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DOCÊNCIA EM 
SAÚDE 
 
 
 
 
 
 
 
RADIOLOGIA EM PEQUENOS ANIMAIS 
 
 
1 
Copyright © Portal Educação 
2013 – Portal Educação 
Todos os direitos reservados 
 
R: Sete de setembro, 1686 – Centro – CEP: 79002-130 
Telematrículas e Teleatendimento: 0800 707 4520 
Internacional: +55 (67) 3303-4520 
atendimento@portaleducacao.com.br – Campo Grande-MS 
Endereço Internet: http://www.portaleducacao.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - Brasil 
 Triagem Organização LTDA ME 
 Bibliotecário responsável: Rodrigo Pereira CRB 1/2167 
 Portal Educação 
P842r Radiologia em pequenos animais / Portal Educação. - Campo Grande: 
Portal Educação, 2013. 
 125p. : il. 
 
 Inclui bibliografia 
 ISBN 978-85-8241-943-4 
 1. Medicina veterinária. 2. Radiologia – pequenos animais. I. Portal 
Educação. II. Título. 
 CDD 636.089 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 5 
1.1 POSICIONAMENTOS RADIOGRÁFICOS ............................................................................................... 6 
1.2 TÉCNICAS CONTRASTADAS ................................................................................................................. 6 
2 HÉRNIAS ................................................................................................................................................ 13 
2.1 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA ..................................................................................................................... 13 
2.2 HÉRNIA PERINEAL ................................................................................................................................ 13 
3 PÂNCREAS ............................................................................................................................................ 17 
4 FÍGADO ................................................................................................................................................... 18 
5 BAÇO ...................................................................................................................................................... 19 
6 ASCITE ................................................................................................................................................... 22 
7 SISTEMA MUSCULOSQUELÉTICO ...................................................................................................... 23 
8 FRATURAS ............................................................................................................................................. 24 
8.1 LUXAÇÃO E ENTORSE .......................................................................................................................... 34 
9 NEOPLASIAS ÓSSEAS E OSTEOMIELITE .......................................................................................... 41 
9.1 NEOPLASIAS ÓSSEAS .......................................................................................................................... 41 
9.2 OSTEOMIELITE ...................................................................................................................................... 42 
10 DISPLASIA COXOFEMORAL ................................................................................................................ 44 
11 DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA .............................................................................................. 47 
11.1 ESPONDILOSE ....................................................................................................................................... 48 
12 DISCOPATIA .......................................................................................................................................... 50 
13 AFECÇÕES OSTEOARTICULARES CONGÊNITAS, HEREDITÁRIAS E DO 
DESENVOLVIMENTO EM CÃES COM ESQUELETO IMATURO E COM DOENÇAS METABÓLICAS E 
NUTRICIONAIS .................................................................................................................................................. 51 
13.1 OSTEOCONDROSE E OSTEOCONDRITE DISSECANTE .................................................................... 51 
13.2 DISPLASIA DO COTOVELO ................................................................................................................... 51 
13.3 NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR ................................................................................ 52 
13.4 PANOSTEÍTE .......................................................................................................................................... 53 
13.5 ESPONDILOMIELOPATIA CERVICAL (SÍNDROME DE WOBBLER) .................................................... 54 
13.6 CONDRODISTROFIA.............................................................................................................................. 55 
13.7 DISTÚRBIOS METAFISÁRIOS DA PLACA DE CRESCIMENTO ........................................................... 55 
13.8 OSTEOPETROSE ................................................................................................................................... 56 
13.9 OSTEOGÊNESE IMPERFEITA ............................................................................................................... 56 
 
 
3 
13.10 RETENÇÃO DE NÚCLEOS CARTILAGINOSOS .................................................................................... 56 
13.11 OSTEOPATIA CRANIOMANDIBULAR ................................................................................................... 57 
13.12 EXOSTOSES CARTILAGINOSAS MÚLTIPLAS ..................................................................................... 57 
13.13 HEMIMELIA, FOCOMELIA E AMELIA .................................................................................................... 57 
13.14 SINDACTILIA, POLIDACTILIA E ECTRODACTILIA .............................................................................. 58 
13.15 HEMIATROFIA SEGMENTAR ................................................................................................................ 58 
13.16 VÉRTEBRA TRANSICIONAL .................................................................................................................. 58 
13.17 HEMIVÉRTEBRA .................................................................................................................................... 58 
13.18 VÉRTEBRA EM BLOCO ......................................................................................................................... 58 
13.19 CIFOSE E ESCOLIOSE .......................................................................................................................... 59 
13.20 ESPINHA BÍFIDA .................................................................................................................................... 59 
13.21 OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA ..................................................................................................... 59 
13.22 HIPERPARATIREOIDISMO .................................................................................................................... 59 
13.23 HIPERADRENOCORTICISMO ............................................................................................................... 60 
13.24 HIPERVITAMINOSE A ............................................................................................................................ 60 
13.25 RAQUITISMO ..........................................................................................................................................60 
14 SISTEMA CARDIOVASCULAR .............................................................................................................. 61 
14.1 EFUSÃO PERICÁRDICA ........................................................................................................................ 68 
15 SISTEMA RESPIRATÓRIO .................................................................................................................... 71 
15.1 COLAPSO DE TRAQUEIA ...................................................................................................................... 71 
15.2 ENFISEMA PULMONAR ......................................................................................................................... 85 
15.3 EFUSÃO PLEURAL ................................................................................................................................ 85 
15.4 PNEUMOTÓRAX .................................................................................................................................... 87 
16 SISTEMA DIGESTÓRIO ......................................................................................................................... 89 
16.1 ESÔFAGO ............................................................................................................................................... 90 
16.2 MEGAESÔFAGO .................................................................................................................................... 90 
16.3 CORPO ESTRANHO ESOFÁGICO ........................................................................................................ 91 
16.4 ESTÔMAGO ............................................................................................................................................ 92 
16.5 DILATAÇÃO GÁSTRICA ......................................................................................................................... 92 
16.6 TORÇÃO GÁSTRICA .............................................................................................................................. 94 
16.7 CORPO ESTRANHO GÁSTRICO ........................................................................................................... 94 
16.8 INTESTINO DELGADO ........................................................................................................................... 95 
16.9 INTUSSUSCEPÇÃO ............................................................................................................................... 96 
16.10 ÍLEO ........................................................................................................................................................ 96 
16.11 INTESTINO GROSSO ............................................................................................................................. 97 
 
 
4 
16.12 RETENÇÃO FECAL E FECALOMA ........................................................................................................ 97 
16.13 MEGACÓLON ......................................................................................................................................... 99 
16.14 CORPO ESTRANHO INTESTINAL ......................................................................................................... 99 
17 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS E NEOPLÁSICAS DOS INTESTINOS ................................................. 101 
18 SISTEMA URINÁRIO / RINS ................................................................................................................. 103 
18.1 HIDRONEFROSE ................................................................................................................................... 104 
18.2 NEOPLASIA RENAL .............................................................................................................................. 104 
18.3 NEFRÓLITOS ......................................................................................................................................... 105 
18.4 BEXIGA .................................................................................................................................................. 105 
18.5 CISTÓLITOS .......................................................................................................................................... 106 
18.6 CISTITE .................................................................................................................................................. 108 
18.7 NEOPLASIA ........................................................................................................................................... 108 
18.8 URETRA ................................................................................................................................................. 109 
18.9 URETRÓLITOS ...................................................................................................................................... 109 
19 SISTEMA GENITAL FEMININO ............................................................................................................ 111 
19.1 OVÁRIOS ............................................................................................................................................... 111 
19.2 ÚTERO ................................................................................................................................................... 111 
19.3 PIOMETRA, MUCOMETRA E HEMOMETRA ........................................................................................ 111 
19.4 GESTAÇÃO ............................................................................................................................................ 112 
19.5 MACERAÇÃO E MUMIFICAÇÃO FETAL .............................................................................................. 115 
19.6 VAGINA .................................................................................................................................................. 116 
20 SISTEMA GENITAL MASCULINO ........................................................................................................ 117 
20.1 TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO .................................................................................................................. 117 
20.2 PRÓSTATA ............................................................................................................................................ 117 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................. 119 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Os raios-x — descobertos em 1895, por Wilmer Conrad Roentgen e, em 1896, 
utilizados pela primeira vez na Medicina — são radiação eletromagnética com comprimento de 
onda de 0,00000001 cm. O aparelho de raios-x contém, em seu interior, uma ampola que 
apresenta um catodo e um anodo. Uma vez ligado o aparelho, o filamento de tungstênio é 
aquecido e ocorre uma diferença de tensão entre cargas positivas e negativas. Dessa forma, as 
cargas negativas do catodo são atraídas pelas positivas do anodo e, assim, os elétrons vão se 
chocando no anodo ou alvo, liberando raios-x e calor. 
O seletor de quilovoltagem está relacionado à penetração dos raios-x. Quanto maior o 
quilovolt (kV), maior a velocidade dos elétrons, menor comprimento da onda gerada e, então, 
maior penetração na estrutura radiografada e vice-versa. A quilovoltagem determina o contraste 
da imagem formada, ou seja, o grau de radiotransparência ou radioluscência (imagem em tons 
pretos) e radiopacidade (imagem em tons brancos). 
O seletor de miliamperagem por segundo (mA/s) está relacionado ao grau de 
incandescência do catodo. Quanto maior a miliamperagem por segundo, maior o número de 
elétrons e, consequentemente mais raios-x e vice-versa. Cada miliamperagem determina um 
tempo deexposição. A miliamperagem compreende a nitidez da imagem formada, ou seja, a 
definição de detalhes. 
O kV e mA/s podem ser ajustados automaticamente por alguns aparelhos, mas podem 
ser determinados pelas fórmulas: kV = espessura (cm) x 2 + 30; mA/s = kV / 10, e no abdômen 
mA/s = kV / 2. Uma vez em interação com a matéria, os raios-x podem atravessá-la, sendo 
absorvidos ou refletidos. O filme radiográfico é sensível à luz e é composto por uma emulsão de 
cristais de prata, que são sensibilizados pelos raios-x. 
O processamento após realização do exame inclui revelação, fixação e secagem. 
Os fatores que influenciam na formação de uma imagem de qualidade são: a distância 
foco do aparelho/corpo do paciente (que deve ser de 80 cm a 1,5 m), a distância corpo do 
paciente/filme radiográfico (que deve ser a menor possível, para se evitarem distorções no 
tamanho da imagem), a espessura do corpo do paciente e o posicionamento radiográfico 
adotado. 
 
 
6 
Os perigos associados à radiação devem-se ao efeito somático (inflamação, alteração 
de crescimento e necrose celular), ao efeito carcinogênico e às mutações genéticas provocadas. 
Para minimizar esses efeitos, alguns equipamentos de segurança são preconizados, 
como uso de jaleco, luvas e protetor de tireoide revestidos por chumbo, uso de dosímetro, salas 
com paredes e biombo revestidos por chumbo. 
 
 
1.1 POSICIONAMENTOS RADIOGRÁFICOS 
 
 
Os posicionamentos radiográficos adotados estão relacionados à região anatômica que 
se deseja avaliar. Dessa forma, são nomeados e definidos — quanto ao sentido de onde o feixe 
de raios penetra, para onde ele se dispersa — em craniocaudal, caudocranial, médio-lateral, 
lateromedial, dorsoventral, ventrodorsal, dorsopalmar, palmarodorsal, dorsoplantar, 
plantarodorsal, laterolateral esquerdo e direito, rostrocaudal, caudorostral, além das 
combinações oblíquas, flexões, extensões e boca aberta. 
 
 
1.2 TÉCNICAS CONTRASTADAS 
 
 
Além do exame radiográfico convencional, técnicas contrastadas são indicadas para 
algumas avaliações como do sistema gastrintestinal, urinário e canal medular, entre outras. Os 
contrastes utilizados, geralmente, são à base de bário ou iodo. Em casos de suspeita de ruptura 
de determinado órgão, os contrastes à base de bário não são recomendados, pois, uma vez na 
cavidade, eles não são absorvidos e podem levar à formação de granuloma. 
A mielografia consiste na aplicação de contraste no espaço subaracnoide. Para isso, é 
utilizado contraste iodado (iohexol ou iopamidol) na dose de 0,3 a 0,4ml/kg. 
No trato gastrintestinal, a técnica contrastada recebe o nome de acordo com a região 
anatômica estudada, sendo assim tem-se: 
 
 
 
7 
- REED (radiografia de esôfago, estômago e duodeno): para isso são aplicados por via oral 1 a 5 
ml/kg de sulfato de bário ou contraste iodado. 
 
- RED (radiografia de estômago e duodeno): aplica-se por via oral 5 a 10 ml/kg de sulfato de 
bário ou contraste iodado. 
As técnicas contrastadas são chamadas de negativa quando, em vez do contraste à 
base de bário ou iodo (positiva), usa-se o ar ou CO2 como contraste. 
Dessa forma, a RED pode ser realizada com 6 a 12 ml/kg de ar (negativa) ou ainda de 
duplo contraste (1 a 2 ml/kg de sulfato de bário + 6 a 12 ml/kg de ar). 
 
- Trânsito intestinal: usa-se por via oral 12 ml/kg em cães e 15 ml/kg em gatos, de contraste 
iodado ou sulfato de bário. 
 
-Enema de intestino grosso: aplica-se por via retal 20 a 30 ml/kg de sulfato de bário. 
 
A urografia excretora é empregada para avaliação renal, para isso o contraste é 
injetado por via intravenosa na dose de 660 a 800 mg de iodo/kg. 
O trato urinário inferior é examinado por meio da uretrocistografia contrastada positiva, 
negativa ou de duplo contraste, na qual são administrados pela uretra 6 a 12 ml/kg de ar; 6 a 12 
ml/kg de contraste iodado ou 1 ml/kg de contraste iodado + 5 a 10 ml/kg de ar, respectivamente. 
Para avaliação do trato urinário recomenda-se esvaziamento dos intestinos, para 
reduzir as sobreposições. Os contrastes, de forma geral, podem causar reações adversas como 
vômito e anafilaxia não muito frequentes. 
 
 
 
8 
 
Figura 1: Radiografia evidenciando a técnica de uretrocistografia contrastada positiva (bexiga circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
9 
 
Figura 2: Radiografia evidenciando a técnica de uretrocistografia contrastada negativa (bexiga circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
Figura 3: Radiografia evidenciando a técnica contrastada mielografia (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Figura 4: Radiografia evidenciando a técnica contrastada REED (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Figura 5: Radiografia evidenciando a técnica contrastada trânsito intestinal (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
2 HÉRNIAS 
 
 
O exame radiográfico é mais sensível na detecção das hérnias que o ultrassonográfico. 
 
 
2.1 HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA 
 
 
Podem ser peritoneopericárdica ou de hiato esofágico, consideradas verdadeiras; ou 
ruptura diafragmática ou defeito diafragmático congênito, consideradas falsas. 
Ao exame radiográfico observam-se perda de densidade entre pulmões, diafragma e 
fígado, pulmões colapsados, silhueta cardíaca encoberta, vísceras abdominais na cavidade 
torácica. 
 
 
2.2 HÉRNIA PERINEAL 
 
 
Observa-se, ao exame radiográfico, impactação fecal. Pode ter bexiga ou próstata 
como conteúdo. Enema ou uretrocistografia são técnicas contrastadas sugeridas para o 
diagnóstico, assim como para avaliar o conteúdo do saco herniário. 
Há ainda a hérnia inguinal e as hérnias abdominais, caracterizadas por conteúdo 
herniário presente na região inguinal e abdominal, respectivamente. 
A hérnia inguinal também pode conter bexiga e alças intestinais, mas, muitas vezes, 
seu conteúdo pode ser o útero gestante ou não. 
 
 
 
 
14 
 
Figura 6: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando hérnia inguinal (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Figura 7: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando hérnia perineal (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
15 
 
Figura 8: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando hérnia diafragmática. Observam-se alças 
intestinais (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
Figura 9: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando hérnia diafragmática. Observam-se alças 
intestinais na técnica contrastada de trânsito intestinal (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
3 PÂNCREAS 
 
 
O pâncreas é uma glândula funcionalmente dividida em porção endócrina e exócrina. É 
um órgão em forma de V, constituído por lobo esquerdo e lobo direito. Apresenta radiopacidade 
de tecido mole. 
Os achados radiográficos podem não definir a doença. A alteração radiográfica mais 
comum é perda de detalhes no abdômen cranial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
4 FÍGADO 
 
 
A aparência radiográfica normal da silhueta hepática não ultrapassa a última costela, o 
que ocorre nos casos de hepatomegalia por causas diversas. 
A vesícula biliar não é visibilizada, a não ser seus cálculos radiopacos, quando 
presentes. 
 
 
 
Figura 10: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando hepatomegalia (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
5 BAÇO 
 
 
Apresenta imagem triangular e localiza-se caudal ao fígado. Torna-se arredondado em 
casos de esplenomegalia e pode também ser visibilizado irregular, principalmente em 
neoplasias. 
 
 
 
Figura 11: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando baçosem alterações (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
Figura 12: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando esplenomegalia (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Figura 13: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando esplenomegalia (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
6 ASCITE 
 
 
É o líquido livre abdominal, caracterizado por aumento difuso da radiopacidade 
abdominal, com perda da definição da imagem das vísceras. O gás intestinal, às vezes, está 
aparente. 
 
 
Figura 14: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando ascite (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
7 SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO 
 
 
O tecido ósseo desempenha importantes funções no organismo, como armazenamento 
de minerais, hematopoiese, locomoção (sistema de alavancas com músculos e articulações), 
proteção e sustentação dos sistemas corporais. Macroscopicamente, os ossos são divididos em 
longos ou chatos. Os ossos longos, por sua vez, são divididos em três regiões: epífise, metáfise 
e diáfise. A epífise é constituída por osso esponjoso, caracterizado pela presença de trabéculas 
ósseas e pela medula óssea. A diáfise é constituída pelo canal medular e por osso compacto 
(caracterizado pela presença dos canais de Havers e de Volkmann). Na região metaepifisária há 
a cartilagem epifisal, placa fisária, fise ou placa de crescimento, responsável pelo crescimento 
longitudinal do osso. As epífises são revestidas pela cartilagem articular. Internamente o osso é 
revestido pelo endósteo e externamente pelo periósteo. 
O crescimento ósseo ocorre principalmente por ossificação endocondral e, de forma 
secundária, há também crescimento aposicional. 
 
 
Figura 15: Radiografia mediolateral de membro torácico evidenciando placa fisária ou de crescimento 
(seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
8 FRATURAS 
 
 
As fraturas são definidas como soluções de continuidade em ossos ou cartilagens, ou 
seja, perda da integridade. Podem ser classificadas quanto à linha de fratura, localização da 
fratura, número de fragmentos e desvio dos fragmentos. 
Quanto à linha de fratura, podem ser: 
- Fratura incompleta: quando não há separação visível dos cotos, é chamada de “trinca”. 
- Fratura completa: quando há separação dos cotos, podendo ser: 
a) Fratura completa transversal: linha de fratura em ângulo reto com o eixo ósseo. 
b) Fratura completa oblíqua: linha de fratura não forma ângulo reto com o eixo ósseo. 
c) Fratura completa espiral: linha de fratura no formato de um bisel. 
Quanto à localização, as fraturas podem ser: 
- Epifisária. 
- Metafisária. 
- Diafisária. 
- Mista: quando há fragmentos em mais de uma dessas regiões. 
Quanto ao número de fragmentos, as fraturas podem ser classificadas em: 
- Fratura simples: não há fragmentos, apenas os dois cotos. 
- Fratura fragmentada: apresenta sítio de fratura e esquírolas (fragmentos). 
- Fratura múltipla: há mais de um sítio de fratura. 
- Fratura cominutiva: incontáveis esquírolas ósseas, chamadas de “farelos”. 
Quanto ao desvio dos fragmentos, as fraturas podem ser: 
- Fratura transversal: há paralelismo entre os cotos. 
- Fratura angular: há angulação entre os cotos. 
- Fratura rotacionada: há rotação de um dos cotos e o outro permanece em seu eixo normal. 
- Fratura longitudinal: subdivide-se em por penetração, em que um coto penetra no canal 
medular do outro; e por separação, em que há afastamento longitudinal dos cotos. 
Além dessas classificações, as fraturas podem ainda ser consideradas: 
- Abertas (expostas) ou fechadas: em relação à perda de integridade de pele e 
musculatura adjacente. 
- Por avulsão ou arrancamento do fragmento ósseo. 
 
 
25 
- Por impactação: quando há compressão, geralmente ocorre em vértebras. 
- Patológicas: resultantes de enfraquecimento ósseo devido a uma doença. 
Há também uma classificação proposta por Salter-Harris, para fraturas metaepifisárias, 
sendo classificadas em graus: 
- Grau I: há afastamento da linha fisária. 
- Grau II: o fragmento encontra-se na metáfise. 
- Grau III: o fragmento encontra-se na epífise. 
- Grau IV: encontra-se um fragmento na epífise e outro na metáfise. 
- Grau V: há compressão de epífise com metáfise. 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 16: Radiografia mediolateral de membro torácico evidenciando fratura completa transversal 
simples com desvio angular e transversal em diáfise de rádio e ulna. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
Figura 17: Radiografia mediolateral de membro pelvino, evidenciando fratura completa espiral simples 
com desvio angular em diáfise de tíbia. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Figura 18: Radiografia mediolateral de membro pelvino, evidenciando fratura completa, espiral 
fragmentada com desvio angular e transversal em diáfise de fêmur. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
Figura 19: Radiografia ventrodorsal, evidenciando fratura de pelve (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Figura 20: Radiografia laterolateral de coluna toracolombar, evidenciando fratura por impactação na 
décima terceira vértebra torácica (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
30 
 
Figura 21: Radiografia ventrodorsal de membro pelvino, evidenciando fratura completa espiral simples 
com desvio angular e longitudinal por separação em fêmur. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
Figura 22: Radiografia dorsopalmar de membro torácico, evidenciando fratura completa espiral simples 
com desvio angular e transversal em diáfise de metacarpos II, III, IV e V. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Figura 23: Radiografia laterolateral de coluna cervical, evidenciando fraturas de processos transversos 
vertebrais (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Até que ocorra a consolidação de uma fratura, há formação de calo ósseo que se 
subdivide em alguns estágios: 
- Calo ósseo hemorrágico: devido à hemorragia e edema, ocorre de 2 a 10 dias após a 
fratura. 
- Calo ósseo cartilaginoso: há formação de partes de cartilagem, de 8 a 15 dias após a 
fratura. 
- Calo ósseo provisório: há uma ossificação desorganizada, ocorre de 15 a 40 dias 
após a fratura. 
- Calo ósseo definitivo: há osso formado e sofre remodelação, ocorre de 40 a 120 dias 
após a fratura. 
 
 
33 
Os fatores que influenciam na recuperação de uma fratura são: integridade vascular, 
grau de movimentação do foco de fratura, grau de aposição dos cotos após a redução e idade do 
animal. 
As possíveis complicações são: união retardada (em que se observam 
radiograficamente uma linha radioluscente persistente e calo ósseo mínimo); não união (quando 
não há evidência de calo ósseo, há linha de fratura evidente e com bordos dos cotos 
esclerosados, podendo ainda se desenvolver pseudoartrose); e má união (quando há boa 
formação de calo ósseo, mas alterações na angulação e alinhamento dos cotos). 
 
 
 
Figura 24: Radiografia mediolateral de membro torácico evidenciando reação periosteal (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
Figura 25: Radiografia craniocaudal de membro torácico evidenciando calo ósseo (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
8.1 LUXAÇÃO E ENTORSE 
 
 
Entorse é uma distensão de cápsula articular e ligamentos, com movimentos que 
ultrapassam o limite fisiológico, promovendo um deslocamento temporário e incompleto que, 
uma vez cessado o trauma, volta ao normal. 
Na luxação há ruptura de ligamentos e o deslocamento articular é definitivo. 
As causas envolvidas geralmente são traumáticas, mas podem tambémser 
secundárias a alguma doença óssea, ou ainda, congênitas. 
 
 
35 
As luxações mais comuns são coxofemoral, femurotibiopatelar, umeroradioulnar, 
escapuloumeral, atlantoaxial, entre outras. 
Ao exame radiográfico deve-se avaliar o alinhamento ósseo e a integridade articular. 
O termo subluxação é usado quando a incongruência articular não é total. 
 
 
 
Figura 26: Radiografia ventrodorsal evidenciando luxação coxofemoral (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
36 
 
Figura 27: Radiografia ventrodorsal evidenciando luxação de patela (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Figura 28: Radiografia craniocaudal evidenciando luxação de patela (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
Figura 29: Radiografia mediolateral evidenciando luxação umeroradioulnar (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Figura 30: Radiografia craniocaudal evidenciando luxação umeroradioulnar (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
Figura 31: Radiografia laterolateral de coluna torácica evidenciando luxação vertebral (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
9 NEOPLASIAS ÓSSEAS E OSTEOMIELITE 
 
 
9.1 NEOPLASIAS ÓSSEAS 
 
 
As neoplasias ósseas mais comuns são os osteossarcomas e condrossarcomas. Os 
achados radiográficos são caracterizados por: osteólise (lise óssea), destruição da cortical, 
reação periosteal do tipo sunburst (caracterizada por osteófitos desorganizados com uma 
imagem semelhante a uma “explosão solar”), triângulo de Codman (imagem semelhante a um 
triângulo radioluscente, formada devido a uma elevação do periósteo), edema e calcificação de 
tecidos moles adjacentes, neoformação óssea, não havendo definição clara entre parte afetada e 
parte normal do osso. Geralmente, as articulações encontram-se preservadas. 
 
 
 
Figura 32: Radiografia craniocaudal de rádio evidenciando osteossarcoma. Observa-se a reação 
periosteal do tipo sunburst (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
42 
 
 
Figura 33: Radiografia craniocaudal evidenciando neoplasia de tecido mole (circulada). Observa-se que 
não há relação com os ossos adjacentes. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
9.2 OSTEOMIELITE 
 
 
Osteomielite é definida como sendo inflamação do tecido ósseo e medula óssea. As 
causas mais comuns são complicações de fraturas e de cirurgias ósseas e, menos comumente, 
a via hematógena. 
Os sinais radiográficos são caracterizados por osteólise, destruição da cortical óssea, 
reação periosteal ao longo de todo o osso, edema de tecidos moles adjacentes, áreas de 
sequestro ósseo (caracterizadas por fragmento ósseo envolto por área radioluscente 
denominada clausura). Podem acometer as articulações vizinhas. 
 
 
43 
Não há como fazer um diagnóstico diferencial definitivo radiograficamente. Dessa 
forma, a diferenciação é feita baseando-se em histórico clínico, idade do animal, localização da 
lesão no osso, presença ou ausência de metástases em órgãos como pulmão, fígado e baço, 
cultura microbiológica, citologia e biópsia óssea. 
 
 
 
Figura 34: Radiografia mediolateral de membro torácico evidenciando osteomielite (circulada). Observa-
se também a presença de fio de cerclagem (radiopaco). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
44 
10 DISPLASIA COXOFEMORAL 
 
 
A displasia coxofemoral é uma doença multifatorial, caracterizada por malformação e 
degeneração da articulação coxofemoral. A etiologia da doença envolve fatores genéticos, 
hormonais, nutricionais, musculoesqueléticos e ambientais. 
Devido à malformação da articulação coxofemoral, ocorre incongruência articular, 
resultando em forças e pressões anormais, ocorrendo sobrecarga articular. A instabilidade 
articular ocorre à medida que o desenvolvimento e maturação dos tecidos moles se atrasam em 
relação ao crescimento esquelético. 
O exame radiográfico deve ser feito na posição ventrodorsal, que é aceita oficialmente 
desde 1961, com os membros posteriores bem estendidos e rotacionados internamente, de modo 
que a patela fique sobreposta medianamente em relação ao plano sagital do fêmur. Os fêmures 
devem ficar paralelos entre si e em relação à coluna vertebral, e a pelve deve estar simétrica. 
O tamanho do filme radiográfico deve ser suficiente para abranger a área compreendida 
entre as asas dos íleos e as articulações femurotibiopatelares, sendo que o feixe primário de 
raios-X deve estar centrado entre as articulações coxofemorais. 
A posição ventrodorsal não permite visibilizar o deslocamento da cabeça femoral e nem 
alterações da borda acetabular dorsal. Portanto, existem outras opções radiográficas, como: 
 Incidência lateral; 
 “Posicionamento em pata de rã” (também conhecida como frog-leg position, sendo 
um posicionamento interessante para se avaliar o espaço articular); 
 Incidência para visibilizar subluxação dorsolateral da cabeça femoral; 
 Incidência para visibilizar a borda acetabular dorsal. 
Para um correto posicionamento do paciente na mesa radiográfica, utiliza-se anestesia 
geral ou sedação profunda. Como técnica auxiliar para interpretação, pode-se utilizar o método de 
Norberg, que utiliza uma escala de ângulos para se mensurar o grau de luxação articular. 
Recomenda-se o exame radiográfico de rotina, para efeito de seleção e controle 
reprodutivo, com a idade mínima de um ano nas raças de médio e grande portes, e um ano e meio 
para as raças gigantes. 
A displasia coxofemoral pode receber três classificações radiográficas, sendo: 
 
 
45 
1) classificação de acordo com a Orthopedic Foundation for Animals (OFA – Fundação 
Ortopédica para Animais): em graus de 0 a 4; 
2) classificação de Schnelle: em graus de 1 a 4; 
3) classificação de acordo com a Federação Cinológica Internacional (FCI), adotada pelo 
Colégio Brasileiro de Radiologia Veterinária (CBRV) e pela Associação Brasileira de Radiologia 
Veterinária (ABRV): em categorias de A a E ou HD1– a HD+++, que são descritas a seguir: 
 Categoria A (sem sinais de displasia ou HD-): cabeça do fêmur e acetábulo 
congruentes, acetábulo craniolateral nítido e arredondado, acompanhando o contorno da cabeça 
do fêmur, espaço articular regular, ângulo de Norberg maior ou igual a 105°; 
 Categoria B (suspeito de displasia ou HD+/-): cabeça do fêmur e acetábulo 
discretamente incongruentes e ângulo de Norberg maior ou igual a 105°, ou cabeça do fêmur e 
acetábulo congruentes e ângulo de Norberg menor que 105°; 
 Categoria C (displasia leve ou HD+): cabeça do fêmur e acetábulo incongruentes, 
ângulo de Norberg entre 100° e 105°, aparecimento de sinais de osteoartrose (osteofitose, 
esclerose óssea, deformidade da cabeça femoral, rasamento de acetábulo, espessamento de colo 
femoral e, menos frequentemente, cisto subcondral); 
 Categoria D (displasia moderada ou HD++): incongruência nítida entre cabeça do 
fêmur e acetábulo, com subluxação, ângulo de Norberg entre 90° e 100°, sinais de osteoartrose 
evidentes; 
 Categoria E (displasia grave ou HD+++): subluxação ou luxação da cabeça 
femoral, ângulo de Norberg menor que 90°, alterações de osteoartrose bem evidentes. 
 
 
1 HD – Do inglês Hip Dysplasia ou displasia coxofemoral. 
 
 
46 
 
Figura 35: Radiografia ventrodorsal evidenciando displasia coxofemoral bilateral (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
47 
11 DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA 
 
 
A doença articular degenerativa também é conhecida como osteoartrose ou 
oesteoartrite, ou ainda, artrose e artrite. 
Pode ser primária ou secundária a diversas causas, como trauma, anomalia do 
desenvolvimento, doença metabólica ou nutricional,neoplasia, doenças infecciosas, doenças 
imunomediadas. 
Os sinais radiográficos são caracterizados, em fase aguda, por aumento de 
radiopacidade de tecidos moles, aumento de o espaço articular, diminuição de densidade de 
osso subcondral. Em casos crônicos, há aumento de ossificação subcondral, cisto subcondral, 
irregularidade da superfície óssea, osteófitos na região subcondral, mineralização de tecidos 
moles, diminuição de espaço articular, anquilose. 
Pode ocorrer também proliferação óssea pericondral, calcificação intra-articular, 
deslocamento articular (luxação ou subluxação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
48 
 
Figura 36: Radiografia craniocaudal evidenciando doença articular degenerativa bilateral (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
11.1 ESPONDILOSE 
 
 
É um processo degenerativo das vértebras, caracterizado por osteofitose, que pode ser 
chamado de espondilose deformante. Nos casos em que ocorre união entre osteófitos de 
vértebras adjacentes, denomina-se espondilose anquilosante. 
 
 
 
 
49 
 
Figura 37: Radiografia laterolateral de coluna lombar evidenciando espondilose deformante (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
12 DISCOPATIA 
 
 
Série de alterações caracterizadas por calcificação de um ou mais discos 
intervertebrais, estreitamento do espaço intervertebral. 
 
 
 
Figura 38: Radiografia laterolateral de coluna cervical evidenciando calcificação de disco intervertebral 
(seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Nesses casos a mielografia é recomendada para localizar compressões na medula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
13 AFECÇÕES OSTEOARTICULARES CONGÊNITAS, HEREDITÁRIAS E DO 
DESENVOLVIMENTO EM CÃES COM ESQUELETO IMATURO E COM DOENÇAS 
METABÓLICAS E NUTRICIONAIS 
 
 
13.1 OSTEOCONDROSE E OSTEOCONDRITE DISSECANTE 
 
 
Caracterizam-se por distúrbio na ossificação endocondral, levando à retenção de núcleos 
cartilaginosos nas áreas de crescimento fisária e metafisária. 
As radiografias para diagnóstico de osteocondrose e osteocondrite dissecante devem ser 
realizadas em flexão e extensão. Os sinais radiográficos são áreas de radioluscência na superfície 
óssea, irregularidade do osso subcondral, esclerose óssea da região ao redor da lesão, 
calcificação do flap cartilaginoso ou da cartilagem livre no espaço articular e sinais de doença 
articular degenerativa secundária, como osteofitose. 
A técnica de radiografia articular contrastada positiva, ou artrografia, é útil para visibilizar 
flaps não mineralizados, fissuras e espessamento de cartilagem. Também são indicadas 
artroscopia (diagnóstica e terapêutica), tomografia computadorizada e ressonância magnética. 
 
 
13.2 DISPLASIA DO COTOVELO 
 
 
A displasia do cotovelo é o nome dado ao grupo de anomalias do desenvolvimento que 
levam à malformação e degeneração da articulação do cotovelo. São elas: não união do processo 
ancôneo, fragmentação do processo coronoide medial e osteocondrose do côndilo umeral medial. 
As radiografias para diagnóstico de displasia do cotovelo devem ser realizadas em 
flexão e em extensão e é interessante realizar radiografias bilaterais, de forma que estruturas 
pares sejam sempre comparadas. 
Os sinais radiográficos são: 
 
 
52 
 Não união do processo ancôneo: linha radioluscente entre o processo ancôneo e 
o restante da ulna, podendo ocorrer subluxação umeroulnar e sinais de doença articular 
degenerativa secundária (como osteofitose e esclerose); 
 Fragmentação do processo coronoide medial: o processo coronoide medial nem 
sempre é visibilizado, assim como a sua fragmentação. Ele pode estar cartilaginoso ou ossificado. 
Observam-se então proliferação óssea, esclerose do osso subcondral e edema articular, 
caracterizando a doença articular degenerativa secundária à fragmentação do processo coronoide 
medial; 
 Osteocondrose do côndilo umeral medial: basicamente são as mesmas 
alterações vistas na Osteocondrose e Osteocondrite Dissecante. 
O International Elbow Working Group (IEWG – Grupo Internacional de Trabalho em 
Cotovelo) usa uma classificação radiográfica da displasia do cotovelo em graus I, II e III, porém tal 
proposta não possui aplicação rotineira em Medicina Veterinária. 
 
 
13.3 NECROSE ASSÉPTICA DA CABEÇA DO FÊMUR 
 
 
A doença caracteriza-se por degeneração da cabeça e colo femorais, levando a um 
colapso da articulação coxofemoral e osteoartrose. 
Os sinais radiográficos são deformidade e irregularidade de cabeça e colo femorais, 
depressões radioluscentes no osso subcondral da cabeça femoral, diminuição da radiopacidade 
de epífise e metáfise femorais, subluxação coxofemoral, fragmentação de cabeça femoral, 
fraturas patológicas (secundárias) e sinais de doença articular degenerativa secundária 
(principalmente osteofitose em colo femoral). 
 
 
 
53 
 
Figura 39: Radiografia ventrodorsal evidenciando necrose asséptica da cabeça femoral (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
13.4 PANOSTEÍTE 
 
 
A panosteíte é uma condição dolorosa e autolimitante que acomete os ossos longos de 
cães jovens, sendo caracterizada principalmente por claudicação. As lesões podem ser isoladas 
ou afetar vários ossos simultaneamente. 
Em fase inicial, observa-se acentuação da trabeculação óssea. Em uma segunda fase, 
tem-se aumento da radiopacidade medular (esta radiopacidade é descrita com um aspecto 
granular e nebuloso), inicialmente ao redor do forame nutrício e depois ao longo de todo o canal 
medular; há também reação periosteal contínua, linear e uniforme. Já em estágio mais avançado, 
ocorre resolução da radiopacidade (alguns ossos apresentam espessamento residual medular e 
de trabéculas ósseas e deformidade cortical) e remodelação óssea. 
 
 
 
 
54 
 
Figura 40: Radiografia mediolateral de fêmur evidenciando panosteíte (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
13.5 ESPONDILOMIELOPATIA CERVICAL (SÍNDROME DE WOBBLER) 
 
 
A Síndrome de Wobbler possui etiologia indeterminada, mas está relacionada com 
discopatia (degeneração ou instabilidade dos discos intervertebrais cervicais), vértebras 
(malformação ou má-articulação das vértebras cervicais) e ligamentos (degeneração ou hipertrofia 
das estruturas ligamentares da coluna cervical) levando a uma compressão medular cervical 
Os sinais radiográficos são alterações no formato das vértebras cervicais, estreitamento 
do espaço intervertebral cervical, subluxação de vértebras cervicais, calcificação de disco 
intervertebral, osteofitose e esclerose vertebral. Além da radiografia convencional, a mielografia 
também é indicada, assim como as radiografias em estresse (flexão, extensão, tração linear), para 
avaliar as compressões estáticas e dinâmicas. 
 
 
 
 
55 
13.6 CONDRODISTROFIA 
 
 
A condrodistrofia caracteriza-se por deformidades angulares osteoarticulares e 
predispõe à doença articular degenerativa. 
Os sinais radiográficos que caracterizam a condrodistrofia são as deformidades 
angulares das articulações, em suas diversas apresentações. 
 
 
Figura 41: Radiografia ventrodorsal evidenciando deformidades angulares osteoarticulares em fêmur 
(seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
13.7 DISTÚRBIOS METAFISÁRIOS DA PLACA DE CRESCIMENTO 
 
 
O sinal radiográfico basicamente limita-se a uma linha radioluscente metafisária, 
caracterizando a placa de crescimento aberta. É importante comparar membros contralaterais. 
 
 
56 
13.8 OSTEOPETROSE 
 
 
A osteopetrose caracteriza-se por um defeito na reabsorção óssea, devido à ausência 
de osteoclastos, diminuição no seu número ou incapacidade destes em reabsorver os ossos. 
Desse modo, ocorre acúmulo ósseo na diáfise. Esses ossos tornam-se bastante frágeis, estando 
predispostos a fraturas. 
O sinal radiográfico da osteopetrose é a esclerose medular, que apresentaaspecto 
radiográfico marmóreo densamente homogêneo. 
 
 
13.9 OSTEOGÊNESE IMPERFEITA 
 
 
A osteogênese imperfeita caracteriza-se por defeitos estruturais nas fibrilas de colágeno. 
Com isso, os ossos tornam-se mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Podem ocorrer também 
dentinogênese imperfeita, atraso no crescimento e fraqueza. O principal motivo que leva os 
proprietários a procurar o veterinário são as fraturas múltiplas, com ou sem traumatismo prévio. 
Os sinais radiográficos da osteogênese imperfeita são osteopenia generalizada, cortical 
diafisária adelgaçada ou normal e fraturas múltiplas em vários estágios de união. 
 
 
13.10 RETENÇÃO DE NÚCLEOS CARTILAGINOSOS 
 
 
A retenção de núcleos cartilaginosos é um distúrbio no qual os condrócitos 
hipertrofiados fisários não amadurecem e se acumulam em colunas. A causa é desconhecida. A 
principal alteração encontrada na doença é a presença de áreas radiotransparentes em formato 
de cone na metáfise ulnar distal ou no côndilo femoral lateral. 
 
 
 
 
 
57 
13.11 OSTEOPATIA CRANIOMANDIBULAR 
 
 
A osteopatia craniomandibular caracteriza-se por proliferação óssea que ocorre nos 
ossos do crânio (bulas timpânicas, ossos frontal, parietal e maxilar) e mandíbula, podendo causar 
tumefação articular, ptialismo, dificuldade de preensão, dor ao abrir a boca e pirexia. 
Os achados radiográficos concentram-se em proliferação óssea irregular envolvendo 
mandíbula, bula timpânica e parte petrosa do osso temporal. 
 
 
13.12 EXOSTOSES CARTILAGINOSAS MÚLTIPLAS 
 
 
As exostoses cartilaginosas múltiplas são protuberâncias que consistem em osso 
esponjoso coberto por cartilagem hialina. A etiologia é desconhecida. 
Como sinais radiográficos, têm-se protuberâncias de tamanhos variáveis com áreas 
radiopacas e radioluscentes no osso cortical. O osso cortical pode não apresentar essas 
deformidades. 
 
 
13.13 HEMIMELIA, FOCOMELIA E AMELIA 
 
 
Radiograficamente têm-se ausência completa ou parcial de um osso; ausência de um 
segmento ósseo intercalado ou ausência de um ou mais membros, respectivamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
13.14 SINDACTILIA, POLIDACTILIA E ECTRODACTILIA 
 
 
Como sinal radiográfico tem-se a fusão de um ou mais dedos, presença de dedos 
extranumerários e presença de uma fenda entre os metacarpos, contratura digital, aplasia digital, 
hipoplasia de metacarpo ou fusão de metacarpos, respectivamente. 
 
 
13.15 HEMIATROFIA SEGMENTAR 
 
 
Radiograficamente caracteriza-se pela presença de ossos menores e malformados em 
relação ao membro contralateral. 
 
 
13.16 VÉRTEBRA TRANSICIONAL 
 
 
Como sinal radiográfico, tem-se alongamento do processo transverso vertebral, ficando 
semelhante a uma “costela”. 
 
 
13.17 HEMIVÉRTEBRA 
 
 
O sinal radiográfico é a ausência parcial ou total do corpo vertebral. 
 
13.18 VÉRTEBRA EM BLOCO 
 
Caracteriza-se, radiograficamente, pela fusão de uma ou mais vértebras adjacentes e 
espaço intervertebral ausente ou parcialmente visibilizado. 
 
 
 
59 
13.19 CIFOSE E ESCOLIOSE 
 
 
Cifose é um arqueamento dorsal da coluna vertebral, enquanto escoliose é um 
arqueamento lateral. 
 
 
13.20 ESPINHA BÍFIDA 
 
 
Caracteriza-se radiograficamente pela não união do arco dorsal na linha média 
vertebral. 
 
 
13.21 OSTEODISTROFIA HIPERTRÓFICA 
 
 
Os sinais são caracterizados por aumento da região epifisária, dupla placa fisária, 
aumento difuso de radiopacidade, proliferação periosteal, osteófitos, edema de tecidos moles 
vizinhos às regiões acometidas. 
 
 
13.22 HIPERPARATIREOIDISMO 
 
 
Os sinais radiográficos são osteopenia generalizada, reabsorção óssea, cortical fina, 
fraturas em galho verde. 
 
 
 
 
 
 
 
60 
13.23 HIPERADRENOCORTICISMO 
 
 
Apresenta como sinais radiográficos desmineralização óssea, caracterizada por perda 
de densidade óssea. 
 
 
13.24 HIPERVITAMINOSE A 
 
 
Os sinais radiográficos são proliferação de osteófitos e fusão de vértebras. É mais 
comum em felinos. 
 
 
13.25 RAQUITISMO 
 
 
Caracteriza-se por um espessamento acentuado das cartilagens de conjugação (que 
assumem um aspecto de “lente biconvexa”), o limite epifisário torna-se irregular, metáfises 
achatadas e largas, cortical com densidade reduzida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
61 
14 SISTEMA CARDIOVASCULAR 
 
 
As radiografias torácicas para avaliação do sistema cardiovascular envolvem as 
seguintes estruturas: silhueta cardíaca, aorta, veia cava caudal, tronco pulmonar e vasos 
pulmonares. 
O ideal é que se radiografe o animal no momento inspiratório, quando há menor 
possibilidade de distorções na imagem, que induzem a erros. 
Na projeção laterolateral, as câmaras direitas da silhueta cardíaca (átrio e ventrículo 
direitos) estão craniais à esquerda. 
Na projeção ventrodorsal, as regiões anatômicas da silhueta cardíaca podem ser 
avaliadas em analogia a um relógio, em quadrantes horários, sendo assim, o arco aórtico se 
localizaria na posição entre 11h e 1h, o tronco pulmonar entre 1h e 2h, o átrio esquerdo entre 2h 
e 3h, ventrículo esquerdo entre 3h e 6h, ventrículo direito entre 7h e 10h e entre 9h e 11h o átrio 
direito. 
 
 
 
Figura 42: Radiografia laterolateral evidenciando tórax sem alterações. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
62 
 
Figura 43: Radiografia ventrodorsal evidenciando tórax sem alterações. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Os aumentos atriais levam a elevação e deslocamento traqueal. 
No aumento de ventrículo direito, a silhueta cardíaca tem uma imagem de “D invertido” 
e encontra-se em maior contato com o esterno (“coração deitado”). 
 
 
 
 
63 
 
Figura 44: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando aumento de câmaras cardíacas 
(cardiomegalia). Observa-se desvio traqueal. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
64 
 
Figura 45: Radiografia ventrodorsal de tórax evidenciando aumento ventricular direito. Observa-se 
imagem de “D invertido” (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
Figura 46: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando aumento atrial direito (seta). Observa-se desvio 
traqueal. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
66 
 
Figura 47: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando aumento de ventrículo direito (seta), “coração 
deitado” no esterno. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
67 
 
Figura 48: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando aumento de átrios esquerdo e direito 
(circulados). 
 FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
Para auxiliar a avaliação cardiovascular, têm-se os índices cardiotorácicos: 
 
- Projeções ventrodorsal ou dorsoventral: 
 
a) Largura cardíaca (LC) deve ser menor ou igual a 2/3 da largura torácica (LT): LC ≤ 
2/3 LT. 
 
 
 
68 
b) Espaços cardiotorácicos, esquerdo (ECTE) e direito (ECTD) devem ser 
semelhantes: ECTE~ECTD. 
- Projeção laterolateral: 
a) Largura cardíaca (LC) deve ser de 3 a 3,5 espaços intercostais, podendo variar de 
2,5 a 3,5 em raças de tórax profundo e de 4,5 a 5,0 em raças de tórax redondo. 
 
b) A razão entre altura cardíaca (AC) e altura torácica (AT) deve ser de ¾ ou 75%: AC / 
AT = ¾ ou 75%. 
 
c) A soma do diâmetro horizontal da silhueta cardíaca (D1) com o diâmetro vertical 
(D2) deve ser comparada com quantas vértebras corresponde a partir da quarta vértebra 
torácica, e deve corresponder a 8,5 a 10,5 vértebras. 
 
 
14.1 EFUSÃO PERICÁRDICA 
 
 
Geralmente, relaciona-se a neoplasias, insuficiência cardíaca direita, pericardite e 
hipoalbuminemia. 
Caracteriza-se por aumento da silhueta cardíaca, com perda das cinturas cardíacas e 
silhueta cardíaca globosa. 
 
 
 
 
 
69 
 
Figura 49: Radiografia ventrodorsal de tórax evidenciando efusão pericárdica (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoaldo autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
70 
 
Figura 50: Radiografia ventrodorsal de tórax evidenciando efusão pericárdica (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
71 
15 SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
 
O aparelho respiratório aparece claramente nas radiografias convencionais devido ao 
contraste natural da interface aérea presente em relação aos tecidos vizinhos. 
A traqueia possui porção cervical e porção torácica e está sujeita a desvios ventrais, 
dorsais e laterais. 
 
 
15.1 COLAPSO DE TRAQUEIA 
 
 
Caracteriza-se por estreitamento dorsoventral. O colapso cervical é visibilizado no 
momento inspiratório e o torácico no momento expiratório. Ambos os momentos respiratórios 
devem ser radiografados. 
 
Além do colapso de traqueia, há a estenose — caracterizada, radiograficamente, por 
diminuição segmentar do diâmetro traqueal, que não se altera em relação aos momentos 
inspiratório e expiratório. 
 
 
 
 
72 
 
Figura 51: Radiografia laterolateral evidenciando colapso de traqueia. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
Em casos de ruptura traqueal observa-se conteúdo radioluscente (gás) no tecido 
subcutâneo. 
A avaliação de campos pulmonares, brônquios e vasos definem os padrões 
pulmonares, que são: 
 
- Padrão pulmonar bronquial: aumento de radiopacidade de brônquios que, quando 
vistos em corte transversal, são chamados, por semelhança da imagem, de “rosquinhas” e, em 
corte longitudinal, têm aspecto de “linha de trem”. 
Este padrão é comum em casos de bronquite, bronquiectasia, animais mais velhos e 
hiperadrenocorticismo. 
 
 
 
 
73 
 
Figura 52: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar bronquial, com aspecto de 
“linha de trem” (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
 
Figura 53: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar bronquial (aspecto de 
rosquinhas) e alveolar (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
- Padrão pulmonar alveolar: os alvéolos saudáveis estão preenchidos por ar (que tem 
imagem radiotransparente); em casos de infiltrado, observam-se pequenas máculas, com 
margens pouco definidas, com aspecto de “veludo” ou “algodão”, chamadas broncograma aéreo 
ou alveolograma. 
É um padrão visto em pneumonia, edema pulmonar, hemorragias. 
 
 
 
 
 
 
 
75 
 
Figura 54: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar alveolar e bronquial, com 
aspecto de “linha de trem” (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
- Padrão pulmonar intersticial: subdivide-se em estruturado ou nodular e não 
estruturado ou reticular. 
a) Padrão pulmonar intersticial estruturado ou nodular: presença de nódulos 
radiopacos, de diversos tamanhos. 
É encontrado em pneumonia micótica, granulomas e neoplasias (primárias e, mais 
comumente, metástases). 
 
 
 
 
 
76 
 
Figura 55: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
77 
 
Figura 56: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
78 
 
Figura 57: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
79 
 
Figura 58: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
80 
 
Figura 59: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular (circulado). 
 FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
81 
 
Figura 60: Radiografia ventrodorsal de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial estruturado ou 
nodular (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
b) Padrão pulmonar intersticial não estruturado ou reticular: aumento difuso de 
radiopacidade, comum em edema e dirofilariose. 
 
 
 
82 
 
Figura 61: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial não estruturado e 
bronquial (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
 
Figura 62: Radiografia ventrodorsal de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial não estruturado. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
84 
 
Figura 63: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando padrão pulmonar intersticial não estruturado. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
- Padrão pulmonar vascular: os vasos tornam-se mais evidentes, lineares e radiopacos. 
Na projeção laterolateral, as artérias estão dorsais e as veias ventrais. Já em radiografias 
ventrodorsais ou dorsoventrais, as artérias estão laterais e as veias mediais. 
 
 
 
 
 
 
85 
 
Figura 64: Radiografia laterolateral de tórax, evidenciando padrão pulmonar vascular (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
15.2 ENFISEMA PULMONAR 
 
 
Ocorre aumento generalizado na radiotransparência e, desta forma, tem-se melhor 
contraste na visibilização das estruturas torácicas. 
 
 
15.3 EFUSÃO PLEURAL 
 
 
Caracteriza-se por aumento de radiopacidade torácica, com desaparecimento da 
silhueta cardíaca e fissuras interlobares evidentes. 
Efusão pleural ocorre por hidrotórax, piotórax, quilotórax, hemotórax, neoplasia e 
pleurites. 
 
 
86 
 
Figura 65: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando efusão pleural 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
 
Figura 66: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando efusão pleural. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
15.4 PNEUMOTÓRAX 
 
 
Ocorre aumento de radiotransparência, visibilização das bordas pulmonares, pulmão 
com aspecto de “folha seca” devido ao seu colabamento e consequente evidência dos vasos 
sanguíneos, conferindo então este aspecto. A silhueta cardíaca afasta-se do esterno. 
 
 
 
 
 
 
88 
 
Figura 67: Radiografia laterolateral de tórax evidenciando pneumotórax. Observam-se (setas) aumento de 
radiotransparência e afastamento da silhueta cardíaca do esterno. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
89 
16 SISTEMA DIGESTÓRIO 
 
 
 
Figura 68: Radiografia laterolateral evidenciando um abdômen normal. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
90 
 
Figura 69: Radiografia laterolateral evidenciando corpo estranho radiopaco na cavidade oral (seta). 
 
 
16.1 ESÔFAGO 
 
 
O esôfago localiza-se dorsolateralmente à traqueia e, geralmente, não é visibilizado 
nas radiografias convencionais ou, ocasionalmente, com pequena quantidade de ar. 
Em uma REED, o esôfago saudável do cão aparece com linhas longitudinais e o do 
gato, além das linhas longitudinais, apresenta linhas transversais em sua porção mais caudal. 
Para a maioria das afecções esofágicas, além do exame convencional, indica-se a 
REED. 
 
 
16.2 MEGAESÔFAGO 
 
Caracteriza-se por dilatação do esôfago preenchida por ar, alimento ou fluido. Ocorre 
deslocamento ventral da traqueia. 
 
 
91 
O megaesôfago pode ser idiopático, por persistência do quarto arco aórtico direito, 
miastenia, miosite, hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo. 
Nos casos de persistência do quarto arco aórtico direito, a dilatação esofágica é cranial 
à base cardíaca. 
 
 
 
Figura 70: Radiografia laterolateral, técnica contrastada REED evidenciando megaesôfago (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
16.3 CORPO ESTRANHO ESOFÁGICO 
 
 
Os corpos estranhos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do 
material do qual são compostos. 
 
 
 
92 
16.4 ESTÔMAGOPara a maioria das afecções gástricas, além do exame convencional, indica-se a RED. 
 
 
16.5 DILATAÇÃO GÁSTRICA 
 
 
Caracteriza-se por aumento de volume da bolha gástrica com presença de conteúdo 
(líquido, alimento ou gás). 
 
 
 
Figura 71: Radiografia laterolateral evidenciando dilatação gástrica (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
93 
 
Figura 72: Radiografia laterolateral evidenciando dilatação gástrica (circulada). Observa-se conteúdo 
radiotransparente e radiopaco. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
94 
 
Figura 73: Radiografia ventrodorsal evidenciando dilatação gástrica (circulada). Observa-se conteúdo 
radiopaco. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
16.6 TORÇÃO GÁSTRICA 
 
 
Observa-se, aos raios-x, uma “dupla bolha”, com linha radiopaca de 
compartimentalização. 
 
 
16.7 CORPO ESTRANHO GÁSTRICO 
 
 
Os corpos estranhos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do 
material do qual são compostos. 
 
 
 
95 
 
Figura 74: Radiografia laterolateral evidenciando corpo estranho gástrico radiopaco (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
16.8 INTESTINO DELGADO 
 
 
O intestino delgado é dividido anatomicamente em três segmentos: duodeno, jejuno e 
íleo. 
O diâmetro do intestino delgado normalmente deve ser menor que a largura de uma 
vértebra lombar (na projeção ventrodorsal) ou não deve exceder o diâmetro do intestino grosso. 
Em muitos casos é necessária uma radiografia contrastada. 
 
 
 
 
 
 
96 
16.9 INTUSSUSCEPÇÃO 
 
 
Nos caos de intussuscepção, as alças intestinais encontram-se distendidas com gás ou 
fluido, imagem de tecido mole cilíndrica com aumento de densidade localizado. No trânsito 
intestinal o sulfato de bário penetra nas camadas intestinais envolvidas, evidenciando-as. 
 
 
16.10 ÍLEO 
 
 
A distensão do intestino delgado com ar, fluido ou alimento é chamada íleo. Há dois 
tipos: íleo dinâmico (com um pouco de peristaltismo presente) e adinâmico (sem evidência de 
peristaltismo). Geralmente, é resultado de obstrução parcial ou incompleta. 
 
 
 
Figura 75: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando íleo (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
97 
16.11 INTESTINO GROSSO 
 
 
Do ponto de vista anatômico, o intestino grosso é dividido em ceco, cólon e reto. 
 
 
16.12 RETENÇÃO FECAL E FECALOMA 
 
 
O fecaloma é secundário à retenção fecal. Na retenção fecal, as fezes apresentam-se 
com aumento de densidade e, nos casos de fecaloma, pode haver fratura de fezes. 
 
 
Figura 76: Radiografia laterolateral evidenciando retenção fecal (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
98 
 
Figura 77: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando fecaloma (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
 
Figura 78: Radiografia ventrodorsal de abdômen evidenciando fecaloma (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
16.13 MEGACÓLON 
 
 
Megacólon é uma condição na qual há dilatação de cólon e impactação fecal. 
 
 
16.14 CORPO ESTRANHO INTESTINAL 
 
 
Os corpos estranhos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do 
material do qual são compostos. Corpos estranhos lineares aumentam o peristaltismo do 
intestino delgado e causam pregas. 
 
 
100 
 
 
Figura 79: Radiografia ventrodorsal evidenciando corpo estranho intestinal radiopaco (circulado). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
101 
17 DOENÇAS INFLAMATÓRIAS E NEOPLÁSICAS DOS INTESTINOS 
 
 
Nas enterites, os achados, geralmente, são gás no intestino delgado sem dilatação, 
hipermotilidade (trânsito intestinal mais rápido), espessamento da parede intestinal. No exame 
contrastado pode-se observar floculação do contraste. 
Além disso, as neoplasias podem levar a obstruções e estenoses. 
 
 
 
Figura 80: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando espessamento de alças intestinais (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
102 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 81: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando espessamento de alças intestinais (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
103 
18 SISTEMA URINÁRIO/RINS 
 
 
O rim direito localiza-se mais cranialmente que o esquerdo. Os rins, na projeção 
ventrodorsal, no cão, possuem 2,5 a 3,5 vezes o tamanho da segunda vértebra lombar e, no 
gato, 2,4 a 3 vezes o tamanho dessa vértebra. 
 
 
 
 
Figura 82: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando rins sem alterações em um canino 
(circulados). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
104 
 
Figura 83: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando rins sem alterações em um felino 
(circulados). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
18.1 HIDRONEFROSE 
 
 
Observa-se aumento renal. Na urografia excretora encontra-se também pelve dilatada 
e ureter obstruído. 
 
 
18.2 NEOPLASIA RENAL 
 
 
É caracterizada por aumento e irregularidade renal. 
 
 
 
105 
18.3 NEFRÓLITOS 
 
 
Os nefrólitos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do material do 
qual são compostos. 
 
Raramente os ureteres são visibilizados ao exame radiográfico, sendo mais sensível o 
exame ultrassonográfico. 
 
 
18.4 BEXIGA 
 
 
A bexiga apresenta imagem com radiopacidade homogênea, com formato de pera. As 
técnicas contrastadas são complementares ao diagnóstico e avaliação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
106 
 
 
Figura 84: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando repleção vesical (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
18.5 CISTÓLITOS 
 
 
Os cistólitos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do material do 
qual são compostos. 
 
 
 
 
107 
 
Figura 85: Radiografia ventrodorsal de abdômen evidenciando cistólitos (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
108 
 
Figura 86: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando cistólitos (circulados). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
18.6 CISTITE 
 
 
Caracteriza-se por imagem de espessamento da parede. 
 
18.7 NEOPLASIA 
 
 
Apresenta imagem radiográfica de espessamento e irregularidade de parede 
localizados. 
 
 
109 
18.8 URETRA 
 
 
A uretra é um ducto responsável pela excreção da urina armazenada pela bexiga. Essa 
estrutura é dividida em uretra prostática, pélvica e peniana. Tem início a partir do óstio uretral 
proximal (em contato direto com a bexiga) e óstio uretral distal ou prepucial. 
A técnica radiográfica para avaliação da uretra é a contrastada. Entretanto, nos casos 
de presença de cálculos uretrais, é possível visibilizar a patologia sem a presença da utilização 
do contraste. 
 
 
18.9 URETRÓLITOS 
 
 
Os uretrólitos podem ser radiopacos ou radiotransparentes, dependendo do material do 
qual são compostos. 
As rupturas, de forma geral, são evidenciadas pelo extravasamento do contraste na 
região anatômica correspondente. 
 
 
 
 
110 
 
Figura 87: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando cistólitos e uretrólitos (setas). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
111 
19 SISTEMA GENITAL FEMININO 
 
 
19.1 OVÁRIOS 
 
 
A maior aplicação radiográfica na avaliação ovariana é o reconhecimento de massas 
ovarianas, ocasionalmente, com áreas mineralizadas. 
 
 
19.2 ÚTERO 
 
 
A avaliação uterina pode permitir diagnóstico gestacional, assim como avaliação de 
enfermidades. 
 
 
19.3 PIOMETRA, MUCOMETRA E HEMOMETRA 
 
 
Nos casos de piometra, mucometra ou hemometra observam-se, ao exame 
radiográfico, um deslocamento de alças intestinais e umaumento tubular e radiopaco da silhueta 
uterina. 
 
 
 
 
112 
 
Figura 88: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando piometra (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
19.4 GESTAÇÃO 
 
 
A gestação é detectada somente após 41 a 45 dias na cadela e 35 a 39 dias na gata, 
período este em que ocorre ossificação fetal. 
A avaliação do posicionamento fetal permite o diagnóstico das distocias. 
 
 
113 
 
Figura 89: Radiografia ventrodorsal de abdômen evidenciando gestação. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
114 
 
Figura 90: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando gestação. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
115 
 
Figura 91: Radiografia ventrodorsal de abdômen evidenciando distocia (seta). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
19.5 MACERAÇÃO E MUMIFICAÇÃO FETAL 
 
 
Nos casos de morte fetal com maceração fetal observam-se gás dentro do útero e no 
feto, lise de esqueleto fetal e sobreposição de ossos do crânio. 
Já a mumificação fetal caracteriza-se por morte com aumento na densidade 
radiográfica dos ossos fetais, sem desorganização ou lise. 
 
 
116 
 
Figura 92: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando maceração fetal. Observa-se 
desorganização óssea. 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
19.6 VAGINA 
 
 
A vaginografia é uma técnica contrastada, porém de pouca aplicação rotineira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
117 
20 SISTEMA GENITAL MASCULINO 
 
 
20.1 TESTÍCULOS E EPIDÍDIMO 
 
 
Os testículos e epidídimo possuem uma radiopacidade de tecido mole e sua avaliação 
radiográfica é limitada. 
 
 
20.2 PRÓSTATA 
 
 
A próstata é uma glândula sexual acessória e apresenta radiopacidade de tecido mole. 
O diâmetro prostático não deve ultrapassar dois terços do diâmetro da cavidade 
pélvica em radiografias ventrodorsais; e nas projeções laterais não deve ultrapassar 70% da 
distância do púbis ao promontório sacral. 
Prostatomegalia é o aumento do tamanho prostático e tem como principais causas 
hiperplasia prostática benigna e neoplasias. 
Além da prostatomegalia observam-se deslocamento da bexiga cranialmente e do 
cólon e reto dorsalmente, imagem de um triângulo radioluscente entre próstata e bexiga. 
Na uretrocistografia contrastada positiva, observa-se o contraste nos ductos 
prostáticos, o que pode facilitar o diagnóstico de neoplasias, cistos e abscessos, assim como de 
compressões da uretra prostática. 
 
 
 
118 
 
Figura 93: Radiografia laterolateral de abdômen evidenciando prostatomegalia (circulada). 
FONTE: Arquivo pessoal do autor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
119 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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text. 2. ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 1996. 
 
 
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gato. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2004. 
 
 
SILVEIRA, T. Aspectos radiográficos das principais afecções osteoarticulares congênitas, 
hereditárias e do desenvolvimento em cães com esqueleto imaturo. Lavras: UFLA, 2005. 79 p. 
 
 
TILLEY, L. P.; SMITH Jr., F. W. K. Consulta veterinária em 5 minutos: espécies canina e felina. 2. ed. 
Barueri: Manole, 2003. 
 
 
THRALL, D. E. Textbook of veterinary diagnostic radiology. 3. ed. Philadelphia: W. B. Saunders, 1998. 
 
 
TÔRRES, R. C. S. Displasia coxofemoral em cães – etiopatogenia. Revista CFMV, v.21, p. 38-41, 
2000. 
 
 
TÔRRES, R. C. S.; SILVA, E. F. Displasia coxofemoral em cães – avaliação radiográfica. Revista 
CFMV, v. 22, p. 36-40, 2001. 
 
 
TÔRRES, R. C. S.; SILVA, E. F.; ROCHA, B. D. Displasia coxofemoral – frequência em cães da raça 
Rottweiler no estado de Minas Gerais. Revista CFMV, v. 29, p. 60-64, 2003.

Outros materiais