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Projeto de Lei Complementar PLP 12/2024: Direitos Trabalhistas Para Motoristas De Aplicativos Com o progresso tecnológico e a popularização dos aplicativos de transporte remunerado individual de passageiros têm, de fato, trazido mudanças significativas ao mercado de trabalho no Brasil. Essa nova forma de trabalho intermediado por empresas que operam os aplicativos oferece uma alternativa conveniente e acessível para a locomoção urbana, fornecendo serviços eficientes e ágeis. No entanto, a relação de trabalho estabelecida entre os condutores e as empresas que operam os aplicativos tem gerado debates e preocupações em relação à garantia dos direitos trabalhistas e à segurança social dos profissionais envolvidos. Essas adversidades destacam a necessidade urgente de propor uma legislação que esclareça a natureza jurídica da relação laboral intermediada pelas empresas e os trabalhadores, garantindo-lhes direitos mínimos para uma existência digna. Este marco legal deve estar em conformidade com os princípios fundamentais estabelecidos na Constituição Federal de 1988, especialmente no que se refere à dignidade da pessoa humana. A finalidade deste Projeto de Lei Complementar é conciliar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos trabalhistas, buscando assegurar um ambiente de trabalho digno e justo para os condutores que prestam serviços por meio de aplicativos de transporte remunerado individual de passageiros. Nesse contexto, o Projeto de Lei Complementar visa estabelecer diretrizes claras e transparentes para a relação entre os trabalhadores e as empresas operadoras de aplicativos, garantindo a proteção social dos envolvidos sem prejudicar a eficiência e a dinâmica do setor. Essas medidas visam garantir que os motoristas de aplicativos tenham acesso a direitos básicos, como jornada de trabalho digna, remuneração justa, seguro de trabalho e acesso a benefícios sociais. Ao mesmo tempo, busca-se promover um ambiente de negócios saudável e competitivo, que permita o desenvolvimento contínuo do setor de transporte remunerado de passageiros por aplicativo. Apresentação do PLP n. 12/2024 (Projeto de Lei Complementar), pela PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, que "Dispõe sobre a relação de trabalho intermediado por empresas operadoras de aplicativos de transporte remunerado privado individual de passageiros em veículos automotores de quatro rodas e estabelece mecanismos de inclusão previdenciária e outros direitos para melhoria das condições de trabalho. ". Os direitos trabalhistas para motoristas de aplicativos têm sido um tema de debate e discussão em muitos países, incluindo o Brasil. Os pontos que desencadeiam a compreensão do assunto a ser discutido: Classificação do vínculo empregatício: Uma questão central é se os motoristas de aplicativos devem ser classificados como trabalhadores autônomos ou como empregados. Isso tem implicações significativas nos direitos trabalhistas, como salário mínimo, horas de trabalho, benefícios e proteções sociais. Decisões judiciais: Em alguns casos, tribunais brasileiros têm decidido que motoristas de aplicativos devem ser considerados empregados, devido à dependência econômica das plataformas de tecnologia e à subordinação aos algoritmos e políticas das empresas. Essas decisões têm resultado na concessão de direitos trabalhistas, como pagamento por horas extras, férias remuneradas e contribuições para a previdência social. Legislação específica: Em resposta a essas questões, alguns estados brasileiros têm proposto legislações específicas para regulamentar o trabalho dos motoristas de aplicativos. Essas leis podem estabelecer direitos e obrigações claras para as empresas de tecnologia e os motoristas, abordando questões como remuneração, jornada de trabalho e segurança no trabalho. Negociações coletivas: Algumas empresas de tecnologia têm buscado estabelecer acordos coletivos com associações de motoristas de aplicativos. Esses acordos podem definir condições de trabalho e benefícios para os motoristas, enquanto mantêm sua classificação como trabalhadores autônomos. Desafios e controvérsias: Apesar dos avanços em garantir direitos trabalhistas para os motoristas de aplicativos, ainda existem desafios e controvérsias. Alguns argumentam que a classificação como trabalhadores autônomos permite flexibilidade e liberdade para os motoristas, enquanto outros defendem a necessidade de proteções trabalhistas mais abrangentes. Segundo o Art. 3º: O trabalhador que preste o serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros em veículo automotor de quatro rodas, com intermediação de empresa operadora de aplicativo, será considerado, para fins trabalhistas, trabalhador autônomo por plataforma e será regido por esta Lei Complementar sempre que prestar o serviço, desde que com plena liberdade para decidir sobre dias, horários e períodos em que se conectará ao aplicativo. Entre os principais aspectos contemplados pelo Projeto de Lei Complementar, destacam-se: a) O estabelecimento claro da relação de trabalho entre os condutores e as empresas operadoras de aplicativos de transporte remunerado privado individual de passageiros, garantindo direitos trabalhistas, como piso remuneratório reajustado de acordo com a Política Nacional de Reajuste do Salário-Mínimo, e a segurança e saúde do trabalhador, estabelecendo, dentre outros, o limite máximo de 12 horas de conexão à plataforma por dia. b) A garantia dos direitos previdenciários, essencial para assegurar a proteção social e o bem- estar dos trabalhadores ao longo de suas vidas. c) A Implementação de mecanismos de controle e fiscalização das atividades das empresas operadoras de aplicativos, visando coibir práticas abusivas, discriminação e precarização do trabalho. Definindo regras claras para o bloqueio suspensão e exclusão do trabalhador da plataforma. d) Os diretos à representação por entidade sindical, garantido direitos à organização sindical, a sindicalização e à negociação coletiva. e) O incentivo à capacitação e formação profissional dos condutores, visando ao desenvolvimento de habilidades técnicas e de segurança no trânsito. Em resumo, os direitos trabalhistas para motoristas de aplicativos no Brasil estão em evolução, com debates em andamento sobre a classificação do vínculo empregatício e a regulamentação do trabalho nesse setor. O equilíbrio entre flexibilidade e proteção social continua sendo uma questão-chave nesse contexto. Fontes: https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2419243 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2391423 https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/3/empresas-e- trabalhadores-debateram-proposta-de-regulacao-do-trabalho-autonomo-por-plataforma https://www.camara.leg.br/propostas-legislativas/2419243 https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2391423 https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/3/empresas-e-trabalhadores-debateram-proposta-de-regulacao-do-trabalho-autonomo-por-plataforma https://www.gov.br/secom/pt-br/fatos/brasil-contra-fake/noticias/2023/3/empresas-e-trabalhadores-debateram-proposta-de-regulacao-do-trabalho-autonomo-por-plataforma
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