UNIITALO - LITERATURA ESPANHOLA I - Unidade 2

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Literatura do Pré-renascimento ao Renascimento 
 
Objetivo: esta unidade tem a intenção de apresentar os pontos relevantes da 
Literatura Espanhola no período do Pré-renascimento ao Renascimento. 
 
Cronologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pré-Renascimento 
1402 – Inicia-se a construção da Catedral gótica de Sevilla 
 
Juan II de Castilla (1406-1454) 
1429 – Guerra entre Castilla e Aragón 
1436 – O marquês de Santillana escreve la Comedieta de Ponza 
1440 – Rebeliões em Castilla 
1442 – Conquista de Nápoles por Alfonso V. Hegemonia de Aragón no Mediterrâneo 
1445 – Affonso de Baena tem acesso ao primeiro Cancioneiro da poesia castelhana 
 
Enrique IV de Castilla (1454 – 1474) 
1452 – Nasce Leonardo da Vinci 
1456 – Gutemberg imprime a Bíblia, primeira obra impressa. 
1469 – Casamento de Fernando de Aragón e Isabel de Castilla. 
 
Isabel I de Castilla (1474 – 1504) 
1476 – Jorge Manrique compõe las Coplas. 
1492 - Conquista de Granada, expulsão dos judeus e descobrimento da América. 
1492 – Diego de San Pedro escreve Cárcel de amor 
1499 – Publicação de La Celestina 
 
1 
 
Literatura Renascentista 
Reis Católicos 
Regências (1504 – 1516) 
Contexto histórico 
Os últimos anos do reinado de Alfonso X foram caracterizados por uma guerra 
civil entre os partidários dos herdeiros de seu filho mais velho, Fernando de la Cerda, e 
os herdeiros dessas pessoas. Ele morreu antes de se tornar rei, e eles defenderam os 
direitos do outro filho masculino, Sancho. 
 
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No final, Sancho prevaleceu e a paz pelo menos restaurou sua aparência. Com a 
morte de Sancho, o jovem Afonso XI chega ao poder, preocupado em amenizar o conflito 
de fronteira e conquistar territórios. 
 
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A peste negra, que quase exterminou a população da Europa Ocidental, atingiu 
o rei em apenas dois anos (1350). A contínua atmosfera de guerra abalou o século XIII. 
Essa situação, somada ao alastramento da Peste Negra, causou perdas consideráveis a 
toda a população e ocasionou a escassez de obras literárias. 
 
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Nos últimos anos do século 13, a poesia lírica da Provença gradualmente 
desapareceu, então a mescla na corte peninsular acabou. No entanto, o modelo está 
enraizado na península e tem obtido resultados frutíferos entre os galego-portugueses. 
Nesse período, o gênero literário passou por mudanças importantes, apresentando 
mudanças estéticas e uma nova sensibilidade literária: as pessoas não podem ficar longe 
do novo ambiente político, social e cultural. 
Os cantares de gesta ainda permanecem na tradição oral, mas a conquista 
literária mais importante é o aparecimento do romance no início do século XIV. Libro del 
cavallero Zifar (entre 1301 e 1304) é a primeira narrativa da cavalaria castelhana 
original. Com o desaparecimento das epopeias - e o nascimento de outros gêneros 
literários - surgiu o primeiro romance. 
 
 
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Cantares de gesta 
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de-gesta-
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O século XV foi na verdade um conflito de todo o período. Somente durante os 
reinados dos Reis Católicos (1479-1516), Isabel I Castela e Fernando II Aragão, a crise 
política deveu-se à unidade do reino e seu posterior poder que veio a impor os 
interesses das elites de todas as camadas que gozavam de um poder comum. Desse 
modo, a Espanha se tornou uma monarquia moderna, comparável à França e à Grã-
Bretanha em muitos aspectos. Neste caso, enfatiza-se o nome do poeta Pero López de 
Ayala. 
É entendido o século XV como o século da transição. Ainda estamos na Idade 
Média, mas há muito pouco espírito medieval. As cores do Renascimento surgiram, mas 
ainda de forma tímida. Portanto, é impossível determinar exatamente quando termina 
e começa, mas podemos dizer que essa etapa ocorreu nos anos deste século. Na 
literatura espanhola, a característica do século XV não é a dureza dos costumes 
medievais ou o requinte e esplendor artístico dos séculos XVI e XVII. Cultivou uma 
espécie de alquimia cultural com o objetivo de transformar o ferro medieval em ouro 
renascentista. 
Curiosidade 
A palavra novela é traduzida para o 
português como romance. Obras que 
classificamos em língua portuguesa 
como romance são, em espanhol, 
referenciadas como novelas. No âmbito 
da literatura espanhola o vocábulo 
romanz ou romance, aparece com o 
intuito de designar qualquer obra 
escrita em linguagem vulgar, tendo 
como emprego mais antigo as 
referências aos trovadores e a mesma 
denominação de “romance” indica um 
conflito inicial com outras formas 
narrativas 
 
O objetivo é diluir ou enfatizar certas mudanças e mudanças vivenciadas nesse 
período. A individualidade se revela, o cavaleiro poeta, o guerreiro do campo, o artista 
da cidade nasce. Ele se moveu naturalmente entre esses espaços, de modo que não 
conseguiu reconhecer suas outras personalidades de um contexto específico. Existem 
mais ideais da cavalaria na ideologia utópica do que na realidade. 
Nas narrativas, as novelas (romances) medievais têm temas históricos (ou 
pseudo-históricos), porque os relatos retratam como ações reais. Considerada a 
primeira novela moderna, Lazarillo de Tormes criou o tema clássico da novela 
(romance): la picaresca.Esse estilo de novela nesta forma durou até grande parte do século XX, La familia 
de Pascual Duarte de Camilo José. 
 
Entre as características dessas obras seguem as principais: 
 
 
São autobiográficos: o narrador na primeira pessoa e narra os fatos em 
confissão
Pessoal. Coisas como "O mundo vem até mim assim, mas estou bem".
Eles contam a vida do protagonista desde o nascimento e a infância.
O realismo domina, registrando lugares reais e fatos históricos.
O personagem pertence à classe baixa da sociedade, e sua situação não o 
permite que melhore socialmente.
O cinismo e a crítica social do protagonista são os sinais internos dessas 
obras.
Da Idade Média ao Século de Ouro 
 
Nos séculos 16 e 17, a arte espanhola teve um momento glorioso, esse período 
é chamado de século de ouro, ou mais geralmente de idade de ouro. O importante é 
que o homem da Renascença se colocou no centro do mundo, mesmo no centro do 
pensamento e da cultura, mudando assim sua relação com Deus, a natureza e os outros 
humanos. Esse tipo de contradição situacional que não pode ser resolvida por uma nova 
forma de perceber o mundo, especialmente a contradição entre amor e paixão, levará 
o escritor à submissão literária a esse desejo não resolvido. 
 
Miguel de Cervantes 
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As obras literárias do Renascimento espanhol são uma coleção de obras literárias 
espanholas criadas entre os séculos XV e XVI. Estes textos são fruto de intercâmbios 
culturais com a Itália, que vive o maior desenvolvimento da escrita e da criação artística. 
 
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Espanha e Itália eram dois países intimamente ligados na época. Os estreitos 
laços políticos, sociais, religiosos e culturais entre eles servem de ponte para 
intercâmbios que enriquecem o conhecimento dos dois países. De todos os laços entre 
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os dois países, a religião é o mais influente no fortalecimento das relações entre os dois 
países. 
No processo de interpretação de poesia, existem duas tendências da poesia 
neste século XVI: poemas e romances tradicionais. 
Embora as novas qualificações e atitudes acadêmicas dos especialistas 
impliquem em um completo desprezo pela literatura popular, chamando-a de 
"ignorância", paradoxalmente suas criações são admiradas, expressas em antologias e 
imitadas. 
Tanto que Juan de Valdés mencionou em seu "Diálogo de La Lengua" que a 
restrição do anonimato é o único direito para usar a língua castelhana corretamente. As 
histórias populares são incorporadas à poesia, romances (românticos) e drama. Os 
romances viejos são impressos em folhas soltas, aparecem em cancioneiros de 
romances. 
 
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Juan de Valdés 
 
Durante o Renascimento, o espanhol se desenvolveu e passou a ter status de 
uma língua culta. Algumas gramáticas e dicionários o tornam mais relevante no caso 
geral de nacionalidade. Associado ao desenvolvimento dessa linguagem está a arte. 
Uma forma que chega a esse estágio com pouca mudança sofre mudanças de maior 
intensidade, melhorando e ganhando maior complexidade. A poesia torna-se obscura e 
o teatro enfatiza três unidades aristotélica, a novela (romance) se modernizou e se 
aproxima do realismo, o que vai contra o idealismo. Escapou do chamado como horror 
vacuí (medo do vazio). 
 
 
Referências bibliográficas 
 
FRANCO, Jean. Historia de la literatura Hispanoamericana, Barcelona, Ariel, 1985. 
GIUCCI, G., Viajantes do maravilhoso. O novo mundo. São Paulo: Companhia das 
Letras,1992. 
RICO, Francisco (Dir.). Historia y crítica de la literatura española. Barcelona: Crítica, 
1994. 
VALVERDE, José María. Breve historia de la literatura española. Barcelona: 
Guadarrama, 1980. 
VILAR, Pierre. Historia de España. Barcelona: Crítica, 1980.