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Arritmias Cardíacas Profa Ana Carolina CORAÇÃO O MARCAPASSO NATURAL DO CORAÇÃO GERA UM IMPULSO ELÉTRICO - QUE É TRANSMITIDO AO MÚSCULO CARDÍACO POR UM SISTEMA DE CONDUÇÃO ESPECIALIZADO - INICIANDO CADA CONTRAÇÃO ARRITMIA CARDÍACA É uma anormalidade na velocidade ou ritmo do batimento cardíaco. Ocorre quando: o ritmo é inadequadamente rápido (taquicardia) ou lento (bradicardia), os impulsos elétricos seguem vias ou trajetos anômalos. PODEM SER REGULARES OU IRREGULARES. DEFINIÇÃO ARRITMIA é uma anormalidade na frequência, regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal da ativação miocárdica. CAUSAS Sinais do sistema de condução: são atrasados ou bloqueados. Isso pode acontecer quando as células nervosas especiais que produzem o sinal elétrico não funcionam apropriadamente, ou quando os sinais elétricos não viajam normalmente pelo coração. Sinais elétricos produzidos por outra parte do coração (ectópicos), adicionam-se aos sinais das células nervosas especiais e alteram os batimentos cardíaco normal. CAUSAS Diversas anomalias do sistema de condução do impulso elétrico podem provocar arritmias que podem ser desde inofensivas até graves, com risco de morte. Cada variedade de arritmia tem a sua própria causa, enquanto uma causa pode dar lugar a vários tipos de arritmias. As arritmias ligeiras podem surgir pelo consumo excessivo de álcool ou de tabaco, por stress ou pelo exercício físico muito intenso. SINTOMAS • Depende da gravidade da doença cardíaca subjacente. • Quando as arritmias afetam a capacidade do coração para bombear sangue, podem causar: - náuseas - vertigem - desmaio (síncope) As arritmias sintomáticas exigem atenção imediata. SINTOMAS http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://50minutos.files.wordpress.com/2009/07/headache2.png%3Fw%3D354%26h%3D400&imgrefurl=http://50minutos.wordpress.com/2009/07/09/&usg=__xja-d6iAyRAzFjC6O0rNRhrB7Xc=&h=400&w=354&sz=114&hl=pt-BR&start=18&sig2=eDOQk4K9tFSER9q4DbmY-g&itbs=1&tbnid=zwhFg8Zr2faUFM:&tbnh=124&tbnw=110&prev=/images%3Fq%3Ddor%2Bde%2Bcabe%25C3%25A7a%26hl%3Dpt-BR%26gbv%3D2%26tbs%3Disch:1&ei=HI2MS8LGOpTU8Qbxiu2cDw http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.ruadireita.com/info/img/solucoes-para-a-transpiracao.jpg&imgrefurl=http://www.ruadireita.com/saude/info/solucoes-para-a-transpiracao/&usg=__J9Vq2U6b9zUQU26vTBolv_5YVEY=&h=424&w=283&sz=17&hl=pt-BR&start=34&sig2=wLuWL5RtSqg0qxPmnHZK_w&itbs=1&tbnid=6vBZG-WiY1Y0HM:&tbnh=126&tbnw=84&prev=/images%3Fq%3Dtranspira%25C3%25A7%25C3%25A3o%26start%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26ndsp%3D18%26tbs%3Disch:1&ei=t4uMS6H0JcXg8QaMjOCrDw http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.melhoramiga.com.br/wp-content/uploads/2009/07/infarto.jpg&imgrefurl=http://www.melhoramiga.com.br/2009/07/qual-a-diferenca-entre-infarto-e-parada-cardiaca/&usg=__IvqTTMIR3ibxpXpnJ9ad4jyPpAw=&h=400&w=299&sz=25&hl=pt-BR&start=30&sig2=evHlY5m9i0tDhfMYhTIkxg&itbs=1&tbnid=w9SuYqU61v0fcM:&tbnh=124&tbnw=93&prev=/images%3Fq%3Darritmia%2Bcadiaca%26start%3D18%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26gbv%3D2%26ndsp%3D18%26tbs%3Disch:1&ei=04SMS5vhHOLUlQfxusWvDQ DIAGNÓSTICO ❖ Baseado nos sintomas. ❖ Qualidade dos batimentos: rápidos ou lentos, regulares ou irregulares, curtos ou prolongados. ❖ Existência de vertigens, enjôos ou enfraquecimento e inclusive perda de consciência e se as palpitações se associam a dor torácica, sufocação e outras sensações incômodas. ❖ Qualidade de palpitações: em repouso ou durante uma atividade pouco habitual ou enérgica, começam e acabam de maneira repentina ou gradual. PROGNÓSTICO • O prognóstico depende, em parte, de se saber se a arritmia começa no nó sinoatrial, nos átrios ou nos ventrículos. • Geralmente, as que começam nos ventrículos são mais graves. TRATAMENTO O manejo das arritmias deve iniciar com tratamento das causas e eliminação dos fatores precipitantes. TRATAMENTO •Fármacos específicos antiarrítmicos •Em alguns casos é preciso experimentar vários tratamentos até encontrar um que seja satisfatório. •Ablação • Implantação de marcapasso (bradicardia) MARCAPASSO EXTERNO gerador Cabos de estimulação TRATAMENTO • DESFRIBILADORES: método denomina-se cardioversão, eletroversão ou desfibrilação. • A cardioversão pode empregar-se para tratar as arritmias que começam nos átrios ou nos ventrículos. • Desfibrilador definitivo: detectam de forma automática as arritmias e emitem uma descarga. Medtronic CDIs (1989-2003) 209 cc 120 cc 80 cc 80 cc 72 cc 54 cc 62 cc 49 cc 39.5 cc 39.5 cc 36 cc 83% redução do tamanho desde 1989 38 cc39.5 cc ECG O ELETROCARDIÓGRAFO REGISTRA PEQUENAS DIFERENÇAS DE POTENCIAL ENTRE DOIS PONTOS DA SUPERFÍCIE CORPÓREA. DERIVAÇÃO É A LINHA QUE UNE ESSES DOIS PONTOS, E QUE, PORTANTO, APRESENTA UMA ORIENTAÇÃO ESPACIAL DETERMINADA. Fonte: FRIEDMAN, 2016 DERIVAÇÕES PLANO FRONTAL DERIVAÇÕES PLANO HORIZONTAL Periféricas (frontais) DI e AVL = parede lateral DII, DIII e AVF = PAREDE INFERIOR Precordiais (horizontais) V1 e V2 = SEPTO VE e V4 = ANTERIOR V5 e V6 = LATERAL REGISTRO DO ECG O ECG é registrado em papel milimetrado em que: • na direção vertical 1 mm equivale a 0,1 mV • na horizontal 1 mm corresponde a 0,04 s. • A velocidade do papel, padronizada para todos os aparelhos, é de 25 mm/s, portanto, em 1 minuto o aparelho registra 1.500 mm de traçado. AEHLERT, 2007 FC= 1.500/RR em que RR é o intervalo entre 2 ondas R consecutivas e representa 1 ciclo cardíaco. R - R 1500 ÷ nº quadradinhos entre duas espículas consecutivas de ondas R RITMO REGULAR RITMO IRREGULAR 30 quadrados grandes, contar nº QRS e x10 Arritmias •TAQUIARRITMIAS são as alterações do ritmo cardíaco normal quando há taquicardia ou batimento precoce (extrassístole). •BRADIARRITMIAS são as arritmias em que há bradicardia ou despolarização tardia (escape). Taquiarritmias TAQUICARDIAS SUPRAVENTRICULARES • Quando o QRS é estreito ou tem mesma morfologia do ritmo sinusal de base elas são supraventriculares. • originam nos átrios ou na junção atrioventricular, mas antes da bifurcação do feixe de His. • taquicardia sinusal (TS); • fibrilação atrial (FA); • fiutter atrial (flutter); • taquicardia paroxística (TPSV); • taquicardia atrial (TA); • taquicardia juncional (TJ). VENTRICULARES • São taquicardias com QRS alargado em que a origem do estímulo se situa nos ventrículos. • Ocorrem na maioria das vezes em portadores de cardiopatia, • São potencialmente mais graves • TV sustentadas • TV não sustentada (TVNS) • TV monomórfica • TV polimórfica. Taquicardia QRS largo Monitorização do ECG, PA e oxímetro de pulso O₂ se hipoxêmico Acesso venoso Estável ECG de 12 derivações Instável Cardioversão sincronizada se TV monomórfica ou Desfibrilação se TV polimórfica QRS irregular TV Polimórfica Torsades de Pointes: administrar magnésio Se instabilidade hemodinâmica: desfibrilação QRS regular TV Monomórfica 1ª escolha: Amiodarona Se não reverter quimicamente ou se instabilidade hemodinâmica: CVE TAQUICARDIA INSTÁVEIS • Obtenha acesso venoso • Prepare-se para cardioversão (Sincronizada) • Sedar os pacientes conscientes • Se evoluir para PCR, seguir o algoritmo para o ritmo apropriado • Considerar consulta com especialista Circulation 2005; 112 (24): IV-1 a IV 208 1. Taquicardia Sinusal - FC > 100bpm, ritmo sinusal - Ondas P normais, - Intervalo P-R: 0,12-0,20s - Duraçao do QRS: 0,10s ou menos - ECG normal com frequência alta - em indivíduos normais: resposta fisiológica à emoção e ao esforço físico 1. Taquicardia Sinusal Quando se mantém durante o repouso, pode ser devido à: - ↑ da necessidade metabólica: febre, hipertireoidismo - resposta homeostática à hipotensão (hipovolemia, hemorragias) - ação de drogas simpatomiméticas(catecolaminas) - ↓ saturação de oxigênio - anemia - presença de insuficiência cardíaca 1. Taquicardia Sinusal Tratamento: - Causa subjacente (dor, hipovolemia, etc) - Pacientes estáveis: tentativa de manobra vagal - Bloqueadores beta adrenérgicos 2. Taquicardia Juncional - Pode ser idiopática, ocorrer após cirurgias congênitas ou intoxicação digitálica - As ondas P são dissociadas ou aparecem após QRS - Pode dar palpitações com início e término súbitos 3. Fibrilação Atrial - contração atrial descoordenada, desordenada - ocorre na presença de doença cardíaca (cardiopatia hipertensiva e reumática, isquemia atrial, DAC, cardiomiopatia, IC), pericardite. - Aguda em: hipertireioidismo, intoxicação alcoólica, uso de cafeína, distúrbio hidroeletrolítico, estresse e cirurgia cardíaca. Características da FA • Frequência atrial: 400 – 600 bpm • Frequencia ventricular: variavel ou 160 -180 bpm (aguda/não tratada) • Ritmo (R-R): ventricular irregular • Ondas P: substituídas por ondas fibrilatórias e caóticas • Intervalo P-R: não há • QRS: estreito com duração ≤ 0,10 segundos REPERCUSSÃO HEMODINÂMICA DA FA ↓Volume sistólico ↓Débito cardíaco ↓Perda da contração atrial COMPLICAÇÕES DA FA •Descompensação da ICC •Eventos tromboembólicos (20% AVE) •Instabilidade hemodinâmica Aehlert, 2007 TRATAMENTO • Controle da FC (diltiazen, verapramil, beta-bloqueador ou digoxina) • Amiodarona • Cardioversão química ou elétrica • Anticoagulação Aehlert, 2007 Taquicardia ventricular Monomórfica Polimórfica TV monomórfica TV polimórfica 5. Fibrilação Ventricular • Cardiopatia hipertensiva, IAM e outros • Não gera fluxo sangüíneo adequado (turbilhonamento) • No ECG - traçado totalmente irregular - não se identifica nenhuma onda FIBRILAÇÃO VENTRICULAR • Fibras meramente fibrilam, NÃO SE CONTRAEM • Série de ondas repetitivas, rápidas, caóticas, originando-se nos ventrículos • Configuração bizarra • Perda de consciência imediatamente • Pulsos não palpáveis • PA não audível • Dilatação pupilar • Convulsão – anóxia cerebral • PARADA!!!! • Morte Arritmias cardíacas • Fibrilação ventricular - FV FV grosseira FV fina Tratamento FV Ressuscitação Cardio Pulmonar Bradiarritmias BRADIARRITMIAS • Bradicardia Sinusal • BAV de 1ºgrau • BAV de 2ºgrau tipo I • BAV de 2ºgrau tipo II • BAV de 2ºgrau 2:1 • BAV de 3ºgrau • Escape Juncional • Escape ventricular •Bradicardia Sinusal • FC < 60bpm • ritmo sinusal • traçado normal (P-QRS-T) • comum intervalo RR aumentado • atletas tem FC fisiologicamente mais baixas 1. Bradicardia Sinusal - quadro de hipotermia, hiperpotassemia, alcalose, hipotireoidismo, doença do nódulo sinusal - administração de β-bloqueadores (inibição simpática) BLOQUEIOS ATRIOVENTRICULARES • São distúrbios de condução do impulso elétrico que ocorrem entre a despolarização atrial e a despolarização ventricular (entre onda P e QRS) • Caracteriza-se pelo atraso da condução do impulso elétrico ou pela impossibilidade deste alcançar os ventrículos • Causas: Intoxicação digitálica, medicações, congênita, doença de Chagas, doenças de origem cardíaca • Tratamento: nenhum, até implante de marcapasso provisório ou definitivo Tipos de bloqueio • 1º grau • 2º grau tipo Mobitz I Mobitz II • 3º grau incompletos completos Bloqueio AV de 1º grau Definido como um retardo da condução elétrica dos átrios para os ventrículos Prolongamento do intervalo PR: acima de 0.20seg em coração batendo na freqüência normal ou < 60bpm Prognóstico benigno Achado normal em atletas Pode ser devido a IAM, hipercalemia e fármacos (beta bloq, digoxina, bloqueador de canal de cálcio) Intervalo> 0,20 Bloqueio AV de 2º grau Há distúrbios na condução de alguns estímulos elétricos sinusais ou atriais aos ventrículos No ECG ocorrem despolarizações atriais que não conduzem aos ventrículos, produzindo ondas P isoladas (bloqueadas) Podem ser divididos em: • TIPO I ou MOBITZ I; • TIPO II ou MOBITZ II • BAV 2:1 Bloqueio AV de Segundo Grau- MI • É um aumento progressivo do intervalo P-R até o surgimento de uma onda P que não conduziu um complexo QRS. O intervalo PR seguinte é novamente mais curto e os subseqüentes vão aumentando progressivamente até surgir nova onda P não seguida de QRS. Bom prognóstico, não é uma urgência Alargamento do intervalo PR Estímulo bloqueado Bloqueio AV de 2º grau tipo Mobitz II • Ocorre bloqueio do impulso sem alargamento prévio do intervalo PR – súbitos e inesperados • Mais grave, pois pode levar a assistolia e taquiarritmias • Pac pode ser assintomático, mas pode causar diminuição do débito cardíaco • É indicado terapia com marca-passo cardíaco Estimulo bloqueado BLOQUEIO AV DE TERCEIRO GRAU • Bloqueio completo na condução do impulso elétrico dos átrios para os ventrículos • Há dissociação total da despolarização atrial e ventricular • No ECG as ondas P são completamente dissociadas dos complexos QRS e normalmente a frequência atrial é maior que a ventricular • Não dá para medir o intervalo PR ondas P se dissociam totalmente dos complexos QRS Outras Arritmias • Extra-sístole • batimento “prematuro” • foco ectópico ou reentrada em uma região do coração • individuos normais • relacionada a agressão ao miocárdio: doença das coronárias, hipertensão, miocardiopatia, insuficiência cardíaca • processos infecciosos • hipóxia • drogas antiarritmicas (digitálicos) Onda P ausente QRS antes do esperado QRS alargado Pausa compensatória Atividade elétrica sem pulso (AESP) •Atividade elétrica preservada, sem função contrátil •É possível observar atividade organizada mas não há pulso Assistolia • Paralisia cardíaca • Não há formação dos impulsos elétricos • Total ausência da atividade elétrica ventricular • Disturbio grave de condução, indução anestesica (parassimpatico), disturbio hidroeletrolitico, hipóxia • Uma TV pode seguir com assistolia • MORTE EM MINUTOS!!!! • Sempre registrar assistolia antes da declaração de óbito e anexar ao prontuário Cuidados gerais de enfermagem • Monitorite? • Monitorização cardíaca • Identificar e COMUNICAR EQUIPE!!! • Realizar ECG • Controle de parâmetros • Histórico e Exame Físico • Anamnese: frequência e duração • Sinais/Sintomas: angina, dispnéia, sinais de IC, repercussões hemodinâmicas Cuidados gerais de enfermagem • Pesquisar uso: digitálicos, diuréticos, antidepressivo, hipotensores, hormonais tireoideanos, etc. • Controlar velocidade de infusão de drogas antiarrítmicas em bomba de infusão • Balanço hidrico • DESFIBRILADOR!!! REFERÊNCIAS Lopes, JL; Ferreira, FG. Eletrocardiograma para Enfermeiros. 1º ed. São Paulo; Ed Atheneu, 2013. p. 45-67 • Friedmann, AA. Eletrocardiograma em 7 aulas: temas avançados e outros métodos/ 2. ed. - Barueri, SP: Manole, 2016. p.60
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