Buscar

3_Modalidades de Transporte_Hidroviário

Prévia do material em texto

08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
MODAIS DE TRANSPORTE:
AQUAVIÁRIO
Prof.: Alexandre L. Sudano
1
Portos e Vias Navegáveis
• Conteúdo:
– Definição 
– Principais Características Comparativas
– Transporte Hidroviário
• Infraestrutura hidroviária
• Hidrovias Brasileiras
• Hidrovia e Mobilidade Urbana
• Vantagens e Desvantagens do Transporte Hidroviário
2
1
2
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
Definições
3
Portos e Vias Navegáveis
• Definição
– Transporte AQUAVIÁRIO é o realizado em 
embarcações por vias aquáticas, seja ela pelo mar, rio 
ou lago
– Se subdivide em:
• Fluvial/Lacustre = Hidroviário: a carga é transportada pelos 
rios, lagos e lagoas (água doce) - Hidrovias
• Marítimo: a carga é transportada pelos mares
– Cabotagem ou costeira
– Longo curso ou Internacional
4
3
4
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
Características Gerais
Comparativa entre Modais
5
Portos e Vias Navegáveis
6
• Características Gerais / Comparativas
– Responde por aproximadamente 13,6 % de tudo o que 
é transportado no Brasil (dados 2016)
– Menor custo de implantação
entre os modais (US$ 34.000 / km)
– Menos poluente e menor consumo
de combustível para transportar 1 tonelada por 1.000 
km
5
6
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
7
• Características Gerais / Comparativas
– Maior eficiência em transporte de cargas
Portos e Vias Navegáveis
Transporte Hidroviário
8
7
8
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
9
• Transporte Hidroviário
– Via: Rios lagos e lagoas que receberam algum tipo de 
adaptação para que um determinado tipo de 
embarcação possa trafegar com segurança por esta 
Hidrovia
– Adaptações:
– Regularização de leitos de rios
– Transposição de obstáculos naturais
– Sinalização/balizamento
– Interligação de bacias, entre outras...
Portos e Vias Navegáveis
10
• Extensão dos rios lagos e lagoas
– Extensão total em torno de 63.000 km
– Apenas 21.000 economicamente viável
isso acontece porque...
9
10
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
11
• Classificação dos rios
– Rios de Planície:
• Ocorrem nas planícies, sem apresentar cachoeiras e saltos 
significantes, o que favorece a navegação
• Ocorrem em menor número no Brasil
• Exemplos: rios da bacia Amazônica (região Norte) e da bacia 
Paraguaia (região Centro-Oeste, ocupando áreas do Pantanal 
Mato-Grossense)
Portos e Vias Navegáveis
12
• Classificação dos rios
– Rios de Planalto:
• Apresentam rupturas de declive, vales encaixados, entre 
outras características, que lhes conferem um alto potencial 
para a geração de energia elétrica.
• Assim, em decorrência de seu perfil não regularizado, ficam 
prejudicados no que diz respeito à navegabilidade.
• Exemplos: Rios São Francisco e Paraná são os principais rios 
de planalto.
Eclusas
11
12
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
Transporte Hidroviário
Infraestrutura Hidroviária
13
Portos e Vias Navegáveis
14
• Infraestrutura Hidroviária
– Eclusas
• Obra de engenharia hidráulica que permite que 
embarcações subam ou desçam os rios ou mares 
em locais onde há desníveis (barragem, quedas de 
água ou corredeiras).
• Também são utilizadas como dispositivos de 
transposição para peixes em barragens.
13
14
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
15
• Infraestrutura Hidroviária 
– Eclusas – Rio Tucurui
Portos e Vias Navegáveis
16
– Eclusas – Escócia: Edimburgo - Glasgow
15
16
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
17
• Infraestrutura Hidroviária
– Barragens
• Barreira artificial construída em um curso de água 
para retenção/represamento de grandes volumes 
de água
• Geração de Energia Elétrica (Usina hidroelétrica)
• Abastecimento de água (consumo e irrigação)
• Pesca
• Lazer
• Regulagem do nível de água nos leitos dos rios 
para permitir/facilitar a navegação
Portos e Vias Navegáveis
18
• Infraestrutura da Malha Hidroviária:
• Extensão: 21.000 km
• Eclusas: 13
• Portos Públicos: 56
– Portos administrados pelo Poder Público
– Portos Fluviais: são aqueles que recebem linhas de 
navegação oriundas e destinadas a outros portos dentro 
da mesma região hidrográfica, ou com comunicação por 
águas interiores
– Portos Lacustres: são aqueles que recebem 
embarcações de linhas dentro de lagos, em reservatórios 
restritos, sem comunicação com outras bacias
17
18
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
19
• Infraestrutura da Malha Hidroviária:
• Estação de Transbordo de cargas (ETCs): 11
– Instalação portuária explorada mediante autorização, 
localizada fora da área do porto organizado e utilizada 
exclusivamente para operação de transbordo de mercadorias 
em embarcações de navegação interior ou cabotagem.
• Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4): 54
– Instalação portuária explorada mediante autorização, 
localizada fora do porto organizado e utilizada em 
movimentação de passageiros ou mercadorias em 
embarcações de navegação interior.
Portos e Vias Navegáveis
Transporte Hidroviário
Hidrovias Brasileiras
20
19
20
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
• Hidrovias Brasileiras
21
Portos e Vias Navegáveis
22
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias:
• Hidrovias da Bacia Amazônica
• Hidrovias do Nordeste
• Sistema Hidroviário Tocantins-Araguaia
• Hidrovia da Bacia do Rio São Francisco
• Hidrovias da Bacia do Leste
• Sistema Hidrográfico Tietê-Paraná
• Bacia do Rio Paraguai
• Sistema Fluviolacustre Gaúcho
21
22
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
23
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Hidrovias da Bacia Amazônica
• Responsável pela drenagem de 25% da América do Sul
• Extensão de 18.300 km (total) desde a foz na Ilha de Marajó, 
até Iquitos (Peru) ou Letícia (Colômbia)
• Excelentes condições naturais à navegação, sendo navegável 
o ano todo por navios oceânicos (grande porte).
• Principais Rios: Amazonas, Solimões, Negro, Branco , 
Madeira, Purus e Tapajós
Portos e Vias Navegáveis
24
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Hidrovias da Bacia Amazônica
• Sistema Amazonas/Solimões
– Em função das dificuldades de acesso e da carência de 
rodovias, o sistema Amazonas/Solimões com seus 
inúmeros afluentes navegáveis, assumem grande 
importância econômica e social , atendendo quase a 
totalidade do transporte na região, inclusive integrando-
a ao exterior a partir do Porto de Belém.
23
24
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Hidrovias da Bacia Amazônica
• Rio Madeira
– Extensão de 1.056 km, ligando Porto Velho (RO) até Itacoatira
(AM)
– Integra a Amazônia à malha rodoviária em Porto Velho, no 
terminal graneleiro flutuante Hermasa (Grupo Maggi)
– Considerado uma Hidrovia Independente (embora pertença à Bacia 
Amazônica)
– Um dos principais eixos de transporte das regiões Centro-
Oeste e Sudeste para Manaus, movimentando em 2004 cerca 
de 4,5 milhões de toneladas, sobretudo grãos, adubo e 
fertilizantes.
25
Portos e Vias Navegáveis
26
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Sistema Hidroviário Tocantins-
Araguaia
• Extensão de cerca de 2.841 km navegáveis
• Atravessa o Brasil Central expandindo a fronteira agrícola do 
cerrado
• Condições plenas de ser transformada em via de transporte 
contínua, com ampla capacidade de tráfego, ligada à:
– malha hidroviária amazônica
– Complexo exportador Belém/Vila do Conde
– Estrada de Ferro Carajás
– Ferrovia Norte-Sul
• Importante rota de escoamento de cereais produzidos em 
Goiás e Tocantins
25
26
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
27
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Sistema Hidroviário Tietê-Paraná
• Tanto o Tietê quanto o Paraná, correm para o interior, o que 
impede a sua conexão com Portos Marítimos (por este motivo foi 
deixado de lado por muito tempo)
• Somente em 1978 foram iniciadas a canalização do Tietê e a 
construção de diversas eclusas no rio Paraná, Tietê e 
Piracicaba (Jupiá, Ilha Solteira, e Porto Primavera – No Rio Paraná)
• Com a interligaçãodo Tietê-Paraná com o Rio Paraguai e a 
Bacia da Prata, a extensão total soma 7.000 km unindo 4 
países do Mercosul, com capacidade para transportar 35 
milhões de toneladas por ano (80% da economia do 
Mercosul)
• Para isso são necessárias diversas obras de alargamento, 
aprofundamento do calado e eclusa em Itaipú (130 m).
Portos e Vias Navegáveis
28
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Hidrovias do Nordeste
• Extensão de cerca de 3.000 km, navegáveis em sua maioria
• Presença de vários rios ainda pouco explorados
• Ligação com o Porto Marítimo de Itaqui no Maranhão
– Principais Hidrovias: Hidrovias da Bacia do Rio São 
Francisco
• Extensão de 1.300 km navegáveis entre Pirapora (MG) e Petrolina 
(PE)
• Apesar de cortar região semi-árida (sujeita a seca), o Rio São 
Francisco é perene, pois tem suas nascentes e principais afluentes 
sujeitos a chuvas regulares
• Entroncamento rodoferroviário em Pirapora => redução no custo 
de produtos para mercado interno em MG, GO, BA e PE
• Gipsita, carvão, cimento e fosfatos.
27
28
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
29
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Hidrovia das Bacias do Leste
• Rios Jequitinhonha (MG-BA), Doce (MG-ES) e Paraíba (SP-RJ) 
podem ser objetos de EVTEA para implantação de hidrovias
• Extensão de cerca de 1.094 km, potencialmente navegáveis 
em sua maioria
– Principais Hidrovias: Hidrovias da Bacia do Paraguai
• Extensão de 2.800 km, liga o Oeste do Brasil ao Rio da Prata
• Importantíssima para o Mercosul, promovendo o comércio 
regional entre Brasil, Argentina, Paraguai e Bolívia.
• Escoa produção de grãos, minério, gado, e carga em geral
• Possui interligação com Terminal ferro-hidroviário
Portos e Vias Navegáveis
30
• Hidrovias Brasileiras
– Principais Hidrovias: Sistema Fluviolacustre Gaúcho
• 1.300 km de vias navegáveis – Lagoas dos Patos e Mirim + 
Rios Taquari e Jacuí
• Integra o interior do RS ao Porto de Rio Grande
• Escoamento de soja e trigo 
• Possui um entroncamento rodo-ferro-hidroviário em Estrela 
(de onde parte a ferrovia Norte Sul), onde existe um silo 
para 40.000 de cereais
29
30
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
Transporte Hidroviário e a 
Mobilidade Urbana
31
Portos e Vias Navegáveis
32
• Hidrovias x Mobilidade Urbana
– Londres, Inglaterra: Rio Thames
31
32
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
33
• Hidrovias x Mobilidade Urbana
– Paris, França: Rio Sena
Portos e Vias Navegáveis
34
• Hidrovias x Mobilidade Urbana
– São Paulo, Brasil: Rio Tietê
33
34
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
35
O Diário do Transporte teve acesso a um apontamento da FAU/USP – Faculdade de Arquitetura 
e Urbanismo da USP de 2011/2012, divulgado em 25 de fevereiro de 2016, no âmbito da Política 
de Mobilidade Urbana no Município de São Paulo, que mostra a possibilidade de 170 km de 
hidrovias e a implantação de um anel hidroviário metropolitano
Portos e Vias Navegáveis
• Hidroanel Metropolitano de São Paulo
– Transporte fluvial urbano de cargas públicas
• Sedimentos de drenagem
• Lodo de ETE e ETA
• Lixo Urbano
• Entulho
• Terra
– Transporte fluvial urbano de cargas comerciais
• Cargas comerciais pioneiras: reuso e reciclagem –
agricultura, pavimentação, etc...
• Insumos para Construção Civil
• Hortifruitigrangeiros
36
35
36
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
37
• Hidroanel Metropolitano de São Paulo
– Transporte fluvial urbano de passageiros
• Transporte universal: complementar aos demais sistemas de 
transporte urbano
• Transporte de veículos: utilizando balsas através dos 
reservatórios
• Transporte turístico: dedicado ao turismo, lazer e educação 
ambiental
Portos e Vias Navegáveis
38
37
38
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
• Antes...
– Despoluição
39
Portos e Vias Navegáveis
Transporte Hidroviário
Vantagens e Desvantagens
40
39
40
08/09/2022
Portos e Vias Navegáveis
• Transporte Hidroviário
– Vantagens
• Elevada capacidade de transporte (rebocadores e barcaças)
• Frete mais baratos que nos modais rodoviário e ferroviário
• Custos variáveis bem mais baixos
• Disponibilidade ilimitada
• Faculta (na verdade obriga) o uso da multimodalidade
41
Portos e Vias Navegáveis
42
• Transporte Hidroviário
– Desvantagens
• Baixa velocidade
• Capacidade de transporte variável em função do nível das águas
• Rotas fixas (sem flexibilidade)
• Necessidade de elevados investimento de regularização de alguns 
trechos de rios (mas diluído ao longa da extensão total, este custo torna-se 
baixo)
• Sujeito a rigorosa regulamentação ambiental
41
42

Continue navegando