Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA - def.: síndrome clínica caracterizada pela incapacidade cardíaca de promover o devido fornecimento sanguíneo para os órgãos e tecidos; síndrome na qual o aporte sanguíneo bombeado pelo coração é insuficiente para satisfazer as necessidades metabólicas dos tecidos ou o bombeamento ocorre somente sob elevadas pressões de enchimento - etiologia: causas funcionais ou estruturais • sistólica: HAS, doença arterial coronariana, Chagas, miocardites... • diastólica: HAS, estenose aórtica, DM, obesidade, fibrose isquêmica... - fisiopatologia: • alterações do miocárdio • sobrecarga • desempenho cardíaco: FC, contratilidade, pós-carga, pré-carga • mecanismo de Frank- Starling: maior distensão dos cardiomiócitos = maior força de contração; MAS, há um limite para essa compensação! Após isso, a força se torna mais fraca. • hipertrofia • SNS, SRRA x vasodilatadores, diuréticos - principais sintomas: fadiga, dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, respiração de Cheyne-Stokes - outros sintomas: gastrointestinais (anorexia, náuseas, saciedade precoce, dor abdominal), tonturas, tosse, insônia, depressão do humor, confusão, desorientação, distúrbios do sono - sinais típicos: variam de acordo com o grau de compensação, cronicidade e envolvimento cavitário predominante • estertores pulmonares • macicez nas bases dos pulmões • distensão venosa jugular • edema, ascite, hepatomegalia • outros: sopro sistólico de regurgitação mitral e 3a bulha, pulso alternante e pulso de baixa amplitude, taquipneia, taquicardia, perfusão periférica na insuf. cardíaca avançada • baixa perfusão e congestão: pulso fraco e filiforme, extremidades frias, hipotensão, sonolência, hiponatremia, disfunção renal - classificação por fração de ejeção: • FE normal/ preservada: maior ou igual a 50% • FE intermediária: entre 49% e 40% • FE reduzida: menor que 40% - Classificação: New York Heart Association • I: sem limitações para atividades físicas • II: pequena limitação das atividades físicas; confortável em repouso • III: evidente limitação das atividades físicas; confortável em repouso • IV: incapacitados para realizar qualquer atividade física sem dor; sintomas podem estar presentes mesmo durante o repouso e dor aumenta com atividade física - exame físico: estado geral e sinais vitais, pressão venosa jugular • dispneia, hipotensão, taquicardia, vasoconstrição periférica • PVJ aumentada na IC • posição antálgica, unhas de Terry, cianose, pulsação epigástrica - exame pulmonar: ruídos respiratórios adventícios (estertores e crepitantes), derrame pleural, macicez na base • ICC: estertores frequentemente ausentes - B3 e B4 • B3: sobrecarga volumétrica • B4: aumento de VE e redução da complacência; não é indicador específico da IC - deslocamento do ictus e ictus sustentado - hepatomegalia: doloroso, hepatimetria - ascite: sinal tardio! consequência do aumento da pressão nas veias hepáticas e nas veias que drenam o peritônio - icterícia: disfunção hepática 2aria à congestão; aumento das bilirrubinas direta e indireta - edema periférico: simétrico e postural, MMII, aumenta com o passar do dia - caquexia cardíaca: IC crônica grave à marcador de gravidade - diagnóstico: diferencial entre condições com retenção anormal de agua e sais, mas sem distúrbios na estrutura ou função cardíacas (IR), e causas não cardíacas de edema pulmonar (síndrome da angústia respiratória aguda) - Critérios de Framingham: 2 critérios maiores ou 1 maior + 2 menores - exames complementares: ECG, radiografia de tórax, avaliação da função do VE, BNP (biomarcador), testes com exercício VALVULOPATIAS - doenças que acometem as válvulas cardíacas, impedindo sua abertura e/ou encerramento adequado - sons normais: • B1: fechamento das AV • B2: fechamento das SL - presença de B3: sobrecarga de volume - presença de B4: sobrecarga de pressão ESTENOSE MITRAL: - estreitamento do orifício AV esquerdo devido a espessamento e fibrose das cúspides valvares - etiologia: febre reumática, estenose valvar mitral congênita, cor triatriatum, LES, AR... • EM na febre reumática: inflamação crônica à cúspides da valva se tornam difusamente espaçadas por tecido fibroso e/ou depósitos de cálcio à comissuras se fundem, cordas tendíneas se unem e encurtam, cúspides valvárias se tornam rígidas - fisiopatologia: obstrução ao enchimento do VE aumenta a pressão no AE + limitação do DC + desempenho de ejeção do VE reduzido; VD sofre efeitos da sobrecarga pressórica - agravamento da EM = falência VD - anamnese: dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, hemoptise, rouquidão, edema, ascite - exame físico: facies mitralis, impulso ventricular direito paresternal e B1 palpáveis - ausculta: B1 hiper, P2 hiper em caso de hipertensão pulmonar; sopro: ruflar diastólico após estalido de abertura INSUFICIÊNCIA MITRAL: - fechamento incompleto da valva mitral com refluxo de sangue para o AE durante a sístole ventricular - etiologia: aguda (IAM) x crônica primária x crônica secundária - fisiopatologia: sobrecarga de volume sobre o VE gera hipertrofia excêntrica e dilatação à aumento do volume sistólico ventricular - hipertrofia VE caso a sobrecarga de volume persistir à perda da função do VE à aumento da pressão no pulmão à congestão pulmonar - anamnese: dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, fadiga, fraqueza, edema de pulmão - palpação: ictus difuso e deslocado - ausculta: sopro apical aspirativo holossistólico à axila esquerda; B1 hipo, desdobramento de B2, presença de B3 ESTENOSE AÓRTICA: - estreitamento do orifício da valva aórtica e em alterações da via de saída do VE - etiologia: calcificação/ degeneração aórtica, congênita, reumática - anamnese: angina, sincope, fadiga, dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna - palpação: pulso parvus et tardus - ausculta: sopro sistólico de ejecao com pico telessistolico; hipo de B1, hipo de B2 INSUFICIÊNCIA AÓRTICA - fechamento inadequado da válvula aórtica, permitindo o regurgitamento de sangue da aorta para o VE durante a diástole - etiologia: • anormalidades nos folhetos aórticos: endocardite infecciosa, valva aórtica bicúspide • anormalidades na parte proximal da raiz da aorta: dissecção aórtica - fisiopatologia: insuficiência aórtica impõe ao VE uma sobrecarga de volume à volume regurgitante pela valva aórtica incompetente; hipertrofia cardíaca excêntrica; volume é ejetado para a aorta à volume elevado aumenta a pressão sistólica; hipertensão sistólica - IA aguda: VE previamente despreparado, descompensação rápida, vasoconstrição reflexa aumenta a resistência vascular periférica - IA crônica: vasoconstrição ausente - anamnese: dispneia, ortopneia, dispneia paroxística noturna, angina, sincope - exame físico: crônica x aguda DESCONFORTO NO PEITO/ DOR TORÁCICA - diversas etiologias - avaliação inicial e rastreamento: isquemia do miocárdio, cardiopulmonares, outras causas - patogênese da doença arterial coronariana (DAC): lipoproteínas à tensão de cisalhamento • fatores de risco para aterosclerose: LDL alto, tabagismo, hipertensão, HDL baixo, DM, idade (homens > 45 anos e mulheres > 55 anos), obesidade, inatividade física... - cardiopatias isquêmicas: distúrbio no qual existe um suprimento inadequado de sangue e oxigênio para o miocárdio; ocorre sempre que há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio para o miocárdio • causas não aterogênicas: angina variante, êmbolos coronarianos, anormalidades congênitas da artéria coronária descendente anterior esquerda, hipertrofia ventricular esquerda grave- efeitos da isquemia: disfunções na contração e relaxamento cardíaco, angina ou IM, sopro de regurgitação mitral, hipocinesia, acinesia, discinesia, instabilidade elétrica (ECG) - síndromes coronarianas: • doença arterial coronariana crônica: angina estável Ø síndrome decorrente da isquemia miocárdica transitório Ø angina típica ou “tipicamente atípica” Ø pesquisa dos fatores de risco associados • síndrome coronariana aguda: SCA-SEST e IMCEST • morte súbita pode ser o 1o e único sinal da DAC - síndrome coronariana aguda sem elevação do segmento ST • IMSEST e angina instável • angina estável x SCA-SEST • manifestações clinicas - IM com elevação do segmento ST - Síndromes aórticas agudas: • dissecção de aorta: causa menos comum de dor torácica; 60-70 anos Ø patogenia: deterioração dos componentes elásticos ou musculares da média aórtica; criação de lúmen falso Ø condições associadas: hipertensão, gestação, doenças hereditárias do tecido conjuntivo (Marfan e Ehrlers Danlos) Ø manifestações clínicas: dor torácica grave, inicio súbito, hiper ou hipotensão, pulsos impalpáveis, ascendente ou descendente Ø complicações: IM, insuf. Aórtica, tamponamento • ruptura de aorta • hematoma intramural • úlcera aterosclerótica - pericardite aguda: processo inflamatório do pericárdio produzido tipicamente por doenças inflamatórias não infecciosas, como febre reumática, LES e esclerodermia • dor pleurítica retroesternal e precordial, ruído do atrito pericárdico, alterações do ECG, derrame pericárdico, com bulhas abafadas • manifestações clínicas: dor agravada pelo decúbito, ao engolir e exacerbada com a tosse (pode irradiar para MS, como no IM) - embolia pulmonar: deslocamento de trombos venosos profundos em pacientes com TVP – embolização • manifestações clínicas: dispneia, taquipneia, taquicardia, hipotensão • dor pleurítica lateral e paciente relata falta de ar repentina - pneumotórax espontâneo: decorrente da ruptura de pequenas bolhas subpleurais • manifestações: dor pleurítica no lado afetado, dispneia, diminuição dos sons respiratórios - causas não cardiopulmonares: • condições gastrointestinais: refluxo esofágico, espasmo esofágico, ulcera péptica, doença na vesícula biliar, • condições neuromusculares: costocondrite, doença discal cervical, trauma ou estiramento, herpes- zoster • condições psicológicas: transtornos emocionais ou psiquiátricos - avaliação do paciente: qualidade, localização, padrão da dor e fatores que provocam ou aliviam ENDOCARDITE - inflamação de estrutura intracardíaca recoberta por endocárdio - pode acometer estruturas como válvulas e septo - vegetação: lesão típica da endocardite; é um agregado plaquetário • não infecciosa: vegetações estéreis • infecciosa: vegetações infectadas por bactérias ou fungos à aguda ou subaguda - condições predisponentes: endocardite bacteriana prévia, cardiopatias estruturais, valvulopatia reumática, marcapasso ou prótese valvar, uso de drogas injetáveis, hemodiálise, infecção pelo HIV, DM - fisiopatologia: lesão no endocárdio à fibrina e plaquetas à vegetação à bacteremia • microrganismos: 80% Streptococcus + Staphylococcus • entre 5 e 15% dos pacientes apresentavam hemocultura negativa, devido a exposição previa a antibióticos • portas de entrada das bactérias na corrente sanguínea: acesso venoso central, uso de drogas injetáveis, procedimentos dentários recentes, outras cirurgias - quadro clínico • aguda: dias, sepse • subaguda: semanas, febre, inespecífico • sinais e sintomas mais comuns: febre, sopros, mal-estar, mialgia, sudorese noturna • fenômenos imunológicos: nódulo de Osler (dolorosos), Manchas de Roth, • fenômenos embólicos, vasculares: hemorragia conjuntival, lesões de Janeway (indolores), hemorragia de splinter - complicações cardíacas: • insuficiência cardíaca: mais comum, dispneia, insuficiência valvar • abscesso perivalvar: BAVs, bacteremia resistente - complicações neurológicas: aneutisma micótico, menincoencefalites, AVC isquêmico embólico, hemorragias - complicações renais: infarto/ abscesso, glomerulonefrite - complicações: embolização séptica - diagnóstico: critérios de Duke modificados à CES PIFEM • critérios maiores (M) Ø C: cultura positiva Ø E: ECO vegetação Ø S: sopro novo • critérios menores (m) Ø P: predisposição Ø I: imunológicos Ø F: febre Ø E: embólicos Ø M: microrganismos atípicos • definitiva: 3M ou 1M + 3m ou 5m • possível: 1M + 1m ou 3m - exames complementares: hemocultura e ecocardiograma SÍNDROME ULCEROSA E PILÓRICA - anatomia gástrica: células mucosas e endócrinas encontradas no antro - fisiologia gástrica: HCL e pepsinogênio são os 2 principais produtos secretórios capazes de induzir lesão mucosa SÍNDROME ULCEROSA - ulceras pépticas: defeitos na mucosa gástrica ou duodenal, com tamanho maior que 5mm e profundidade que se estendem até a submucosa - fisiopatologia: • H. Pilori ou lesões de mucosa induzidas ou AINES • classificadas com base na localização • podem abrigar uma neoplasia maligna à biopsia; UDs malignas são raras • produção acida tende a ser normal ou reduzida nos pacientes com UG • 95% na 1a porção do duodeno • taxas de secreção gástrica basal média e noturna aumentadas • secreção de bicarbonato significantemente reduzida no bulbo duodenal - tipo I: corpo gástrico, baixa prod. de ácido gástrico - tipo II: antro, baixa a normal prod. de ácido gástrico - tipo III: à 3cm do piloro, prod. de ácido gástrico normal à elevada - tipo IV: cardia, prod. De ácido gástrico baixa - H. pylori: etiologia mais prevalente das ulceras pépticas; principal fator de risco para o desenvolvimento da doença • bastonete gram-negativo que se instala sob o epitélio gástrico • produz enzima urease, que resiste ao baixo pH gástrico, pois alcaliniza o pH circundante (converte ureia à amônia) • infecção se da pelo contato com a agua contaminada com fezes ou vômitos de pessoas infectadas • uso de AINES é o 2o fator de risco mais decisivo no desenvolvimento da doença • outros fatores de risco: DPOC, IRC, tabagismo, idade, DM, obesidade, coronariopatias, etilismo, homens DOENÇA ULCEROSA PÉPTICA - úlceras: falhas na mucosa com diâmetro de pelo menos 5mm que penetra na muscular da mucosa • duodenais: na parede anterior ou posterior do bulbo duodenal à H. pylori e lesão induzida por AINES • gástricas: curvatura menor, na zona de transição da mucosa típica do corpo para a antral à H. pylori e AINES - anamnese: dor abdominal severa, dor epigástrica em 3 tempos, desconforto desencadeado pelo alimento • dói, come, passa à ulcera duodenal • come, dói, passa à ulcera gástrica - náuseas e/ou êmese: complicações - irradiação para costas à ulcera penetrante - fezes escurecidas ou êmese em borra de café: sangramento - exame físico: hipersensibilidade gástrica, algia a direita da linha média - complicações relacionadas com DUP: hemorragia digestiva, perfuração, obstrução pilórica - tratamento: • supressores do ácido gástrico: antiácidos, antagonistas do receptor H2, inibidores da bomba de prótons • agentes citoprotetores: sucrafato, preparações à base de bismuto, análogos das prostaglandinas, outros... • erradicação da H. pylori. interrompimento do uso de AINES, terapia antissecretora e outras medidas + prevenção da recorrência • tratamento cirúrgico SÍNDROME PILÓRICA - def: consiste na obstrução total ou parcial do piloro, o que dificulta a passagem do conteúdo gástrico para o duodeno - etiologias: doença ulcerosa péptica, adenocarcinoma gástrico - manifestações clínicas: epigastralgia em queimação, náuseas evômitos, sensação desagradável de persistência dos alimentos no estômago (plenitude pós-prandial) - tratamento: aspiração do tubo nasogástrico seguida de lavagem e endoscopia digestiva alta inicial + terapia antissecretora utilizando inibidores da bomba de prótons - tratamento cirúrgico: balão, stent DOR ABDOMINAL - causas mais comuns: dor abdominal inespecífica, apendicite aguda, dor de origem urológica e obstrução intestinal - intensidade da dor não necessariamente mantem correlação direta com a gravidade da doença! - etiologia: • dor de origem abdominal: inflamação, inflamação do peritônio parietal, irritação química, obstrução mecânica de víscera oca, distúrbios vasculares, parede abdominal, distensão das superfícies viscerais • causas metabólicas: DM, uremia, porfiria... • causas neurológicas e psiquiátricas: herpes- zóster... • dor referida de origem extra abdominal: cardiotorácica, doença esofágica, genitália • demais causas: toxicas, de mecanismos desconhecidos - mecanismos da dor: • obstrução de víscera oca: Ø cólica: dói, passa, dói, passa Ø dor pode diminuir com o passar do tempo à pode ser distensão da víscera • distúrbios vasculares: Ø equivoco frequente pensar que é sempre dor de caráter súbito e catastrófico Ø dor pode ser por hiperperistaltismo, e não pela inflamação em si • parede abdominal: dor aumenta com movimento - doenças com dor referida no abdome: proveniente do tórax, VC ou órgãos genitais • considerar possibilidade de doença intratorácica em todo paciente com dor abdominal - crises metabólicas: pode simular quase todos os tipos de doença intra-abdominal - imunocomprometidos: difícil investigação • infecções incomuns, abscesso esplênico, colecistite acalculosa - causas neurogênicas: lesão de nervos sensitivos podem provocar causalgia • herpes zoster, tumores, hérnia de núcleo pulposo, diabetes, sífilis - abordagem ao paciente: AVALIAR NECESSIDADE CIRÚRGICA • maioria dos casos não são urgentes • hemorragia intra- abdominal exsanguinante: cirurgia Ø exceção: hemorragia intraluminal gastrintestinal - diagnóstico diferencial: local da dor e sequencia cronológica de eventos - anamnese: tomada de decisões e diagnostico acurado • diferenciar dor aguda de dor crônica • mulher: história menstrual precisa e útero gravídico - exame físico: inspeção, palpação, exame pélvico e de toque retal, ausculta - exames laboratoriais: hemograma, sumário de urina, níveis de amilase, dosagem de eletrólitos, beta HCG - exames de imagem: radiografia de abdome, tomografia computadorizada, laparoscopia, US, cintilografia INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CRÔNICA - fígado: QSD, limite inferior 8a costela, duplo suprimento sanguíneo - metabolismo da bilirrubina: bilirrubina não conjugada – fígado à bilirrubina conjugada – ação bacteriana à urobilinogênio à estercobilinogênio – oxidação à estercobilina - urobilinogênio – rins, oxidação à urobilina INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CRÔNICA - condição na qual o fígado pode apresentar uma perda progressiva e irreversível de sua capacidade funcional ao longo do tempo - fígado não consegue realizar suas funções vitais de forma adequada devido ao dano hepático significativo - geralmente associada à cirrose - cirrose: desenvolvimento de fibrose até distorção arquitetônica com formação de nódulos regenerativos • fígado normal: denso, com bordas afiladas, vermelho vinhoso • fígado cirrótico: mais endurecido, tende a diminuir o tamanho, mais acinzentado ou esverdeado - causas mais comuns da cirrose: doença hepática alcoólica (ingestão excessiva e prolongada de álcool), hepatite viral crônica (B ou C), doença hepática gordurosa não alcoólica - hepatite viral crônica: • B: transmissão por contato com sangue ou secreções infectadas; sintomas aparecem em fases mais avançadas da doença, menos de 1/3 dos pacientes com pele e olhos amarelados • C: transmissão pelo contato com sangue infectado; pode não apresentar sintomas, sintomáticos apresentam fadiga crônica, náuseas, vômitos e anorexia - doença hepática gordurosa não alcoólica: acúmulo de gordura no fígado (inflamação) • fatores de risco: estilo de vida, DM, HAS, doenças cardiovasculares - anamnese: 7 atributos dos sintomas e história • fadiga: viral • desconforto no hipocôndrio direito: viral • alterações hormonais • icterícia: prurido, colúria, bulirrubina • náuseas, vômitos, diarreia, perda de peso, febre • historia: doenças prévias, doenças crônicas, hábitos de vida, medicações e cirurgias, drogas e álcool, atividade sexual - EF: • alterações hormonais: eritema palmar, telangiectasias, alteração no padrão de pelos, irregularidade menstrual, atrofia testicular, ginecomastia • xantomas e xantelasmas • aumento da parótida: cirrose por álcool • baqueteamento digital • hipertensão portal: varizes • esplenomegalia e hiperesplenismo • ascite: pode causar derrame pleural e peritonite bacteriana espontânea • encefalopatia hepática: acúmulo de amônia e outras neurotoxinas, asterixe/ flapping • atrofia muscular • anemia • osteoporose • coagulopatia • cirrose • icterícia • edema • contratura de Dupuytren • síndrome hepatorrenal • síndrome hepatopulmonar ICTERÍCIA - coloração amarelada da pele e esclera resultado de uma deposição de bilirrubina, ocorrendo com o aumento sérico de bilirrubina - melhor detectada na esclera e no frênulo lingual à afinidade da bilirrubina pela elastina - sinais e sintomas associados: artralgia e mialgias previas; dor no QSD e febre com calafrios (tríade de Charcot): coledocolitiase e colangite ascendente; prurido, febre, perda de peso, anorexia, mudanças na urina e fezes, dor abdominal e exantema • tríade de Charcot + hipotensão + confusão mental = pêntade de Reynolds (colangite grave) • tríade de Charcot: febre + icterícia + dor abdominal - exame físico: nódulo de Virchow ou periumbilical aumentados = malignidade abdominal - deve-se focar no tamanho e na consistência do fígado, se o baço é palpável e se ascite é presente - sinal de Murphy, parada respiratória na inspiração no QSD: colecistite - possíveis confusões! Carotenemia, IR avançada (com desidratação, espessamento e extensibilidade da pele) - exames diagnósticos: ALT/TGP. AST/TGO, Gama GT, albumina, tempo de protrombina, fosfatase alcalina, urina, sorologia para hepatites, US abdominal... - causas de aumento de bilirrubinas: aumento da produção (hemólise), redução da conjugação (neonatal), da captação (drogas, sépsis) ou da excreção (intra ou extra- hepática) • aumento da degradação do substrato heme: hemólise, degradação anormal das hemácias, reabsorção de grandes hematomas • redução da captação e deficiência enzimática: drogas, diminuição do fluxo de sangue hepático • doenças relacionadas ao fígado e excreção da bile: lesão hepatocelular direta (hepatites), doenças genéticas, doenças infiltrativas • hepatites virais: icterícias agudas, associadas a sintomas prodrômicos virais (febre, hiporexia, náuseas e vômitos, mialgias); contato sexual desprotegido: B, C ou D • cirrose: doença hepática alcoólica, esteatose hepática não alcoólica, hemocromatose, doença de Wilson, hepatite viral crônica... Ø pacientes cirróticos podem cursar com esplenomegalia e ascite, flapping e alterações neurológicas do espectro das encefalopatias hepáticas, além de sinais de insuf. Hepática crônica • obstrução das vias biliares: coledocolitiase (oclusão do lúmen do ducto biliar), colangite esclerosante primaria (distúrbios intrínsecos dos ductos biliares), tumores (compressão) Ø icterícia obstrutiva: prurido que não melhora pela manhã, coluria, acolia fecal • tumoresperiampulares: classicamente associados ao sinal de Courvoisier- Terrier (palpação indolor da vesícula biliar distendida), anemia, perda ponderal e ictérica (pode ocorrer icterícia flutuante em tumores da ampola) - icterícias: classificação • pré-hepáticas, de produção ou de captação • hepática, de captação, conjugação e excreção: aumento da bilirrubina indireta • pós-hepáticas, de fluxo biliar: bloqueio intrínseco, bloqueio extrínseco • neonatal: fisiológica ou patológica à Kernicterus Mobile User MARIA EDUARDA LIMA - ATM 272 Mobile User
Compartilhar