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Profa. Elisângela Kvint UNIDADE II Processos Decisórios Em continuidade aos nossos estudos sobre Processos Decisórios, nesta unidade, veremos: Os modelos de tomada de decisão; As etapas do processo de decisão; Técnicas e instrumentos de apoio à decisão. Apresentação Fonte: https://notaalta.espm.br/wp- content/uploads/2013/11/livros_online.png Um modelo de tomada de decisão é um processo estruturado usado para orientar as equipes a tomarem decisões. Cada modelo de tomador de decisão usa métodos diferentes para ajudá-lo a analisar e superar um determinado desafio. Abaixo, vejamos os modelos de tomada de decisão: Modelos de tomada de decisão Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Modelo de Simon Modelo de Carnegie O modelo incremental O modelo primeiro pense, primeiro veja e primeiro faça O modelo da racionalidade Modelo pense local, aja global Modelo Vroom-Yetton Modelo intuitivo Herbert Simon propõe um modelo de tomada de decisão do gestor que admite a existência de racionalidade limitada e trabalha com um modelo simplificado da realidade considerando que muitos aspectos da realidade são essencialmente irrelevantes em determinado momento. O modelo de tomada de decisão de Simon caracteriza-se pela impossibilidade de conhecer todas as possibilidades de tomada de decisão por falta de recursos, informações e análises. Vejamos a figura a seguir: Modelo de Simon Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). O que realmente gera o fator a ser decidido (falhas, crises, queda nas vendas, demissões, contratações). Problema Análise do problema que necessita da decisão. Prospecção Criação de alternativas que atendam à solução do problema. Concepção Julgamento e avaliação das alternativas da concepção. Decisão O modelo de Carnegie refere-se à decisão tomada no nível da organização, que inclui muitos gerentes, e a decisão final será tomada por todos os gerentes coletivamente em relação aos problemas e aos objetivos da organização. O modelo de Carnegie descreve o processo de tomada de decisão envolvendo a decisão coletiva/final tomada por todos os gestores com foco nos objetivos e na missão da organização (Kahiyah, 2021). Modelo de Carnegie Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Satisfatório Busca de informações para problemas identificados e soluções alternativas Coalizão de dominação O coletivo de gerentes ou partes interessadas que têm o poder de decidir qual solução é escolhida Racionalidade limitada Uma capacidade limitada de processar informações O modelo incremental de tomada de decisão é um processo usado para tomar decisões passo a passo. É um método de tomada de decisão menos arriscado, pois nele decompomos as coisas em partes menores, levando-as etapa a etapa, com base na experiência de cada etapa anterior e nas técnicas ou ideias que testamos ao longo do caminho (Benakouche, 2010). Modelo incremental A tomada de decisão incremental é uma preferência por tomar várias pequenas decisões, uma após a outra. Também se aplica a avaliações e julgamentos; as pessoas acham mais fácil fazer várias avaliações menores em vez de uma avaliação grande e complicada. Em suma, dividir as decisões em pequenos passos ou microdecisões que levam a uma grande decisão são preferidas a uma grande decisão única (Benakouche, 2010). O modelo racional de tomada de decisão envolve raciocínio, fatos e dados. Em comparação, a tomada de decisão intuitiva envolve escolher entre opções sem depender de raciocínio ou análise. O processo de tomada de decisão racional inclui etapas sistemáticas. Quanto mais cuidadosamente e rigorosamente essas etapas forem seguidas, mais racional será o processo. Vejamos abaixo as etapas do modelo racional: Modelo racional Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). 1 – Identifique o problema. 2 – Estabeleça os critérios de decisão. 3 – Atribua pesos aos critérios. 4 – Desenvolva as alternativas. 5 – Avalie as alternativas. 6 – Escolha a melhor alternativa. De acordo com Carvalho (2023), a abordagem deste modelo pode ser entendida por meio de um conceito definido na literatura de pesquisa em administração: "pensar primeiro" por meio da racionalidade procedimental; "ver primeiro" por intermédio do insight e da intuição; e "fazer primeiro" mediante a criação de sentido. A figura abaixo descreve as características essenciais de cada abordagem: O modelo primeiro pense, primeiro veja e primeiro faça Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Pense primeiro Veja primeiro Faça primeiro Um problema é identificado; soluções alternativas são analisadas; um curso de ação é selecionado; ação é tomada. Racionalidade processual. Esforço consciente e altamente intencional para se alinhar com um objetivo. Percebido como um súbito desejo de uma solução holística resultante de insight ou intuição. Insight: resultado da reestruturação mental do problema. Intuição: síntese subconsciente de aprendizagem anterior. Ação é tomada para construir uma compreensão mais clara de um problema. Dar sentido. Envolvimento de outros em testes de interpretação. De acordo com Finuras (2018), a frase “pense local, aja global” significa ter a mente aberta para aprender sobre questões, culturas e eventos ao redor do mundo e fazer uso desse conhecimento para melhorar sua área local, cidade natal ou país. Fato é que toda empresa, ao tomar decisões, deve pensar no impacto local de suas escolhas e também em como estas escolhas poderão gerar consequências não só no âmbito em que opera, mas também em âmbito global. Modelo pense local, aja global Exemplo: O McDonald's é uma cadeia de alimentos que padronizou todo o processo de preparo dos alimentos. Quando foi comercializado pela primeira vez nos Estados Unidos, conseguiu garantir um padrão de qualidade. Até a ordem dos produtos em um hambúrguer era a mesma. Esse padrão faz com que o lanche tenha a mesma qualidade, apresentação e entrega em todo o mundo (Finuras, 2018). O modelo de decisão de Vroom-Yetton é uma teoria de liderança situacional que sugere que o melhor estilo de liderança está sujeito à situação. Os líderes usam o modelo de decisão Vroom-Yetton para determinar o melhor curso de tomada de decisão, identificando se a decisão deve ser tomada sozinha pelo líder ou envolvendo um grupo (Vignesh, 2020). O modelo de decisão de Vroom-Yetton começa fazendo três perguntas importantes sobre: a qualidade da decisão, o comprometimento dos subordinados e as restrições de tempo, de acordo com a figura abaixo: Modelo Vroom-Yetton Qualidade da decisão Tomar uma boa decisão requer comprometer recursos. Subordinação Comprometimento da equipe ou conflito subordinado pode aparecer. Restrição de tempo Defina se as decisões precisam de uma entrada da equipe ou não. Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Existem cinco processos de tomada de decisão no modelo Vroom-Yetton. Esses processos são mencionados abaixo (Vignesh, 2020): Autocrático (A1): inclui o uso de informações existentes para a tomada de decisões sem nenhuma contribuição da equipe. Autocrático (A2): informações específicas da equipe são adquiridas para consulta e tomada de decisão. A decisão final é do líder, que pode ou não ser compartilhada com a equipe. Consultivo (C1): envolve a aquisição de informações dos membros da equipe individualmente antes que o líder tome uma decisão. Os membros discutem individualmente, avaliam e compartilham informações sobre a decisão. Consultivo (C2): é um estilo em que o líder reúne um grupo para discussão, mas toma a decisão final. Colaborativo (G2): exige que o grupo tome uma decisão colaborativa, pois o líder apoia a equipe durante o processo. Modelo Vroom-Yetton O estilo intuitivo pode ser descrito pela atenção aos detalhes e pela tendência a confiar mais no sentimento do que no julgamento racional. Abordagensintuitivas são muito individuais e dependem de conhecimento tácito que, muitas vezes, não é fácil de compartilhar. O modelo intuitivo pode ser lembrado também como uma visão de um olho só. Modelo intuitivo Fonte: https://pixabay.com/pt/ph otos/terceiro-olho-olho- espiritual-2886688/ Qual alternativa completa corretamente a lacuna do trecho a seguir? O Modelo ________________________ de tomada de decisão envolve raciocínio, fatos e dados. Este modelo inclui etapas sistemáticas. Quanto mais cuidadosamente e rigorosamente essas etapas forem seguidas, mais plausível será o processo. a) Incremental. b) De Carnegie. c) De Simon. d) Racional. e) Intuitivo. Interatividade Fonte: https://www.menosfios.com/wp-content/uploads/2018/01/pergunta_resposta.jpg Qual alternativa completa corretamente a lacuna do trecho a seguir? O Modelo ________________________ de tomada de decisão envolve raciocínio, fatos e dados. Este modelo inclui etapas sistemáticas. Quanto mais cuidadosamente e rigorosamente essas etapas forem seguidas, mais plausível será o processo. a) Incremental. b) De Carnegie. c) De Simon. d) Racional. e) Intuitivo. Resposta Fonte: https://portal-saudeebemestar.pt/wp- content/uploads/2017/05/424efa01bae8dd3 477499a65d6caee15.png Para Carvalho (2023), as etapas do processo de tomada de decisão fornecem uma abordagem estruturada e ajudam a garantir que as decisões sejam bem informadas, alinhadas com metas e objetivos e alcancem efetivamente os resultados desejados. Um processo decisório básico está dividido em sete etapas principais (Oliveira et al., 2020) conforme a figura: Etapas do processo de decisão Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Identifique a decisão Reúna informações relevantes Identifique as alternativas Pese as evidências Escolha entre as alternativas Tome uma atitude Revise sua decisão e suas consequências Etapa 1 - Identificar a decisão: definir claramente a natureza da decisão que você deve fazer. Etapa 2 - Reunir informações relevantes: coletar algumas informações pertinentes antes de fazer sua decisão, esta etapa envolve “trabalho” interno e externo. Etapa 3 - Identificar as alternativas: ao coletar informações, o tomador de decisões listará todas as alternativas possíveis e desejáveis. Etapa 4 - Pesar as evidências: avalie se a necessidade identificada na Etapa 1 seria atendida ou resolvida por meio do uso de cada alternativa. Etapas do processo de decisão Etapa 5 - Escolha entre as alternativas: depois de pesar todas as evidências, o tomador de decisões estará pronto para selecionar a alternativa que parece ser a melhor. Ele pode até escolher uma combinação de alternativas. Passo 6 - Tome uma atitude: implantar a alternativa escolhida no Passo 5. Passo 7 - Revise sua decisão e suas consequências: avaliar se resolveu ou não a necessidade que você identificou na Etapa 1. Se a decisão não atendeu à necessidade identificada, o decisor pode repetir certas etapas do processo para tomar uma nova decisão. Etapas do processo de decisão Existem várias ferramentas de tomada de decisão que os líderes de organizações sem fins lucrativos podem usar. Vejamos algumas a seguir: Masp – Metodologia de Análise e Resolução de Problemas O método é composto por oito etapas específicas, a saber: 1. Identificação do problema; 2. Observação; 3. Análise; 4. Plano de ação; 5. Ação; 6. Verificação; 7. Padronização; 8. Conclusão. Técnicas e instrumentos de apoio à decisão e pesquisa sobre a decisão Vejamos um exemplo de ferramenta Masp: Masp 1ª fase Identificação do problema: identificar o problema a ser investigado. 2ª fase Observação: investigar as características específicas do problema. 3ª fase Análise: descobrir as causas. 4ª fase Plano de ação: conceber um plano para bloquear as causas. 5ª fase Execução: bloquear as causas. 6ª fase Verificação: verificar se o bloqueio foi efetivo. 7ª fase Padronização: evitar o reaparecimento do problema. 8ª fase Conclusão: recapitular todo o processo de solução do problema, registrando-o para aproveitamento em trabalhos futuros. Six Sigma é uma metodologia que a Motorola desenvolveu em 1986 para melhorar a qualidade e eliminar defeitos dos processos de fabricação. Muitas outras empresas já o adotaram. O processo Six Sigma consiste em 5 etapas que podem ser abreviadas como DMAIC, que significa: Definir, Medir, Analisar, Melhorar e Controlar (George; Maxey; Rownlands, 2004). Six Sigma OBS.: Cada uma dessas cinco fases cria um modelo repetível para melhorar os recursos de processo de sua empresa. Quando os cinco estágios são totalmente implementados, as organizações podem medir a eficácia e a eficiência dos processos críticos de negócios de manufatura. A seguir, as etapas do Six Sigma: Six Sigma Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). 1 – Defina o problema, a saída a ser melhorada, os clientes e o processo associado ao problema. 2 – Colete dados do processo para estabelecer uma linha de base para as melhorias. 3 – Analise os dados para encontrar as causas principais dos defeitos. 4 – Desenvolver, testar e implementar soluções para melhorar o processo. 5 – Implemente controles de processo para sustentar as melhorias. O Princípio de Pareto, ou a regra 80/20, afirma que, para muitos fenômenos, 80% do resultado vem de 20% do esforço. O princípio recebeu o nome de Vilfredo Pareto, um economista italiano que, em 1895, percebeu que cerca de 80% das terras da Itália pertenciam a 20% da população do país (Santos, 2020). Princípio de Pareto Fonte: Adaptado de: Carvalho (2023). Representação gráfica de Pareto Reclamações – Março/19 Café da manhã Check in Governança Wi-Fi Percentual 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Ao aplicar a regra 80-20, os problemas podem ser classificados com base no fato de afetarem lucros, reclamações de clientes, problemas técnicos, defeitos de produtos e atrasos devido a prazos não cumpridos (Santos, 2020). Etapas da análise de Pareto: 1. Identifique o problema, ou problemas; 2. Liste ou identifique a causa do problema, observando que pode haver várias causas; 3. Pontue os problemas atribuindo um número a cada um que priorize o problema com base no nível de impacto negativo na empresa; 4. Organize os problemas em grupos, como atendimento ao cliente ou problemas do sistema; 5. Desenvolver e implementar um plano de ação, concentrando- se primeiro nos problemas com pontuação mais alta, a fim de resolver os problemas. Princípio de Pareto Vantagens do uso do Princípio de Pareto (Santos, 2020): Identificar e determinar as causas de defeitos ou problemas; Eliminar ou resolver defeitos ou erros com a prioridade mais alta primeiro; Determinar o impacto cumulativo de um problema, que é definido como um efeito que está sendo causado devido a um problema que ocorre durante um longo período de tempo; Planejar quais medidas ou ações precisam ser tomadas para corrigir problemas; Aprimorar as habilidades de resolução de problemas e tomada de decisão. Princípio de Pareto Desvantagens do uso do Princípio de Pareto (Santos, 2020): Útil apenas para determinar ou identificar as causas raízes de um problema, não para solucioná-lo; Concentra-se apenas em dados passados; Mostram apenas dados qualitativos que podem ser observados. Princípio de Pareto Fonte: Adaptado de: https://www.nvalores.pt/wp- content/uploads/2013/11/vantagens-desvantagens-credito-pessoal.jpg Vantagens & Desvantagens O Masp é uma técnica estruturada para a resolução de problemas, objetivando eliminar de forma definitiva e consistente resultados indesejados, ou até mesmo vencer desafios. As etapas/fases 3 e 4 do Masp correspondem, respectivamente, às ações de: a) Elaborar o enunciado do problema e executar um plano de ação. b) Elaborar o enunciado do problema e elaborar um plano de ação. c) Analisar o problema e elaborar umplano de ação. d) Definir a estratégia de ação e executar um plano de ação. e) Observar o problema e elaborar um plano de ação. Interatividade Fonte: https://www.menosfios.com/wp- content/uploads/2018/01/pergunta_resposta.jpg O Masp é uma técnica estruturada para a resolução de problemas, objetivando eliminar de forma definitiva e consistente resultados indesejados, ou até mesmo vencer desafios. As etapas/fases 3 e 4 do Masp correspondem, respectivamente, às ações de: a) Elaborar o enunciado do problema e executar um plano de ação. b) Elaborar o enunciado do problema e elaborar um plano de ação. c) Analisar o problema e elaborar um plano de ação. d) Definir a estratégia de ação e executar um plano de ação. e) Observar o problema e elaborar um plano de ação. Resposta Fonte: https://portal-saudeebemestar.pt/wp- content/uploads/2017/05/424efa01bae8dd3477 499a65d6caee15.png GUT é uma matriz de priorização de processos. É uma ferramenta de fácil entendimento que auxilia no processo de priorização de problemas e situações internas da empresa (Melo; Lopes, 2020). Os aspectos analisados por esta variação da tabela são: Gravidade, Urgência e Tendência. Esse é o significado da sigla na matriz GUT. Matriz GUT G Gravidade É o fator impacto financeiro, ou qualquer outro dependendo dos objetivos da instituição. U Urgência É o fator tempo T Tendência É o fator tendência Representação da Matriz GUT Cinco passos para construção da Matriz GUT na empresa: 1. Construa a tabela colocando os problemas a serem analisados nas linhas; 2. Classifique problemas para cada uma das variáveis (Gravidade, Urgência e Tendência); 3. Multiplique as três pontuações e priorize os problemas com base nos resultados. 4. Dê prioridade máxima aos problemas, analisando suas fraquezas; 5. Por fim, elabore um plano de ação para combater esses problemas. Matriz GUT A Matriz de Eisenhower é uma ferramenta de gerenciamento de tarefas que ajuda o tomador de decisões a organizar e priorizar tarefas por urgência e importância. A matriz é dividida em quatro quadrantes. Os usuários consideram a urgência e a importância de suas atividades individuais e as classificam nos quadrantes apropriados. Matriz de Eisenhower Urgente Não urgente Im p o rt an te N ão im p o rt an te “FAÇA AGORA!” “AGENDE” “DELEGUE” “ELIMINE” I. QUADRANTE II. QUADRANTE III. QUADRANTE IV. QUADRANTE Fonte: Adaptado de: https://commons.wikimedia.org/wiki /File:Matriz_de_Eisenhower.png Quadrante 1: Faça primeiro. Essas tarefas são urgentes e importantes, exigindo atenção e ação imediata. As tarefas do quadrante 1 podem incluir: Resolver uma interrupção de TI em toda a empresa; Preparar uma apresentação ou relatório para uma reunião importante. Quadrante 2: Agende. Essas tarefas são importantes, mas não urgentes. Podem ou não ter prazos definidos, mas ainda são críticos para metas de longo prazo. As tarefas do quadrante 2 podem incluir: Participar de eventos ou conferências de networking profissional; Concluir as avaliações de desempenho dos funcionários. Matriz de Eisenhower Quadrante 3: Delegue, se possível. Essas tarefas são urgentes, mas não importantes. Embora haja um nível de sensibilidade ao tempo, as tarefas não contribuem significativamente para os objetivos de longo prazo. As tarefas do quadrante 3 podem incluir: Participar de reuniões não essenciais; Concluir tarefas administrativas. Quadrante 4: Elimine ou dure. Essas tarefas não são urgentes nem importantes. As tarefas neste quadrante não são necessárias e não contribuem para objetivos ou interesses de longo prazo. As atividades do quadrante 4 podem incluir: Classificação por meio de e-mails de spam; Organizar arquivos. Matriz de Eisenhower Uma Matriz de Decisão avalia e prioriza uma lista de opções e é uma ferramenta de tomada de decisão. A equipe primeiro estabelece uma lista de critérios ponderados e, em seguida, avalia cada opção em relação a esses critérios (Souza et al., 2016). De acordo com Souza et al., 2016), para usar a ferramenta, coloque suas opções como linhas em uma tabela. Configure as colunas para mostrar os fatores que você precisa considerar. Pontue cada escolha para cada fator usando números de 0 (ruim) a 5 (muito bom) e, em seguida, atribua pesos para mostrar a importância de cada um desses fatores. Matriz de Decisão Multiplique cada pontuação pelo peso do fator, para mostrar sua contribuição para a seleção geral. Por fim, some as pontuações totais para cada opção. A opção de maior pontuação será a melhor opção. Exemplo de Matriz de Decisão: Matriz de Decisão Dimensão PESO (P) Local 1 (L1) PxL1 Local 2 (L2) PxL2 Local 3 (L3) PxL3 Local 4 (L4) PxL4 Aluguel 4 2 8 2 8 1 4 5 20 Part. de mercado 5 2 10 2 10 5 25 3 15 Prox. residência 3 2 6 2 6 4 12 3 9 Mão de obra 2 3 6 3 6 5 10 3 6 Planta baixa 0 0 0 0 0 0 0 0 0 PESO TOTAL 30 30 51 50 Embora pareça complexo, essa técnica é realmente muito fácil de usar (Souza et al., 2016). Passo 1: liste todas as suas opções como rótulos de linha na tabela e liste os fatores que você precisa considerar como cabeçalhos de coluna. Por exemplo, na compra de um novo laptop, os fatores a serem considerados podem ser custo, dimensões e tamanho do disco rígido. Passo 2: em seguida, percorra as colunas de sua tabela, pontuando cada opção para cada um dos fatores em sua decisão. Pontue cada opção de 0 (ruim) a 5 (muito bom). Passo 3: calcule a importância relativa dos fatores em sua decisão. Mostre-os como números de 0 (não importante) a 5 (muito importante). Passo 4: agora multiplique cada uma de suas pontuações da etapa 2 pelos valores de importância relativa do fator que você calculou na etapa 3. Passo 5: some os resultados. A opção que pontuar mais alto ganha. Matriz de Decisão Uma matriz 5W2H é uma ferramenta de gestão de qualidade que não requer treinamento ou equipamento para ser implementada. Os profissionais usam esse método para analisar e resolver problemas de maneira simplificada. O 5W2H é uma ferramenta que fornece questões norteadoras na avaliação de um processo ou problema. Os cinco Ws: quem, o que, quando, onde e por que, e os dois Hs: como e quando, forçam você a considerar várias facetas da situação que está sendo analisada. Matriz 5W2H Fonte: https://stock.adobe.com/br/se arch?k=5w&search_type=use rtyped&asset_id=33769745 O modelo 5W2H fornece uma estrutura simples e eficaz para escrever uma boa declaração de problema: Qual é o problema? (What) Por que isso é um problema? (Why) Onde observamos o problema? (Where) Quem é impactado? (Who) Quando observamos o problema pela primeira vez? (When) Com os cinco Ws respondidos, agora voltamos nossa atenção para os dois Hs. Como observamos o problema? (How) Com que frequência observamos o problema? Taxa de erro? (How Much). Matriz 5W2H É uma ferramenta de gerenciamento de tarefas que ajuda o tomador de decisões a organizar e priorizar tarefas por urgência e importância. A matriz é dividida em quatro quadrantes. Os usuários consideram a urgência e a importância de suas atividades individuais e as classificam nos quadrantes apropriados. Este trecho está se referindo à qual ferramenta? a) 5W2H. b) Eisenhower. c) GUT. d) Matriz de Decisão. e) Masp. Interatividade Fonte: https://www.menosfios.com/wp- content/uploads/2018/01/pergunta_resposta.jpg É uma ferramenta de gerenciamento de tarefas que ajuda o tomador de decisões a organizar e priorizar tarefas por urgência e importância. A matriz é dividida em quatro quadrantes. Os usuários consideram a urgência e a importância de suas atividades individuais e as classificam nos quadrantes apropriados. Este trecho está se referindo à qual ferramenta? a) 5W2H. b) Eisenhower. c) GUT. d) Matriz de Decisão. e) Masp. Resposta Fonte: https://portal-saudeebemestar.pt/wp- content/uploads/2017/05/424efa01bae8dd3477499a65d6caee15.png A ferramenta de qualidade 5S é derivada de cinco termos japoneses que começam com a letra "S" usados para criar um local de trabalho adequado para controle visual e produção enxuta. Os pilares do 5S são simples de aprender e importantes de implementar (Campos et al., 2005): Seiri (ordenar): separar ferramentas, peças e instruções necessárias de materiais desnecessários e remover os desnecessários. Seiton (endireitar ou colocar em ordem): ordenar e identificar peças e ferramentas para facilidade de uso. Seiso (brilhar): realizar uma campanha de limpeza. Seiketsu (padronizar): conduzir seiri, seiton e seiso diariamente para manter um local de trabalho em perfeitas condições. Shitsuke (sustentar): formar o hábito de sempre seguir os quatro primeiros S. Sistema 5S O tomador de decisão também poderá encontrar esta ferramenta em inglês: Sort, Set in order, Shine, Standardize e Sustain, de acordo com a figura abaixo: Sistema 5S 1 Sort 2 Set in order 3 Shine 4 Standardize 5 Sustain 5S Fonte: Adaptado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:5S_methodology.svg De acordo com Campos et al. (2005), os benefícios derivados da implementação de um programa Lean 5S incluem: Segurança aprimorada; Maior disponibilidade de equipamentos; Menores taxas de defeitos; Custos reduzidos; Maior agilidade e flexibilidade de produção; Moral dos funcionários melhorado; Melhor utilização de ativos; Imagem corporativa aprimorada para clientes, fornecedores, funcionários e gerenciamento. Sistema 5S Também conhecido como “espinha de peixe”, o diagrama de Ishikawa é projetado para mostrar as causas potenciais de um evento ou processo específico. É usado no desenvolvimento de produtos para debater e delinear as diferentes etapas dentro de um determinado processo e na alocação de recursos. No processo decisório, esta ferramenta irá contribuir para manter a equipe focada nas causas do problema, não nos sintomas. Tipos de diagramas de Ishikawa (Souza; Azevedo, 2019): O diagrama de Ishikawa de 6Ms: organiza as informações em seis categorias: mão de obra, máquina/material, método, meio ambiente, matéria-prima e medição. Diagrama de Ishikawa A seguir, exemplo de diagrama de Ishikawa M6: Diagrama de Ishikawa Fonte: Adaptado de: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Diagrama-de-Ishikawa.png Materiais Método Mão de obra Matéria-prima Meio ambiente Medida Problema O diagrama de Ishikawa 8Ps: organiza as informações em oito categorias: procedimentos, políticas, local, produto, pessoas, processos, preço e promoção. O diagrama de Ishikawa dos 4S: organiza as informações em quatro categorias: fornecedores, sistemas, ambiente e habilidades. De acordo com Fernandes e Rodrigues (2015), para elaborar um diagrama “espinha de peixe” que suporte o processo decisório, siga os passos a seguir: Identifique o problema: envolve identificar, concordar e escrever uma declaração do problema. Determine o problema exato, quem está envolvido e quando e onde o problema ocorre. Diagrama de Ishikawa Documente o problema: escreva o problema em uma caixa no lado direito e, em seguida, desenhe uma linha horizontal a partir da declaração do problema. A cabeça do peixe representa o enunciado do problema e a linha horizontal lembra a espinha do peixe. Brainstorm das principais categorias de causas: faça um brainstorm com sua equipe para decidir como categorizar os fatores significativos que estão causando o problema. Identifique as possíveis causas do problema: identifique as causas potenciais do problema que podem estar por trás de cada fator. Analise o diagrama: nesta fase, você deve ter um diagrama de espinha de peixe totalmente desenvolvido que indique todas as possíveis causas da declaração do problema. Diagrama de Ishikawa Vantagens do diagrama de Ishikawa: Ótima ferramenta para brainstorming e mapeamento mental; Pode ajudar a identificar relações causais e esclarecer relações entre variáveis; Se aprofunda na raiz dos problemas e simplifica até mesmo questões complexas. Desvantagens: Pode levar a conclusões incorretas ou inconsistentes se as suposições erradas forem feitas sobre as causas principais; São mais adequados para frases curtas ou ideias simples; Não fornecer respostas verdadeiras, apenas sugestões. Diagrama de Ishikawa A respeito do diagrama de Ishikawa (ou “espinha de peixe”), analise as sentenças a seguir: I. É uma técnica visual que interliga os resultados (efeitos) com os fatores (causas). II. É usado no desenvolvimento de produtos para debater e delinear as diferentes etapas dentro de um determinado processo e na alocação de recursos. III. Existem apenas dois modelos de “espinha de peixe”: o 8Ps e o 4S. Está correto o que se afirma: a) Em I, apenas. b) Em II, apenas. c) Em III, apenas. d) Em II e III, apenas. e) Em I e II, apenas. Interatividade A respeito do diagrama de Ishikawa (ou “espinha de peixe”), analise as sentenças a seguir: I. É uma técnica visual que interliga os resultados (efeitos) com os fatores (causas). II. É usado no desenvolvimento de produtos para debater e delinear as diferentes etapas dentro de um determinado processo e na alocação de recursos. III. Existem apenas dois modelos de “espinha de peixe”: o 8Ps e o 4S. Está correto o que se afirma: a) Em I, apenas. b) Em II, apenas. c) Em III, apenas. d) Em II e III, apenas. e) Em I e II, apenas. Resposta Fonte: https://portal-saudeebemestar.pt/wp- content/uploads/2017/05/424efa01bae8dd347 7499a65d6caee15.png BENAKOUCHE, R. Processo decisório, objetivos das organizações e interesses do staff: elementos teóricos de um enfoque incremental. Ciências da Administração, v. 12, n. 28, p. 147-170, 2010. CARVALHO, G. J. de. Livro-texto: processos decisórios. São Paulo: Editora Sol, 2023. CAMPOS, R. et al. A ferramenta 5S e suas implicações na gestão da qualidade total. Simpep – Simpósio de Engenharia de Produção, v. 12, p. 685-692, 2005. FERNANDES, D. R.; RODRIGUES, S. A. Aplicação de conceitos de lean manufacturing e diagrama de causa e efeito para melhorias no processo de produção. Anais da IV Jornacitec, v. 4, 2015. FINURAS, P. Globalização e gestão das diferenças culturais. Lisboa: Edições Sílabo, 2018. GEORGE, M. L.; MAXEY, J.; ROWNLANDS, D. T. The lean Six Sigma pocket tool book: a quick reference guide to nearly 100 tools for improving quality and speed. 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Proposta de uma Matriz de Decisão em energia hidrelétrica com o uso do método multicritério, para formulação de políticas públicas no estado do Paraná. Tese (Doutorado em Tecnologia) – Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2016. SOUZA, V. B.; AZEVEDO, A. T. Proposta de uma modelo de análise de decisão na manutenção utilizando o diagrama de Ishikawa com o método multricritério Promethee em equipamentos. Simpósio de Pesquisa Operacional e Logística da Marinha. Rio de Janeiro, 2019. VIGNESH, M. Decision Making using Vroom-Yetton-Jagomodel with a practical application. International Journal for Research in Applied science & Engineering Technology, v. 8, 2020. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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