Buscar

REFLEXÕES E DESAFIOS NA APLICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUAÇÃO DO CONSELHEIRO TUTELAR UM ESTUDO DE CASO A PARTIR DE CICLOS DE DEBATES"

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 50 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO 
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS 
 
 
 
 
WALLACE ROSA GOMES 
 
 
 
 
"REFLEXÕES E DESAFIOS NA APLICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA 
ATUAÇÃO DO CONSELHEIRO TUTELAR: UM ESTUDO DE CASO A PARTIR DE 
CICLOS DE DEBATES" 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLATINA - ES 
2023 
WALLACE ROSA GOMES 
 
 
 
 
"REFLEXÕES E DESAFIOS NA APLICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA 
ATUAÇÃO DO CONSELHEIRO TUTELAR: UM ESTUDO DE CASO A PARTIR DE 
CICLOS DE DEBATES" 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenadoria do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu 
em Educação e Direito Humanos, da Universidade 
Federal do Espírito Santo, Polo Colatina - ES, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Especialista em Educação e Direitos Humanos. 
Orientador/a: Profa. Dra. Juliana Sabino Simonato. 
 
 
 
COLATINA - ES 
2023 
RESUMO 
Este estudo tem como objetivo explorar e analisar os desafios e reflexões no âmbito da 
aplicação dos Direitos Humanos na atuação do Conselheiro Tutelar, focalizando sua eficácia e 
impacto na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Nesta pesquisa destacam-se os 
fundamentos teóricos de: Bobbio (2004), Hunt (2009), Ramos (2019), Comparato (2019), 
Mazzuoli (2020), Piovesan (2018). Como campo empírico selecionamos os Conselheiros 
Tutelares da Região do Vale do Rio Doce de Minas Gerais. O trabalho fundamenta-se em 
uma pesquisa de caráter qualitativo Minayo (2001), ancorado no método de pesquisa 
exploratório e explicativo, uma vez que é realizado o levantamento bibliográfico de 
informações sobre o objeto de estudo e a delimitação do campo empírico. Por meio do objeto 
de estudo, os dados coletados nos permitiram uma análise das significações sobre a temática 
explorada. Desse modo, os dados de pesquisa foram analisados por meio da análise de 
conteúdo conforme apontado por Bardin (1997) e organizados a partir de três categorias 
analíticas, sendo elas: o Direitos Humanos; Conselho Tutelar e Prática Pedagógica. A 
formação em direitos humanos é fundamental para capacitar os conselheiros tutelares a 
desempenhar suas funções de forma eficaz, ética e respeitando os direitos fundamentais das 
crianças e adolescentes, o que por sua vez também, contribui para o fortalecimento do 
Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes. 
Palavras-chave: Direitos Humanos. Conselho Tutelar. Prática Pedagógica. 
 
 
 
 
ABSTRACT 
This study aims to explore and analyze the challenges and reflections within the scope of the 
application of Human Rights in the role of Guardianship Counselors, focusing on their 
effectiveness and impact on protecting the rights of children and adolescents. In this research, 
the theoretical foundations of: Bobbio (2004), Hunt (2009), Ramos (2019), Comparato (2019), 
Mazzuoli (2020), Piovesan (2018) stand out. As an empirical field, we selected Guardianship 
Counselors from the Vale do Rio Doce region of Minas Gerais. The work is based on 
qualitative research Minayo (2001), anchored in the exploratory and explanatory research 
method, since a bibliographical survey of information about the object of study and the 
delimitation of the empirical field is carried out. Through the object of study, the data 
collected allowed us to analyze the meanings of the theme explored. In this way, the research 
data were analyzed using content analysis as pointed out by Bardin (1997) and organized 
based on three analytical categories, namely: o Human Rights; Guardianship Council and 
Pedagogical Practice. Training in human rights is essential to enable guardianship counselors 
to perform their functions effectively, ethically and respecting the fundamental rights of 
children and adolescents, which in turn also contributes to strengthening the Children's Rights 
Guarantee System and Teenagers. 
Keywords: Human rights. Guardianship Council. Pedagogical Practice 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 
1.1 O Pesquisador e o seu contexto ........................................................................................ 5 
1.2 Apresentando a Pesquisa .................................................................................................. 6 
1.3 Objetivos ........................................................................................................................... 7 
1.3.1 Objetivo Geral ........................................................................................................... 7 
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................................. 7 
2 FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUAÇÃO DO 
CONSELHEIRO TUTELAR. .................................................................................................... 8 
2.1 Conceitos, evolução histórica e principais marcos legais (Internacional e Nacional)...... 8 
2.2 Direitos Humanos e o Conselho Tutelar ........................................................................ 14 
2.3 Capítulo sobre Prática Pedagógica ................................................................................. 15 
2.4 Capítulo sobre o conteúdo a ser trabalhado na pesquisa ................................................ 16 
3 PROPOSTA DE PRÁTICA PEDAGÓGICA ....................................................................... 18 
4 METODOLOGIA .................................................................................................................. 42 
4.1 Locus e sujeitos da pesquisa ........................................................................................... 43 
4.2 Metodologia da pesquisa ................................................................................................ 44 
4.3 Instrumentos de coleta e produção de dados .................................................................. 45 
4.4 Metodologias de análise de dados .................................................................................. 46 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................ 48 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 49 
 
5 
1 INTRODUÇÃO 
 
1.1 O Pesquisador e o seu contexto 
 
O papel dos Conselheiros Tutelares é um elemento fundamental na proteção e 
promoção dos direitos das crianças e adolescentes num contexto de direitos humanos. Este 
estudo oferece uma análise crítica dos desafios que esses profissionais enfrentam no 
desempenho de suas tarefas. Enfatiza o papel dos ciclos de discussão e dos estudos de caso 
como ferramentas de formação e qualificação. Os direitos humanos, pilares da construção de 
uma sociedade mais justa e igualitária, constituem a base da intervenção do Conselheiro de 
Defesa. Este estudo surge da necessidade de compreender a eficácia destas ferramentas 
educacionais na formação e melhoria da prática dos profissionais e na aplicação destes 
direitos a nível local. 
Conforme o tempo passa, dedico-me a estudar e ensinar a prática tentar compreender 
as nuances sutis envolvidas na aplicação prática dos direitos humanos. Meus itinerários 
educacionais e experiências profissionais estão interligados. Isto gerou interesse em investigar 
como os ciclos de discussão podem afetar positivamente o desempenho dos conselheiros. A 
partir de una base académica consolidada e minha formação profissional, combinada com a 
prática do dia a dia, onde eu trabalho diretamente como gestor do fluxo da escuta 
especializada e articulação com a rede do sistema de garantias de direitos de crianças e 
adolescentes e direitos humanos, tenho uma articulação direta com o Conselho Tutelar. 
A escolha deste tema foi influenciadapor experiências significativos que destacaram a 
importância da formação continuada e dos fundamentos teóricos na efetiva garantia dos 
direitos humanos. Essa pesquisa é uma extensão natural desse interesse e busca contribuir 
para um debate mais amplo sobre as práticas e desafios enfrentados pelos Conselheiros 
Tutelares. 
A minha trajetória profissional como Assistente Social tem sido marcada por um 
profundo compromisso com a defesa dos direitos da criança e do adolescente. Desde a 
formação em Serviço Social até a atuação direta como Conselheiro Presidente do Conselho 
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Aimorés, Gestor do Fluxo da Lei da 
Escuta Especializada, Secretário Municipal de Assistência Social, Professor Universitário do 
Curso de Direito e Palestrante dedicado a temas como o combate ao trabalho infantil e 
6 
violação de direitos, minha jornada tem sido permeada pela constante busca por estratégias 
eficazes de promoção e proteção dos direitos fundamentais. 
A imersão no sistema da garantia de direitos e a atuação direta na formação dos 
Conselheiros Tutelares em Aimorés e no leste mineiro destacaram a importância crucial de 
mecanismos de capacitação e discussão para fortalecer a atuação desses profissionais tão 
essenciais na defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Nesse contexto, o interesse em 
investigar os processos educativos, como os Ciclos de Debates, surgiu como uma extensão 
natural do comprometimento com a melhoria contínua das práticas e políticas voltadas para a 
infância e adolescência. 
Ao longo dos anos, testemunhei as complexidades e desafios enfrentados no dia a dia 
dos Conselheiros Tutelares, mas também observei os avanços e impactos positivos que a 
formação, a discussão e a troca de experiências podem ter na efetivação dos Direitos 
Humanos nesse contexto específico. A escolha deste tema de pesquisa é, portanto, um reflexo 
direto dessas experiências acumuladas e do desejo constante de aprimorar as estratégias de 
promoção e proteção dos direitos das crianças e adolescentes. 
 
1.2 Apresentando a Pesquisa 
 
A pesquisa proposta busca explorar e analisar os desafios e reflexões no âmbito da 
aplicação dos Direitos Humanos na atuação do Conselheiro Tutelar, focalizando sua eficácia e 
impacto na proteção dos direitos de crianças e adolescentes. Esta temática, essencialmente 
ligada à minha atuação profissional como Assistente Social, reflete uma preocupação 
constante em aprimorar as práticas de defesa dos direitos de crianças e adolescentes. 
A escolha deste tema foi motivada pela observação direta das complexidades 
enfrentadas no cotidiano dos Conselheiros Tutelares, que atuam na linha de frente na garantia 
dos direitos da infância e adolescência. Acredita-se que a pesquisa em questão pode contribuir 
significativamente para compreender os entraves e potencialidades na aplicação dos Direitos 
Humanos nesse contexto específico. 
No decorrer do desenvolvimento desta pesquisa, pretende-se realizar uma análise 
criteriosa de artigos, teses e dissertações que abordam a temática dos Direitos Humanos na 
atuação do Conselheiro Tutelar. Autores renomados, serão referenciados para fundamentar 
teoricamente as reflexões e discussões propostas. 
O objeto de análise concentra-se na avaliação dos ciclos de debates e estudos de caso 
como estratégias educativas utilizadas na formação e capacitação dos Conselheiros Tutelares. 
7 
Esta pesquisa buscará não apenas identificar desafios e dilemas éticos enfrentados pelos 
profissionais, mas também propor reflexões e sugestões práticas para aprimorar a aplicação 
dos Direitos Humanos na atuação cotidiana do Conselho Tutelar. 
 
1.3 Objetivos 
 
1.3.1 Objetivo Geral 
 
 Analisar a eficácia dos Ciclos de Debates e Estudos de Caso sobre Direitos Humanos 
na formação e na prática do Conselheiro Tutelar, investigando o impacto dessas 
atividades na compreensão, internalização e aplicação dos princípios e conceitos dos 
direitos humanos no exercício das atividades do Conselho Tutelar. Este objetivo geral 
direciona a pesquisa para avaliar a contribuição dos Ciclos de Debates e Estudos de 
Caso na formação e no desempenho do Conselheiro Tutelar, avaliando seu papel na 
efetivação dos direitos humanos na prática cotidiana desse órgão de proteção à criança 
e ao adolescente. 
 
1.3.2 Objetivos Específicos 
 
 Levantar e categorizar os principais temas discutidos nos Ciclos de Debates, 
evidenciando a relevância atribuída aos direitos humanos na formação dos 
Conselheiros Tutelares. 
 Investigar os métodos pedagógicos utilizados nos Ciclos de Debates, incluindo 
técnicas, abordagens de ensino e recursos empregados para o desenvolvimento das 
reflexões sobre direitos humanos. 
 Medir a eficácia dos Estudos de Caso na compreensão, internalização e aplicação 
prática dos conceitos de direitos humanos por parte dos Conselheiros Tutelares. 
 Identificar e analisar os dilemas éticos e práticos encontrados na aplicação dos direitos 
humanos no trabalho diário dos Conselheiros Tutelares. 
 Elaborar recomendações e estratégias para fortalecer e aprimorar os Ciclos de Debates, 
visando melhorar a formação e a atuação dos Conselheiros Tutelares na proteção dos 
direitos das crianças e adolescentes. 
8 
2 FUNDAMENTAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUAÇÃO DO 
CONSELHEIRO TUTELAR. 
 
2.1 Conceitos, evolução histórica e principais marcos legais (Internacional e Nacional) 
 
Para Mazzuoli (2019) os direitos humanos é um direito essencial para garantir a 
dignidade de todos os seres humanos, mas nem sempre foi compreendido por esse prisma, 
sendo, portanto, necessário conhecer o seu processo evolutivo, situar em qual momentos os 
direitos humanos e os direitos internacionais se encontraram, se afastaram e se reaproximaram, 
enquanto participes de um mesmo sistema de proteção. 
O conceito de direitos humanos pode ser explorado considerando dois aspectos 
distintos. Inicialmente, destaca-se a análise dos fundamentos primários desses direitos, uma 
temática de grande relevância nas esferas da filosofia, sociologia e ciência política 
contemporâneas. O segundo aspecto aborda a perspectiva jurídica dessa categoria de direitos, 
encontrando-se estreitamente vinculado ao conjunto de tratados, convenções e legislações 
cujo propósito é definir e regular os mecanismos que garantem os direitos fundamentais da 
pessoa humana, tanto em âmbito internacional quanto nacional (COMPARATO, 2019). 
Os direitos humanos emergem de uma contínua batalha pelo reconhecimento da 
dignidade de todos os seres humanos. Segundo Hannah Arendt (1989), é crucial lembrar que 
esses direitos não são uma realidade preestabelecida, mas sim um processo em constante 
evolução e conquista. Norberto Bobbio (1998), de forma enfática, sustenta que os direitos 
humanos não surgem todos de uma só vez, nem de maneira definitiva, destacando a 
necessidade de permanecermos vigilantes na expansão e preservação desses direitos. 
 
Do ponto de vista teórico, sempre defendi – e continuo a defender, fortalecido por 
novos argumentos – que os direitos do homem, por mais fundamentais que sejam, 
são direitos históricos, ou seja, nascidos em certas circunstâncias, caracterizados por 
lutas em defesa de novas liberdades contra velhos poderes, e nascidos de modo 
gradual, não todos de uma vez e nem de uma vez por todas. (BOBBIO, 1998, p. 5). 
 
Ao longo da história, várias declarações/escrituras desempenharam um papel crucial 
na materialização dos direitos humanos, servindo como precursores das declarações positivas 
de direitos. Contudo, é importante ressaltar que esses documentos não se configuravam como 
cartas de liberdade para o cidadão comum; eram, na verdade, contratos feudais escritos nos 
quais o monarca se comprometia a respeitar os direitos de seus vassalos (COMPARATO, 
2019). 
9 
Na perspectiva moderna, a instauração da lei escrita estabeleceuma norma geral e 
uniforme que submete todos os indivíduos que fazem parte de uma sociedade organizada a ela. 
Assim, somente com a positivação das teorias filosóficas de direitos humanos, como uma 
limitação ao poder estatal, é possível abordar os direitos humanos como direitos concretos e 
efetivos. O surgimento da modernidade introduz novas concepções de pessoa, resultando, por 
conseguinte, em evoluções nos entendimentos sobre direitos humanos e fundamentais. A 
consolidação dos direitos humanos e fundamentais em textos escritos, a partir de 1776, é 
impulsionada por dois fatores: as teorias contratualistas e a secularização do direito natural 
(FACHIN, 2009). 
Foi dentro do contexto histórico do desenvolvimento secular do pensamento 
jusnaturalista, nos séculos XVII e XVIII, que as concepções sobre a dignidade da pessoa 
humana começaram a adquirir relevância, notadamente por meio das ideias de pensadores 
como Immanuel Kant. Segundo FACHIN (2009), São Tomás de Aquino foi o primeiro a 
cunhar a expressão "dignitas humana", ao afirmar que “(...) a dignidade é inerente ao homem, 
como espécie; e ela existe in actu só no homem enquanto indivíduo” (FACHIN, 2009, p. 34). 
Segundo Comparato (2005) a visão ética kantiana afirma que: 
 
[...] a dignidade da pessoa humana não consiste apenas no fato de ser ela, 
diferentemente das coisas, um ser considerado e tratado, em sim mesmo, como um 
fim em si e nunca como um meio para a consecução de determinado resultado. Ela 
resulta também do fato de que, pela sua vontade racional, só a pessoa vive em 
condições de autonomia, isto é, como ser capaz de guiar-se pelas leis que ele próprio 
edita” (COMPARATO, 2005, p. 21). 
 
Para Bobbio (2004, p. 30), “os direitos humanos nascem como direitos naturais 
universais, desenvolvem-se como direitos positivos particulares (quando cada Constituição 
incorpora Declaração de Direitos) para finalmente encontrar a plena realização como direitos 
positivos universais”. 
Assim, diante da diversidade de interpretações ao longo do tempo, ressalta-se a 
concepção contemporânea de direitos humanos, que surgiu com a promulgação da Declaração 
Universal dos Direitos Humanos em 1948 e foi reafirmada pela Declaração de Direitos 
Humanos de Viena em 1993. 
A configuração dos direitos humanos resulta do processo recente de 
internacionalização desses direitos, que teve origem no pós-guerra como resposta às 
atrocidades e horrores perpetrados durante o nazismo. Nesse contexto, observa-se que o 
10 
Estado, ao se tornar um grande violador de direitos humanos, desencadeou esse movimento 
(PIOVESAN, 2018). 
Conforme Piovesan (2006, p. 13), a visão contemporânea dos direitos humanos é uma 
"unidade indivisível, interdependente e inter-relacionada, na qual os valores da igualdade e 
liberdade se conjugam e se completam". Esta abordagem inovadora, por sua vez, acarreta 
duas significativas consequências: 
 
(1) A revisão da noção tradicional de soberania absoluta do Estado, que passa a 
sofrer um processo de relativização, na medida em que são admitidas intervenções 
no plano nacional em prol da proteção dos direitos humanos – isto é, transita-se de 
uma concepção “hobbesiana” de soberania centrada no Estado para uma concepção 
“kantiana” de soberania centrada na cidadania universal.3 (2) A cristalização da 
idéia de que o indivíduo deve ter direitos protegidos na esfera internacional, na 
condição de sujeito de direito (PIOVESAN, 2004, p. 23). 
 
Para Ramos (2019, p. 29) os direitos humanos consistem em: “um conjunto de direitos 
considerados indispensáveis para a vida humana pautada na liberdade, igualdade e dignidade. 
Os direitos humanos são os direitos essenciais e indispensáveis à vida digna”. 
A evolução histórica dos direitos humanos é uma narrativa complexa e multifacetada, 
marcada por mudanças sociais, políticas, filosóficas e legais ao longo dos séculos. A trajetória 
dos direitos humanos pode ser dividida em várias fases distintas, cada uma contribuindo para 
a formação do entendimento contemporâneo desses direitos fundamentais. 
No plano internacional a evolução histórica dos Direitos Humanos compreende alguns 
períodos e momentos históricos, embora não se limita: antiguidade, idade média, iluminismo, 
as revoluções do século XIII, o século XIX, Pós segunda Guerra Mundial e a 
contemporaneidade. 
Na antiguidade os fundamentos dos direitos humanos têm raízes antigas, encontrando 
expressão em várias culturas e civilizações. Na Grécia Antiga, por exemplo, pensadores como 
Sócrates e Platão discutiam conceitos de justiça e dignidade humana. Na Roma Antiga, as leis 
romanas reconheciam certos direitos básicos dos cidadãos. Durante a Idade Média, os direitos 
humanos muitas vezes eram subjugados em face de autoridades monárquicas e religiosas. No 
entanto, documentos como a Magna Carta (1215) na Inglaterra começaram a estabelecer 
limites ao poder do monarca e a reconhecer alguns direitos individuais (RAMOS, 2019). 
O Iluminismo, nos séculos XVII e XVIII, desempenhou um papel crucial na promoção 
dos direitos humanos. Filósofos como John Locke e Voltaire defenderam a ideia de direitos 
inalienáveis, incluindo liberdade, propriedade e igualdade. Essas ideias influenciaram as 
revoluções americana e francesa (RAMOS, 2019). 
11 
A Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) e a Declaração dos 
Direitos do Homem e do Cidadão na França (1789) marcaram a formalização dos princípios 
dos direitos humanos em documentos legais. Estes proclamavam a igualdade, a liberdade e a 
fraternidade como valores fundamentais (RAMOS, 2019). 
O século XIX testemunhou a expansão gradual dos direitos humanos, com 
movimentos abolicionistas lutando contra a escravidão e a expansão dos direitos das 
mulheres. As convenções de Genebra (1864) e de Haia (1899 e 1907) começaram a regular o 
tratamento de prisioneiros de guerra e civis em conflitos armados (RAMOS, 2019). 
Os horrores da Segunda Guerra Mundial levaram à criação das Nações Unidas e à 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948). Este documento seminal estabeleceu 
princípios universais aplicáveis a todos os seres humanos, independentemente de sua 
nacionalidade. 
A partir da segunda metade do século XX, houve um movimento global para 
fortalecer os direitos humanos, com a criação de tratados específicos, como os Pactos 
Internacionais de Direitos Civis e Políticos e de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais. 
Além disso, surgiram organizações e tribunais internacionais dedicados à proteção dos 
direitos humanos. 
Percebe-se então, que a evolução histórica dos direitos humanos reflete uma trajetória 
de luta pela dignidade, igualdade e liberdade, moldada por eventos históricos, movimentos 
sociais e avanços legais que moldaram o atual arcabouço normativo e filosófico dos direitos 
humanos. 
No Brasil, a trajetória dos direitos humanos é marcada por uma série de 
transformações ao longo dos séculos, refletindo não apenas avanços, mas também desafios e 
períodos de violações significativas. Vamos percorrer essa história complexa, destacando 
momentos-chave e suas implicações. 
No período colonial, que compreende os anos de 1500 a 1822, a chegada dos 
colonizadores portugueses trouxe consigo a exploração e a escravização dos povos indígenas 
e africanos. A ausência de direitos fundamentais para essas populações foi acentuada, 
marcando um capítulo sombrio na história dos direitos humanos no Brasil. 
No Brasil império, período compreende de 1822 a 1889, com a independência do 
Brasil, o Império enfrentou desafios na consolidação de um sistema de direitos. A 
Constituição de 1824, embora considerada avançada para a época, não garantia plenos direitos 
a todos os cidadãos. 
12 
O fim da escravidão, em 1888, representou um avanço significativo. No entanto, a 
falta de medidas efetivas para integrar os ex-escravizados na sociedade gerou desafios sociais 
persistentes. 
ARepública Velha foi marcada por instabilidade política e escassos avanços em 
termos de direitos humanos. A repressão a movimentos sociais foi uma constante, 
evidenciando a fragilidade das garantias individuais. O governo de Getúlio Vargas trouxe 
algumas melhorias em termos de direitos trabalhistas, mas também restringiu liberdades civis. 
O Estado Novo (1937-1945) foi caracterizado por autoritarismo e supressão de direitos 
políticos. 
 A Constituição de 1946 refletiu a influência dos ideais democráticos pós-Segunda 
Guerra, reforçando direitos civis e políticos. Contudo, os anos subsequentes de regime militar 
minaram essas conquistas. Durante o regime militar, houve uma repressão sistemática aos 
direitos humanos, com censura, prisões arbitrárias, torturas e assassinatos. Esse período é 
conhecido pelos anos de chumbo, representando uma das páginas mais sombrias da história 
recente do Brasil. 
A redemocratização trouxe consigo a Constituição de 1988, um marco na história dos 
direitos humanos no Brasil. Essa Constituição assegurou uma ampla gama de direitos, 
incluindo os sociais, e estabeleceu o arcabouço para uma sociedade mais justa e inclusiva. 
Nas últimas décadas, o Brasil testemunhou um aumento significativo nos movimentos 
sociais e no ativismo, incluindo grupos que lutam por direitos das mulheres, LGBTQ+, 
negros, indígenas e outras minorias. O marco legal internacional dos direitos humanos é 
estabelecido por uma série de tratados, convenções e declarações que buscam promover e 
proteger os direitos fundamentais de todas as pessoas, independentemente de sua 
nacionalidade, etnia, gênero, religião ou qualquer outra característica. 
Podemos citar como os principais instrumentos do marco legal internacional dos 
direitos humanos: a) Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) de 1948; b) Pacto 
Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP) de 1966; c) Pacto Internacional sobre 
Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) de 1966; d) Convenção sobre a 
Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (CERD) de 1965; e) Convenção 
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher de 1979; f) 
Convenção contra a tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou 
Degradantes de 1984; g) Convenção sobre os Direitos da Criança (CRC) de 1989; h) A 
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência em 2006 
(MAZZUOLI, 2020). 
13 
Esses instrumentos, entre outros, compõem o marco legal internacional dos direitos 
humanos, representando um compromisso global para a promoção e proteção dos direitos 
fundamentais de todas as pessoas. Países que ratificam esses tratados assumem a 
responsabilidade de implementar medidas para garantir o respeito e a realização desses 
direitos em seus territórios. 
Segundo Piovesan (2018) a adoção da DUDH inaugura um padrão comum de direitos 
humanos para todos os seres humanos, independentemente do lugar em que vivem. 
Objetivando garantir esses direitos humanos, formou-se um Sistema Global de proteção dos 
direitos humanos, comandado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e três Sistemas 
Regionais de proteção: interamericano, europeu e africano. Esses sistemas têm em comum a 
proteção dos direitos humanos, entendidos como um conjunto de normas, órgãos e 
mecanismos internacionais, que sugerem pós contexto econômico, político e social da 
segunda guerra mundial. Esses sistemas por sua vez, se constituem em mecanismo 
imprescindíveis para garantir, manter e refirmar a proteção aos direitos humanos 
internacionalmente e regionalmente, conjugando a cidadania como condição para garantia da 
dignidade da pessoa humana. 
No âmbito dos Sistemas de Proteção dos Direitos Humanos, o Brasil faz parte dos 
Sistema Global e regionalmente o Sistema Interamericano de Proteção, e também, possui um 
Sistema Nacional de Promoção dos Direitos Humanos, criado pelo Decreto nº 7.037/2009, e 
que tem o objetivo de coordenar a implementação das políticas de direitos humanos no Brasil 
(PIOVESAN, 2018). 
O Brasil, por sua vez, possui um extenso marco legal de direitos humanos que abrange 
tanto a legislação nacional quanto os compromissos internacionais assumidos pelo país. 
Dentre os documentos legislativos podemos citar: a) Constituição Federal de 1988; b) Código 
Penal; c) Código Civil; d) Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA); e) Lei Maria da 
Penha; f) Lei de Cotas; g) Estatuto do Idoso; h) Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com 
Deficiência (MAZZUOLI, 2020). 
Importante ressaltar que a legislação nacional acerca dos direitos humanos não se 
resume as que foram destacadas acima, havendo muitas outras iniciativas legislativas que 
abarcam os direitos étnico-raciais, direitos LGBTQIA+, direitos dos refugiados e migrantes. 
Dentre os compromissos internacionais, o Brasil é signatário de diversos tratados 
internacionais de direitos humanos, como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos, 
o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e a Convenção 
Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). 
14 
No âmbito da criança e do adolescente, o Governo Brasileiro assinou e ratificou em 
1990 a Convenção sobre os Direitos da Criança, estabelecendo os direitos fundamentais de 
todas as crianças, incluindo o direito à vida, saúde, educação e não discriminação. 
 
2.2 Direitos Humanos e o Conselho Tutelar 
 
Os Direitos Humanos são a base das políticas de proteção à infância e adolescência em 
níveis locais, nacionais e internacionais. Esses direitos fundamentais garantem a proteção das 
crianças e adolescentes contra a exploração, violência, abuso e negligência. Também 
asseguram o acesso à educação, saúde, lazer, cultura e participação social, elementos 
essenciais para seu pleno desenvolvimento. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Assembleia Geral 
das Nações Unidas em 1948, é um marco histórico que definiu os direitos fundamentais e 
universais dos seres humanos. Esse documento estabeleceu princípios que visam garantir a 
dignidade, liberdade e igualdade de todos, independentemente de raça, cor, religião, gênero, 
nacionalidade ou qualquer outra condição. 
A Declaração é composta por 30 artigos que abrangem uma ampla gama de direitos e 
liberdades, incluindo direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais. Alguns desses 
direitos incluem o direito à vida, à liberdade, à educação, à saúde, à igualdade perante a lei, à 
liberdade de expressão e pensamento, entre outros. 
Embora a Declaração Universal dos Direitos Humanos não tenha força de lei 
vinculante por si só, ela serviu como base para a elaboração de tratados internacionais e 
constituições de diversos países. Além disso, seu impacto é evidente na formulação de 
políticas, leis e normas que buscam assegurar a proteção e promoção dos direitos humanos em 
todo o mundo. 
No contexto da atuação do Conselheiro Tutelar, a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos serve como referência fundamental, já que muitos princípios ali estabelecidos são 
incorporados em legislações nacionais e orientam a proteção dos direitos das crianças e 
adolescentes. 
A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral das Nações 
Unidas em 1989, é um dos instrumentos mais importantes na promoção e proteção dos 
direitos das crianças. Esse tratado internacional reconhece uma série de direitos específicos 
das crianças e estabelece princípios essenciais para sua proteção e desenvolvimento. 
15 
A Convenção é composta por 54 artigos que abordam os direitos das crianças em 
diversas áreas, incluindo direitos civis, políticos, sociais, econômicos e culturais. Ela 
reconhece o direito à vida, à saúde, à educação, à proteção contra a exploração, à liberdade de 
expressão e participação, entre outros direitos fundamentais. 
Um dos aspectos importantes da Convenção é aênfase dada à participação das 
crianças em assuntos que as afetam, reconhecendo sua capacidade de expressar suas opiniões 
e ter voz nas decisões que impactam suas vidas. 
A Convenção sobre os Direitos da Criança é um marco significativo, pois estabelece 
padrões internacionais para garantir que os direitos das crianças sejam protegidos e 
respeitados. Ela é ratificada por uma grande maioria dos países, o que a torna um documento 
essencial na formulação de políticas e legislações voltadas para a infância e adolescência em 
nível global. 
A atuação do Conselheiro Tutelar na garantia dos direitos de crianças e adolescentes é 
respaldada por uma série de legislações nacionais e tratados internacionais que visam proteger 
e promover o bem-estar desses grupos, dentre eles podemos destacar: a Constituição Federal 
de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). 
 
2.3 Capítulo sobre Prática Pedagógica 
 
Considerando a proposta pedagógica elaborada, a metodologia ativa de aprendizagem 
escolhida envolve a integração de múltiplas abordagens, tais como Estudo de Caso, 
Dinâmicas de Grupo e Webconferências, com foco na interatividade, participação ativa e 
reflexão dos participantes. O Estudo de Caso é uma técnica utilizada para explorar situações 
reais, permitindo a análise aprofundada de questões éticas e dilemas enfrentados na prática do 
Conselheiro Tutelar. Esse método promove a discussão e análise de cenários reais, desafiando 
os participantes a encontrar soluções diante de situações complexas, o que incentiva a 
reflexão e o desenvolvimento de habilidades críticas. 
As Dinâmicas de Grupo são ferramentas fundamentais para engajar os participantes, 
estimular o debate e a troca de experiências. Por meio de discussões orientadas e atividades 
colaborativas, busca-se identificar desafios éticos específicos enfrentados pelos Conselheiros 
Tutelares, promovendo a reflexão coletiva e a construção conjunta de propostas práticas. 
As Webconferências, por sua vez, permitem a interação síncrona entre especialistas, 
profissionais e participantes, possibilitando discussões aprofundadas sobre casos 
emblemáticos de violações dos direitos das crianças e adolescentes. Essas plataformas virtuais 
16 
viabilizam o acesso a diferentes perspectivas e conhecimentos especializados, enriquecendo o 
debate e a compreensão dos temas abordados. 
Essas metodologias ativas de aprendizagem convergem para uma abordagem 
participativa, interativa e reflexiva, incentivando o pensamento crítico, a troca de experiências 
e a construção coletiva do conhecimento. Elas são fundamentais para o desenvolvimento dos 
participantes, proporcionando um ambiente propício para a aplicação prática e a análise 
aprofundada dos temas relacionados aos direitos humanos na atuação do Conselheiro Tutelar. 
 
2.4 Capítulo sobre o conteúdo a ser trabalhado na pesquisa 
 
No contexto da prática pedagógica proposta, o conteúdo a ser trabalhado envolve uma 
abordagem interdisciplinar, centrada nos Direitos Humanos e na atuação do Conselheiro 
Tutelar. Serão explorados os seguintes temas: 
 História e Evolução dos Direitos Humanos: Analisando os marcos históricos e a 
evolução dos Direitos Humanos, desde sua concepção até as legislações e tratados 
atuais. 
 Legislação Nacional e Internacional: Estudo das principais leis, convenções e tratados 
que respaldam a atuação do Conselheiro Tutelar na garantia dos direitos de crianças e 
adolescentes. 
 Ética e Desafios Práticos: Discussão sobre os desafios éticos enfrentados na prática 
dos Conselheiros Tutelares, explorando dilemas reais e estratégias de intervenção. 
 Estudos de Caso e Análise Prática: Análise aprofundada de casos emblemáticos de 
violações de direitos de crianças e adolescentes, visando identificar soluções e 
propostas práticas de intervenção. 
 Para desenvolvimento e aplicação dessa prática pedagógica, será utilizada uma 
combinação de recursos educacionais diversificados, tais como: 
 Webconferências e Plataformas de E-learning: Para interações síncronas e assíncronas, 
permitindo debates, estudos de caso, compartilhamento de materiais e acesso a 
especialistas. 
 Materiais Didáticos: Incluindo textos, vídeos, documentos legais, estudos de caso e 
materiais complementares para aprofundamento teórico. 
 Dinâmicas de Grupo e Role-playing: Atividades interativas para estimular a 
participação, discussões em grupo, simulações de situações reais e debates orientados. 
17 
A escolha desses recursos se fundamenta na necessidade de promover uma abordagem 
diversificada, que proporcione interatividade, acesso a informações atualizadas e promova a 
reflexão crítica sobre os temas abordados. Essas ferramentas visam enriquecer a experiência 
de aprendizagem, oferecendo uma gama variada de oportunidades para aprofundar o 
conhecimento e estimular a reflexão crítica sobre a temática dos Direitos Humanos na atuação 
do Conselheiro Tutelar. 
 
18 
3 PROPOSTA DE PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
Nível Escolar: Formação de Conselheiros com nível de Ensino Médio e Superior 
Modalidade Escolar: Espaço não formal de aprendizagem 
Conteúdo Específico: Direitos Humanos 
Prática Pedagógica: Ciclo de Debates e Estudos de Caso sobre Direitos Humanos na 
Atuação do Conselheiro Tutelar 
Quadro 1 – Planejamento geral do Plano de Ensino 
Proposta de Prática Pedagógica: 
1. Preparação Inicial (Atividade Assíncrona): 
 Leitura de textos introdutórios sobre os princípios e fundamentos dos Direitos 
Humanos. 
 Audição de um Podcast com relatos de casos reais de violação de direitos e 
atuação do Conselho Tutelar. 
 Questionário online para avaliar o conhecimento prévio e expectativas dos 
participantes. 
Momentos Data Descrição Carga 
Horária 
Síncrona 
Carga 
Horária 
Síncrona 
Carga 
Horária 
Síncrona 
Momento 
1 
 
 
Encontro Presencial 1 - 
Abertura e 
Contextualização: 
 
 
Apresentação dos objetivos do 
ciclo de debates e estudos de caso. 
 
Palestra expositiva sobre a história 
e evolução dos Direitos Humanos, 
enfatizando sua relação com o 
trabalho do Conselheiro Tutelar. 
 
Dinâmica de grupo para 
identificar desafios e dilemas 
éticos enfrentados na prática. 
 1:00 1:00 2:00 
19 
Encontro Síncrono 
Online - Estudo de 
Caso 1: 
 Webconferência com 
especialistas ou profissionais da 
área para discutir um caso 
emblemático de violação de 
direitos de crianças e 
adolescentes. 
 
Dividir os participantes em grupos 
através da aplicativo e cada grupo 
receberá um estudo de caso para 
análise e discursão. 
 
Debate moderado pelos 
facilitadores, onde os participantes 
poderão apresentar análises e 
soluções para o caso aos demais 
participantes do encontro. 
1:00 0:30 1:30 
Atividade Assíncrona - 
Pesquisa e Análise: 
 Leitura de materiais 
complementares sobre legislação 
nacional e internacional de 
proteção aos direitos das crianças 
e adolescentes. 
Análise de documentos legais e 
estudos de casos para identificar 
pontos de convergência e 
divergência. 
 1:00 1:00 1:00 
Momento 
2 
Encontro Presencial 2 - 
Aplicação Prática e 
Discussão: 
 Oficinas práticas baseadas em 
estudos de casos reais, 
estimulando a reflexão sobre as 
decisões tomadas pelos 
Conselheiros Tutelares. 
 
Oficina para o registro de relatório 
e ficha de notificação realizada 
pelos conselheiros. 
 
Debate aberto para compartilhar 
experiências, desafios e 
estratégias de intervenção. 
2:00 1:00 1:00 
20 
Encontro Síncrono 
Online - Encerramento 
e Plano de Ação: 
 Webconferência para elaborar um 
plano de ação coletivo, 
considerando os aprendizados e 
insights do ciclo de debates. 
 
Webconferência para aprender a 
utilizar o SIPIA. 
 
Divisão de grupos para 
desenvolver propostas de ações 
práticas para aplicação na atuação 
cotidiana do Conselheiro Tutelar. 
1:00 1:00 1:00 
Atividades 
Assíncronas 
Tópicos de Discussão:Cada grupo terá um espaço 
designado para discussão sobre 
propostas de ações práticas 
relacionadas à atuação do 
Conselheiro Tutelar. 
 
Forneça um conjunto de questões 
orientadoras para cada grupo, por 
exemplo: 
Quais são os principais desafios 
enfrentados pelo Conselho Tutelar 
na proteção dos direitos das 
crianças e adolescentes em nossa 
região? 
Que ações práticas podem ser 
implementadas para lidar com 
esses desafios? 
Como essas ações podem ser 
viabilizadas considerando os 
recursos disponíveis e parcerias 
locais? 
 
Cada grupo deverá elaborar 
perguntas para fazer aos outros 
grupos. Exemplo: O que fazer 
quando encontrar adolescentes em 
bares consumindo bebidas 
alcoólicas? O que fazer quando o 
1:00 2:00 1:30 
21 
conselho receber a notícia de 
prática de crime contra criança e 
adolescente? O que fazer quando 
o poder público não cumpre com 
as requisições de serviço 
expedidas? É atribuição do 
Conselho Tutelar resolver 
conflitos de alunos na escola? É 
só alguns exemplos de perguntas, 
os outros conselheiros deverão 
responder e o professor irá mediar 
o diálogo. 
3 Encontro Presencial 
Contribuições e 
Discussões: 
 Os participantes devem interagir 
dentro de seus grupos, 
compartilhando ideias, 
experiências e sugerindo 
estratégias concretas para lidar 
com os desafios identificados. 
Incentive a colaboração e a 
construção conjunta de propostas, 
encorajando todos a participar 
ativamente. 
 
Divisão em Grupos: 
 
Divida os participantes em grupos 
menores, idealmente de 4 a 6 
pessoas por grupo, considerando a 
diversidade de experiências e 
perspectivas. 
Introdução e Contextualização: 
 
Inicie o workshop com uma breve 
introdução sobre a importância da 
colaboração na construção de 
propostas eficazes para a atuação 
dos Conselheiros Tutelares. 
Apresente os desafios 
identificados anteriormente para 
direcionar a discussão e a 
 1:00 2:00 2:00 
22 
elaboração de propostas. 
 
Brainstorming e Discussão: 
 
Permita que cada grupo realize um 
brainstorming inicial sobre 
possíveis estratégias e ações 
práticas para lidar com os desafios 
propostos. 
Estimule a discussão ativa dentro 
de cada grupo, encorajando a 
troca de ideias e a exploração de 
diferentes pontos de vista. 
Construção de Propostas: 
 
Ofereça materiais como flipcharts, 
post-its, marcadores, etc., para que 
os grupos possam registrar suas 
propostas de forma visual e 
colaborativa. 
Peça aos grupos que desenvolvam 
propostas concretas, detalhando 
passos práticos, recursos 
necessários e possíveis parcerias 
para implementação. 
 
Apresentação e Discussão 
coletiva: 
 
Após um tempo determinado para 
a construção das propostas, 
convide cada grupo a apresentar 
suas ideias para os demais 
participantes. 
Incentive perguntas e discussões 
construtivas após cada 
apresentação, estimulando a 
interação entre os grupos. 
Síntese e Consolidação: 
 
23 
Facilite uma discussão geral após 
todas as apresentações para 
identificar pontos em comum, 
áreas de convergência e possíveis 
complementaridades entre as 
propostas apresentadas. 
Destaque ideias-chave e 
estratégias que possam ser 
integradas em um plano de ação 
coletivo. 
Refinamento e Plano de Ação: 
 
Facilite uma atividade de 
refinamento, onde os participantes 
têm a oportunidade de revisar e 
ajustar as propostas com base nas 
discussões coletivas. 
Estabeleça um momento para a 
definição de um plano de ação 
coletivo, identificando as 
próximas etapas e 
responsabilidades para a 
implementação das propostas. 
Encontro Síncrono 
On-line 
Feedback e Síntese/ 
Análise Coletiva e 
Consolidação: 
 Após um período determinado 
para a discussão (por exemplo, 
uma semana), encerre a atividade 
assíncrona e solicite que cada 
grupo faça um resumo das 
principais propostas de ação 
elaboradas. 
 
Peça aos grupos para postarem 
seus resumos no fórum geral ou 
plataforma de compartilhamento, 
possibilitando que todos os 
participantes tenham acesso às 
ideias discutidas em cada grupo. 
Após a contribuição de todos os 
grupos, o coordenador do ciclo de 
debates (ou um facilitador 
 1:00 1:00 2:00 
24 
designado) pode fazer uma análise 
coletiva das propostas 
apresentadas, destacando ideias-
chave e pontos em comum entre 
os grupos. 
 
Esta síntese servirá como base 
para a etapa subsequente da 
Webconferência, onde será 
realizado o refinamento e 
consolidação do plano de ação 
coletivo. 
Essa atividade assíncrona 
permitirá que os participantes 
contribuam de forma flexível, 
compartilhem ideias e promovam 
discussões construtivas sobre 
ações práticas para fortalecer a 
proteção dos direitos das crianças 
e adolescentes na atuação dos 
Conselheiros Tutelares. 
Atividades 
Assíncronas 
Atividade Final - 
Implementação do 
Plano de Ação: 
Implementação das propostas de 
ação elaboradas, acompanhamento 
dos resultados e elaboração de 
relatórios de impacto. 
2:00 2:00 2:00 
Carga Horária Presencial 13 
Carga Horária Síncrona 10 
Carga Horária Assíncrona 13,5 
Carga Horária Total 36,5 
Fonte: elaborado pelo autor GOMES, Wallace Gomes (2023). 
 
A carga horária para cada encontro pode variar dependendo do objetivo, do conteúdo a 
ser abordado e da dinâmica das atividades planejadas. Geralmente, a duração dos encontros 
pode seguir algumas orientações: 
 
25 
1. Encontro Presencial de Abertura e Contextualização: Pode variar de 2 a 4 horas, 
dependendo da quantidade de conteúdo introdutório, palestra expositiva e dinâmicas 
de grupo previstas. 
2. Encontro Síncrono Online - Estudo de Caso: Geralmente, uma sessão online pode 
durar entre 1,5 a 2 horas para permitir uma discussão aprofundada do caso e o debate 
entre os participantes. 
3. Encontro Presencial de Aplicação Prática e Discussão: Similar ao primeiro 
encontro presencial, pode variar de 2 a 4 horas, pois envolverá oficinas práticas e 
debates mais elaborados. 
4. Encontro Síncrono Online - Encerramento e Plano de Ação: Pode ser planejado 
para durar cerca de 2 horas para permitir a finalização das propostas e a elaboração do 
plano de ação coletivo. 
 
É importante considerar a necessidade de pausas durante os encontros presenciais para 
garantir o engajamento dos participantes e o bom aproveitamento das atividades. Além disso, 
adaptar os tempos de acordo com a dinâmica do grupo é fundamental para assegurar que 
todos tenham a oportunidade de participar ativamente e contribuir com ideias e reflexões. 
 
Quadro 2 – Desenvolvimento do Momento 1 do Plano de Ensino 
Data: 02, 03 e 04 de janeiro de 2024. 
Tema: Ciclo de Debates e Estudos de Caso sobre Direitos Humanos na Atuação do Conselho Tutelar 
Objetivos: 
1. Promover Conscientização: Apresentar a importância dos Direitos Humanos na atuação dos 
Conselheiros Tutelares, destacando sua evolução histórica e conexão com a prática. 
2. Incentivar os participantes a refletirem sobre desafios éticos enfrentados na prática, promovendo a 
troca de experiências. 
3. Estimular a identificação e discussão de dilemas éticos enfrentados pelos Conselheiros Tutelares, 
visando o desenvolvimento de estratégias éticas de atuação. 
4. Capacitar os participantes para analisar criticamente um caso emblemático de violação de direitos de 
crianças e adolescentes, identificando fatores, desdobramentos e impactos. 
5. Estimular a formulação de soluções práticas e efetivas para lidar com o caso apresentado, 
demonstrando capacidade de propor ações assertivas. 
6. Promover um ambiente colaborativo e de discussão onde os participantes possam apresentar suas 
análises, soluções e debater de forma construtiva. 
26 
7. Permitir que os participantes compreendam a legislação nacional e internacional relacionada à 
proteção dos direitos das crianças e adolescentes. 
8. Capacitar os participantes para analisar documentoslegais e estudos de caso, identificando pontos de 
convergência e divergência entre diferentes legislações e situações práticas. 
9. Promover a aplicação do conhecimento adquirido na análise de documentos, relacionando-os com 
situações reais para uma compreensão mais contextualizada. 
Conteúdos: Direitos Humanos 
Unidade 
Didática 
Metodologia Recursos 
Didáticos 
Avaliação Pontos 
1 Encontro Presencial 1 - 
Abertura e 
Contextualização: 
 
Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Oferecer uma 
abordagem 
participativa e 
interativa. 
Incentivar a reflexão e 
a troca de experiências 
entre os participantes. 
Estimular a 
identificação e 
discussão dos desafios 
éticos enfrentados na 
prática dos 
Conselheiros Tutelares. 
Palestra expositiva 
interativa: destaque 
pontos importantes 
da história e evolução 
dos Direitos 
Humanos, 
relacionando-os 
diretamente com 
exemplos práticos da 
atuação do 
Conselheiro Tutelar. 
Dinâmica de grupo: 
utilize uma técnica 
como estudo de caso 
ou role-playing para 
explorar dilemas 
éticos específicos e 
desafios reais. 
Data show ou 
apresentação em 
PowerPoint para 
a palestra 
expositiva. 
Materiais para 
dinâmica de 
grupo (por 
exemplo, 
estudos de caso 
impressos, papel 
e canetas para 
anotações). 
Observação 
da 
participação 
ativa durante 
a dinâmica de 
grupo. 
Avaliação 
formativa: 
feedback 
sobre as 
discussões e 
reflexões 
feitas pelos 
participantes 
durante a 
dinâmica. 
Participação 
Ativa (10 
pontos): 
Observação da 
participação dos 
participantes 
durante a 
dinâmica de 
grupo. Cada 
participante pode 
ser avaliado 
quanto à sua 
contribuição, 
perguntas feitas, 
respostas e 
envolvimento 
geral. 
 
Qualidade das 
Reflexões (10 
pontos): 
Avaliação 
qualitativa das 
discussões e 
reflexões feitas 
durante a 
dinâmica de 
grupo. Isso pode 
envolver o nível 
de profundidade 
27 
das reflexões, a 
capacidade de 
argumentação e a 
conexão com 
exemplos 
práticos. 
 
Apresentação 
Interativa (5 
pontos): 
Avaliação da 
apresentação 
expositiva 
interativa, 
levando em 
consideração o 
engajamento da 
plateia, a clareza 
na exposição dos 
pontos-chave da 
história e 
evolução dos 
Direitos 
Humanos e a 
conexão com a 
prática do 
Conselheiro 
Tutelar. 
 
Engajamento 
com os Materiais 
(5 pontos): 
Avaliação do 
engajamento dos 
participantes com 
os materiais 
utilizados durante 
a dinâmica de 
grupo, como 
estudos de caso 
28 
ou materiais de 
apoio, 
considerando a 
participação ativa 
e a relevância das 
contribuições. 
 
 
1 Encontro Síncrono 
Online - Estudo de 
Caso 1: 
 
Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Fomentar a análise 
crítica de um caso 
emblemático de 
violação de direitos. 
Encorajar a formulação 
de soluções práticas 
para lidar com o caso 
apresentado. 
Webconferência com 
especialistas ou 
profissionais da área 
para apresentar o 
caso. 
Divisão em grupos 
via aplicativo para a 
análise detalhada do 
estudo de caso. 
Debate moderado 
para apresentação das 
análises e soluções. 
Plataforma de 
webconferência 
(Zoom, Google 
Meet, etc.). 
Ferramentas de 
divisão de 
grupos online. 
Avaliação da 
participação 
nos debates 
online. 
Qualidade das 
análises e 
soluções 
apresentadas 
pelos grupos 
durante a 
discussão. 
Participação 
Ativa (10 
pontos): 
Observação da 
participação dos 
participantes 
durante a 
dinâmica de 
grupo. Cada 
participante pode 
ser avaliado 
quanto à sua 
contribuição, 
perguntas feitas, 
respostas e 
envolvimento 
geral. 
 
Qualidade das 
Reflexões (10 
pontos): 
Avaliação 
qualitativa das 
discussões e 
reflexões feitas 
durante a 
dinâmica de 
grupo. Isso pode 
envolver o nível 
de profundidade 
das reflexões, a 
capacidade de 
29 
argumentação e a 
conexão com 
exemplos 
práticos. 
 
Apresentação 
Interativa (5 
pontos): 
Avaliação da 
apresentação 
expositiva 
interativa, 
levando em 
consideração o 
engajamento da 
plateia, a clareza 
na exposição dos 
pontos-chave da 
história e 
evolução dos 
Direitos 
Humanos e a 
conexão com a 
prática do 
Conselheiro 
Tutelar. 
 
Engajamento 
com os Materiais 
(5 pontos): 
Avaliação do 
engajamento dos 
participantes com 
os materiais 
utilizados durante 
a dinâmica de 
grupo, como 
estudos de caso 
ou materiais de 
apoio, 
30 
considerando a 
participação ativa 
e a relevância das 
contribuições. 
1 Atividade Assíncrona - 
Pesquisa e Análise: 
 
Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Estimular a pesquisa 
individual sobre 
legislação de proteção 
aos direitos das 
crianças. 
Promover a reflexão 
crítica por meio da 
análise de documentos 
legais e estudos de 
casos. 
Leitura de materiais 
complementares 
indicados. 
Análise individual ou 
em grupo dos 
documentos e estudos 
de caso. 
Material de 
leitura 
disponibilizado 
online ou 
impresso. 
Avaliação 
formativa 
baseada na 
compreensão 
e na análise 
crítica 
demonstrada 
nos materiais 
entregues ou 
nas 
discussões 
posteriores. 
Para cada 
momento, é 
essencial 
considerar a 
interatividade, 
a 
aplicabilidade 
prática e a 
reflexão 
crítica como 
aspectos-
chave da 
aprendizagem
. 
Participação na 
Leitura (5 
pontos): 
Avaliação da 
participação dos 
participantes na 
leitura dos 
materiais 
complementares, 
levando em 
consideração a 
profundidade da 
leitura e a 
capacidade de 
extrair 
informações 
relevantes. 
 
Análise 
Documental (10 
pontos): 
Avaliação da 
análise dos 
documentos 
legais e estudos 
de caso, 
considerando a 
identificação 
precisa dos 
pontos de 
convergência e 
divergência entre 
diferentes fontes. 
 
Contextualização 
e Aplicação (5 
31 
pontos): 
Avaliação da 
capacidade dos 
participantes de 
aplicar o 
conhecimento 
adquirido na 
análise, 
relacionando-o 
com situações 
reais de violação 
ou proteção dos 
direitos das 
crianças e 
adolescentes. 
Fonte: elaborado pelo autor GOMES, Wallace Rosa (2023). 
 
Data: 05, 08 e 09 de janeiro de 2024. 
Tema: Ciclo de Debates e Estudos de Caso sobre Direitos Humanos na Atuação do Conselho Tutelar 
Objetivos: 
1. Oferecer oportunidades práticas baseadas em estudos de casos reais para que os Conselheiros 
Tutelares apliquem seus conhecimentos e reflitam sobre as decisões tomadas em situações 
específicas. 
2. Capacitar os Conselheiros para o correto preenchimento de relatórios e fichas de notificação, 
essenciais para o registro adequado das ocorrências relacionadas aos direitos das crianças e 
adolescentes. 
3. Proporcionar um espaço aberto para compartilhar experiências, desafios enfrentados na prática e 
estratégias de intervenção, enriquecendo o repertório dos participantes. 
4. Estimular a identificação e compreensão dos principais desafios enfrentados pelo Conselho Tutelar 
na proteção dos direitos das crianças e adolescentes em sua região específica. 
5. Promover a elaboração de propostas de ações práticas e viáveis para lidar com esses desafios, 
considerando os recursos disponíveis e potenciais parcerias locais. 
6. Facilitar o diálogo entre os participantes, permitindo a troca de experiências, perspectivas e soluções 
para os desafios comuns enfrentados na atuação do Conselheiro Tutelar. 
Conteúdos: Direitos Humanos 
Unidade 
Didática 
Metodologia Recursos 
Didáticos 
Avaliação Pontos 
32 
2 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Aplicação Prática 
Baseada em Estudos de 
Casos: Fomentar a 
aplicação prática do 
conhecimento por meio 
de estudos de casos 
reais, promovendo 
reflexão sobre as 
decisões tomadas pelos 
Conselheiros Tutelares. 
 
Treinamento na 
Elaboração de 
Relatórios e Fichas de 
Notificação: 
Proporcionar 
orientação prática e 
detalhada sobre como 
os ConselheirosTutelares devem 
realizar o registro 
correto de relatórios e 
fichas de notificação. 
 
Discussão Aberta para 
Compartilhamento de 
Experiências e 
Estratégias: Estimular 
um debate aberto e 
construtivo para que os 
participantes 
compartilhem 
experiências, desafios e 
estratégias de 
intervenção. 
Oficinas Práticas 
(Workshop): Dividir 
os participantes em 
grupos para trabalhar 
em estudos de casos 
reais, onde cada 
grupo terá a 
oportunidade de 
analisar, discutir e 
tomar decisões 
referentes aos casos 
apresentados. 
 
Treinamento Prático 
de Registro 
(Workshop): 
Oferecer uma sessão 
prática para os 
Conselheiros 
Tutelares aprenderem 
e praticarem a 
elaboração correta de 
relatórios e fichas de 
notificação. 
 
Debate Aberto 
(Sessão de 
Discussão): Realizar 
uma sessão aberta de 
discussão onde os 
participantes podem 
compartilhar 
experiências, desafios 
e estratégias de 
intervenção. 
Sala de aula ou 
espaço para os 
grupos de 
oficinas. 
Estudos de 
casos reais para 
distribuir entre 
os grupos. 
Materiais de 
escrita para 
elaboração de 
relatórios e 
fichas de 
notificação. 
Projetor ou 
quadro branco 
para 
apresentações. 
Participação 
Ativa (15 
pontos): 
Observação 
da 
participação 
ativa dos 
grupos nas 
oficinas, na 
prática de 
elaboração de 
relatórios e 
fichas, e no 
debate aberto. 
 
Qualidade dos 
Relatórios e 
Fichas de 
Notificação 
(15 pontos): 
Avaliação dos 
registros 
elaborados 
pelos 
Conselheiros 
Tutelares 
durante a 
oficina, 
considerando 
a precisão, 
detalhamento 
e correção das 
informações. 
 
Contribuição 
no Debate (10 
pontos): 
Avaliação da 
participação 
no debate 
Participação 
Ativa (15 
pontos): Avaliar 
a participação 
dos Conselheiros 
Tutelares nas 
atividades 
práticas, no 
treinamento de 
elaboração de 
documentação e 
no debate aberto, 
considerando a 
contribuição, 
interações 
construtivas e 
envolvimento. 
 
Qualidade dos 
Registros (15 
pontos): Pontuar 
a qualidade dos 
relatórios e fichas 
de notificação 
elaborados 
durante a 
atividade prática, 
considerando a 
precisão das 
informações, 
clareza na 
redação e 
conformidade 
com os 
procedimentos 
estabelecidos. 
 
Contribuição no 
Debate (10 
pontos): Avaliar 
33 
aberto, 
levando em 
consideração 
a relevância 
das 
experiências 
compartilhada
s, dos 
desafios 
apresentados 
e das 
estratégias 
propostas. 
a participação no 
debate aberto, 
levando em conta 
a relevância das 
experiências 
compartilhadas, 
dos desafios 
discutidos e das 
estratégias 
propostas para 
aprimorar a 
atuação dos 
Conselheiros. 
2 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Desenvolvimento de 
Plano de Ação 
Coletivo: Facilitar a 
colaboração entre os 
participantes na 
elaboração de um plano 
de ação coletivo, 
integrando 
aprendizados e insights 
do ciclo de debates para 
aplicação prática na 
atuação como 
Conselheiros Tutelares. 
 
Treinamento no Uso do 
SIPIA: Oferecer 
orientações práticas 
sobre o uso eficaz do 
Sistema de Informações 
para a Infância e 
Adolescência (SIPIA), 
uma ferramenta 
essencial na rotina do 
Conselheiro Tutelar. 
Webconferência 
Interativa 
(Workshop): Realizar 
uma webconferência 
interativa para a 
elaboração do plano 
de ação coletivo, 
permitindo a 
participação ativa de 
todos os envolvidos. 
 
Sessão de 
Treinamento Prático 
(Tutorial): Oferecer 
uma sessão prática de 
treinamento para 
aprender a utilizar o 
SIPIA, com 
demonstrações ao 
vivo e orientações 
passo a passo. 
 
Trabalho em Grupo 
(Grupos de 
Discussão): Dividir 
os participantes em 
grupos menores para 
Plataforma de 
webconferência 
para a 
elaboração do 
plano de ação 
coletivo. 
Acesso ao 
SIPIA para a 
sessão de 
treinamento 
prático. 
Recursos de 
colaboração 
online para os 
grupos 
desenvolverem 
suas propostas 
(como Google 
Docs, Trello, ou 
ferramentas 
similares). 
Participação 
Ativa (15 
pontos): 
Avaliar a 
participação 
ativa dos 
participantes 
durante a 
webconferênc
ia para o 
plano de ação, 
na sessão de 
treinamento 
do SIPIA e 
nos grupos de 
discussão, 
considerando 
a 
contribuição, 
interações e 
envolvimento. 
 
Qualidade do 
Plano de 
Ação (15 
pontos): 
Pontuar a 
Contribuição no 
Plano de Ação 
(15 pontos): 
Avaliação da 
participação ativa 
dos participantes 
na elaboração do 
plano de ação 
coletivo, 
considerando o 
engajamento, 
contribuições 
relevantes e 
participação 
construtiva no 
processo. 
 
Domínio do 
SIPIA (15 
pontos): 
Avaliação do 
conhecimento 
adquirido e 
aplicado durante 
a sessão de 
treinamento do 
SIPIA, 
34 
 
Desenvolvimento de 
Propostas de Ações 
Práticas: Dividir os 
participantes em grupos 
para desenvolver 
propostas de ações 
práticas destinadas a 
melhorar a atuação 
diária dos Conselheiros 
Tutelares. 
desenvolver 
propostas de ações 
práticas, promovendo 
discussões 
colaborativas. 
qualidade do 
plano de ação 
coletivo 
desenvolvido, 
considerando 
a viabilidade, 
a 
aplicabilidade 
e a 
pertinência 
das propostas 
sugeridas. 
 
Domínio do 
SIPIA (10 
pontos): 
Avaliar o 
domínio do 
uso do SIPIA 
após a sessão 
de 
treinamento 
prático, 
considerando 
a capacidade 
dos 
participantes 
em realizar 
tarefas 
básicas dentro 
da 
plataforma. 
considerando a 
capacidade dos 
participantes de 
utilizar 
eficazmente a 
ferramenta. 
 
Qualidade das 
Propostas (10 
pontos): 
Pontuação da 
qualidade das 
propostas de 
ações práticas 
desenvolvidas 
pelos grupos, 
considerando a 
viabilidade, 
relevância e 
potencial impacto 
das propostas. 
2 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Facilitação de 
Discussões em Grupos: 
Orientar os grupos para 
analisar e discutir os 
desafios específicos 
Fórum de Discussão 
Online (Assíncrono): 
Utilização de 
plataformas online 
(como fóruns ou 
grupos de discussão) 
para os grupos 
interagirem, 
Plataforma de 
Discussão 
Online: Uma 
plataforma 
online onde os 
grupos possam 
interagir de 
forma 
Participação e 
Qualidade das 
Contribuições 
(15 pontos): 
Avaliação da 
participação 
ativa dos 
grupos, 
 
35 
enfrentados pelo 
Conselho Tutelar, 
propondo ações 
práticas para lidar com 
esses desafios. 
 
Estímulo à Participação 
Ativa: Incentivar a 
elaboração de 
perguntas pertinentes 
para troca de ideias e 
contribuições entre os 
grupos, promovendo 
um diálogo construtivo. 
compartilharem suas 
análises e proporem 
soluções para os 
desafios 
identificados. 
assíncrona, 
como fóruns 
virtuais ou 
aplicativos de 
mensagens. 
considerando 
a frequência e 
relevância das 
contribuições 
para a 
discussão, 
bem como a 
profundidade 
das análises e 
propostas 
apresentadas. 
 
Elaboração de 
Perguntas (10 
pontos): 
Avaliação da 
qualidade das 
perguntas 
elaboradas 
pelos grupos 
para os outros 
grupos, 
considerando 
a pertinência, 
clareza e 
capacidade de 
estimular 
reflexões 
construtivas. 
Fonte: elaborado pelo autor GOMES, Wallace Rosa (2023). 
 
Data: 10, 11 e 12 de janeiro de 2024. 
Tema: Ciclo de Debates e Estudos de Caso sobre Direitos Humanos na Atuação do Conselho Tutelar 
Objetivos: 
1. Incentivar a interação entre os participantes, visando à construção conjunta de propostas para 
enfrentar os desafios identificados na atuação do Conselheiro Tutelar. 
2. Promover um ambiente propício para a geração de ideias inovadoras e a discussão de estratégias 
práticas e viáveis para lidar com os desafios. 
36 
3. Criar um plano de ação que integre as propostas discutidas, identificando os passos práticos, recursos 
necessários e responsabilidades para implementação. 
4. Reunir e sintetizar as principais propostas de ação elaboradaspelos grupos, identificando ideias-
chave e pontos comuns entre elas. 
5. Facilitar o processo de refinamento das propostas, visando à consolidação de um plano de ação 
coletivo mais claro e viável. 
6. Permitir que os participantes contribuam de maneira flexível e compartilhem ideias de forma 
assíncrona, promovendo discussões construtivas sobre a proteção dos direitos das crianças e 
adolescentes na atuação dos Conselheiros Tutelares. 
7. Garantir que as propostas elaboradas sejam efetivamente implementadas na prática. 
8. Acompanhar e avaliar os resultados da implementação, analisando o impacto das ações propostas. 
9. Promover um processo de aprendizado contínuo, permitindo adaptações conforme necessário para 
melhorar os resultados. 
Conteúdos: Direitos Humanos 
Unidade 
Didática 
Metodologia Recursos 
Didáticos 
Avaliação Pontos 
3 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Facilitação da 
Colaboração Grupal: 
Estimular a 
participação ativa de 
todos os participantes, 
promovendo a 
interação e a 
construção conjunta de 
propostas para lidar 
com os desafios 
identificados. 
 
Fomento à Criatividade 
e à Participação 
Igualitária: Encorajar a 
diversidade de ideias e 
a expressão de 
diferentes perspectivas, 
garantindo que todos se 
sintam confortáveis 
Workshop Interativo: 
Dividido em etapas 
sequenciais para 
promover a 
discussão, a geração 
de ideias, a 
elaboração de 
propostas e a 
definição de um 
plano de ação 
coletivo. 
Materiais para 
Anotações: 
Flipcharts, post-
its, marcadores, 
papel para 
registrar as 
ideias e 
propostas dos 
grupos. 
Espaço Físico 
Adequado: Sala 
com disposição 
para trabalho 
em grupo, 
garantindo 
interação e 
conforto. 
Participação e 
Colaboração 
(20 pontos): 
Avaliação da 
contribuição 
ativa dos 
participantes 
durante todas 
as etapas do 
workshop, 
considerando 
o 
engajamento, 
a interação e a 
qualidade das 
contribuições 
para a 
construção 
das propostas. 
 
Qualidade das 
Propostas (20 
pontos): 
Participação e 
Engajamento (20 
pontos): Avaliar 
a contribuição 
ativa dos 
participantes 
durante todas as 
etapas do 
encontro, 
considerando o 
envolvimento, a 
interação e o grau 
de colaboração 
com o grupo. 
 
Qualidade das 
Propostas (20 
pontos): Avaliar 
a consistência, 
relevância e 
viabilidade das 
propostas 
desenvolvidas 
37 
para contribuir. Avaliação da 
consistência, 
viabilidade e 
relevância das 
propostas 
desenvolvidas 
pelos grupos, 
levando em 
conta a 
detalhamento 
dos passos 
práticos, 
recursos 
necessários e 
potenciais 
parcerias para 
implementaçã
o. 
 
Coerência do 
Plano de 
Ação (10 
pontos): 
Avaliação da 
capacidade 
dos 
participantes 
de sintetizar 
as ideias-
chave e 
estratégias 
discutidas 
para a 
formação de 
um plano de 
ação coletivo 
coerente. 
pelos grupos, 
considerando a 
originalidade, a 
clareza dos 
passos práticos e 
a adequação aos 
desafios 
identificados. 
 
Coerência e 
Viabilidade do 
Plano de Ação 
(15 pontos): 
Avaliar a 
capacidade dos 
participantes de 
consolidar as 
ideias discutidas 
em um plano de 
ação coletivo 
coerente e viável, 
identificando 
etapas claras para 
implementação. 
 
Interação e 
Debate (10 
pontos): Avaliar 
a participação 
nos debates após 
as apresentações 
dos grupos, 
considerando a 
qualidade das 
perguntas, 
contribuições e 
discussões 
intergrupais. 
38 
3 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Fomento à Colaboração 
e Síntese Coletiva: 
Estimular a 
participação ativa dos 
participantes, 
promovendo o 
compartilhamento de 
ideias e a consolidação 
das propostas 
apresentadas pelos 
grupos. 
 
Análise Reflexiva e 
Identificação de Ideias-
Chave: Orientar os 
participantes na 
identificação e destaque 
de ideias centrais, 
pontos de convergência 
e elementos essenciais 
das propostas 
apresentadas. 
Fórum de Discussão 
e Síntese: Utilização 
de plataformas online 
para a criação de 
fóruns onde os 
grupos possam postar 
seus resumos e 
propostas para acesso 
geral, seguido por 
uma análise coletiva 
posterior. 
Plataforma de 
Compartilhame
nto: Utilização 
de um fórum 
online ou 
plataforma de 
compartilhamen
to para que os 
grupos postem 
seus resumos e 
propostas. 
Facilitador/Mod
erador: Um 
coordenador do 
ciclo de debates 
ou facilitador 
designado para 
realizar a 
análise coletiva 
e síntese das 
propostas. 
Qualidade e 
Pertinência 
dos Resumos 
(25 pontos): 
Avaliação da 
qualidade, 
clareza e 
relevância dos 
resumos das 
propostas de 
ação 
elaboradas 
pelos grupos, 
considerando 
a adequada 
síntese das 
ideias 
apresentadas. 
 
Contribuição 
e Participação 
nos Fóruns 
(25 pontos): 
Avaliação da 
participação 
ativa dos 
participantes 
nos fóruns, 
considerando 
a contribuição 
para 
discussões 
construtivas, 
perguntas 
pertinentes e 
feedbacks 
úteis. 
 
Identificação 
de Ideias-
Qualidade dos 
Resumos e 
Propostas (25 
pontos): 
Avaliação da 
qualidade, 
clareza e 
relevância dos 
resumos das 
propostas de ação 
elaboradas pelos 
grupos, 
considerando a 
capacidade de 
síntese e o 
destaque às ideias 
principais. 
 
Participação e 
Contribuição nos 
Fóruns (25 
pontos): 
Avaliação da 
participação ativa 
dos participantes 
nos fóruns ou 
plataformas de 
compartilhament
o, considerando a 
contribuição para 
discussões 
construtivas, 
feedbacks 
relevantes e 
perguntas 
pertinentes. 
 
Identificação de 
Ideias-Chave (20 
pontos): 
39 
Chave (20 
pontos): 
Avaliação da 
capacidade 
dos 
participantes 
de identificar 
e destacar 
ideias-chave e 
pontos em 
comum entre 
as propostas 
apresentadas 
pelos grupos. 
Avaliação da 
capacidade dos 
participantes de 
identificar e 
destacar ideias-
chave e pontos de 
convergência 
entre as propostas 
apresentadas 
pelos grupos. 
 
Coerência e 
Viabilidade das 
Propostas (30 
pontos): 
Avaliação da 
consistência, 
viabilidade e 
relevância das 
propostas 
apresentadas, 
considerando a 
adequação aos 
desafios 
identificados e a 
capacidade de 
formular ações 
concretas. 
3 Didática - Intervenção 
Pedagógica: 
 
Acompanhamento e 
Orientação: Oferecer 
suporte para que os 
participantes realizem a 
implementação das 
propostas, estando 
disponível para 
esclarecer dúvidas e 
oferecer orientações 
Sessões de 
Acompanhamento e 
Feedback: Realização 
de sessões periódicas 
(semanais, 
quinzenais) para 
oferecer feedback, 
discutir desafios 
enfrentados durante a 
implementação e 
compartilhar 
experiências. 
Materiais de 
Apoio: 
Disponibilizaçã
o de materiais 
de apoio, como 
guias práticos, 
modelos de 
relatórios e 
orientações para 
facilitar a 
implementação 
das propostas. 
Progresso na 
Implementaçã
o (30 pontos): 
Avaliar o 
progresso na 
implementaçã
o das 
propostas, 
considerando 
a efetividade 
das ações 
realizadas e a 
Progresso na 
Implementação 
(30 pontos): 
Avaliar o 
progresso e a 
execução das 
propostas 
conforme o 
planejado no 
plano de ação. 
 
Alcance de Metas 
40 
conforme necessário. 
 
Avaliação Contínua: 
Promover um 
acompanhamento 
contínuo do progresso 
da implementação, 
incentivando a reflexão 
sobre os resultados 
obtidos e as eventuais 
adaptações necessárias. 
 
Plataforma de 
Comunicação: 
Utilização de 
ferramentas de 
comunicação 
assíncrona, como e-
mails, fóruns online 
ou aplicativos de 
mensagens, para estar 
disponível para 
dúvidas e 
atualizações. 
 
Canais de 
Comunicação: 
Uso de 
ferramentas de 
comunicação 
online para estar 
acessível aos 
participantes, 
responder 
perguntas e 
oferecer 
orientação. 
aderência ao 
plano 
elaborado. 
 
Relatórios de 
Impacto (25 
pontos): 
Avaliar aqualidade dos 
relatórios de 
impacto 
elaborados 
pelos 
participantes, 
considerando 
a análise dos 
resultados 
alcançados e 
a reflexão 
sobre os 
desafios 
enfrentados. 
 
Feedback e 
Reflexão (20 
pontos): 
Avaliar a 
capacidade de 
os 
participantes 
refletirem 
sobre os 
resultados 
obtidos e de 
incorporar 
feedbacks 
recebidos 
para ajustes 
futuros. 
 
e Objetivos (25 
pontos): Avaliar 
a eficácia das 
ações 
implementadas 
com base no 
alcance das metas 
e objetivos 
estabelecidos. 
 
Avaliação dos 
Resultados (20 
pontos): Avaliar 
a qualidade da 
avaliação dos 
resultados 
obtidos durante a 
implementação 
das ações 
propostas. 
 
Adaptação e 
Melhoria (25 
pontos): Avaliar 
a capacidade de 
adaptação do 
plano de ação, 
considerando 
ajustes realizados 
para melhorar os 
resultados ao 
longo do 
processo. 
41 
Envolvimento 
e Participação 
(25 pontos): 
Avaliar o 
nível de 
envolvimento 
e participação 
dos 
indivíduos no 
processo de 
implementaçã
o, 
considerando 
sua 
dedicação, 
colaboração e 
engajamento. 
Fonte: elaborado pelo autor GOMES, Wallace Rosa (2023). 
 
 
 
42 
4 METODOLOGIA 
 
A metodologia proposta para esta pesquisa sobre "Reflexões e Desafios na Aplicação 
dos Direitos Humanos na Atuação do Conselheiro Tutelar: Um Estudo de Caso a partir de 
Ciclos de Debates", consideramos a realização de um estudo misto, combinando métodos 
quantitativos e qualitativos para uma compreensão ampla e aprofundada do tema. 
Métodos de Pesquisa: 
1. Análise Documental: 
Levantamento e revisão de legislações, tratados internacionais, relatórios, teses, dissertações e 
outras publicações pertinentes aos Direitos Humanos e à atuação do Conselheiro Tutelar. 
2. Estudos de Caso: 
Coleta e análise de estudos de casos reais, emblemáticos ou representativos de violações ou 
êxitos na aplicação dos Direitos Humanos pela atuação do Conselheiro Tutelar. 
3. Entrevistas e Questionários: 
Realização de entrevistas com Conselheiros Tutelares, especialistas, membros da comunidade 
e possivelmente crianças e adolescentes para compreender suas percepções, experiências e 
desafios vivenciados. 
4. Observação Participante: 
Participação ativa em ciclos de debates, formações, capacitações ou atividades relacionadas 
ao trabalho do Conselheiro Tutelar, buscando entender de forma direta os desafios e 
discussões em torno dos Direitos Humanos. 
Procedimentos: 
Levantamento Bibliográfico: Coleta de material teórico para embasar a análise dos Direitos 
Humanos e sua aplicação na atuação do Conselheiro Tutelar. 
 
Seleção e Análise de Estudos de Caso: Identificação e avaliação de estudos de casos 
relevantes, analisando sua aplicabilidade e aprendizados para a pesquisa. 
43 
Realização de Entrevistas e Questionários: Preparação de roteiros e aplicação de entrevistas/ 
questionários para coletar informações sobre percepções, desafios e práticas no campo. 
Observação e Participação Ativa: Registro de informações provenientes da participação em 
eventos, debates, formações ou práticas relacionadas aos Direitos Humanos e ao trabalho do 
Conselheiro Tutelar. 
Análise de Dados: 
Análise qualitativa: Identificação de padrões, temas recorrentes e narrativas presentes nas 
entrevistas, questionários e observações. 
Análise quantitativa (se aplicável): Tratamento estatístico de dados obtidos por meio de 
questionários. 
A combinação desses métodos permitirá uma análise abrangente e aprofundada dos desafios e 
reflexões na aplicação dos Direitos Humanos pela atuação do Conselheiro Tutelar, 
proporcionando insights significativos para a pesquisa. 
 
4.1 Locus e sujeitos da pesquisa 
 
Os lócus desta pesquisa abrangem o campo de atuação dos Conselheiros Tutelares na 
região do Leste Mineiro. Este ambiente compreende as diversas áreas de atendimento, 
incluindo as unidades dos Conselhos Tutelares, instituições de acolhimento, escolas, 
comunidades e outros espaços onde ocorre a atuação voltada para a proteção dos direitos das 
crianças e adolescentes. 
Público-Alvo: 
 Conselheiros Tutelares em exercício na região do Leste Mineiro; 
Tempo e Espaço: 
 Tempo: A pesquisa será realizada ao longo de um período de 03 meses, 
compreendendo desde a coleta inicial de dados até a análise e conclusões finais. 
44 
 Espaço: O estudo será conduzido principalmente nos municípios abrangidos pela 
região do Leste Mineiro, nos locais de atuação dos Conselheiros Tutelares. 
A delimitação do tempo e do espaço visa garantir uma análise detalhada e abrangente 
da atuação dos Conselheiros Tutelares nessa região específica, permitindo uma compreensão 
mais aprofundada dos desafios e reflexões na aplicação dos Direitos Humanos no contexto 
local. 
 
4.2 Metodologia da pesquisa 
 
A metodologia de pesquisa adotada para este estudo será predominantemente 
qualitativa, apoiada em elementos bibliográficos, análise documental e estudo de caso. 
Etapas para Realização da Prática Pedagógica: 
1. Coleta de Dados Iniciais: 
 Levantamento bibliográfico sobre Direitos Humanos, legislação relacionada à 
infância e adolescência, e estudos pertinentes à atuação dos Conselheiros 
Tutelares. 
 Análise de documentos legais, como a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos e a Convenção sobre os Direitos da Criança. 
2. Identificação e Seleção de Casos: 
 Escolha de estudos de caso representativos das situações enfrentadas pelos 
Conselheiros Tutelares na região do Leste Mineiro. 
3. Realização dos Ciclos de Debates e Estudos de Caso: 
 Organização de encontros presenciais e síncronos online para apresentação dos 
objetivos, palestras expositivas, dinâmicas de grupo, análise de casos e debates. 
4. Atividades Assíncronas: 
https://docs.google.com/document/d/1maNG6k1a6IIGfvIsLzlqvYCs6z4c74P9/edit#heading=h.35nkun2
45 
 Realização de atividades de pesquisa, análise de documentos legais e 
discussões em fóruns online sobre questões práticas enfrentadas pelos 
Conselheiros Tutelares. 
5. Reflexão e Consolidação: 
 Síntese dos debates e estudos de caso realizados, destacando ideias-chave, 
estratégias de intervenção e aprendizados adquiridos. 
6. Elaboração de Relatório e Análise dos Resultados: 
 Produção de um relatório final que condense as reflexões, propostas e 
recomendações baseadas nos resultados da pesquisa. 
A abordagem qualitativa permitirá uma compreensão mais profunda das experiências, 
percepções e desafios enfrentados pelos Conselheiros Tutelares, assim como a validação das 
estratégias propostas nos ciclos de debates e estudos de caso. 
 
4.3 Instrumentos de coleta e produção de dados 
 
Os instrumentos de coleta de dados que podem ser considerados para esta pesquisa: 
1. Entrevistas Semiestruturadas: 
 Com Conselheiros Tutelares para entender suas percepções, desafios 
enfrentados e visão sobre a aplicação dos Direitos Humanos em seu trabalho. 
2. Questionários: 
3. Análise Documental: 
 Legislações, registros de casos, relatórios do Conselho Tutelar, entre outros 
documentos pertinentes para contextualizar e embasar a pesquisa. 
4. Observação Participante: 
https://docs.google.com/document/d/1maNG6k1a6IIGfvIsLzlqvYCs6z4c74P9/edit#heading=h.1ksv4uv
46 
 Participação ativa em eventos, encontros, e atividades formativas realizadas 
para os Conselheiros Tutelares, a fim de compreender in loco suas práticas e 
desafios. 
5. Grupos Focais: 
 Reuniões de discussão em grupo, onde vários Conselheiros Tutelares podem 
compartilhar experiências, desafios e boas práticas. 
A escolha dos instrumentos dependerá da profundidade de dados necessária para 
responder aos objetivos da pesquisa e da disponibilidade dos participantes. Essa variedade de 
métodos ajudará a obter uma compreensão abrangente da aplicação dos Direitos Humanos na 
atuação do Conselheiro Tutelar. 
 
4.4 Metodologias de análise de dados 
 
Algumas metodologias de análise

Outros materiais