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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Prof° Adelina 30 de out. de 2023 Introdução - Rotina diária → emergência. - "abdome → verdadeira caixa surpresas“ → muitos erros diagnósticos - Dor não relacionada a trauma - Diagnóstico → Anamnese e Exame físico → principal ● História Clínica → 70% ● História + EF → 90% Definição - Síndrome dolorosa aguda de intensidade variável → leva doente procurar médico / serviço emergência. - Requer tratamento imediato clínico ou operatório. - Não tratado, evolui → piora sintomas e deterioração estado geral → morte Clínica - A dor é o sintoma mais importante - Engloba várias patologias → manifestações clínicas particulares - Importante → início e evolução sintomas ● Dor → sintoma predominante ○ Início, localização, caráter [tipo], irradiação, periodicidade, grau intensidade [1-10], fatores desencadeantes, fatores melhoram [medicação/posição antálgica], fatores pioram, fatores acompanham, horário → orientam etiologia ● Febre ● Náuseas e vômitos ● Distensão abdominal. Exame Físico - DDH → abdome 5º EIC até sínfise púbica 1 - Quadrante Superior Direito - Quadrante Superior Esquerdo - Quadrante Inferior Direito - Quadrante Inferior Esquerdo Etiologia 2 Classificações - Ordem do mais comum para o menos comum: (etiopatogenia) ● Inflamatório (infeccioso) ● Obstrutivo ● Perfurativo ● Hemorrágico ● Vascular Abdome Agudo Inflamatório - Tipo mais comum - Decorrente processos inflamatórios ou infecciosos → peritonite - Etiologias mais comuns ● Apendicite aguda ● Colecistite aguda ● Pancreatite aguda ● Diverticulite aguda 1- Apendicite Aguda - Etiologia → obstrução de luz por fecálito, fezes normais, áscaris, bário, ... - Clínica: ● Dor abdominal progressiva e constante epigástrio e região periumbilical e migra para FID ● Náuseas e vômitos ● Anorexia ● Febre ○ Pode ocorrer por evolução do quadro infeccioso ○ Idosos e HIV dificuldade de fazer febre e aí acaba complicando o diagnóstico clínico ● Alteração do hábito intestinal ○ O processo inflamatório pode dar diarreia, mas é mais raro. 3 - Diagnóstico: esses são pedidos eventualmente, pois normalmente o diagnóstico é clínico ● Hemograma → leucocitose com neutrofilia ● RX simples → alça sentinela e fecalito ● USG → massa ou liquido periapendicular e apêndice aumentado - Exame Físico: ● Febre ● Taquicardia ● Posição antálgica DLD (decúbito lateral direito) com quadris flexionados ○ Essa posição tira a distensão o que dá menos dor ao paciente ● RHA reduzidos ou ausentes ● DB + → Sinal de Blumberg no Ponto de McBurney (terço distal entre cicatriz umbilical e Espinha ilíaca ântero superior direita) ○ Descompressão brusca positiva OBS! FECALITO → Termo médico referente bolo fecal endurecido no interior intestino grosso, devido congestionamento no trânsito intestinal - Ponto de McBurney: OBS! Está localizado na transição dos ⅔ proximais para o terço distal - Sinal de Blumberg: ● Dor ou piora da dor à descompressão súbita do ponto de McBurney. ● DB+ Indicativo inflamação peritoneal → apendicite Outros: ● Sinal do Psoas → dor FID (fossa ilíaca direita) a elevação passiva MID em hiperextensão ○ Dor ○ Ao fazer segura o quadril do paciente e com a outra mão puxa para fazer uma hiperextensão passiva 4 ● Sinal do Obturador → dor FID a flexão passiva perna sobre a coxa e coxa sobre pelve, com rotação interna coxa ○ Faz uma flexão passiva do joelho e rotação externa do quadril ● Sinal de Rovsing → dor FID a compressão retrograda da FIE ○ Apertar a fossa esquerda fazendo pressão para o bolo fecal voltar e com isso, distende a fossa ilíaca direita = dor 5 - Tratamento: - Clínico: ● Jejum ● Hidratação EV ● ATB → amplo espectro - anaeróbios e Gram-negativos, de imediato. ● Sonda Nasogástrica (vômitos e obstrução) - Cirurgia: ● Feito diagnóstico → apendicectomia imediata - Apendicectomia: ● Apendicectomia aberta ou Apendicectomia laparoscópica (sem complicação) OBS! Imagem 1: E → pega aponeurose = bem rápida de fazer - Imagem 2: Incisão bem no ponto de McBurney, ela é oblíqua perpendicular à crista ilíaca ântero superior. Seu comprimento varia de 5 a 10 cm - Imagem 3: Incisão de Rockey-Davis → incisão transversa, realizada a cerca de 2 cm da cicatriz umbilical na linha médio-clavicular, com cerca de 5 cm de extensão - Apendicectomia aberta: ● Ressecção apêndice cecal ● Invaginação coto apendicular: técnica cirúrgica Ochsner → sutura em bolsa de tabaco ○ Isso para segurança que não infecte o local 6 - Apendicite Aguda → Apendicectomia Aberta X Laparoscópica ● Vantagens: ● Cirurgia aberta ○ Menor tempo e custos operatórios ○ Menor índice abscesso ■ Quando abre, aproveita e lava ○ Baixos custos hospitalares ● Videolaparoscopia → reduz tempo recuperação e retorno trabalho, ○ Diminui analgésicos ○ Menor índices infecção ferida operatória OBS! Quadro arrastado laparotomia e não laparoscopia - Quando faz laparotomia branca (abrir para explorar) aproveita e já tira o apêndice - Pós-operatório: ● Apendicite não perfurada → 24 a 48 h internação ○ Dieta leve (líquidos) no início e progride conforme tolerado ■ Só pode sair do hospital após evacuar ○ Sedação ○ Antibiótico (Não é necessário após alta) ● Apendicite complicada → antibioticoterapia ○ Drenagem cavidade → S/N (se necessário) (PROVA) 2- Colecistite Aguda - Etiologia: mais comum → colelitíase - Diagnóstico: ● História Clínica: 7 ○ Dor intensa hipocôndrio direito, em cólica, duração > 30 min, piora ingestão alimentos, pode ter dor referida ombro direito ■ Dor referida → quando ela não é no local que está sendo lesado ○ Febre, náuseas e vômitos. ○ Taquicardia ○ Raro icterícia ● Fatores de risco: ○ Sexo feminino ○ Gestação ○ Obesidade ○ Idade > 50 anos ● Exame Físico: ○ Ausculta → RHA diminuídos ou normais ○ Percussão → dor hipocôndrio direito ○ Palpação → sinal de Murphy + (interrupção inspiração palpação profunda ponto cístico) dor intensa DB ponto cístico. ● Exames laboratoriais → inespecíficos ○ Leucocitose ○ Aumento fosfatase alcalina ○ Aumento bilirrubina ● USG = ultrassonografia ○ Pode evidenciar cálculos, ○ Parede vesicular espessada (>4mm) ○ Sinal ultrassonográfico de Murphy + → > 90% - Sinal de murphy ● É positivo quando o paciente cessa bruscamente o movimento inspiratório e ao mesmo tempo queixa-se de dor - Tratamento: ● Jejum ● Reposição hídrica intravenosa (IV) 8 ● Antibiótico IV (aerobias Gram-negativas, anaeróbicas e aerobios Gram-positivos) → atb amplo espectro ● Sedação com opiáceos parenteral ● Controlar dor ● Cirurgia: ○ Colecistectomia aberta ou laparoscópica ○ Depende do quadro → aberta tem mais acesso ■ Fazer quando está espessa, com muitos cálculos e muito pus → às vezes não passa pelo buraco ○ Na laparoscopia o pós-operatório para o paciente é mais rápido - Convencional: - Classificação: ● Quanto a via de acesso ○ Laparotomia subcostal direita ○ Laparotomia mediana → mais rápida na urgência ○ Laparotomia paramediana direita ● Exploração da cavidade abdominal ● Quanto a colecistectomia ○ Do ducto cístico para o fundo - ANTERÓGRADA ○ Do fundo para o ducto cístico - RETRÓGRADA ○ Método misto OBS! O fundo e a parte mais redondinha da vesícula - Geralmente faz misto, nem retrógrado e nem anterógrado 9 - Laparoscópica: - Pontos de incisão dos trocartes 3- Diverticulite Aguda - Doença diverticular: pequenas protuberâncias (saculações) parede cólon - fragilidade parede e tem mais no sigmóide, mas qualquer parte Intestino pode ter ● Diverticulite aguda → inflamação / infecção (20%) ● Diverticulose: divertículos sem complicações - Fatores de risco: ● Dieta pobre fibras ● Obesidade ● Sedentarismo etc,... - Complicações ● Perfuração - Diagnóstico: ● Clínica: ○ Dor abdominal andar inferior, insidiosa e progressiva, inicialmente visceral e mal localizada e depois parietal, mais precisa → dor semelhante apendicite ○ Febre ○ Náuseas e vômitos ● Antecedentes pessoais: ○ Doença diverticular prévia ○ Constipação ○ Dor semelhante (autolimitada e resolução espontânea)10 ● Exame físico: ○ Estado geral preservado ○ Febre eventual ○ Taquicardia ○ Hipotensão ○ Dor palpação local divertículo inflamado → DB + - Tratamento: - Clínico: ● Doença não complicada: ○ Dieta líquida e pobre em resíduos ○ atb VO ou IV (anaeróbios e gram-negativos → ciprofloxacino com metronidazol ou clindamicina 7 a 10 dias) - Sintomas persistentes: internação para observação, dieta com alto índice fibras, e medicação IV ● Sintomas obstrutivos → SNG (sonda nasogástrica) e jejum - Cirúrgico: ● 20% tto cirúrgico (vários episódios agudização ou diverticulite complicada) ● Cirurgia eletiva → ressecção segmentar ( ≥ 2 episódios agudização) ● Cirurgia urgência ○ Anastomose primária ■ Quando resseca a porção afetada e depois junta as pontas restantes ○ Cirurgia de Hartmann → colostomia ■ Na emergência faz a cirurgia de retirada e depois faz colostomia ■ Após isso, o paciente entra para uma fila para fazer uma cirurgia eletiva para fazer anastomose - Cirúrgico de emergência: perfusão com peritonite ● Cirurgia de alça ● Anastomose 1ª (cólon sem preparado) ● Cirurgia de Hartmann (ressecção segmentar sigmóide → sepultamento coto distal exteriorização boca proximal por colostomia 4- Pancreatite Aguda - Importância DD abdome agudo → tratamento não é cirúrgico.. - Clínica: ● Dor abdominal forte intensidade epigástrio, ○ Pode irradiar para o dorso (característico mas raro), ○ Em faixa característica (órgão retroperitoneal). ● Posição antálgica: 11 ○ Evita DDH e prefere DL (diminui peso das vísceras sobre órgão = alivia a dor) ○ Vômitos frequentes (episódios diurnos) - AP: ● Etilismo (2ª > causa) ● Etiologia biliar (procurar história cálculos e cólica biliar), ● Alimentação copiosa antes crise - EF: ● Queda EG ● Desidratação, ● Taquicardia, ● Hipotensão, ● Aumento FR ● Abdômen: dor palpação epigástrio e hipocôndrio esquerdo ● DB: (órgão retroperitoneal) estágios avançados → peritonite - Diagnóstico: ● Dor típica ● Alteração exames laboratoriais (amilase e lipase) ● Alteração exame imagem (USG, TC e RNM) - Complicações: ● Disfunção orgânica grave ● Choque ● Pancreatite necro ● Hemorragia grave → cirurgia. ● Tardias locais → pseudocisto pâncreas abscesso pancreático. - Tratamento: - Não há tratamento específico que impeça progressão 12 Abdome Agudo Obstrutivo - Decorre obstrução intestinal mecânicas ou alteração da Motilidade → sem progressão bolo fecal - Etiologia: ● Aderências (ou bridas - cirurgias prévias) ● Hérnias estranguladas ● Neoplasias intestinais ● Fecaloma, ● Obstrução pilórica, ● Volvo de sigmóide, ● Intussuscepção, ● Íleo biliar, ● Bolo de áscaris, ● Tricobezoar e fitobezoar OBS! Os 3 primeiros equivalem a 80% das obstruções 13 - Bezoar: ● Coleção material exógeno → não digerido → obstrui TGI (estômago, íleo) - Fatores risco: ● Mastigação inadequada ● Perturbações psiquiátricas ● Distúrbios motilidade ● Hipocloridria gástricas ● Gastrectomizados - Classificação (composições): ● Fitobezoar (fibras vegetais) → 40% (sementes, cascas, raízes,...) ● Tricobezoar (cabelo) 14 - Localização: ● Intestino delgado → 80% ● Intestino grosso → 20% - Clínica: ● Dor em cólica e difusa. ● Distensão abdominal progressiva, ● Náuseas e vômitos ● Parada de eliminação de gases e fezes. - EF: ● Início → RHA aumentado, timbre metálico ● Evolução → ausentes ● Eventual → peristaltismo visível (Ondas Kussmaul) - Diagnóstico: RX simples abdome de pé e deitado ● Sinal empilhamento de moedas ● Níveis hidroaéreos ● Edema parede alça - Tratamento: - Clínico (48hs): ● Correção distúrbios hidroeletrolíticos e ácido básico ● Reposição volêmica ● Monitoramento clínico (PA, P, ..) ● Sondagem vesical (controle débito urinário e volemia) ● SNG (descompressão - risco broncoaspiração) ● ATB 15 - Cirúrgico: ● Sem melhora ou quadro exuberante ● Etiologias: bolo de ascaris, bridas/aderências, invaginação intestinal, volvo ou torção de sigmóide e fecaloma. ● Laparotomia ● Ressecção de alça - Laparotomia: ● Obstrução ○ Descompressão (estomias e derivações internas ou pela retirada da causa) ○ Anastomose 1º ○ Cirurgia de Hartmann ● Bridas, aderências ou hérnias ○ Sem alteração vascular ■ Lise bridas ■ Redução hérnias ○ Sofrimento vascular ■ Ressecção alça afetada ■ Anastomose 1º ■ Cirurgia de Hartmann ● Neoplasias: ○ Cólon direito → colectomia direita com íleo transverso anastomose (peritonite franca, não anastomose 1ª) ○ Cólon esquerdo/sigmóide/reto ■ Anastomose 1º ■ Cirurgia de Hartmann ■ Colostomia definitiva ● Volvo sigmóide ○ Retossigmoidoscopia (sem sofrimento) ○ Ressecção (com sofrimento) ■ Anastomose 1º ■ Cirurgia de Hartmann ● Fecaloma ○ Enemas consecutivos ○ Extração manual com anestesia. 16 Abdome Agudo Perfurativo - Perfuração alça oca não traumática - Etiologia: ● Processos inflamatórios ● Neoplásicos, infecciosos ● Uso contínuo medicamentos (anti-inflamatórios) ● Iatrogênica OBS! Os três primeiro tem perfuração de víscera ocas → mais comum em úlcera péptica - Clínica: ● Dor súbita, difusa e forte intensidade → irradiação ombro (irritação diafragma) ● Sinais sepse ● Hipotensão ● Choque - EF: ● Abdome rígido (em tábua) ● DB + → peritonite ● RHA ausentes ● Percussão → ausência macicez hepática → timpanismo (Sinal de Jobert) → pneumoperitônio - Irritação peritônio: (química) ● Suco gástrico ● Fezes ● Bile ● Urina ● Sangue - Posteriormente → processo infeccioso → choque séptico - Diagnóstico: ● RX de pé (com cúpulas)→ ar entre fígado e diafragma/estômago e diafragma → pneumoperitônio - Úlcera péptica 17 - Tratamento: - Úlceras gástricas ou duodenais: ● Clínico medicamentoso e pesquisa H.pylori ● EDA (Endoscopia digestiva alta) → Diagnóstico hemorragia ○ Tratamento indicação: ■ Hemorragia recente endoscopia diagnóstica ■ Hemorragia ativa em jato ■ Vaso visível não sangrante ou com coágulo aderido ● Cirúrgico: ○ Hemorragia maciça e ativa, endoscópica não funciona ○ Laparotomia: ráfia + retalho omento gastrectomia Abdome Agudo Hemorrágico - Resulta de sangramento intra-abdominal espontâneo - Epidemiologia: ● Raro ● Potencialmente fatal ○ Taxas mortalidade 40% não operados ○ 100% operados → não encontra foco ● Fatores de risco → Aterosclerose, HAS, coagulopatia e uso anticoagulantes. - Etiologia: ● Rotura aneurismas Ao ● Neoplasias ● Gravidez ectópica rota 18 - Clínica: ● Específicos: ○ Dor abdominal principal sintoma (intensidade e localização dependem causa) ○ Alterações hemodinâmicas (perda sanguínea) ○ Choque hemorrágico → taquicardia e hipotensão → choque hipovolêmico ● Inespecíficos (depende velocidade da perda): ○ Palidez cutânea ○ Sudorese ○ Pulsos finos - Gravidez ectópica rota - Condição onde óvulo fertilizado → fixa fora útero - Sem tratamento → sangramento → risco de vida - Etiologia: ● Desequilíbrio hormonal (ciclo irregular) ● Alterações trompas - Fatores risco: ● Gravidez ectópica prévia ● Cirurgia tubas uterinas ● Doença inflamatória pélvica ● Tratamento de infertilidade - Clínica: ● Dor abdominal intensa (normalmente unilateral e pelve) ● Amenorreia ou sangramento vaginal indolor. - Exame físico: ● Massa anexial palpável, ● Abdome rígido, DB + (hemoperitoneo) ● Sinal de Cullen (equimose periumbilical). ● Toque vaginal → dor intensa compressão fundo saco Douglas. ● Choque → Taquicardia, hipotensão e palidez cutânea → Cirurgia imediata 19 Abdome Agudo Vascular - Isquemia aguda por interrupção fluxo sanguíneo 2º a embolia ou trombose - Etiologia: ● 30 a 50% embolia a. mesentérica superior ● Trombose arterial ● Torção omento ○ Volvo pode levar a isquemia, impede o sangue de chegar no omento ● Torção pedículo ovariano ● Infarto esplênico - Clínica: ● Variável → depende extensão e níveis isquemia → morte (70%) difícil diagnóstico precoce ● Queda estado geral, ● Dor abdominal súbita, muito intensa OBS! Dor “desproporcional” ao EF → em contraste com o exame que nao em nada (sem massa, sem DB, etc) - EF: ● Abdominal → poucos achados ● DB inicialmente negativo - Toque retal: ● Eventual fezes aspecto “geleia de amora”(necrose mucosa intestinal) - Angiografia mesentérica e TC → em caso de dúvida diagnóstica OBS! Importante: não adiar cirurgia (rápida progressão isquemia) - Circulação intestinal: ● Intestino → rica rede circulação colateral → oclusão pouco sintomática ● Tronco celíaco → sai direto da aorta e se divide em 3 ramos: ○ A. gástrica esquerda ○ A. hepática comum ○ A. esplênica ■ Irrigar: ● Esôfago ● Estômago ● Duodeno proximal ● Fígado ● Vesícula biliar ● Pâncreas ● Baço ● A. mesentérica superior (principal) ○ Duodeno distal ○ Jejuno ○ Íleo ○ Colón (até flexura esplênica) OBS! Mucosa intestinal necessita fluxo sanguíneo elevado → rápida evolução para necrose ● A. mesentérica inferior ○ Colón descendente ○ Sigmóide ○ Reto 20 - Tratamento: ● Laparotomia: ● Incisão mediana xifopúbica ○ Alça em sofrimento ■ Ressecção segmentar ■ Anastomose 1º ■ Cirurgia de Hartmann Abdome Agudo Gestantes - Doença não obstétrica: 1ª apendicite aguda - Apendicite Aguda - tratamento o cirúrgico + comum (1: 1.500) - Diagnóstico difícil → 2 razões principais: ● 1º Tri → sintomas iniciais confundidos com própria gestação ● 2º metade → apêndice empurrado para hipocôndrio direito, descaracterizando a dor - Diagnóstico: USG ● Somente esse é permitido para gestante - Febre é incomum → só perfurado - Laboratoriais podem ser enganosos ● Leucocitose alta ● Gravidez = 16.000 células/μL ● Trabalho parto 21.000 células/Μl) - Apresentações “típicas” → 50% a 60% casos. 21 - Cirurgias: ● 2ª distúrbios trato biliar ● 3ª obstrução intestinal. - Diagnóstico → USG - Tratamento: ● Trato biliar ○ Colecistectomia laparoscópica ○ Tratamento conservador ○ Cirurgia 2º trimestre ou pós-parto para diminuir o risco fetal ● Obstrução ○ 75% aderências ○ 25% volvo ○ Difícil diagnóstico ■ Sinais e sintomas típicos “êmese gravídica” morbidades materna e fetal → demora tto ○ Dor cólica com distensão abdominal precoce → 3 períodos maior risco - mudanças rápidas volume uterino: ■ 16 a 20 semanas → útero cresce além da pelve; ■ 32 a 36 semanas → cabeça feto desce, ■ Pós-parto precoce 22
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