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SBCM 2 – Cirurgia Toracica 
 Rafaela Alves 
Procedimentos basicos em 
Cirurgia Toracica 
Caso 1 
u Paciente do sexo masculino, 30 anos vitima de ferimento por 
arma de fogo de grosso calibre em face há 20 minutos levado 
ao pronto-socorro por desconhecidos 
u Exame físico: 
o A – ferimento extenso em faze acometendo a região da 
mandíbula e maxila com sangramento ativo para 
orofaringe (oral); respiração ruidosa 
o B – MV+ bilateralmente com roncos difusos, FR = 35, SatO2 
= 70% 
o C – PA = 130x80 mmHg; FC = 110 
o D – Glasgow 7, PICR 
o Sem outras lesões 
u Nesses casos, deve-se definir o acesso aéreo para o paciente 
 
Via aerea definitiva 
u Necessidade de proteção da via aérea: 
o Proteger a via aérea, nos casos de trauma, secreção, 
destruição... 
o Fraturas maxilofaciais graves 
o Risco de obstrução 
o Risco de aspiração 
§ Sangramento ou vômitos 
o Inconsciência 
u Necessidade de ventilação ou oxigenação 
o Movimentos respiratórios inadequados 
§ Taquipneia 
§ Hipóxia 
§ Hipercapnia 
§ Cianose 
o Hemorragia maciça e necessidade de reposição volêmica 
o TCE contuso 
o Apneia 
u O que é a via aérea definitiva? 
o Sonda endortaqueal com balão insuflado a um sistema de 
ventilação associada 
o Clássica: IOT = tubo longo com um balonete que deve ser 
insuflado, um pouco, pois ele quem vai permitir que o ar vá 
para o pulmão 
u Qual a função do balão? 
o O balão serve para evitar o escape de ar e reduzir a 
incidência de broncoaspiração 
u Outros métodos: 
o Tubo orotraqueal / nasotraqueal 
o Traqueostomia 
o Cricotireoidostomia 
o Máscaras 
§ De face 
§ De laringe (coloca a máscara até a laringe e o tubo 
por fora da traqueia cobrindo a epiglote) 
o Vai usar algum outro método diferente dependendo do 
caso (ex.: paciente levou um tiro no rosto então não da pra 
fazer IOT) 
 
 
 
 
Cricotireoidostomia 
- É o acesso às vias aéreas por meio da incisão de uma cânula na 
membrana cricotireoidea 
- Tipos: 
o Cirúrgico 
o Punção percutânea 
o Kit comercial 
 
- Indicações: 
o Obstrução ou deformidade 
de VAS 
o Traumatismo 
o Situações que não da pra 
fazer nada 
o Macroglossia 
o Trauma de face 
o Situações de emergência (paciente não ventila / não 
intuba) 
 
- Paramentação cirúrgica: 
o Luva estéril 
o Avental 
o Gorro 
o Máscara 
o Óculos de proteção 
 
- Material: 
o Gaze 
o Solução antisséptica 
o Cirurgia: 
§ Caixa de pequena cirurgia (pinça Kelly curva) 
§ Lâmina de bisturi 
§ Tubo endotraqueal / cânula de traqueostomia 
o Punção 
§ Jelco 14 
§ Torneira de 3 vias 
§ Kit comercial 
 
- Como faz.: 
o Na linha do pescoço é puncionado um jelco – coloca uma 
seringa na agulha e na capinha do jelco e vai aspirando, 
fica vindo líquido até que entra ar e então chegou na via 
aérea 
 
 
- Contraindicações: 
o Lesões 
o Queimaduras 
o Gordura 
o Edema 
o Impossibilidade de identificação da membrama 
cricotireoideana 
o Neoplasia ou infecção no local 
o Aumento do tamanho da tireoide 
o Obesidade mórbidas 
o Coagulopatia 
SBCM 2 – Cirurgia Toracica 
 Rafaela Alves 
- Complicações: 
o São decorrentes de erros no procedimento 
o Hemorragia / Hematoma 
o Enfisema subcutâneo 
o Lesão de parede posterior da traqueia 
o Lesão de tireoide 
o Pneumotórax / Pneumomediastino 
o Estenose subglótica 
o Perfuração esofágica 
o Lesão de pregas vocais 
o Mudança de voz 
o Obstrução de via aérea 
o Fístula traqueoesofágica 
o Traqueomalácia 
o Infecção 
o Aspiração de sangue ou conteúdo gástrico 
 
Caso 2 
u Paciente masculino, 50 anos, vítima de ferimento por arma 
branca em região precordial à esquerda (inframamilar), trazido 
pelo resgate. 
u Exame físico: 
o A – VAP. Turgência jugular bilateral. 
o B – MV+ bilateralmente sem RA, FR = 32, SatO2 = 94% 
o C – PA = 60x30mmHg, FC = 130, abafamento de bulhas 
o D – Glasgow 14, PICFR, sem déficit motor 
o E – FCC de 2 cm inframamilar E (5o EIC) 
 
u Diagnóstico à Tamponamento cardíaco (tríade de Beck) 
 
u Conduta: 
o eFAST 
o Ecocardiograma 
o Janela pericárdica 
o Confirma a presença de líquido no espaço pericárdico pelo 
ultrassom; se tem líquido, quando contrai o coração ele não 
consegue relaxar, pois o sangue está sendo tamponado = 
restrição da diástole; fazer uma punção do pericárdio para 
remover o líquido 
§ Com tamponamento vem hipofonese das bulhas e 
também turgência jugular 
 
u Tratamento: 
o Cirurgia (toracotomia / esternotomia) 
o Pericardiocentese (se impossibilidade de cirurgia) 
o Reposição de fluídos (aumento da pressão venosa / 
aumento transitório do DC) 
 
Pericardiocentese 
- Retirada do líquido acumulado no pericárdio pra permitir o 
relaxamento do coração 
- Não resolve um derrame pericárdico 
- Indicações: 
o Emergência (tamponamento cardíaco) (tríade de beck) 
o Eletiva (diagnóstico de derrame pericárdico) 
 
- Técnica: 
o Antissepsia + assepsia 
o Anestesia local 
o É realizada as cegas ou guiada por USG 
o Paciente em decúbito dorsal com a cabeceira elevada a 
45º, localiza o apêndice xifoide e faz a punção do lado do 
processo xifóide 
o Local de inserção da agulha = 0,5 cm à esquerda e 0,5-1 cm 
inferior a margem costal 
o Introduzir a agulha (ângulo de 45o com a pele) em direção 
ao ombro esquerdo 
o Elevação do segmento ST ou extrassístoles = epicárdio 
(recuar a agulha) 
 
- Contraindicações relativas: 
o Coagulopatias 
o Derrame pericárdico loculado posterior 
 
- Complicações: 
o Sangramento levando ao hemopericárdio e ao 
tamponamento cardíaco 
o Perfuração de ventrículos 
o Laceração de artéria coronária 
o Arritmias 
o Pneumotórax 
 
Caso 3 
u Paciente do sexo feminino, 75 anos, com quadro de tosse com 
expectoração purulenta há 7 dias, associado à febre (38º C) sem 
horário e queda do estado geral. 
u AP: DM (Metformina) 
u Exame físico: 
o REG, consciente, orientada, corada, hidratada, anictérica, 
acianótica, temperatura axilar = 39oC 
o MV com roncos difusos e estertores subcrepitantes D 
(terço médio), abolido em base D (macicez à percussão), FR 
= 25, SatO2 = 92% com O2 3L/min 
o BRNF 2T sem sopros, FC = 90bpm, PA = 110x70mmHg 
o Abdome plano, flácido, indolor à palpação, RHA+. 
o MMSS e MMII: NDN 
 
u Diagnóstico à derrame parapneumonico ou pneumonia 
comunitária 
 
u Exame de imagem: 
o Rx – curva de Damosieau = derrame pleural 
 
u Nem sempre o derrame está livre para ser puncionado, ele pode 
estar septado, assim pode não aspirar nada ou então lesar 
alguma estrutura, já que não sabe onde está, então pede um 
outro exame (rx em laurel) 
 
u Conduta à punção pleural 
 
Toracocentese 
- Objetivo: 
o Ver se é líquido, inflamatório ou purulento (diagnóstico) e 
também para drenar o líquido e melhorar o quadro do 
paciente (alívio) 
 
- Técnica: 
o Centro cirúrgico (menor risco de contaminação) 
o Rever a radiografia 
o Antissepsia 
o Anestesia com lidocaína 1% 
 
- Material: 
o Jelco 14 / 16 /18 • Equipo 
o Seringa 
o Agulha 
o Lidocaína 1% 
o Torneira de 3 vias 
o Campos estéreis e avental cirúrgico 
 
 
SBCM 2 – Cirurgia Toracica 
 Rafaela Alves 
- Como faz: 
o Incisão nas costas do paciente sentado ou então na lateral; 
punciona o bordo superior da costela inferior na linha axilar 
média ou na linha axilar posterior, entra com o jelco até 
atingir o líquido, quando atingir, aspira 
§ *** lateral, punciona o 5º EI, na linha axilar média 
§ *** posterior, puncina o 6º EI, na linha axilar posterior 
§ *** ou ainda no 7º ou 8º EIC, na linha escapular média 
o Puncionou à injeta anestesia 
o Depois punciona o paciente na borda superior da costela 
inferior e quando começar a vir líquido faz uma marcação 
da profundidade até a pleura 
o Vai introduzindo o jelco e tira a agulha (tampa com o dedo 
pra não entrar ar e fazer hemotórax) 
o Depois coloca o equipo conectado no frasco e deixa no 
chão 
o Faz curativo pra fixar e solicita RX 
 
 
 
- ** Posição: abrir espaços intercostais e levantar a escápula 
(paciente estica os braços e põe as mãos pra frente encostada 
em alguma coisa)- Complicações: 
o Pneumotórax (perfurar pulmão e entrar ar) 
o Hemotórax (perfura e entra sangue) 
o Hemoptise 
o Infecção de parede torácica 
o Sangramento 
o Edema pulmonar de reexpansão (pra não ter isso tem que 
tirar 1,5L no máximo no dia) 
o Síncope vasovagal... 
 
- Contraindicações: 
o Derrames pleurais muito pequenos 
o Derrame multi-loculado 
o Alterações da coagulação 
o Uso de anticoagulantes (p. ex. clopidogrel, marevan) 
- Se derrame septado – punção guiada por USG ou tomo 
- Métodos de esvaziamento 
o Frasco a vácuo 
o Torneira de 3 vias 
 
Caso 4 
u Paciente do sexo masculino, 26 anos, vítima de ferimento por 
arma de fogo em hemitórax direito há cerca de 30 minutos, 
trazido pelo resgate. 
u Exame físico: 
o A - Vias aéreas pérvias 
o B - MV abolido em base do hemitórax D, macicez à 
percussão, FR = 22 rpm, SatO2 = 98% em ar ambiente 
o C - PA 130x80 mmHg, FC = 110 bmp 
o D - Glasgow 15, PICFR sem déficit motor 
o E = 
§ OE = 5o EIC D – linha axilar anterior 
§ OS = 7o EIC D – linha axilar posterior 
 
u Diagnóstico à Hemotórax traumático 
 
u Conduta: drenagem torácica no 5º EIC – linha axilar média • 
Dreno de tórax de grosso calibre (28 a 32 Fr) 
 
Drenagem torácica 
- Indicações 
o Hemotórax 
o Pneumotórax 
o Empiema 
o Quilotórax 
 
- Localização 
o 5º EIC – linha axilar média (anteriormente) 
o Se derrame pleural septado 
§ Introduzir o dreno no local da coleção 
§ Guiado exame de imagem (USG ou tomografia) 
 
- Técnica 
o Antissepsia 
o Anestesia – lidocaína 1% 
o Incisão de 1,5 – 2 cm no 5º EI LAM; vai difusionando os planos 
até chegar na pleura, chegou à põe o dedo indicador pra 
ver se tem aderência e depois põe o dreno na região 
póstero-apical; pinça a porção distal até introduzir o dreno 
e depois o selo d’água 
§ ** antes mede o dreno da clavícula até o local que 
vai ser puncionado pra ter uma noção de quanto vai 
entrar do dreno no paciente 
o Curativo 
o Analgesia 
o Rx tórax controle 
 
 
- Contra-indicações 
o Alterações da coagulação 
o Uso de anticoagulantes (clopidogrel, marevan) 
o Derrame multi-loculado 
o Aderências pleuro-pulmonares 
o Infecção cutânea no sítio de inserção 
 
- Complicações 
o Hemorragia 
o Lesão cardíaca 
o Lesão hepática 
o Lesão esplênica 
o Lesão do nervo intercostal, artéria ou veia 
o Laceração pulmonar 
o Edema pulmonar de reexpansão 
o Enfisema de subcutâneo 
o Reação alérgica 
 
SBCM 2 – Cirurgia Toracica 
 Rafaela Alves 
- Quando tira o dreno? 
o Débito diário < 100mL/dia 
o Ausência de fístula aérea 
o Radiografia de tórax com expansibilidade pulmonar total 
 
Questoes 
u 1 - Paciente de 60 anos é vítima de ferimento por arma branca 
em tórax (foto). O exame físico revela ferimento abaixo do 
mamilo esquerdo. PA = 90x70mmHg, FC=120bpm, SatO2=90%. Na 
ausculta pulmonar nota-se murmúrio vesicular preservado em 
ambos hemitórax. 
Qual é a principal suspeita clínica e o tratamento recomendado? 
a) Ferimento toracoabdominal – laparoscopia. 
b) Pneumotórax hipertensivo – descompressão torácica. 
c) Tamponamento cardíaco – toracotomia de urgência. 
d) Hemotórax maciço – drenagem torácica. 
 
u 2 - Homem de 60 anos, chega ao pronto atendimento com 
insuficiência respiratória secundária ao tromboembolismo 
pulmonar. Evolui com instabilidade hemodinâmica e hipoxemia 
refratária à oxigenioterapia suplementar. Foi indicada a 
intubação orotraqueal. O exame físico revelou Mallampati IV e a 
Laringoscopia direta falhou em 3 tentativas. Subitamente, as 
ventilações por máscara facial e por máscara laríngea 
tornaramse ineficazes. 
Qual a conduta recomendada nesta situação? 
a) Cricotireoidostomia. 
b) Traqueostomia aberta. 
c) Intubação com auxílio da fibroscopia. 
d) Intubação retrógrada. 
 
u 3 - Homem de 50 anos e obeso deu entrada no pronto 
atendimento com insuficiência respiratória secundária a grave 
pneumonia. Mantem hipoxemia mesmo com suplementação de 
oxigênio, evoluindo com instabilidade hemodinâmica. Foi indicada 
intubação orotraqueal. Apresenta Mallampati IV, sendo realizada 
laringoscopia direta para intubação orotraqueal, que falhou 3 
tentativas. Durante o procedimento apresentou subitamente 
dificuldade extrema de ventilação por máscara fácil e por 
máscara laríngea. 
Considerando-se estas condições qual a atitude recomendada? 
a) Broncoscopia e traqueostomia. 
b) Intubação retrógada. 
c) Cricotieroidostomia. 
d) Intubação com laringoscópio articulado. 
 
u 4 - Vítima de agressão por arma branca, com ferimento no 6o 
espaço intercostal à esquerda, deu entrada no setor de 
emergência. O exame físico evidenciava dispneia, hipotensão 
arterial e turgência jugular. Hipertimpanismo e diminuição 
importante do murmúrio vesicular no hemitórax traumatizado. 
Qual deve ser a conduta? 
a) Punção de Marfan imediata (pericardiocentese). 
b) Janela pericárdica. 
c) Punção torácica com descompressão do espaço pleural 
acometido. 
d) Drenagem torácica à esquerda. 
 
u 5 - Uma unidade de atendimento do SAMU é chamada para 
socorrer acidente automobilístico envolvendo dois automóveis 
em uma avenida da cidade, com dois indivíduos traumatizados. 
Após estabelecimento de perímetro de segurança para o 
atendimento no local do acidente, constata-se o óbito de um dos 
condutores. O condutor do segundo automóvel, um indivíduo 
jovem, sexo masculino, sem cinto de segurança, está 
inconsciente, com ferimentos e deformação grave da estrutura 
óssea da face, hematomas periorbitários, saída de sangue e 
liquido amarelo claro pelo nariz, com taquicardia, taquipneia e 
respiração ruidosa. O enfermeiro socorrista coloca o colete de 
imobilização cervical. 
Diante do quadro, indique: 
A) A medida inicial do médico socorrista 
- Cricotireoidostomia para estabelecimento de via aérea 
definitiva. 
 
B) A principal suspeita diagnóstica, além da fratura óssea em face. 
- Fratura de base do crânio. 
 
C) Os sinais clínicos mais específicos apresentados, no caso, para a 
suspeita diagnóstica. 
- Hematoma periorbitário (sinal do guaxinin) e saída de líquor pelo 
nariz/liquorreia. 
- Sinal do guaxinim + saindo líquido branco/amarelado pelo nariz 
(esse líquido é líquor) = sinais de lesão na trauma na base do 
crânio

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