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Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 1 Complicações Crônicas do Diabetes Mellitus COMPLICAÇÕES CRÔNICAS - VASCULARES As complicações vasculares são as mais importantes. MACRO MICRO NEUROLÓGICAS A. coronárias Nefropatia S. N. Periférico A. cerebrais Retinopatia Sensitivo - motor A. periféricas Autonômico Frequência de complicações crônicas na pop. Brasileira. COMPLICAÇÕES O tratamento anti hiperglicêmico em qualquer fase reduz complicações microvasculares. A prevenção de doença macrovascular precisa ser precoce Metas para HbA1c precisam ser vistas no contexto de como e quando são atingidas. - A meta foi atinginda rapidamente? Demorou mais? Quantos medicamentos foram necessrios? É preciso olhar além das metas de HbA1c para a prevenção de DCV (doença cardio vascular) É necessário avaliar prospectivamente o efeito e segurança de drogas anti diabéticas e estratégias DM X DCV Lesão Patológica Aterosclerose: Aumenta a Intensidade Extensão e Evolução Agressiva MACROVASCULATURA 75% das causas de morte em DM são por doença coronariana Doença aterosclerótica é 2 vezes maior em homens e 3 vezes maior em mulheres O acometimento vascular é mais intenso e múltiplo Risco de “isquemia silenciosa” que é IAM silencioso, paciente chega referindo mal-estar, falta de ar, cansaço, Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 2 com ausculta pulmonar e cardíaca normais, quando faz o ECG é visto IAM. Paciente diabético raramente tem dor precordial, ou a dor precordial é de leve intensidade. Paciente com Dislipidemia + Hipertensão + Diabetes: quem sofre é o coração. Risco cardiovascular e de eventos coronarianos aumentado. COMPONENTES DA SÍNDROME METABÓLICA 1. Obesidade Abdominal 2. Intolerância à Glicose 3. HAS 4. Dislipidemia 5. Doença Cardiovascular 6. Resistência à insulina 7. Microalbuminúria 8. Distúrbio de Coagulação 9. Hiperandrogenismo 10. Hiperuricemia ** São fatores que aumenta risco cardiovascular ** PRÍNCIPAIS COMPLICAÇÕES – MICROVASCULAR Retinopatia: pequenas hemorragias na retina em diferentes graus. FATORES SISTÊMICOS AGRAVANTES DA RETINOPATIA Controle DM inadequado Hipertensão Doença renal Dislipidemia Gravidez Tabagismo Anemia Nefropatia ** Lembrar que o glomérulo normal não perde proteína, se perder proteína tem lesão por diabetes ou nefropatia por HAS. ** Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 3 Na Nefropatia encontramos albuminuria, quantidade dependente da duração do diabetes, paciente com retinopatia tem maior chance de ter lesão glomerular, sempre investigar. HISTÓRIA NATURAL NEFROPATIA INCIPIENTE: microalbuminúria persistente (20- 200mcg/min ou 30- 300mg/24h) em duas ou mais amostras NEFROPATIA CLÍNICA: macroproteinúria (albuminúria >300mg/24h) ou proteína urinária maior que 500mg/24h (paciente já apresenta a clinica da nefropatia) CAUSAS COMUNS DE AUMENTO TRANSITÓRIO DE ALBUMINÚRIA Exercício Físico Gravidez Mau controle glicêmico Insuficiência cardíaca congestiva Hipertensão Infecção de trato urinário NEFROPATIA DIABÉTICA PERGUNTA DE PROVA: PACIENTE COM NEFROPATIA DIABÉTICA, OU PACIENTE COM DM QUE QUERO PREVINIR A NEFROPATIA DIABÉTICA, COMO TRATAR/PREVENIR? Controle lipídico, diéta pobre em proteina, contrele rígido da glicemia, controle da PA com inibidor da ECA ou BRA, como adjuvante para proteger o organismo de uma piora da nefropatia. Os diuréticos tiazídicos não são muito usados, pois aumentam a glicemia. Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 4 1 questão da prova a resposta não esta relacionada a diabetes, é uma pegadinha ler com atenção. NEUROPATIA DIABÉTICA Conceito: Distúrbio neurológico demonstrável clinicamente ou por métodos laboratoriais em pacientes diabéticos, excluindo-se outras causas de neuropatia. Classificação: 1. Mononeuropatia: - Focal - Multifocal - Multiplexos - Plexopatia 2.Polineuropatia: . - Sensitivo – motora - Autonômica TESTES DIAGNÓSTICOS Sensibilidade Dolorosa (agulha, palito) Tátil (algodão, monofilamento 10g) Vibratória (diapasão 128 Hz, bioestesiômetro) Reflexos tendinosos FORMAS CLÍNICAS – NEUROPATIA AUTONÔMICA Se apresentam de outras formas, como: Disfunções esofagicas, Reflexos cardiovasculares anormais Edema neuroplegicoCada paciente pode apresentar um tipo... NEUROPATIA PERIFÉRICA MONONEUROPATIA DO N. TRIGEMIO Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 5 GASTROPATIA DIABÉTICA Manifestações Clínicas: Náuseas e vômitos Saciedade precoce Plenitude epigástrica Glicemia de difícil controle Muitos casos são assintomáticos ** Paciente pode ter gastropatia devido a diabete, e as vezes o médico acha que é devido ao uso de metformina, mas não é. Melhorar gastropatia com omeprazol e domperidona, a bromoprida também pode ajudar. ** ** A gastropatia provoca perda de peso, podendo levar a hipoglicemia, por isso deve ser tratada ** DIARREIA CRÔNICA DO DIABÉTICO IMPORTANTE: DAR ATENÇÃO, POSSIVEL QUESTÃO DE PROVA. Características Clínicas: Intermitente ou contínua Dejeções volumosas (aquosas) Frequentemente à noite Associação com incontinência fecal “famoso pum molhado” Mecanismos Etiopatogênicos: 1. Motilidade gastrintestinal (GI) anormal - trânsito GI rápido. 2. Motilidade GI anormal - estase GI predispondo à proliferação bacteriana no intestino delgado. 3. Má absorção de água e de eletrólitos PÉ DIABÉTICO Principal causa de amputação não traumática dos membros inferiores. Ocorre em decorrência de neuropatia, doença vascular periférica, lesões dermatológicas e deformidades da estrutura óssea e muscular Sempre fazer avaliação do pé, fazer teste de sensibilidade, perguntar se paciente tropeça muito, se sente dor quando pisa em uma pedrinha por exemplo. Sempre perguntar para prevenir o surgimento. Paciente diabético com joanete ou calos tem maior chance de desenvolver as lesões. ** Não precisa saber classificação para prova ** Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 6 CASOS CLINICOS 1. Sr. João, 54 anos, caminhoneiro, refere que engordou nos últimos 5 anos após o divórcio. Não se alimenta com qualidade e é sedentário. Está sentindo visão embaçada e cansaço. Ao exame apresenta PA: 150 x 100 mmHg, IMC: 33,5 Kg/m2; cintura abd: 119 cm. Acantose nigricans. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais que mostravam aumento de transaminases, glicemia de jejum de 120 mg/dl e HBA1C: 7,6% Quais as possibilidades de tratamento? R: Metformina + Análogo de GLP1 ou IDPP – 4 Devido a HBA1C estar em 7,6%, pode ser associado + de um hipoglicemiante, não é regra muda conforme cada paciente, se paciente conseguir melhorar dieta, fazer atividade física somente Metformina é suficiente. 2. Sra. Lourdes, 78 anos, do lar, refere diabetes há 8 anos. Refere câimbras nos pés e corrimento claro sem cheiro e prurido vaginal. Com ICC controlada. Em uso de metformina 850 mg 3x ao dia para o diabetes.Ao exame apresenta PA: 130 x 80 mmHg, peso: 62 kg, alt: 1,56 IMC: 25,5 Kg/m2; cintura abd: 87 cm. Sem outras alterações no exame físico. Trouxe exames laboratoriais que mostravam creatinina 1,0, glicemia de jejum de 145 mg/dl e HBA1C: 8,0 % Quais as possibilidades de tratamento? R: Metformina + ISGLT2 + SGLT2 ideal para controle de ICC e IRC Se não melhorar: + insulina bed time Se não melhorar: + insulina Basal 3. Maria, 50 anos. Há 10 anos faz consulta por causa de obesidade, foi feito o diagnóstico de diabetes pelo resultado da glicemia de jejum. AF: Pai DM2, falecido aos 69 anos de IAM. Mãe saudável. Exame físico sumário: Altura 1,68cm, peso 84 Kg, PA: 130 x 80 mmHg deitado e em pé. CA (circunferência abdominal) 98 cm. Exame de pé: normal Exames laboratoriais: Glicemia de jejum: 200 mg/dL HbA1C: 8,9% Colesterol total: 165 mg/dL HDL: 35 mg/dL Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 7 TG: 190 mg/dL Microalbuminúria – negativa Fundo de olho – normal Atualmente em uso de: Metformina 850 mg 3x/ dia; Gliclazida 90 mg/dia Sitatagliptina 100 mg cedo Sinvastatina 20 mg a noite Captopril 50 mg 3x/dia (Enalapril é melhor do que captopril) Qual seria sua conduta para otimizar o controle glicêmico? R: Retirar Terceira droga e iniciar Insulina. Ou Manter terceira droga e iniciar a insulina com dose menor, quando o paciente se adaptar aumentar a dose da insulina e retirar a terceira droga, conforme evolução pode retirar segunda droga também, mantendo apenas metformina + insulina. ** Não existe um protocolo estabelecido ** Qual a dose inicial? R: 0,1 a 0,2 UI/Kg Paciente com 84 Kg: 8 a 16 UI de insulina Foi iniciada Insulina NPH 10 UI antes de dormir Paciente retorna com os seguintes controles: Seus exames: glicemia de jejum: 105 mg/dL, HbA1C: 8,1%. Traz o seguinte controle: (tabela) Conforme a paciente aumentou a dose de insulina, a glicemia foi diminuindo, porém nesse controle faltou as anotações da glicemia pós-prandial, que deve estar aumentada porque a HbA1C está em 8,1%. Solicitar medida de glicemia pós-prandial para paciente. Após 5 anos compensado já com metformina (glifage) 1000 mg 2x dia, gliclazida 30mg 4 cp/d e insulina bed time NPH 18U às 22h. Refere poliúria e emagrecimento. Dextro: jejum 190 mg/dl e 2 h após almoço 230 mg/dl Clínica Médica II – Dra. Nathalia Gasparotto Dhayse Bortoluci T6 8 HBA1C: 8,9%, peso 95 Kg E agora qual a próxima conduta para esta paciente? R: Insulina Basal: Insulina NPH 8-8-8 Manter todas as medicações Se mesmo assim verificar que a de jejum estão normais e as pós-prandiais alteradas, o que fazer? R: - Suspender gliclazida - Manter metformina Insulina plena basal-bolus: - Cálculo: 0,6U/Kg (P:96 kg) - 50% de insulina basal e 50% de insulina regular – 3x dia - Insulina NPH – 10U antes café, 10U antes almoço, 10U antes jantar (aplicar junto com regular se >20h) - Regular = 8U almoço e 8U jantar (pode aplicar NPH junto regular na mesma seringa) Paciente retorna com os seguintes controles: - Seus exames: glicemia de jejum: 105 mg/dL, HbAC1 8,1% - Traz o seguinte controle: a tabela mostra que glicemia está controlando apenas após o jantar, nos outros momentos encontra alterada. O que fazer? Aumentar um pouco a dose da insulina NPH da noite e da manhã. - Em uso: NPH = 10U – 10U – 10U Regular = 8U – 8U – 8U
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