Buscar

INFECÇÃO UTERINA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

(5.4.)
INFECÇÃO UTERINA EM BOVINOS
  INFECÇÕES UTERINAS: são alterações inflamatórias 	 	 no útero. Representam um grande problema reprodutivo 	 para rebanhos bovinos brasileiros.
 * 11,6% em 1.774 vacas leiteiras não gestantes de 50 	 	 rebanhos leiteiros (1º-2º-3º graus) (Ferreira et al.,1992)
 * 3,6% em vacas zebuinas (Abdo, 1987).
 1.1. FASES DO CICLO ESTRAL 	* INFLUENCIAM SUSCEPTIBILIDADE DO ÚTERO ÀS INFECÇÕES.
  FASE ESTROGÊNICA : maior afluxo de sangue, com 	 maior atividade leucocitária e presença de 	 	 imunoglobinas. 	 	 	 	 * Maior contratilidade, cérvix aberta, produz muco.
  FASE PROGESTERÔNICA: menor afluxo de sangue, 	 com menor atividade leucocitária e imunossupressão 	 durante gestação) 	 * Menor contratilidade, cérvix fechada, sem muco.
INFECÇÕES UTERINAS EM BOVINOS (2)
 1.2. INVOLUÇÃO UTERINA 
	 * MAIS RÁPIDA OU NÃO, DEPENDE DO TIPO DE PLACENTA. 
 	  ÉGUA:  9 dias pós-parto o útero está quase 	 	 totalmente involuido e apto p/ nova gestação 	 (taxa de concepção menor no 1.º ciclo PP). 
  CADELA: 9-12 semanas (3-4 meses). 
  PORCA: 20 dias (cobrição 15 dias pós-parto vão parir 	 cerca de 1,5-2 leitões menos que aquelas 	 cobertas 25 dias pós-parto). 
  VACA: completa involução uterina aos 40-50 dias
 a) ANATÔMICA: simetria aos 30 dias 	 b) HISTOLÓGICA: recuperação epitelial 	 	 completa ocorre entre 40-45 dias 
INFECÇÕES UTERINAS EM BOVINOS (3)
 1. PÓS-PARTO 
 (I) DILATAÇÃO DO CÉRVIX E RELAXAMENTO VULVO-	 VAGINAL AO PARTO permite aspiração de germes do 	 ambiente contaminado para o útero, após saída do 	 feto (sucção).
 (II) FATORES QUE FAVORECEM INFECÇÃO: RP, parto 	 distócico, prolapso, pouca higiene, gêmeos, aborto, 	 hipocalcemia, traumas, gestação prolongada. 
 2. APÓS MONTA NATURAL
 (I) EJACULADO CONTAMINADO (sêmen e/ou prepúcio)
	 (+) Trichomonas, Campylobacter, Mycoplasma
 () Brucela, M. tuberculosis, Leptospira pomona, 		 Rinotraqueite infecciosa (IBR-IBV).
 (-) Febre Aftosa.
 (II) GERMES INESPECÍFICOS: Corynebacterium pyogenes, 	 Proteus sp., Staphylococcus sp., Streptococcus sp., 	 Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e outros 	 coliformes, Salmonela, Fungos (aspergillus), Mycoplasma.
 ORIGEM DAS INFECÇÕES UTERINAS (1)
 3. APÓS INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL 	 	 OU INOVULAÇÃO 
  Falta de higiene na aplicação da técnica 
  Sêmen contaminado 
	  Traumatismo por pipeta (contaminação)
 4. HEMATÓGENA
	  Brucela abortus 
	  Corynebacterium pyogenes.
 ORIGEM DAS INFECÇÕES UTERINAS (2)
 1. CONTAMINAÇÃO MASSIVA 
	 * Penetração no útero de grande quantidade de 	 	 germes x insuficiente n.º de fagócitos (depende do 	 estágio hormonal e condições orgânicas): 	 	 	 multiplicação bacteriana intensa, com infecção. 
 2. PATOGENICIDADE DO GERME 
 3. ASSOCIAÇÃO DE GERMES
 * Bactericida usado pode não ser específico a um ou 	 outro microorganismo responsável pela infecção. 
 4. DESNUTRIÇÃO
 * Reduz defesa orgânica: infecção
FALTA DE CIO
(BAIXO ESTRÓGENO)
 “ÚTERO” - MENOR SENSIBILIDADE À OCITOCINA - MENOR ATIVIDADE FAGOCITÁRIA
- MENOR PRODUÇÃO DE ANTICORPOS
 FATORES QUE INFLUENCIAM NA INSTALAÇÃO 	 DAS INFECÇÕES UTERINAS (1)
 4.5. MANEJO
  Concentração do período de partos
  Confinamento
  Higiene das instalações
 4.6. PROBLEMAS AO PARTO
  Parto distócico
  Auxílio no parto
  Retenção de placenta
  Parto gemelar
 4.7. OUTRAS
	  Trauma 	  Febre vitular 	  Abortos não infecciosos...
 FATORES QUE INFLUENCIAM NA INSTALAÇÃO 	 DAS INFECÇÕES UTERINAS (2)
METRITE (CORRIMENTO VULVAR PURULENTO)
CORRIMENTO VULVO-VAGINAL PURULENTO
PIOMETRITE ABERTA
PUS
(5.4.1.) TRATAMENTO HORMONAL DE INFECÇÕES UTERINAS EM BOVINOS
TRATAMENTO HORMONAL DE INFECÇÃO UTERINA 
 “MELHOR TRATAMENTO PARA INFECÇÃO UTERINA É O CIO”
 1. PRODUZ MUCO: sai do interior da parede do útero limpando tudo. Desagarra bactérias aderidas à parede e dilui o material contaminante existente no interior do útero: LAVA O ÓRGÃO.
 2. AUMENTA A DEFESA IMUNOLÓGICA UTERINA Aumenta a vascularização (irrigação) do útero e junto com sangue chegam mais células de defesa do organismo.
 3. ABRE CÉRVIX: permite sair o muco + material contaminante.
 4. CONTRAÇÃO DO ÓRGÃO: finalmente o útero contrai sua musculatura, eliminando todo o material que estava em seu interior (estrógeno aumenta o número de receptores de ocitocina). 
 * PERGUNTA: que antibiótico existe, por mais potente que seja, capaz de fazer este efeito (físico, mecânico e fisiológico)?
ELIMINAÇÃO – EXPULSÃO DO CONTEÚDO PURULENTO UTERINO
 O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 
CIO
PROGESTERONA
E2
LUTEÓLISE
CL
CICLO ESTRAL DE BOVINOS
CIO
OVULAÇÃO E FORMAÇÃO DO CH
INFLUÊNCIA HORMONAL NA INFECÇÃO UTERINA
CIO
O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 
 1. PROGESTERONA:
 (I) Reduz potencial defensivo do endométrio, favorecendo a 	 	 multiplicação bacteriana.
	 (II) Menor afluxo sangue: atrasa (menor) resposta 	 	 leucocitária 	 
 (III) Menor permeabilidade dos capilares com demora na 	 	 migração de leucócitos.
	 (IV) pH da secreção uterina mais baixo: 6,2-6,4.
 (V) Secreção uterina com menor atividade bactericida e 	 	 fagocitária.
CIO
PROGESTERONA
E2
 2. ESTRÓGENOS:
 (I) Hiperemia da parede uterina (maior afluxo de sangue) com 	 maior absorção do conteúdo uterino.
 (II) Aumenta população de leucócitos: melhor e mais 	 	 eficiente defesa antibacteriana.
 (III) Aumenta permeabilidade dos capilares e leucócitos 	 	 aparecem rápido no lúmen: 4 - 5h contra 15 - 20h na fase 	 progesterônica.
 (IV) Estimula a produção de macrófagos (monócitos com 	 origem no tecido conjuntivo).
 (V) Estimula a produção de anticorpos local (Linfócito B  	 	 Plasmócito  Ig).
 (VI) Sensibiliza útero p/ ação da ocitocina: contrai miométrio.
 (VII) Dilata e relaxa cérvix (abertura).
 (VIII) Maior produção e fluxo de muco uterino:
	 * pH do muco 7,0 (mais alto)
	 * Muco com poder antitóxico sobre toxina bacteriana
PGF2
 (+)PROGESTERONA
(-) PROGESTERONA
(+ ) ESTRÓGENOS
 CIO
 Luteólise
 Folículo
CL
CIO
 O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
MUCO (COM PUS)
 O 1 23 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
PROGESTERONA (P4) 
E2
CIO
P4
P4
MUCO CATARRAL OU CRISTALINO
CIO
E2
MUCO PURULENTO
CIO
E2
 PROGESTERONA ESTRÓGENO
CIO
CIO
P4
PGF2: 2 DOSES (M-T)
LUTEÓLISE
LUTEÓLISE
PGF2: 2 DOSES (M-T)
MUCO DE CIO NATURAL (PURULENTO)
MUCOPURULENTO DE CIO INDUZIDO PELA 1ª PGF2α
MUCO DE CIO INDUZIDO PELA 2ª DOSE DE PGF2α
 TRATAMENTO DE METRITE COM DUAS DOSES DE PGF2 
CIO NATURAL (PUS)
CIO APÓS 1ª DOSE PGF2α
CIO APÓS 2ª DOSE PGF2α
CRESCIMENTO BACTERIANO DE MATERIAL UTERINO (TESE MESTRADO, UFMG – 1980)
MEIO DE CULTIVO (INICIAL)
CRESCIMENTO BACTERIANO
 TRATAMENTO RECOMENDADO 	* Indução de sinais de cio (em anestro) e/ou encurtar 	 	 intervalo de cios (nas ciclando), que pode ser associado 	 ou não com antibiótico intrauterino ou parenteral. 
INFUSÃO UTERINA: sem antibiograma, qual o 	 	 bactericida a ser usado? Risco de perfuração, 	 	 	 bacteremia. 	 * QUANDO FAZER? No dia de aplicação da PGF2 	 	 (ciclando) ou do ESTRÓGENO (anestro, magra). 
(II) ESTRÓGENO: risco de CISTO FOLICULAR (quando tem 	 folículos maiores) e de absorção de TOXINAS (cuidado 	 com febre). 	 	
 * Provoca sinais de cio falso e infértil, anovulatório. 
(III) PGF2: para fêmeas ciclando. Ocorre abortamento se 	 estiver gestante. Efeito somente se tiver CL (Sheldon et 	 al., 2009; Herath et al., 2009)
 INFECÇÕES UTERINAS: TRATAMENTOS (OBSERVAÇÕES)
(IV) LUGOL 	 * Infusão uterina > 40 dias pós-parto. Pode produzir 	 	 vacúolos ou provocar necrose no endométrio 	 	 	 (Nascimento, UFMG).
 * Não mais indicado
 NITROFURANO (FURACIN) 
 * Produz vacúolos no endométrio?
 * Não mais indicado. 
(VI) BACTERICIDA PARENTERAL 
 * Menor concentração no endométrio. Qual bactericida? 	 	Anti-inflamatórios? Temperatura >39,5ºC. 
 * CICLANDO:  2 dias após PGF2, no início dos sinais 	 	 de cio. 	 	 	 * ANESTRO: quando da aplicação do estrógeno.
 INFECÇÕES UTERINAS: TRATAMENTOS (OBSERVAÇÕES)
FÊMEA BOVINA
BOA CONDIÇÃO CORPORAL
CORPO LÚTEO PERSISTENTE
* FETO MUMIFICADO
* FETO MACERADO
 PIOMETRITE
 GESTAÇÃO PRECOCE? ?
 CONDIÇÃO CORPORAL RUIM
OVÁRIO INATIVO
1. ALIMENTAÇÃO
2. INDUZIR CIO: 	ESTRÓGENO
3. INFUSÃO UTERINA (?)
4. ANTIBIOTICOTERAPIA
ANESTRO
 1. INDUZIR CIO (PGF2)
 2. INFUSÃO UTERINA (?)
 3. ANTIBIOTICOTERAPIA
CICLANDO
 1. PGF2 e/ou E2 PARA ENCURTAR INTERVALO DE CIOS 
 2. INFUSÃO UTERINA: QUANDO E COM QUÊ?
 3. ANTIBIOTICOTERAPIA: QUANDO E QUAL ?
TRATAMENTOS INFECÇAO UTERINA VACAS CICLANDO E EM ANESTRO
VANTAGENS DO TRATAMENTO HORMONAL PARA INFECÇÕES UTERINAS X ANTIBIOTICOTERAPIA 
 1. DESCARTE DO LEITE: não é necessário (evita) 
 2. INDÚSTRIAS DE LATICÍNIOS são favorecidas. 	* Maior aproveitamento do leite, porque se este tem 	 antibiótico prejudica sua fermentação. 
 3. CUSTO menor do tratamento. 
 4. EFICIÊNCIA maior do tratamento. 
 5. SAÚDE PÚBLICA 	* Evita risco de resistência	bacteriana ao antibiótico (OMS 	 preconiza menor uso possível de antibiótico). 	 * Dose do antibiótico seria a correta? 	 * Antibiótico seria o indicado (sem antibiograma)? 
 6. FACILIDADE DE APLICAÇÃO 	* Não traumático (ação fisiológica) e eliminação mecânica 	 de elementos estranhos no útero.
Fernandes (2003)
ANTIBIÓTICOS: CARÊNCIA APÓS ÚLTIMA APLICAÇÃO
26
	 ANTIBIÓTICO: CARÊNCIA APÓS A ÚLTIMA APLICAÇÃO (CONTINUA) PRODUTOS ABATE LEITE 
ALGUNS ANTIBIÓTICOS USADOS PELOS PRODUTORES DE LEITE
 NOME COMERCIAL PRINCIPIO ATIVO CARÊNCIA LABORATÓRIO
 INTRAMAMÁRIOS VACAS EM LACTAÇÃO
 INTRAMAMÁRIOS VACAS SECAS
 INJETÁVEIS

Continue navegando