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Dermatologia Doenças cutâneas fúngicas Esporotricose Sporothrix schenckii. Fungo dimórfico (altera entre levedura e bolor) e saprófito (obtém nutrientes de matéria orgânica em decomposição). Transmissão zoonótica, através de mordidas ou arranhões. Sendo os gatos a espécie animal mais associada com essa forma de contágio, devido principalmente à grande quantidade de leveduras nas lesões, mas também por carrearem o agente nas unhas e na cavidade oral. A infecção inicia com a inoculação do fungo, que penetra no tecido até as camadas mais profundas, onde ocorre a transição micélio-levedura; esse período dura em torno de 13 dias. A levedura pode permanecer na derme e subcutâneo (local da inoculação), espalhar-se através de drenagem linfática ou disseminar-se sistemicamente pelos vasos sanguíneos. Em gatos, a esporotricose manifesta-se clinicamente como lesões cutâneas nodulares ou em placa, firmes, alopécicas e indolores que fistulam ou ulceram, liberando líquido serossanguinolento . Sinais Clínicos: Cães: múltiplos nódulos firmes não dolorosos e não pruriginosos (coceira), que podem apresentar ulceração, exsudação purulenta e formação de crostas. Lesões mais comuns na cabeça, no tronco ou na porção distal dos membros (onde podem se disseminar pelos vasos linfáticos ascendentes podendo formar novos nódulos ulcerados e exsudativos). Linfadenomegalia é comum. Disseminação rara. Gatos: feridas perfurantes sem cicatrização, abcessos, celulite, nódulos com crostas, ulcerações, tratos drenantes purulentos, e ás vezes, necrose tecidual. Lesões mais comuns em cabeça, porção distal dos membros ou na base da cauda. Pode haver letargia, depressão, anorexia e febre. Disseminação comum. Diagnóstico/Abordagem clínica: Citologia (exsudato, tecido aspirado): inflamação supurativa ou (pio)granulomatosa. Exame citológico. Macrófago com estruturas intracitoplasmáticas arredondadas de tamanho variável e envolvidas por um halo claro, sugestivas de S. schenckii (objetiva de imersão). As leveduras de fromato redondo, oval ou de charuto, no meio intracelular e extracelular. Facilmente observadas em gatos, mas não em cães. Dermato-histopatologia: dermatite supurativa ou (pio) granulomatosanodular a difusa. Imunofluorescência: detecção de antígeno de Sporothrix em tecidos ou exsudatos. Cultura fúngica: fácil cultivar a partir de amostras de gatos infectados, pode ser difícil isolar o mcg em cães. PCR. Diagnósticos diferenciais: incluem outras infecções fúngicas e bacterianas. Tratamento e prognóstico: Terapia antifúngica sistêmica prolongada deve ser administrada e continuar por pelo menos 1 mês após a resolução clínica completa. Cetoconazol - 5 a 15mg/kg Via Oral com alimento a cada 12 a 24H. Fluconazol - 10mg/kg Via Oral com alimento a cada 24H Terbinafina - 30a 40mg/kg Via Oral a cada 12 a 24H Itraconazol (Sporanox, capsula) 5 a 10mg/kg Via Oral com aliemento a cada 12 a 24H OBS: em gatos o farmaco de escolha é Itraconazol(Sporanox). O prognóstico é moderado a bom, mas recidivas podem ocorrer. Nenhum caso de transmissão de cães a seres humanos foi relatado, mas gatos infectados são altamente contagiosos para seres humanos. Boas práticas de higiene e luvas devem ser usadas durante a manipulação do paciente.
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