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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Introdução: • Acúmulo anormal de líquido no espaço pleural; • Não existe derrame pleural idiopático - é sempre decorrente de outras doenças ou condições. 1. Fisiopatologia: • Abaixo da pleura visceral e parietal - vasos capilares; • O líquido do intravascular passa para o espaço pleural por diferença de pressão; • Mecanismos do Derrame Pleural: Aumento da pressão hidrostática capilar / linfática; Diminuição da Poncótica plasmática; Aumento da permeabilidade capilar; Atelectasia Pulmonar - acentua a pressão (-) no espaço pleural; Obstrução da rede linfática subpleural. 2. Etiologia: • ICC - causa mais comum; • Insuficiência hepática; • Infecção pleuropulmonar - tuberculose; • Neoplasia pleural (metástase); • TEP. Quadro cLÍnico: • Dispneia - pulmão comprimido; • Dor torácica - líquido “pesa”; Dor pleurítica - inspira na tosse; Pleura parietal é extremamente inervada. • Tosse seca; • Exame Físico: Baixa expansibilidade; Diminuição frêmito toracovocal; Macicez à percussão; Diminuição dos MV. Diagnóstico: • História / exame físico; • Exames de Imagem: RX de tórax; US e TC de Tórax - estima volume e local de derrames encistados. 1. Raio-X de Tórax: • Confirma presença de líquido no espaço pleural; • Opacificação homogênea ocupando a região caudal do hemotórax; • Elevação de fissuras; Derrame Pleural Derrame Pleural Volume Líquido Normal - 0,1 a 0,2 mL/Kg; Influxo = efluxo ~ 1L/dia (equilíbrio dinâmico). Universidade Nove de Julho Maria Lívia • Limitado superiormente por linha curva (parabólica) – ”Sinal do Menisco“; • Desvio mediastinal contralateral; • Inversão da cúpula frênica ipsilateral; • Sinal de Laurell - escorrimento do líquido (raio X em decúbito lateral). 2. Toracocentese: • Procedimento responsável por identificar a causa do derrame pleural; • Obrigatório em TODOS os pacientes com derrame pleural; • Coleta do líquido pleural; • 1º Análise - aspecto microscópico; • 2º Análise - análise bioquímica do líquido; Análise desses marcadores - pH, glicose, proteína, DHL, ADA, amilase, bilirrubinas, FR, FAN; Transudato (pobre proteína) - causado por doenças extra pleurais; - Desequilíbrio da pressão oncótica e hidrostática; - Etiologia: ICC, ascite, hipoalbuminemia, nefropatia, TEP, instrução de VCS. Exsudato (rico proteína) - causado por doenças pleurais; - Permeabilidade endotelial aumentada e obstrução linfática (doenças inflamatória e infecciosas); - Etiologia - infecções pleuropulmonares, neoplasia pleural, colagenoses, TEP e doenças do TGI. • 3º Análise - citologia diferencial: Neutrófilos - inflamação aguda (pneumonia pleurite, pancreatite); Linfócitos/Monócitos - inflamação crônica (TB pulmonar, colagenose, neoplasia). • 4º Análise - citologia oncótica: Pesquisa de células neoplásicas no líquido pleural; Se (+) - neoplasia; Se (-) - não afasta diagnóstico de neoplasia (especificidade alta e sensibilidade baixa). • 5º Análise - bacterioscopia / cultura. 3. Biópsia Pleural: • Não é feita em todos os pacientes; • Amostra de tecido pleural para fazer análise; Critérios de Light - basta um deles para ser caracterizado como exsudato!!! Relação entre proteína do líquido e proteína do plasma > 0,5; Relação entre DHL líquido pleural e DHL plasmático > 0,6; DHL líquido pleural > 200 UI. Universidade Nove de Julho Maria Lívia • Indicação -> exsudato não diagnosticado pela toracocentese; • Suspeita: Neoplasia -> citológica oncótica (-) ou duvidosa; Tuberculose -> BK, ADA e marcadores inconclusivos, doenças fúngicas, parasitas, sarcoidose e doenças reumáticas. Conduta: • Tratamento da doença de base; • Toracocentese de Alívio - retira uma grande quantidade de líquido para aliviar dispneia; • Drenagem Pleural - indicadas se necessário (desconforto respiratório). 1. Derrame Pleural Refratário: • Causa não tem tratamento ou o tratamento não é eficiente; Neoplasia de pleura; Insuficiência hepática; Insuficiência renal. • Tratamento definitivo -> prevenção de recidiva; • Opções Terapêuticas: Toracocentese de alívio - punções repetida Drenagem pleural prolongada - longa duração; Pleudorese - melhor opção; - Aderência das pleuras; - Injeção substância esclerosante dentro da cavidade pleural, fazendo com que as 2 pleuras se colem e fiquem unidas; - Substâncias esclerodérmicas: trisilicato de magnésio (talco), nitrato de prata, iodo; - Processo inflamatório intenso; - Pós inflamatório muito intenso. Derivação pleuroperitoneal; Pleurectomia.
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