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8ºAula Praticando a administração com ética, humanismo e planejamento Na Aula 08, que vamos começar, o assunto será a Prática da Administração com ética, humanismo e planejamento. Para isso, é importante compreender que, assim como qualquer outra prática profissional, precisa ser realizada com ética, respeitando as pessoas enquanto seres humanos, bem como ter um planejamento e uma Boa aula! organização que permita a melhoria constante das situações abordadas. Desse modo, esteja bem atento aos conceitos e práticas que serão apresentados os quais são fundamentais para o seu sucesso profissional. Esperamos que tenha uma boa aula! Aproveite! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, você será capaz de: • prescrever de forma bem clara caminhos para uma administração humanizada e ética. • compreender os principais erros cometidos por gestores e buscar evitá-los. Administração GeraL I 54 1 - Modo correto administrar empresas 2 - Principais erros cometidos por gestores Seções de estudo 1 - Modo correto administrar uma empresa Durante todo o estudo das teorias científica, clássica e de relações humanas você deve ter se perguntado: Afi nal, qual será a forma correta, ou, a melhor maneira de administrar uma organização? Conforme já dito em outras aulas, não existe um modelo ideal ou mais adequado de administração. Cada escola, cada modelo de gestão tem os seus aspectos, os seus princípios, as suas características, assim como cada organização tem as suas necessidades, as suas características, os seus recursos e os seus problemas. Lembre-se: as organizações empresarias se constroem sobre as pessoas. Nunca maiores e nem mais fi rmes do que as pessoas que dela participam e que as administram. A cultura de cada organização, segundo Chiavenato (2003), é que determina o seu jeito de lidar e tratar as pessoas, clientes, fornecedores, bem como, a forma com que lida com o ambiente externo. Esta lição tem como objetivo mostrar caminhos simples e interessantes para que você possa aprender algumas práticas de gestão, importantes para o bom desempenho do administrador no exercício da sua profissão. Atenção! As orientações apresentadas a seguir não esgotam o assunto e nem constituem o único caminho, ou a única e melhor maneira para gerir os negócios. São considerações do professor para auxiliá-lo no dia-a-dia de seus negócios. Não se esqueça de que cada organização tem a sua cultura, seus objetivos e as suas necessidades. Um fator de sucesso em determinada organização pode não se repetir em outra. Para compreender melhor sobre o modo correto de administrar uma organização e também com o objetivo de conhecer os maiores erros cometidos por administradores vamos estudar, na próxima seção, as principais falhas dos gestores. Nesta seção 2, aprenderemos sobre as principais falhas dos gestores no exercício de sua atividade administrativa. Para tanto, iremos conhecer os tipos mais comuns e corriqueiros de atitudes erradas ou inadequadas cometidas por administradores desde pequenas a grandes organizações. Deste modo, continue firme e dedicado aos seus estudos, pois são eles que irão lhe proporcionar o futuro promissor que você deseja. Bons estudos! Informação complementar: para planejar, é importante que o administrador: • Estabeleça resultados e objetivos. • Identifi que os pontos fortes e os pontos fracos de sua organização. • Desenvolva a mentalidade estratégica e a visão sistêmica dos colaboradores na organização. • Identifi que oportunidades e ameaças no mercado. • Conheça a concorrência. • Envolva os colaboradores nas decisões. • Pergunte sempre: Quem somos? Onde estamos? O que temos? Quem queremos ser? Onde queremos estar? Com quem queremos chegar lá? Com que faremos e como faremos? • Desenvolva planejamento que represente a realidade da organização. • Evite copiar planejamento de outras organizações. • Estabeleça metas, prazos e resultados (CHIAVENATO, 2003). 2 - principais falhas dos gestores Independente dos níveis de atuação (estratégico, intermediário ou operacional) os gestores podem cometer algumas falhas que venham a comprometer os resultados desejados. Portanto, é necessário repensar e atentar para algumas práticas e aspectos importantes que serão detalhados a seguir nesta aula. 2.1 - Falta de planejamento O planejamento, função gerencial necessária aos gestores de todos os níveis da organização, diz respeito à necessidade do gestor estabelecer os resultados e os rumos da organização no mercado, seja regional, nacional ou internacional. Planejar não é um privilégio somente das grandes organizações. Toda organização, desde o micro até o macro negócio, conforme Chiavenato (2003), necessita planejar as suas atividades, o seu futuro e os seus objetivos. Planejar não é prever o futuro, mas antecipar o futuro e as tendências dentro de um cenário estabelecido e esperado pelos gestores. É preciso que o administrador crie uma mentalidade estratégica de visualizar a sua empresa no futuro e no mercado. Não se visualiza o futuro da organização por meio de “bola de cristal”, mas sim, mediante o planejamento. Portanto, a arte de planejar requer uma cultura proativa da organização, requer envolvimento gerencial e organizacional. O gestor que planeja o seu tempo, as suas ações e o futuro de sua organização, com certeza está um passo à frente do seu concorrente. 2.2 - Organização de tempo A falta de tempo tem sido uma das grandes reclamações da maioria dos gestores e executivos. Por que será que uns têm tempo para fazer tantas coisas e outros não conseguem arrumar tempo para fazer nem as atividades a eles destinadas? Acredita-se que, em parte, essa falta de tempo se dá pela falta de organização do próprio tempo do profissional ou por falta de organização de sua agenda. O dia tem 24 horas para todo mundo. Tem pessoas que conseguem transformar essas 24 horas em 48 horas. Contudo, outros conseguem transformá-la em apenas 10 horas. Não existe fórmula mágica para resolver a questão. O que precisamos é organizar nossas tarefas e ações. Em primeiro lugar, dividir as tarefas em: importante, importantíssima e pouco importante. Logo após, classificá-las em urgente e urgentíssima. Aos poucos o gestor deve priorizar essas atividades e 55 administrar (planejar, organizar, dirigir e controlar) conforme o seu tempo disponível para cada atividade (ROBBINS, 2002). Para Refl etir Tudo que fazemos em uma organização é importante, mas têm aquelas atividades que podem ser deixadas para depois (não esquecidas). O que precisamos defi nir é o que podemos ou não deixar para depois (ROBBINS, 2002). Adiar as coisas ou a solução dos problemas é ampliar o tempo necessário para o gerenciamento. Procure estabelecer metas e também prazos para cumpri-las. Lembre-se, o tempo é igual para todos. Cabe a você encontrar a sua receita, o seu método para fazer e resolver as coisas. Estabeleça prazos e tempo para cada atividade. Concentre atenção para as atividades mais significativas. Faça reuniões eficazes e com tempo estabelecido para iniciar e terminar. 2.3 - Falta de elogios Alguns gestores encontram dificuldades para elogiar um feito de seu colaborador. Acreditam que se elogiar podem reverter a situação de progresso, deixar o colaborador convencido podendo, dessa forma, relaxar em suas responsabilidade. Esse mito deve ser quebrado. O elogio serve como estímulo às pessoas. Em todas as esferas de nossa vida fazemos alguma coisa para alguém. É preciso que sejamos recompensados por tais feitios, seja de forma material, social ou psicológica. O elogio tem natureza psicológica, mexe com o nosso brio e com a nossa satisfação. Dica: as vezes é difícil tirar um elogio da boca de um gerente. Assim, na condição de administrador, é importante que aprenda a arte de elogiar, de reconhecer os feitos de seus colaboradores. Quando o colaborador tiver um bom desempenho, reconheça o seu talento, faça elogios sincerose constantes. Diga: “estou satisfeito com o seu desempenho”. O preço do elogio é psicológico e motivacional. Crie a sua técnica de elogios e vá em frente. 2.4 - Não saber repreender Como alguns gestores têm dificuldade em elogiar os colaboradores, outros encontram dificuldades também para repreender (chamar a atenção). Quando o colaborador merece ser elogiado, ele deve ser elogiado. Quando o colaborador merecer ser repreendido, ele deverá ser repreendido. A repreensão também causa efeitos psicológicos e motivacionais no colaborador, podendo estimulá-lo ou frustrá-lo. Você Sabia? Que é preciso saber repreender um colaborador no momento exato e certo? Por isso, segundo Montana e Charnov (2000), evite: • Criticar ou repreender o colaborador na frente de outras pessoas. • Repreender várias vezes pelos mesmos erros. • Repreender por questões pessoais. • Repreender o funcionário por erros cometidos por omissão de sua parte. • Repreender com ofensas à moral e à pessoa do colaborador. Quando necessário, repreenda o colaborador imediatamente após, para que o erro não se enraíze. Mas só faça em particular e através de meios que considere os aspectos negativos e positivos da situação e não da pessoa (CHIAVENATO, 2003). A repreensão pode ser acompanhada de elogios também. Dê um tom muito profissional à situação. Primeiro procure se inteirar dos fatos e das dificuldades do colaborador. Em seguida, mostre os caminhos e as soluções corretas. 2.5 - Administrar e tomar decisões pelo “achismo” O administrador é um profissional preparado e conhecedor das teorias e técnicas de administração. Portanto, as suas decisões não devem ser tomadas pelo “achismo”, mas sim, pelo bom senso. Muitos gestores tomam decisões porque acham que dará certo. Não fazem pesquisas, não fazem planejamento, não fazem reuniões ou ouvem os demais colaboradores. Falta-lhes espírito de equipe e cultura de planejar. “Achismo” ocorre, conforme Maximiano (2000), quando o gestor não tem certeza ou estudos de nada dentro da organização. As informações e os dados não são precisos. São baseados, muitas vezes, na intuição ou no empirismo (nas experiências passadas) e isso o impede de tomar decisões acertadas. O ambiente das organizações é muito complexo e incerto. Requer, portanto, decisões acertadas por parte dos gestores. Curiosidade Para evitar o “achismo” procure: • Certifi car-se corretamente das coisas e situações; • Colher o máximo de informações sobre o assunto, sobre o mercado e sobre a realidade de sua organização; • Envolver as pessoas nas decisões. • Promover reuniões com o corpo gerencial, técnico e administrativo. • Considere as forças e as fraquezas de sua organização. • Considere as ameaças e as oportunidades do ambiente externo. • Ao tomar uma decisão, leve em consideração os objetivos e a missão da organização. (CHIAVENATO, 2003). 2.6 - Não saber delegar Para os clássicos da administração, administrar significa conseguir as coisas através das pessoas. Fayol e Taylor acreditavam que a eficiência industrial e administrativa seria alcançada por meio de métodos racionais de trabalho e pelo ensino do gerenciamento. Segundo Robbins (2002), delegar é a função de dar responsabilidades ao colaborador. Dar-lhe poder para resolver situações ou fazer alguma coisa. O gerente (gestor) ou o líder tem um papel fundamental no processo da delegação. Atenção Delegar requer que o líder renegue o seu estilo autoritário e centralizador. Para isso, é preciso: • Acreditar nas pessoas. Administração GeraL I 56 Para Refl etir Deus nos deu uma boca e dois ouvidos. Portanto, falar é de prata, mas saber ouvir vale ouro. Saber Mais Ensinar o colaborador a tomar decisões, desafi á-lo, acreditar nele e não fazer as coisas por ele (MONTANA; CHARNOV, 1998). • Potencializar e dar poder às pessoas. • Evitar a descrença e também a superproteção. • Desafi ar o colaborador. • Responsabilizar o colaborador por aquilo que ele é capaz. É preciso conhecer o potencial de seu colaborador, precisa acreditar no potencial de seu colaborador e conhecer técnicas de como envolver o colaborador e conseguir o que se espera mediante a delegação. 2.7 - Não saber escutar Para elogiar, repreender ou delegar é preciso saber escutar. O gestor não pode resolver problemas, decidir ou planejar resultados sem escutar as pessoas. As organizações vencedoras são aquelas que abrem canais para escutar as pessoas, sejam elas funcionários, clientes, acionistas ou fornecedores. Saber escutar é a oportunidade para a solução eficaz de muitos problemas na organização (CHIAVENATO, 2003). A atitude de escutar requer do gestor comportamento ético e humano. Requer técnicas eficazes e boa relação interpessoal. Segundo Maximiano (2000), pratica-se o ato de escutar executando as seguintes ações: a) reúna as pessoas para discutir assuntos relacionados às suas atividades. b) crie meios ou mecanismos para que o colaborador possa expor ou manifestar o seu pensamento, suas crenças e seus valores. c) dê oportunidade para as pessoas conhecerem suas idéias, seus projetos e também opinar sobre eles. d) desenvolva o hábito de saber ouvir para depois tomar as decisões ou rejeitar uma idéia. e) fale menos e escute mais o seu colaborador. f) respeite qualquer sugestão ou ideia de seu colaborador. Não o desestimule a continuar. g) seja ético ao lidar com as pessoas. Ao tomar conhecimento de informações fidedignas, respeite o direito do colaborador de expô-la e evite divulgar ou comentar com terceiros. 2.8 - Falta de objetividade e simplificação Alguns gestores complicam mais as coisas do que poderiam. Muitas vezes, a simplificação das atividades e das decisões poderia resultar em maior eficiência do processo, e na velocidade do atendimento ao consumidor ou ao cliente. Complicar é fácil. Simplificar é difícil e requer vontade e quebra de regras. As regras, as normas são importantes para o alcance de resultados e para manter a ordem. Muitos gestores, por acreditar demais nas regras, nos regulamentos e nas normas, dificultam e complicam todo o processo administrativo e operacional. Conforme estudado nas aulas anteriores, a burocracia é um meio de obter a efi cácia organizacional, mas é preciso descomplicá- la. Complicar é fácil e muito gestor faz isso com muita maestria e constância. Complicam as vendas, complicam os contratos, complicam as relações, complicam os prazos etc. Simplificar é difícil, mas pode ser muito eficaz. A regra é: entre as ideias que tiver ou que lhe forem apresentadas, escolha a mais simples e que requeira menos controle. A sua chance de acertar e aumentar a eficiência será muito maior. Além disso, simplificar requer maturidade gerencial, requer crédito às pessoas, requer direcionamento das ações e requer vontade para fazer as coisas acontecerem em menor tempo. É uma atitude adulta e profissional. Pratique a simplificação, conforme Chiavenato (2003), por meio das seguintes técnicas: a) Escolha o caminho mais rápido para a solução dos problemas ou para a realização de uma atividade. b) Elimine normas, diretrizes ou procedimentos desnecessários. c) Divida as tarefas e as responsabilidades. d) Descentralize o poder e as decisões. e) Otimize o que já foi realizado, evitando o desperdício de tempo e recursos. f) Valorize o que está certo e não enfatizando o que está errado. g) Seja objetivo e claro em suas ordens e decisões. 2.9 - Dificuldade no relacionamento interpessoal O relacionamento interpessoal do gestor é de fundamental importância para o alcance de resultados. Como vimos anteriormente, para os clássicos o gestor consegue resultados por meio das pessoas. É preciso que, na condição de gestor, os resultados sejam alcançados por meio das pessoas e com as pessoas. Cada gestor, cada administrador tem a sua personalidade, a sua motivação, as suas características pessoais. A liderança, que é a capacidade do líder de conduzir pessoas e alcançarresultados por meio delas, deve ser democrática. Quanto maior a autoridade de um gestor, maior deve ser a sua liderança. Segundo Fayol, a liderança (direção) de um gestor é necessária para o processo administrativo. É preciso que o gestor saiba elogiar, repreender, dar ordens e simplificar as coisas. As pessoas só fazem as coisas que elas querem e não quando as coisas são impostas (MAXIMIANO, 2000). Muitos gestores, em decorrência de suas características pessoais, têm dificuldade de se relacionar com as pessoas (fornecedores, empregados, governo, cliente etc.). Saber relacionar-se com os pares é um fator de sucesso gerencial, que permite a melhoria do clima organizacional e cria uma cultura de confiança entre as partes. 57 Atenção Portanto, o equilíbrio emocional é o que se deseja de todo gestor e líder. Algumas recomendações podem ser úteis com relação ao equilíbrio emocional, como as que serão apresentadas a seguir: • Não leve muito a sério as coisas e as suas responsabilidades. • Tenha tempo para você e dê tempo para as coisas e para as pessoas. • Não se aborreça constantemente pelas pequenas coisas. • Cuide de sua saúde e de sua alimentação. • Deixe o sedentarismo de lado. • Seja maduro, receba as críticas com a mente aberta e até com sentimento de gratidão. • Acredite que você é maior do que os problemas. • Simplifi que as coisas; simplifi que a vida. • Pratique a gestão com emoção, com amor, com liderança e com saúde. • Esteja motivado para as coisas que se propõe a fazer. • Encontre prazer e satisfação nas coisas que faz (CHIAVENATO, 2003). Informação complementar: Para a melhoria do relacionamento interpessoal, o administrador deve: • Rever seus paradigmas e seus posicionamentos. • Saber escutar e o momento certo de falar. • Saber repreender de forma correta. • Respeitar os limites das pessoas. • Desenvolver a cultura e o hábito de elogiar. • Respeitar os tratados e as convenções entre as partes. • Ser ético e humano no trato com as pessoas. • Acreditar no valor, nas idéias das pessoas. • Ampliar o campo de ação e participação das pessoas. • Estimular e desafi ar as pessoas. • Não monopolizar a conversa, as decisões e os resultados somente para si (CHIAVENATO, 2003). 2.10 - Descontrole emocional O descontrole emocional significa a falta de controle emocional. Essa atitude é muito comum entre os gestores e líderes. As atividades estressantes do dia a dia levam os gestores, muitas vezes, a perder a paciência com clientes, forneceres e colaboradores. O descontrole emocional pode levar a muitas consequências graves, por exemplo: perda de cliente, conflitos organizacionais, perda do cargo, perda de colaboradores e perda de tempo. Esse comportamento não é legado apenas dos grandes gestores, mas de qualquer pessoa. Os gestores com descontrole emocional, geralmente estão sempre carrancudos, reclamando das coisas, mal humorados, sensíveis às diversas situações. Esse comportamento afasta as pessoas e atrasa as coisas dentro da organização. O gerente não é um ser perfeito, mas deveria ser o último a perder o controle emocional. O descontrole emocional, conforme já dito, decorre de uma série de fatores, dentre eles os fatores emocionais e internos. 2.11 - Despreparo gerencial e falta de formação adequada O despreparo técnico de muitos gestores pode ser o fator para a quebra de muitas organizações e de muitos negócios. Estar preparado para gerenciar um negócio significa ter formação adequada, espírito empreendedor, controle emocional, saber elogiar, saber simplificar, saber escutar, saber planejar o tempo e os resultados, ter conhecimento técnico e habilidade conceitual. Você Sabia? Que a formação acadêmica ou técnica é a porta de entrada, ou seja, é um dos requisitos de fundamental importância para o gestor. É preciso que ele conheça técnicas específi cas da profi ssão. Que aprenda princípios éticos e humanos inerentes à profi ssão e ao mercado. O aprendizado contínuo, conforme Robbins (2002), permite ao administrador a possibilidade de adequar as suas técnicas de trabalho, ou a realidade de sua organização, às inovações do mercado ou às novas técnicas administrativas. Portanto: a) Busque uma formação adequada para a sua profissão. b) Aprenda de forma contínua as novas técnicas de gestão. c) Busque novos conhecimentos e informações sobre o mercado em que atua. d) Participe de congressos, seminários, simpósios e debates. e) Assine revistas ou periódicos técnicos referentes à profissão ou ao negócio em que atua. f) Compartilhe conhecimentos ou faça visitas técnicas. g) Desenvolva o benchmarking (aproveitar as boas idéias dos concorrentes). 2.12 - Falta de ética A cultura brasileira de alguns gestores e empreendedores, em parte, é desenhada pela vontade de muitos de querer levar vantagem em tudo. As relações comerciais ou pessoais, muitas vezes, são desrespeitosas entre fornecedores, colaboradores e mercado. A ética como um valor ensinado em muitas disciplinas e áreas do conhecimento constitui o pilar do respeito e das boas relações. O comportamento não-ético é caracterizado pela falta de respeito aos prazos, pela falta de respeito às cláusulas contratuais, por exercício autoritário do poder, pela liderança autocrática e pelas vantagens ilicitamente conseguidas no cargo (financeira, política e social). O desrespeito à vida e às limitações do colaborador também compreende a falta de ética do gestor. Ética é uma questão de cidadania. É uma questão de valor e de personalidade. Curiosidade Para que o gestor atue de forma ética é necessário que: • Respeite os prazos estabelecidos. • Respeite as limitações dos colaboradores. • Evite querer levar vantagens nos cargos, ou vantagens fi nanceiras (pessoais) ao fechar um contrato. • Respeitar as limitações dos colaboradores. • Evitar o assédio moral e sexual no ambiente do trabalho • Não apropriar-se de vantagens que não lhe pertencem. Dê crédito a quem merece. Administração GeraL I 58 Retomando a aula Para fi nalizar a Aula 08, vamos agora relembrar os principais aspectos estudados até aqui: Quando os negócios são feitos com ética todos ganham: fornecedores, empregados, acionistas, sociedade etc. 2.13 - Falta de empreendedorismo Ser empreendedor não significa ser um excelente gestor. O empreendedorismo é uma característica pessoal que requer algumas habilidades e características de personalidade. O empreendedor é pessoa incomodada, visionária, motivada, sonhadora e com iniciativa. A pessoa empreendedora, segundo Montana e Charnov (1998), cria novos produtos e serviços, desbrava mercados, estimula ações e está em constante atividade. O empreendedor não se acomoda e encontra tempo para tudo. É uma pessoa, às vezes, à frente do seu tempo. Para Refl etir Nem todo gestor é um empreendedor e nem todo empreendedor é um bom gestor. É preciso mesclar as duas coisas. O empreendedor deve aproveitar as suas qualidades e capacitar-se em alguma área ou profissão para conhecer técnicas específicas na sua atividade. Por outro lado, temos gestores com formação técnica e administrativa, mas que são acomodados e pouco criativos e inovadores. A falta de empreendedorismo pode levar a organização à perda de oportunidades e mercado (CHIAVENATO, 2003). Deste modo, para ser um gestor que empreenda é preciso que o mesmo pesquise e leia sobre as atitudes de uma pessoa empreendedora além de buscar praticar e desenvolver o empreendedorismo em sua organização. Adicionalmente, para estimular o empreendedorismo o gestor deve desafiar-se constantemente além de estar sempre incomodado com a situação vivenciada pela organização. 2.14 - Visão de passado Há pessoas que fazem as coisas acontecerem: são as que promovem mudanças. Há pessoas que pensam que fazem as coisas acontecerem: são as imediatistas. Há pessoas que esperam as coisas acontecerem: que são as acomodadas. Há pessoas que não sabem que as coisas (mudanças) acontecem: são as desligadas.Estrategistas e planejadores são os gestores empreendedores que tem visão de futuro, que estão sempre um passo à frente de seus concorrentes internos e externos. São aqueles que projetam o futuro de sua organização. A visão do passado caracteriza-se pela crença de que o que deu certo antes poderá dar certo no presente, ou no futuro. A visão do passado permite o retrocesso ou a manutenção dos resultados. O gestor empreendedor tem visão de futuro. O que foi no passado, não serve mais para o presente ou para o futuro. Para Refl etir Quanto ao passado, o gestor deve tirar dele as lições necessárias, tê-lo como base para projeções futuras bem como usa-lo para estabelecer parâmetros para o presente e resultados para o futuro. Pense nisso ... Quem vive de passado é museu. Aliás, o museu não vive de passado, vive sim dos eventos e dos símbolos do passado que explicam a história e o desenvolvimento das ciências, a evolução da sociedade e nos auxilia a entender a nossa própria história. O museu da atualidade precisa ser bem gerido, com empreendedorismo e um bom nível de preparo gerencial. No módulo II da disciplina Teoria Geral da Administração, você estudará a teoria Burocrática, a teoria Estruturalista, a Teoria Sistêmica e a Teoria Contingencial. Essas teorias, denominadas de teoria da organização, permitirão a você entender o funcionamento das organizações enquanto entidades sócio técnicas. Até lá! 1 - Modo correto de administrar uma empresa Iniciando a Aula 8 vimos, na sua primeira seção, as noções básicas com relação ao modo correto de administrar uma empresa ou organização. A partir disso, agregamos uma série de conhecimentos que permitiram concluir que para administrar bem uma organização não existe uma única receita mas é preciso unir os conceitos profissionais com uma atuação ética e humana. 2 - Principais falhas dos gestores Avançando em nossos estudos conhecemos, na Seção 2 desta aula, as principais falhas cometidas por gestores durante a sua atuação administrativa em organizações. Deste modo, compreendemos os aspectos e posturas que não devem ser feitos por administradores bem como as melhores maneiras de evitar estes comportamentos. Sugerimos que releia toda a Aula para consolidar os seus conhecimentos e que realize as atividades propostas os quais estão no Ambiente Virtual. Caso você tenha fi cado com dúvidas sobre a Aula 08, acesse as ferramentas “fórum”,“quadro de avisos” ou “chat” e interaja com seus colegas de curso e com seu tutor. Participe, afi nal você é o personagem principal de sua aprendizagem! CARAVANTES, Geraldo Ronchetti. Readministração em ação: a prática da mudança rumo ao sucesso. Porto Alegre: AGE, 1995. ______. Teoria geral da administração: pensando e fazendo. Porto Alegre: AGE, 1998. JUCIUS, Michael J. Simões. Introdução à administração: elementos de ação administrativa. São Paulo: Atlas, 1990. Vale a pena Vale a pena ler 59 Referências bibliográfi cas BONOME, João Batista Vieira. Princípios da administração. Curitiba: Iesde, 2007. BOWDITCH, James L. Elementos do comportamento organizacional. São Paulo: Pioneira. 1992. BRAGA, Ruy. Nostalgia do fordismo. São Paulo: Xama, 2003. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 8. ed. São Paulo: Campus, 2011. ______. Introdução à Teoria Geral da Administração. 7. ed. São Paulo: Campus, 2003. CARAVANTES, Geraldo Ronchetti. Readministração em ação: a prática da mudança rumo ao sucesso. Porto Alegre: AGE, 1995. ______. Teoria geral da administração: pensando e fazendo. Porto Alegre: AGE, 1998. ______. 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