percussão torácica nos casos de osteoporose, coagulopatia, contusão pulmonar e enfisema subcutâneo foi apresentada por Ford et al. (1991) 41, e o benefício de sua associação com a drenagem postural foi questionado no trabalho de Murphy et al. (1983) 42. Entretanto, é consenso a indicação dessas duas técnicas em crianças menores de cinco anos e em pacientes com problemas neurológicos e neuromusculares, sem condições de participarem ativamente da terapia 15, desde que haja um quadro hipersecretivo instalado. Mesmo sendo consideradas intervenções tradicionais para facilitar a depuração mucociliar, juntamente com a vibração 43, a natureza agressiva na aplicação desses procedimentos acarreta a falta de adesão dos pacientes ao tratamento, o que levou ao desenvolvimento das técnicas à fluxo 15. As técnicas conservadoras têm sido indicadas em documentos como a Recomendação Brasileira de Fisioterapia na Fibrose Cística: um Guia de Boas Práticas Clínicas, e em revisões sistemáticas da Cochrane em situações como bronquiectasia, doença pulmonar obstrutiva crônica, asma e outras 44-46. Técnicas “à fluxo” Inicialmente essas técnicas eram chamadas de modernas e, mais recentemente, são nominadas de à fluxo. Dentre essas, a técnica de expiração forçada (TEF) combina uma ou duas expirações forçadas cujo volume aéreo determina a mobilização da secreção, com períodos de respiração diafragmática 36. Essa técnica foi desenvolvida por Pryor e Webber, em 1979 e tem se mostrado eficaz na depuração de secreção de pacientes com afecções respiratórias agudas e crônicas 47, além de ser um recurso utilizado em outras técnicas à fluxo, como no ciclo ativo da respiração (CAR). O CAR combina respiração controlada exercícios de expansão torácica, sendo finalizada com a TEF 48, e sua aplicação tem a finalidade de potencializar as trocas gasosas, deslocando as secreções pulmonares, melhorando a ventilação e a função pulmonar. A TEF consiste na última etapa do CAR 47-48. A drenagem autógena (DA), desenvolvida em 1960 na Bélgica, integra o conjunto de técnicas a fluxo, utilizando-se da respiração diafragmática para mobilizar secreções por meio da variação do fluxo aéreo expiratório 40,50. As técnicas de expiração lenta total com a glote aberta em infralateral (ELTGOL), a expiração lenta prolongada (ELPr) e a técnica de aumento do fluxo expiratório (AFE) são técnicas de origem européia, descritas como técnicas de expiração lenta 51. Essas técnicas não fazem integram as recomendações americanas, e ainda são poucos os estudos na literatura avaliando seus efeitos. A técnica ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas, também chamada em francês de “l'expiration lente totale glotte ouverte en infralate ´ral”. É definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra lateral e uma pressão de contra suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem que sua aplicação pode ser realizada tanto em adultos como crianças maiores 51. Um estudo que avaliou seu efeito- por meio de imagens cintilográficas de 12 adultos com bronquite crônica - na depuração do muco das áreas pulmonares periféricas, constatou aumento na remoção de muco da periferia do pulmão direito. A técnica foi então considerada eficiente no aumento da depuração das vias aéreas periféricas no pulmão dependente de pacientes com essa afecção 51. Ao comparar o ELTGOL (protocolo 1) com técnicas convencionais como drenagem postural (protocolo 2), em 16 pacientes hipersecretivos com idades entre 22 e 56 anos e diagnóstico de bonquiectasias, evidenciou-se que todos os pacientes foram unânimes em relatar a melhora respiratória após as sessões com dois protocolos. O efeito positivo de ambas as técnicas também foi comprovado com a melhora da ausculta pulmonar ao final das sessões 52. Parágrafo extenso A ELPr é uma técnica de desobstrução brônquica aplicada em lactentes e há evidência cientifica em relação a quantificação do volume de reserva expiratório mobilizado, indução de suspiros, manutenção do pico de fluxo expiratório e redução no desconforto respiratório após sua aplicação 53. Estudo que avaliou seu efeito na escala de gravidade da bronquiolite aguda e na saturação de oxigênio de 80 lactentes em regime de internação hospitalar, identificou redução dos escores da escala e menor tempo de internação nos bebês atendidos com a técnica, em comparação aqueles que receberam apenas o tratamento habitual (controle) por um período de uma semana. Nenhum evento adverso foi detectado 54. Em 1970, Barthe, com o propósito de melhorar o acúmulo de secreções em crianças pequenas com FC, propôs uma técnica de esvaziamento passivo das secreções por aumento do fluxo expiratório e apoio abdominal. Encontram-se na França, datados de 1968, os primeiros esboços da descrição da manobra de aumento do fluxo expiratório (AFE), por Mme Martinat: "As contrações renovadas dos músculos expiratórios têm por objetivo trazer as secreções da periferia pulmonar para coletá-las nos grossos brônquios ou na traquéia" 55. Seu princípio fisiológico é o de que um aumento da pressão intrabrônquica, provocaria uma turbulência do fluxo aéreo, mobilizando as secreções dos brônquios periféricos em direção aos proximais 56. Sua fundamentação física tem como base os efeitos da lei de Poiseuille: "a velocidade de um fluxo é inversamente proporcional à quarta potência do raio" 57. Barthe distinguiu a expiração provocada pela aplicação da técnica como a "AFE rápida" e "AFE lenta", e é essa modulação na velocidade do fluxo aéreo expiratório que permite a drenagem das diferentes regiões da árvore brônquica e que diferencia esta técnica das outras técnicas baseadas no fluxo expiratório. A AFE rápida é caracterizada por uma expiração forçada não prolongada - próximo ao pico de fluxo expiratório - realizada manualmente nos lactentes e por meio da glote aberta nas crianças maiores, e que permite a mobilização da secreção das vias aérea de maior calibre. A AFE lenta tem início no platô inspiratório, a partir do qual uma expiração lenta é realizada para drenagem de secreção localizada na periferia brônquica, e o fluxo expiratório é determinado pela integridade brônquica, e principalmente pela pressão de retração elástica do pulmão 58. A literatura não refere contraindicações utilização da AFE, desde que uma avaliação minuciosa do paciente seja feita previamente, e que sua aplicação seja "personalizada", coerente com a fisiopatologia da doença e com a clínica 58. Os casos de discinesia brônquica, traqueomalácia, coqueluche, má-formação cardíaca grave, fragilidade óssea e insuficiência respiratória grave podem exigir certa adaptação da técnica 20. A AFE está indicada para pacientes com obstrução brônquica, proximal ou distal, consequente a FC, síndrome de Kartagener, doença dos cílios imóveis, aspiração de líquido amniótico ou meconial, doença da membrana hialina, infecções pulmonares neonatais, bronquiectasia, asma e bronquite crônica, assim como em situações de dificuldade para expectoração e na drenagem pleural 58,59. Parágrafo extenso Nesse cenário, conforme revisão sistemática da Cochrane 60, guidelines sobre o manejo da fisioterapia 61 e a I Recomendação brasileira de fisioterapia respiratória em unidade de terapia intensiva pediátrica e neonatal 62, as técnicas à fluxo, ou consideradas não convencionais, são utilizadas em diversos países do mundo, com evidências positivas nas diferentes idades. A melhora em parâmetros clínicos - como saturação periférica de oxigênio,frequências respiratória e cardíaca – a diminuição do tempo de internação e o restabelecimento rápido da função respiratória, são desfechos que foram avaliados para sua indicação 60-62. Recursos instrumentais Os recursos instrumentais se diferenciam das técnicas manuais por utilizarem de dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o deslocamento de secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Alguns dispositivos promovem também a manutenção da pressão positiva expiratória. Os primeiros relatos do uso da pressão positiva foram na realidade, com a utilização da ventilação por pressão negativa (pulmão de aço, couraça, poncho) em torno de 1930 a 50 durante a epidemia de poliomielite. A partir do desenvolvimento da ventilação não invasiva (VNI) por pressão positiva, entre a década de 40 e 50, a VNI por pressão negativa passou a ser extinta 63. A VNI, foi descrita no III Consenso Brasileiro de Ventilação Mecânica (2012), como um recurso terapêutico de suporte ventilatório por pressão positiva sem uso de intubação endotraqueal. Esse instrumento terapêutico auxilia nas trocas gasosas, minimiza o esforço dos músculos respiratórios, melhora fluxo sanguíneo para a musculatura periférica, minimizando assim o risco de complicações pulmonares 64. Conforme revisões sistemáticas da Cochrane 65,66, a VNI A possibilidade dessas melhorias proporcionadas pela VNI se dá através da pressão inspiratória ou pressão de suporte, ofertada por máscara nasal ou orofacial, de forma contínua e positiva, para que as vias aéreas e alvéolos se mantenham abertos. Além disso, por meio de sua utilização, é possível ofertar para o paciente a pressão expiratória final positiva (PEEP), com o objetivo de evitar o colapso dos alvéolos pulmonares, aumentando a complacência pulmonar e a capacidade residual funcional, expandindo dessa forma, as unidades pulmonares hipoventiladas 65,66. A terapia por pressão expiratória positiva (PEP), também conhecida como Expiratory positive airway pressure (EPAP), consiste em um dispositivo com uma válvula unidirecional. Fornecendo uma resistência expiratória resultando no aumento da pressão expiratória nos brônquios entre cinco-25 cmH2O 67, proporcionando melhora na troca gasosa e redução da dispneia 68,69. O uso desse dispositivo é evidenciado em estudos que sugerem que a PEP é pelo menos tão eficaz ou mais eficaz que a fisioterapia convencional68-72. Os dispositivos com a válvula de PEP são recursos importantes na terapia desobstrutiva diária dos pacientes crônicos como com FC, e podem ser aplicados por meio de máscara facial ou bucal, com pressões estabelecidas e/ou por aparelhos de PEP oscilatória 11,73,74. A resistência expiratória ideal deve ser mensurada da expiração do paciente, devendo o volume de ar ser maior que o da sua habitual capacidade vital forçada74,75. Para correta realização da técnica, o paciente deve inspirar a volume pulmonar médio (um pouco maior do que o volume corrente). Após aproximadamente 10 a 15 expirações, o paciente deve realizar uma série de huffs, mantendo a glote aberta para deslocar e expectorar as secreções mobilizadas. Sendo que esse ciclo deve ser repetido por 20 minutos ou até o paciente sentir que não há mais secreções para serem expectoradas. A frequência e duração de cada tratamento são ajustadas individualmente dependendo da reação de cada paciente à técnica 71-75 Parágrafo extenso Os dois tipos de resistores existentes são os resistores a fluxo (válvula de orifício) e de limiar pressórico (válvula de spring loaded) que na prática clínica tem sido considerada mais adequada e funcional 11. A indicação da PEP além de mobilização e depuração da secreção também consiste em prevenir ou reverter atelectasias e reduzir o aprisionamento de ar. Não há na literatura um consenso em relação a idade ideal de início da terapia com PEP, devendo iniciá-la a partir da compreensão para realização da técnica 11. O PEP subaquático não difere da terapia com PEP instrumental, contribuindo na melhora da ventilação em áreas que não estavam sendo ventiladas 76,77. Existem dispositivos caseiros e também comercializados. Entre os comercializados estão: AguaPEP™; Hydrapep™; Therabubble™. Entretanto pouco se sabe sobre esses dispositivos. O Therabubble™ é considerado o que mantem a pressão mais estável em toda a gama de fluxos testados 77,78. Outro dispositivo comercializado no mercado exterior é o Bottle PEP™, simples, barato e de baixa pressão. Em pediatria é chamado de bolha PEP, pela criação de bolhas (pela adição de detergente líquido e corante alimentar para a água) sendo atraente para crianças 77. Não há estudos relevantes sobre o uso de Bottle PEP™ na população pediátrica ou adulta. Nas adaptações caseiras, a resistência da maioria dos aparelhos é criada por um selo de água. A coluna de água é geralmente de 10-13 cm de profundidade em uma garrafa de no mínimo um litro. Ao aumentar a profundidade da água, consequentemente aumentará a pressão, diminuindo as oscilações durante a expiração. Por outro lado, a diminuição da profundidade da água aumentará as oscilações e diminuirá a pressão durante a expiração 77,78. A garrafa PEP considerada “ideal”, seria com a tubulação com um diâmetro interno> 8 mm e o orifício de escape de ar ser> 8 mm 78. Entretanto, mais estudos são necessários para avaliar as repercussões alveolares de vários dispositivos de pressão da garrafa PEP. É importante ressaltar que essa terapêutica não é possível de se aplicar em pacientes com diminuição cognitiva e pouca idade, pois ocorre o risco de inalar a água, dificuldade para realizar a técnica, assim como para eliminar a secreção 78. Estudos do tipo "crossover" e em curto prazo têm sido realizados avaliando o efeito da pressão positiva expiratória (PEP), a maioria comparando essa técnica com a fisioterapia conservadora em pacientes com FC. Resultados controversos foram encontrados em relação à melhora do "clearance" da secreção. Entretanto observou-se uma maior preferência dos pacientes pelo PEP, devido à maior conveniência e menor tempo de terapia em relação à fisioterapia conservadora 79,80. Arens et al. (1994), compararam esse instrumental com a fisioterapia conservadora, e não encontraram diferença nos parâmetros da função pulmonar e na produção de secreção entre as técnicas 81. Comparando essas duas técnicas com o PEP, Braggion et al. (1995) não evidenciaram diferença na quantidade de secreção expectorada por 16 pacientes com FC 82. Em 1980 foi desenvolvido o "flutter®", um aparelho que combina a PEP com oscilações orais de alta frequência (OOAF) e exercícios respiratórios para higiene brônquica, através do descolamento do muco da parede da via aérea, do deslocamento (adiamento) do ponto de compressão da via aérea pela pressão intratorácica, e pelo próprio fluxo expiratório 43,67. Expectoração de grande volume de secreção em pacientes com FC 84 e pacientes com outras doenças respiratórias 85 foi observada em estudos que compararam sua eficácia em relação à drenagem postural e à percussão torácica. A melhor adesão do paciente à fisioterapia foi identificada por Lindemann (1992), assim como a redução na viscosidade do muco e melhora de suas características reológicas por App em 1995 86,87. Outros dispositivos com o mesmo princípio têm sido comercializados como: Shaker®, Acapella®, Lungflute®, RC-Cornet® e Pari O-PEP® 88,89. Todos esses dispositivos são portáteis, a maioria contém uma bola de aço em um suporte plástico que se assemelha a um cachimbo. A expiração realizada através do dispositivo faz com que a esfera de aço oscile e vibre. Essas vibrações são transmitidas as paredes dos pulmões facilitando a depuração do muco pela tosse. A indicação da OOAF é diante de tosse produtiva ou não, bronquite, asma fora da crise, bronquiectasia, enfisema pulmonar, fibrosecistica, pré e pós-operatórios e outras afecções secretivas. É importante ressaltar que a OOAF não substitui a fisioterapia convencional e é, sim, um recurso complementar. É indicada também diante de situações em que a aplicação da fisioterapia convencional esteja restrita, como na presença de dor e em situações que as manobras convencionais estejam contraindicadas 90. Também se tornou popular nos Estados Unidos no início dos anos 80, o aparelho de compressão torácica de alta frequência, nome comercial "Vest®". Sua vibração oscilatória é aplicada na parede torácica, o que resulta em alteração na reologia do muco e aumento da depuração mucociliar, facilitando a eliminação da secreção 91 Em FC, a reversão no declínio da função pulmonar com o uso do "Vest®" por 22 meses foi observada por Warwick e Hansen (1991) 92, assim como o aumento na produção de secreção em comparação à DP e P, no trabalho de Kluft et al. (1996) 93. Kluft et al. (1996) observaram maior produção de secreção com o "Vest®" em relação à fisioterapia conservadora, em estudo que incluiu 29 pacientes com FC 93. Redução no volume expiratório final consequente ao fechamento da via aérea foi registrado por Jones et al. (1995), e analisado no estudo de Perry et al. (1998), que sugeriram modesta pressão positiva na via aérea para evitar esse evento 94,95,96. A versatilidade de sua utilização contribui para uma boa aderência dos pacientes a esse recurso, apesar de seu alto custo e difícil transporte. Atualmete existe no mercado diferentes marcas, como: The Vest® System, inCourage®, AffloVest® e Smart Vest®, inclusive com a plataforma smart para melhor entretenimento do paciente durante a terapia chamado de Smart vest 11. O High-frequency chest wall oscillation, oscilação de alta frequência da parede torácica é um recurso com o objetivo de auxiliar passivamente a desobstrução das vias aéreas por alguns princípios 96. Os equipamentos existentes no mercado são compostos de um gerador de pulso de ar e um colete inflável para o corpo do paciente, os quais são conectados por mangueiras. O gerador envia ar para o colete, através das mangueiras, para que ele se insufle e desinsufle quando solicitado, até 20 vezes por segundo. Essa rápida inflação e desinflação gera vibrações nas paredes das vias aéreas, auxiliando no deslocamento e transporte do muco brônquico para vias aéreas de grande calibre. As sessões devem durar em torno de 20-30 minutos, sendo que, a cada 5 minutos, o paciente deve realizar a tosse ou huff 97. Outro instrumental desenvolvido para o tratamento de pacientes, com retenção de secreção e atelectasia na doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), é a ventilação percussiva intrapulmonar (IPV). O equipamento é controlado pelo paciente. A percussão no interior da via aérea é gerada pela entrada de fluxo aéreo através de um bocal, que provoca o deslocamento da secreção 15. Homnick et al. (1995) observaram que o uso do IPV preserva a função pulmonar e melhora a expectoração de secreção de pacientes com FC, em comparação com as técnicas de fisioterapia conservadora 99-102. O aumento na produção de secreção e melhora na prova de função pulmonar em relação às técnicas convencionais foi observado por Natale et al. (1994), em estudo com nove pacientes com FC. Durante seis meses, pacientes com FC foram 'randomizados' para receberem o IPV ou a fisioterapia conservadora, e não houve diferença significativa nos valores da espirometria, antropometria, uso de antibióticos e número de hospitalizações entre os grupos 100-102. Comparando-se ainda o "Vest®" com essas duas intervenções, Scherer et al. (1998) não encontraram diferença na produção de secreção em estudo que incluiu 14 crianças com FC 100,101. A reversão de imagem radiológica persistente de consolidação pulmonar também foi registrada por Birnkrant et al. (1996) após 48 horas do uso do IPV por três pacientes com doença neuromuscular 102. Esta é a doença de maior indicação desse recurso, assim como pacientes com debilidade muscular e sem condições para realização adequada do "flutter", da DA e da pressão expiratória positiva (PEP) 12. Segundo Homnick et al. (1995), o pouco tempo consumido na terapia com esse instrumental, o conforto e a independência dos pacientes, parecem contribuir com a aderência a esse recurso 99. Conforme a revisão sistemática da Cochrane (2019), os dispositivos com EPAP são amplamente aplicáveis, seja como expansão pulmonar, eliminação de secreção pulmonar ou redução da hiperinsuflação. Não há consenso na literatura sobre os reais benefícios da EPAP na redução da hiperinsuflação dinâmica e no aumento da tolerância ao exercício em indivíduos com doença pulmonar crônica 99. Exercício como terapia coadjuvante às diferentes intervenções Atualmente, outros recursos como exercícios respiratórios associados aos exercícios físicos são recomendados pela literatura como coadjuvante ao tratamento fisioterapêutico14. O exercício se tornou um recurso, não somente diagnóstico, mas também terapêutico para indivíduos com disfunções respiratórias crônicas, sendo também parte integrante no manejo dessas doenças uma vez que contribui para um menor declínio da função pulmonar quando associado ou intercalado as técnicas de fisioterapia respiratória. O exercício respiratório e a regularidade da atividade física também têm sido recomendados como recursos adjuntos da fisioterapia respiratória em doenças pulmonares crônicas, por contribuir com a mobilização de secreção, melhorar o desempenho cardiovascular, a "endurance" dos músculos respiratórios e a qualidade de vida dos pacientes 14. As evidências existentes como as revisões sistemáticas Cochrane e os guidelines da American Toracic Society e Europena Respiratory Society mostram que as várias modalidades de treinamento de exercícios físicos aeróbicos ou anaeróbicos (ou uma combinação de ambos) tem um efeito positivo na capacidade de exercício aeróbico, função pulmonar e qualidade de vida relacionada à saúde. Além disso os exercícios através de seus protocolos podem ser ferramentas de avaliação da função pulmonar, evolução da doença pulmonar e resposta a medicamentos a diferentes situações clínicas. Assim o exercício físico em suas diferentes modalidades seja como instrumento de avaliação, ou treinamento para reabilitação cardiopulmonar tem incorporado ainda mais a história da fisioterapia e a modificação dos desenhos dos estudos, contribuindo para evidências de mais qualidade e maior campo de atuação do fisioterapeuta? da fisioterapia 103-107. 4.0 Considerações Finais A história das intervenções em fisioterapia respiratória tem início na necessidade de promover a desobstrução brônquica, assistir crianças hipersecretivas, tratar soldados feridos no pós-guerra e dar suporte ventilatório durante a epidemia por poliomielite. Com a evolução da fisioterapia e do entendimento dos mecanismos de ação de algumas intervenções, dispositivos e instrumentais foram sendo desenvolvidos, o que ampliou ainda mais o contexto de atuação. O exercício físico sistematizado passou a fazer parte das terapêuticas e dos protocolos de reabilitação. Nesse cenário, relatos, registros e estudos foram sendo conduzidos, com o intuito de organizar as informações dessa terapêutica, assim como divulgar os efeitos dos diversos recursos, técnicas e instrumentos fisioterapêuticos. No entanto, ainda há necessidade de se investigar – por meio de pesquisas com qualidade metodológica – as repercussões sistêmicas, as respostas individuais, os diferentes desfechos e as muitas condições clínicas, no que se refere a aplicação das intervenções. Ensaios clínicos, controlados e randômicos, comparando-se as diferentes intervenções da fisioterapia respiratória são necessários para definir a melhor terapêutica na reabilitação das diferentes afecções respiratórias, e o momentomais adequado para sua indicação. A maioria dos trabalhos identificados avaliou pacientes com doenças pulmonares crônicas, como a fibrose cística, e comparou técnicas manuais com recursos instrumentais. Nem todas as evidências avaliam e especificam os recursos e as técnicas aplicadas, apenas citam a realização da fisioterapia respiratória como terapêutica. Assim, a busca por evidências que esclareçam os efeitos das intervenções fisioterapêuticas e norteiem a prática clínica tem sido uma constante. Há uma grande preocupação com a validação das condutas existentes, pois a literatura é confusa e conflitante, os trabalhos apresentam metodologias limitadas, amostras pequenas, falta de padronização e sistematização dos procedimentos, alguns indicadores de efeito ainda são subjetivos e questionáveis. Os profissionais devem realizar uma análise cuidadosa das evidências; se atualizarem frente a literatura cientifica - revisões sistemáticas, metanálises e guidelines - para assim atuarem de forma segura e efetiva. Referencias 1-Pryor JA. Physiotherapy for airway clearance in adults. European Respiratory Journal 1999 14: 1418-1424 2-Osadnik CR, Mcdonald CF, Jones AP, Holland AE. 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Questões 1) Técnica francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas, definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra-lateral e uma pressão de contra-suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem que sua aplicação pode ser realizada tanto em adultos como crianças maiores. Assinale a técnica referida na afirmação? a) TEF b) TCAR c) ELTGOL d) ELPr Resposta: alternativa C Comentário: A técnica ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas, também chamada em francês de “l'expiration lente totale glotte ouverte en infralate ´ral ”. É definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra-lateral https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/ https://bmcpublichealth.biomedcentral.com/ e uma pressão de contra-suporte na caixa torácica inferior superior. Tem como vantagem que sua aplicação pode ser realizada tanto em adultos como crianças maiores 2) O CAR combina respiração controlada exercícios de expansão torácica, sendo finalizada com a TEF, e sua aplicação tem a finalidade de potencializar as trocas gasosas deslocando as secreções pulmonares melhorando a ventilação e a função pulmonar. A TEF consiste na última etapa do CAR. Qual a finalidade da TEF como última etapa do CAR? I) Expansão pulmonar II) Desobstrução brônquica III) Deslocamento da secreção IV) Melhora das trocas gasosas Assinale a alternativa verdadeira: a) Todas são verdadeiras b) II, III, IV são verdadeiras c) I, II, III são verdadeiras d) I, II e IV são verdadeiras Resposta correta: letra B Comentários: A TEF não promove expansão pulmonar. A TEF promove desobstrução brônquica através do deslocamento da secreção e expulsão muco. Consequentemente leva a melhora das trocas gasosas. 3) São consideradas técnicas a fluxo? a) ELTGOL, ELPr e AFE b) DA, huffing, DP c) AFE, ELTGOL, vibrocompressão d) TEF, AFE e DA Resposta correta: letra A Comentários: São consideradas técnicas modernas ou a fluxo: AFE, DA, ELTGOL, ELPr, TEF e outras. As consideradas técnicas convencionais são: vibração, vibrocompressão, DP, tapotagem e outras 4) Utilizam dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o deslocamento de secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Além de promoverem a manutenção da pressão positiva expiratória. Essas afirmações se referem a: a) Técnicas manuais b) Técnicas modernas ou a fluxo c) Recursos instrumentais d) Exercícios lúdicos Resposta correta: alternativa C. Comentários: Os recursos instrumentais se diferenciam das técnicas manuais por utilizarem de dispositivos para alterar a propriedade tixotrópica do muco, promover o deslocamento de secreções da periferia pulmonar para vias aéreas centrais. Alguns dispositivos promovem também a manutenção da pressão positiva expiratória. Os exercícios lúdicos podem ser realizados com instrumentos mais também somente com exercícios a fluxo. 5) Na adaptação caseira ou a criação de protótipos, a resistência da maioria dos aparelhos é criada por um selo de água. Dependendo do efeito desejado da técnica e da taxa de fluxo do paciente, a coluna de água é geralmente de 10-13 cm de profundidade em uma garrafa de no mínimo um litro. O nível de PEP gerado com este dispositivo é geralmente entre 10 e 20 cmH2O. Ao aumentar a profundidade da água, consequentemente aumentará a pressão, diminuindo as oscilações durante a expiração. Por outro lado, a diminuição da profundidade da água aumentará as oscilações e diminuirá a pressão durante a expiração. Estamos falando de qual técnica? Assinale a afirmação correta a) Flutter b) EPAP c) Máscara de pep d) Pep subaquático Resposta: alternativa D. Comentários: Na adaptação caseira ou a criação de protótipos, a resistência da maioria dos aparelhos é criada por um selo de água. Dependendo do efeito desejado da técnica e da taxa de fluxo do paciente, a coluna de água é geralmente de 10-13 cm de profundidade em uma garrafa de no mínimo um litro. 6) O exercício se tornou um recurso, não somente diagnóstico, mas também terapêutico para indivíduos com disfunções respiratórias crônicas, sendo também parte integrante no manejo dessas doenças uma vez que contribui para um menor declínio da função pulmonar quando associado ou intercalado as técnicas de fisioterapia respiratória. Paciente pode substituir o exercício pela fisioterapia. Essa afirmação é verdadeira ou falsa? Justifique sua resposta. Comentários: falsa. Atualmente, recursos como exercícios respiratórios associados aos exercícios físicos são recomendados pela literaturacomo coadjuvante do tratamento fisioterapêutico. 7) Técnica que foi desenvolvida com o propósito de melhorar o acúmulo de secreções em crianças pequenas com fibrose cística. Essa técnica propõe o esvaziamento passivo das secreções por aumento do fluxo expiratório e apoio abdominal. Estamos falando da: a) AFE b) TEF c) ELTGOL d) DAA Resposta: alternativa A. Comentários: Em 1970, Barthe (1990), com o propósito de melhorar o acúmulo de secreções em crianças pequenas com fibrose cística, propôs uma técnica de esvaziamento passivo das secreções por aumento do fluxo expiratório e apoio abdominal. Encontram-se na França, datados de 1968, os primeiros esboços da descrição da manobra de aumento do fluxo expiratório, por Mme Martinat: "As contrações renovadas dos músculos expiratórios têm por objetivo trazer as secreções da periferia pulmonar para coletá-las nos grossos brônquios ou na traquéia" 8) A fibrose cística é uma doença pulmonar obstrutiva crônica. Entre todos os sintomas, o mais comum é o aumento da quantidade e viscosidade da secreção pulmonar. Na prática clínica, deve ser considerada exclusivamente técnica de desobstrução brônquica: I)Drenagem postural associada ao huffing II)Manobra de vibrocompressão com bloqueio unilateral III)Pressão positiva expiratória IV)Incentivador inspiratório Assinale a alternativa correta: a) Todas as alternativas anteriores b) Somente I e II estão corretas c) Somente a III está correta d) Somente a IV está correta Afirmativa correta: B Comentários: a pressão positiva expiratória pode ser considerado um dispositivo que auxilia na tixotropia do muco, porém é um dispositivo que visa a expansibilidade da via aérea. O incentivador inspiratório não é utilizado para finalidade de desobstrução brônquica e sua utilização na fibrose cística é controversa e sem embasamento científico. 9) No que se refere a abordagem do paciente pediátrico, assinale a alternativa incorreta a) CAR combina respiração controlada exercícios de expansão torácica, controle da respiração e expansão da caixa torácica sendo finalizada com a TEF. b) ELTGOL é francesa, desenvolvida para desobstrução das vias aéreas. É definida como uma técnica ativa-passiva ou ativa, em que o paciente é posicionado em decúbito lateral e realiza expirações lentas da capacidade residual funcional (CRF) ao volume residual com a glote aberta. O fisioterapeuta deve se posicionar atrás do paciente para que consiga exercer uma pressão abdominal infra-lateral e uma pressão de contra-suporte na caixa torácica inferior superior. c) "AFE rápida" e "AFE lenta", e é essa modulação na velocidade do fluxo aéreo expiratório que permite a drenagem das diferentes regiões da árvore brônquica e que diferencia esta técnica das outras técnicas baseadas no fluxo expiratório. d) A Drenagem autógena assistida é uma técnica passiva de ajuda expiratória aplicada ao lactente. A técnica deve ser obtida por meio de uma pressão manual tóraco-abdominal lenta que se inicia ao final da expiração espontânea mantida até o volume residual (VR). Objetivo é obter um volume expirado maior que o de uma expiração normal que ela apenas prolonga e completa. Resposta: alterantiva D. Comentário: a descrição mencionada “A Drenagem autógena assistida é uma técnica passiva de ajuda expiratória aplicada ao lactente. A técnica deve ser obtida por meio de uma pressão manual tóraco-abdominal lenta que se inicia ao final da expiração espontânea mantida até o volume residual (VR). Objetivo é obter um volume expirado maior que o de uma expiração normal que ela apenas prolonga e completa”, se refere a ELPr e não a drenagem autógena assistida. 10) As válvulas de EPAP são amplamente aplicáveis em pacientes com doença pulmonar crônica. Assinale qual alternativa não se refere a benefícios do EPAP. a) expansão pulmonar, b) eliminação de secreção pulmonar c) redução da hiperinsuflação d) aumento da tolerância ao exercício resposta correta: alternativa D. Comentários: Não há consenso na literatura sobre os reais benefícios da EPAP na redução da hiperinsuflação dinâmica e no aumento da tolerância ao exercício em indivíduos com doença pulmonar crônica . Questões Caso clínico 1) Lactente esteve internado por bronquiolite viral aguda por 45 dias. Ao receber a alta hospitalar é encaminhado para fisioterapia respiratória, e encontra-se com: FR: 40 rpm, ausculta pulmonar: murmúrio vesicular presente bilateral com roncos e estertores difusos, tiragem intercostal presente, FC: 135bpmm, SpO2: 92% em ar ambiente. A) Quais os recursos a fisioterapia respiratória se dispõem no tratamento desse caso? Resposta e comentários: pode-se citar como resposta as técnicas convencionais e instrumentais B) Cite três contraindicações de técnica convencionais Resposta e comentários: Contraindicações das técnicas convencionais: A princípio, muito se questionou sobre a tolerância à postura em Trendelemburg e seus riscos não sendo recomendada em lactentes e crianças devido ao risco de refluxo gastroesofágico, hipertensão intracraniana e hidrocefalia, edema pulmonar, desconforto respiratório, e coleções pleurais não drenadas. A contra-indicação da percussão torácica nos casos de osteoporose, coagulopatia, contusão pulmonar e enfisema subcutâneo foi apresentada por Ford et al. e o benefício de sua associação com a drenagem postural foi questionado no trabalho de Murphy et al. (1983). Caso clínico 2: Fibrose cística é uma doença crônica, pulmonar, obstrutiva e em progressão. O paciente deve manter a fisioterapia respiratória constantemente mesmo nos períodos de exacerbação. Entretanto, a adesão a fisioterapia domiciliar ou online é ainda um desafio. a) Nesse sentido, quais os critérios e recursos instrumentais você indicaria para os pacientes domiciliares? Resposta e comentários: os critérios principais a considerar em relação a indicações dos recursos instrumentais são idade do paciente, capacidade cognitiva e motora para a realização o exercício e se tem ou não o equipamento indicado. Como recursos instrumentais domiciliares a partir dos critérios citados indicaria válvula de Epap, shaker ou flutter, os dispositivos lúdicos, ventilação não invasiva (VNI), dispositivos para treinamento muscular respiratório e os simuladores de tosse. b) O que seria necessário para validação das técnicas de fisioterapia respiratória? Resposta e comentários: realização de ensaios clínicos e estudos duplo cegos, com o intuito de entender a aplicabilidade das técnicas manuais e recursos instrumentais em diferentes condições clínicas View publication stats https://www.researchgate.net/publication/364489060