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Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso Bradiarritmias Definição: ♧FC < 60 bpm, evidenciada ao exame físico ou eletrocardiograma. ♧ lembrar que o sistema parassimpático( “para”) age no NSA e NAV Quadro clínico ♧Pode ser assintomática; ♧precordialgia, dispneia, queda do nível de consciência, fraqueza, fadiga, tontura, síncope, pré-sincope; ♧hipotensão (postural ou não), diaforese, congestão pulmonar e sistêmica. ♧Geralmente achados clínicos atribuíveis à bradiarritmia ocorrem com FC ≤ 50 bpm. Etiologia 》Disfunção do nó sinusal: ♧IAM, drogas (beta-bloqueadores, amiodarona, digoxina, bloqueadores do canal de cálcio, clonidina, lítio, fenitoína), ♧hipotermia, hipotireoidismo, hipertensão intracraniana, colestase, envelhecimento, ♧miocardite, fibrose idiopática, tônus vagal aumentado, doença do nó sinusal. 》Distúrbios de condução atrioventricular: ♧isquemia, degeneração do sistema His-Purkinje, infecções (Chagas, endocardite, difterias), doenças de depósito, colagenoses, trauma cirúrgico (troca valvar, transplante cardíaco). Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso Células do NSA (sinusal) --> NAV (atrioventricular) --> Células do sistema HIS --> Purkinje. - Bloqueios altos (supra HIS) – tem melhor prognóstico (BAV 1º grau e 2º grau Mobitz 1); - Bloqueios baixos (feixe de HIS) – prognóstico de recuperação de ritmo ruim (BAV 2º grau Mobitz 2 e BAV 3º - causa acometimento intrínseco do sistema de condução) Critérios de instabilidade 5 6) Ds”: - Dispneia - Diminuição da consciência - Desmaio - Dor torácica anginosa - Diminuição da pressão. - Diminuição da perfusão periférica 》》No paciente que não tem nenhum critério de instabilidade, porém tem uma bradicardia, deve-se realizar um ECG em 12 derivações. No caso de bradicardia sinusal ou outra bradicardia benigina: deve-se procurar a causa base. 》》Paciente com instabilidade, devemos iniciar os cuidados! O paciente pode evoluir para parada cardiorrespiratória. ( •Para calcular a FC é só dividir 1500 pelo número de quadradinhos no intervalo entre cada R-R. Nesse caso há 27,5 quadradinhos (5 quadradões e meio). Logo 1500/27- 55bpm aproximadamente=> bradicardia sinusal Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso Ritmos 1. Supra-hissianos ● Bradicardia sinusal •a FC é de menos de 50bpm, e temos uma onda P positiva em Dl, DIl e avF sempre seguida de um QRS -causas: estímulo do nervo vago => tosse, vômitos, urgência de evacuação, manobra vagal; pressão do seio carotídeo, aumento da PIC, hiper/hipocalemia, hipoxia, hipotireoidismo, infarto da parede inferior do miocárdio ou parede posterior, apneia obstrutiva do sono, medicamentos-b. bloqueadores, bcc, amiodarona, digitalicos •A pausa sinusal é a interrupção temporária dos batimentos, com a ausência de ondas P, por um tempo prolongado. Uma das possíveis causas de pausa sinusal é a síndrome da hipersensibilidade do seio carotídeo, em que a compressão da região desencadeia uma resposta vagal, com síncopes e pausas sinusais Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso ● Bloqueio AV de 1° grau ♧Ocorre um atraso maior e fixo na condução atrioventricular, porém todo estímulo atrial atinge os ventrículos. ♧Intervalo PR > 2OOms ♧Mesmo intervalo R-R em todas as derivações ♧Sempre tem onda P conduzindo QRS -acomete diretamente o nó atrioventricular -PR alargado, com mais de 5 quadradinhos ♧QRS estreito, onda P positiva e relacionada ao QRS, associado a uma FC diminuída; ♧BAV benigna ♧ causas: hipercalemia, aumento do tônus vagal, medicamentos, cardiopatia reumática e isquemia/ lesão do nó ou junção AV ● Bloqueio AV de 2° grau Mobitz I ♧É considerado um bloqueio verdadeiro, já que, existem algumas ondas P que não produzem QRS, ou seja, existem contrações atriais que não geram ventriculares. ♧ quando produzem QRS elas sempre se encontram antecedem o QRS. Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso ♧São divididos em Mobitz I, Mobitz II. ♧A característica do Mobitz I é o intervalo PR alarga progressivamente para então falhar e não produzir QRS. Ou seja, o intervalo PR não é constante! É uma bradicardia benigna. ♧Perceba que a distância da onda P para o complexo QRS vai se alterando ela vai avisando que vai sumir", ♧Nem sempre tem QRS. Ou seja, uma onda P não gera um QRS; ♧Intervalos PR intermitentes; ♧Geralmente visualizado na Dll Longa. ♧Causas: oclusão de artéria coronária D - isquemia do nó AV, infarto de parede inferior ou do ventrículo D, desregulação do SN simpáticos com o parassimpático Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso 2. Infra-hissianos ● Bloqueio AV de 2° Mobitz II ♧O intervalo PR são alargados, porém são fixos! ♧É como se você tivesse um PR constante até chegar um momento que a onda P é bloqueada e não produz complexo QRS. ♧É uma bradicardia maligna! - Existe uma falha intermitente de condução elétrica para os ventrículos, produz ritmo irregular, PR aumentado e estáveis com bloqueios súbitos. Tende a evoluir para BAV 3º. (intervalo PR vai normal e do nada bloqueia ♧Ocorre uma falha de condução de forma SÚBITA. ♧Perceba que a distância da onda P para o complexo QRS é a mesma e do nada o complexo QRS some "ele NÃO avisa que vai sumir Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso ♧Onda P não conduz QRS ♧ Causas : oclusão de artéria coronária esquerda- IAM de parede anterior ● BAV de 2o grau do tipo 2:1. ♧ algumas ondas P conduzem QRS e outras não conduzem, ou seja, estamos diante de um BAV de 2%grau, que há uma relação fixa de 2 ondas P para 1 complexo QRS ● Bloqueio AV de 3° (BAVT) ♧Um ritmo completamente anárquico! O átrio bate em uma frequência, o ventrículo em outra. Há uma dissociação, o ventrículo assume a resposta geradora de choque, produzindo seu próprio estímulo. Melhor forma de ver é pedindo DII longo. Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso ♧Não existe nenhuma relação da onda P com o complexo QRS. ♧A onda P não tem relação com o QRS. ♧Observa na imagem acima que a onda P aparece na hora que ela quer e quando ela quer. ♧Dissociação nódulo AV ♧P e QRS sem sincronia ♧Desconexão de átrio e ventrículo Exames Complementares: 1. Eletrocardiograma: Achados associados a disfunção do nó sinusal: bradicardia sinusal; pausa sinusal (pelo menos 1 intervalo PP> 3s); bloqueio de saída sinoatrial (encurtamento progressivo do intervalo PP, até que ocorre P não conduzida ou pausa sinusal); síndrome bradicardia-taquicardia (taquiar ritmia seguida de pausa sinusal). Achados associados a distúrbios de condução AV: BAV de 1º grau (intervalo PR> 200 ms), BAV de 2º grau (Mobitz I: intervalos PR inconstantes precedendo e seguindo P não conduzida; ou Mobitz II: intervalos PR constantes precedendo e seguindo P não conduzida), BAV de 2º grau avançado (taxa de condução AV de 2:1 ou maior), BAV de 3º grau (BAV total). Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso 2. Sangue: ♧TSH, potássio, ELISA para Chagas; a critério clínico: hemoculturas, FAN. ♧Ecocardiograma e Holter a critério clínico. Tratamento: 》》1° LINHA : Atropina: dose em bolus - 1 mg EV a cada 3-5 min; dose máxima: 3mg. 1° linha + oferta de oxigênio Caso atropina seja ineficaz, iniciar infusão de dopamina ou de epinefrina, ou estimulação transcutânea. ♧ A meia-vida da atropina é de 5 a 10 minutos. Isto significa que se o paciente responder à atropina, o efeito deve desaparecer após a meia-vida. Desta forma, é importante considerar a atropina apenas como uma medida intermediária para que se coloque o marcapasso transcutâneo e se prepare a instalação do marcapasso transvenoso provisório. ♧ se o paciente não retornar a ritmo sinusal na primeira ou na segunda dose ir para segunda linha de tratamento! Não é necessário complementar o total de 3mg de atropina, até porque isso demora no mínimo 18 minutos, o que pode ser um grande problema do paciente. ♧ geralmente bradiarritmia maligna não reverte com atropina, logo deve-se ir preparando o tratamento de segunda linha. 》》2° LINHA que consiste em uma das três medidas: - Adrenalina 2-10 mcg/min EV, em BIC - Dopamina 5-20 mcg/kg/min EV, em BIC - Marcapasso transcutâneo 》》Atropina é um antagonista do SN parassimpático, em que aumenta a FC, velocidade de conduçãopor diminuir atividade parassimpático, relaxa musculatura brônquica e midríase 》》Instalação de marcapasso transcutâneo 1° PASSO Informe ao paciente e aos familiares que aquele procedimento vai ser realizado, o porquê de ser realizado e que o paciente não vai sentir dor. Deve seguir com analgesia e sedação leve do paciente. Exemplo: morfina e etomidato. 2° PASSO Providenciar analgesia e sedação, se necessário (benzodiazepínico + opioide). 3° PASSO Conecte as pás do marcapasso. Pode ser na posição anteroposterior, na região precordial, ou no mesmo local de colocação das pás do desfibrilador. Se necessário, realize tricotomia ou seque a superfície antes. 4° PASSO Aplicar derivações de estimulação conforme orientações na embalagem. 5° PASSO Ligar desfibrilador no modo marcapasso, selecione uma frequência cardíaca, entre 70 e 80 bpm. •Após isso inicie com 20-30 mA de voltagem e observe o traçado, cada espícula deve gerar um complexo QRS. •Aumente de 5-10 mA até que isso aconteça. Quando estiver com condução completa, verifique se o pulso femoral está palpável. Por fim, aumente a voltagem em 10-20% acima do menor nível de energia que conduziu todos os pulsos e QRS. Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso 6° PASSO Sempre considerar avaliação por especialista e necessidade de marcapasso transvenoso. Atualizacao : Atropina: 1 mg, EV, em bólus. Pode repetir a cada 3-5 min até um total de 3mg -Adrenalina 2-10 mcg/min EV, em BIC - Dopamina 5-20 mcg/kg/min EV, em BIC Revisando ECG Ham 6/ Semana 4| Isabella Afonso 1. Ritmo sinusal 》》 Analisar onda P ▪Se sinusal, a onda P estará positiva em D1 e D2. ▪A onda P é facilmente visível e se TODA onda P antecede um complexo QRS, se sim, pode ficar tranquilo, é benigna. 》》Observe o intervalo PR! ♧PR normal vai de 120ms até 200ms (3 a 5 quadradinhos). Alguns bloqueios atrioventriculares aumentam o intervalo PR.
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