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Nomenclatura gramatical espanhola- conceitos básicos

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Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin CRB -10/2147
G745 Gramática histórica da língua espanhola / Marina Leivas
 Waquil... [et al.] ; [revisão técnica: Adriana Carina 
 Camacho Álvarez]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018. 
 134 p. : il. ; 22,5 cm.
 ISBN 978-85-9502-369-7
 1. Língua espanhola - Gramática. I. Waquil, Marina Leivas.
CDU 821.134.28(035)
Revisão técnica:
Adriana Carina Camacho Álvarez
Doutora e Mestra em Letras
Bacharel e Especialista em tradução Português/Espanhol
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Nomenclatura gramatical 
espanhola: conceitos básicos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Analisar a nomenclatura gramatical da língua espanhola, acom-
panhando as obras dos principais gramáticos, desde Nebrija até o
século XX.
 � Associar os termos usados pelos gramáticos às diferentes tradições
gramaticais.
 � Sintetizar as principais diferenças encontradas nas obras, em termos
de nomenclatura.
Introdução
Os estudos linguísticos da língua espanhola passaram por inúmeras 
transformações, desde a primeira gramática (escrita por Nebrija, em 1492) 
até os tempos atuais. Compreender o percurso histórico do espanhol é 
um compromisso de todo profissional que atua no ensino e na pesquisa, 
pois dominar as transformações e as diferenças observadas na estrutura 
gramatical da língua auxilia não apenas na visão de uniformização, mas 
também na reflexão em torno da evolução do idioma.
Neste capítulo, você verá o quanto é importante entender as trans-
formações da nomenclatura gramatical espanhola, pois ela deve ser vista 
como um meio para se alcançar o aprendizado e a consciência sobre 
regras que auxiliam a compreensão do sistema linguístico.
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A evolução gramatical da língua espanhola 
desde Nebrija até o século XX
Ver a gramática como parte da nossa relação com a sociedade e com a história 
(ORLANDI, 1996) transforma a língua — um instrumento linguístico (AUROUX, 
1992) — em um objeto vivo. A língua, além de representar uma comunidade de 
fala, faz parte das transformações históricas e sociais. Quando nos deparamos com 
a gramática, é importante ressaltar que não estamos nos referindo necessariamente 
ao uso de uma língua (até porque ela está viva e, mesmo que de forma paulatina, 
sofre mudanças o tempo inteiro), mas falamos da construção de um objeto histórico. 
De acordo com Saussure (1986), considerado o pai da linguística, a con-
cepção de gramática: “[...] é baseada na lógica e está desprovida de qualquer 
visão científica e desinteressada da própria língua; visa unicamente formular 
regras para distinguir as formas corretas das incorretas”. 
Já em estudos mais recentes, encontramos outra definição sobre a grama-
tização: caracteriza-se como “[...] o processo que conduz a descrever e ins-
trumentar uma língua na base de duas tecnologias que são hoje os pilares de 
nosso saber metalinguístico: a gramática e o dicionário [...]” (AUROUX, 1992).
A escrita é uma representação da língua falada, por meio de signos gráficos, 
que se conserva com o passar do tempo. Em contrapartida, a fala se desenvolve, 
modifica-se e pode, inclusive, desaparecer. Segundo Orlandi (2001), “[...] a 
gramática é parte de um processo em que os sujeitos constituem-se em sua 
relação e participam da formação histórica [...]”.
Cabe ressaltar que a língua escrita e a gramática preservam a cultura e 
uma suposta unificação linguística, uma vez que, pela gramática, é possível 
compreender a estrutura, o funcionamento e as mudanças. A formalização da 
língua, de certo modo, garante a permanência e a expansão dos sistemas de 
comunicação. Obviamente, a língua muda, e a gramática tenta acompanhá-la — 
esse é o principal motivo pelo qual as gramáticas da língua espanhola sofreram 
diversas transformações, desde a sua primeira edição até os dias de hoje.
Portanto, ao nos depararmos com a função da gramática, deparamo-nos 
com a organização da língua em um tripé organizacional: o falante, a língua 
e a sociedade em uma perspectiva histórica. Essa constituição organizacional 
representa a objetividade do saber sobre a língua, pois a escrita materializa 
aquilo que aprendemos com a nossa gramática universal.
Em A revolução tecnológica da gramatização, Auroux (1992) afirma que, 
entre os séculos V e XIX, ocorreu um processo único, chamado de “grama-
tização massiva”, a partir de uma só tradição linguística: a greco-latina. Essa 
gramática constitui a segunda revolução técnico-linguística (a primeira foi 
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o surgimento da escrita). Essa revolução criou uma rede de conhecimentos 
linguísticos centrada na Europa; nesse cenário, a primeira gramática de língua 
vulgar europeia foi escrita por Nebrija, a chamada Gramática castellana, como 
apresenta Castillo (1992, p. 221):
La Gramática de la lengua castellana (1492) de Elio Antonio de Nebrija es 
una obra fundamental en la historia del pensamiento lingüístico hispánico, 
ya que es la primera gramática de una lengua romance. Nebrija alumbra el 
nacimiento de la lingüística española con una clara visión de las grandes 
posibilidades de nuestra lengua. Si en el período correspondiente a la 
lingüística española del Siglo de Oro la importancia de la obra gramatical 
del gran Maestro sevillano es decisiva, no es menos cierto que hoy sigue 
siendo una brillante referencia como fuente de inspiración para nues-
tros estudios gramaticales. Como recuerdan algunos estudiosos, nunca 
debe olvidarse el estudio de la vasta herencia lingüística de que hemos 
sido depositarios. Por ello, la proyección de la Gramática de la lengua 
castellana en el campo de nuestros estudios gramaticales constituye un 
buen estímulo para la docencia y para la investigación.
Essa gramática da língua espanhola foi a primeira obra impressa e completa 
que se dedicou aos estudos da língua castelhana. Além disso, foi também a pri-
meira gramática das línguas românicas, servindo de modelo a obras posteriores.
Na formação do espanhol, cabe distinguir três importantes períodos: o 
medieval ou antigo (séculos X a XV), o moderno (séculos XVI a XVII) e, 
por fim, o contemporâneo, que marcou com a fundação da Real Academia 
Española (RAE), no século XVIII.
O período medieval
O nome castellano foi determinado pela sua origem, e esse período se manteve 
dos séculos X a XV. Sua formação oficial se deu no século XVIII, com o rei 
Alfonso X, que ordenou que se escrevesse em espanhol, não mais em latim. 
O castelhano medieval possuía uma série de fonemas que hoje já não existem 
mais. Do ponto de vista gramatical, já não havia as declinações do latim, 
e eram as preposições que marcavam a função das palavras na oração. Os 
adjetivos possessivos eram acompanhados por artigos — hoje a regra proíbe 
esse uso. Além disso, não existia nada que normalizasse a língua espanhola 
a fim de oficializá-la, uma vez que ela ainda era vista como uma “sublíngua”, 
ou uma língua inferior ao latim. 
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O espanhol moderno
A publicação da obra de Nebrija marca o início da segunda etapa do espanhol, 
e é aqui que se consolida o idioma. Essa etapa é marcada pelas mudanças 
consonantais e pela consolidação definitiva do sistema fonológico do espanhol.
Do ponto de vista léxico, foram incorporadas novas palavras, principalmente 
em consequência do momento de expansão de Castela, que proporcionou um 
grande contato com novas culturas.
A consolidação do espanhol foi tão forte, que foi possível oficializá-lo 
inclusive em documentos importantes, os quais seguiam a gramática normativa 
de 1492.
Para Nebrija (1992), a gramática se dividia em quatro áreas e, posterior-
mente, em uma quinta: 
1. Ortografía.
2. Prosodia y sílaba.
3. Etimologíay dicción.
4. Sintaxis.
5. Las introducciones de la lengua castellana para los que de extraña
lengua querrán deprender.
O primeiro trata da ortografia, tomando por base a correspondência fonética 
da fala com a escrita — para Nebrija (1992), a pronúncia determinava as regras 
de ortografia. O segundo trata da sílaba e do acento, o terceiro apresenta as 
classes de palavras, o quarto aborda a ordem das orações e o quinto se refere à 
etimología e à sintaxis. Esse quinto ponto apresenta uma visão mais geral sobre 
a gramática da língua castelhana: ortografía, prosodia, etimología e sintaxis. 
Essa divisão perdurou até a Idade Moderna; no entanto, a sua análise sobre 
as partes da oração, como nombre, pronombre, artículo, verbo, preposición, 
adverbio e conjunción, continua até hoje.
Porém, o que mais chama atenção na comparação das gramáticas, em 
relação ao tempo em que elas estão inseridas, não são as nomenclaturas, mas 
a ideia que elas procuram passar. Por exemplo, para Nebrija (1992), a gramá-
tica é uma solução para evitar o desaparecimento da língua, ou seja, o seu 
objetivo era, sobretudo, preservar a língua. Atualmente, não apenas na Nueva 
Gramática de la Lengua Española (ASOCIACIÓN DE ACADEMIAS DE LA 
LENGUA ESPAÑOLA, 2009), da RAE, mas em tantas outras abordagens, a 
ideia da utilização da gramática serve para registrar o estado “atual” da língua, 
demarcando as suas transformações e o seu uso.
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Após a gramática precursora de Nebrija, outras obras seguiram um modelo 
similar. Inicialmente, esse mesmo autor publicou Reglas de ortografia, em 
1517; após, em 1535, Valdés publicou Diálogo de la lengua; na sequência, 
surgiram, em 1552, Arte para bien leer y escribir, de Andrés Flórez; em 1556, 
La manera de escribir en castellano, de Martín Cordero; em 1558, Gramática 
Castellana, de Villón; e, por fim, em 1630, Ortografía castellana, de Correas.
O espanhol contemporâneo
Em 1713, foi fundada a Real Academia Española, e a sua primeira tarefa foi 
estabelecer o idioma e acabar com as mudanças que ele havia sofrido nos 
últimos tempos. Nessa época, as mudanças fonéticas e fonológicas haviam 
cessado, e os tempos verbais simples e compostos eram os mesmos vigentes 
até a primeira metade do século XX.
O espanhol contemporâneo se compôs com a colaboração de alguns gramá-
ticos importantíssimos, como Bello (1847) e Alarcos Llorach (1994). Inclusive, 
a gramática de Bello (1847) é considerada até os dias de hoje uma das mais 
importantes gramáticas da língua espanhola. Em relação à estrutura gramati-
cal, os pronomes átonos já não se combinavam com as formas de particípio e, 
graças à variação morfológica, os elementos da oração podem ser ordenados 
de diferentes formas e inúmeros estilos literários.
 Enquanto Nebrija pregava a gramática como uma apropriação da língua 
castelhana fechada e sistematizada, Bello (1847) via a língua não como algo 
fechado e estreito, mas ampliada e com um funcionamento muito superior 
à escrita. Para Nebrija (1992), a gramática organizava a língua para que ela 
não se modificasse (ou seja, a gramática mandava, e a língua obedecia); já 
para Bello (1847), a gramática apenas sistematizava o seu objeto vivo — a 
língua — e tentava acompanhar essa mudança linguística com as normas.
Para Bello (1847), a língua continuava sendo uma unidade, mas uma unidade 
que possuía diversidade. O autor renegou a tradição imposta até então e passou a 
pensar a língua como um objeto vivo a ser estruturado e organizado pela gramática. 
A partir disso, ele não colocou em questão as nomenclaturas de forma gratuita; 
pelo contrário, ele as utilizou pensando no seu funcionamento e na sua estrutura 
estudada até então. Por exemplo, ao se referir a gênero gramatical, Bello (1847) não 
analisava a questão simplesmente de sexo biológico: ele conseguiu perceber que 
existem palavras que não possuem sexo, mas sim gênero feminino ou masculino.
Obviamente, a terminologia sofreu transformações desde a sua primeira 
gramática. Contudo, cabe ressaltar que, ao estudar a nomenclatura na língua 
espanhola, estudamos uma nova língua latina. Em outras palavras, estamos nos 
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referindo não a uma língua morta, mas a uma língua que sofreu transformações 
e que se transformou em línguas que conhecemos atualmente. A prova disso 
é que, ao falarmos em sujeito, predicado, substantivo ou adjetivo, não nos 
referimos apenas à nomenclatura do espanhol, mas também à do português, 
do francês, do italiano e, inclusive, do inglês.
Nesse sentido, a mudança de nomenclatura não interfere na análise grama-
tical, mas as mudanças linguísticas interferem na estrutura, e a nomenclatura 
deve acompanhar essas mudanças, trazendo uma explicação lógica da gra-
mática. Inclusive, para Alarcos Llorach (1994), a terminologia não deve ser 
considerada uma grande preocupação, pois os termos gramaticais não devem 
ser um objeto de discussão científica: 
[...] las etiquetas, como las ideologías, nos importan poco [...]. En la práctica 
cualquier “significante” o etiqueta que utilicemos para referimos a un 
morfema puede ser válido [...]. Como las “etiquetas” que utilizamos unos y 
otros son bastante parecidas, resulta que gran parte de las discusiones, dis-
crepancias y confusiones es un mero revolver naipes de barajas distintas. 
Assim, o importante é entender o funcionamento da língua e se adequar à 
nomenclatura utilizada, já que esta não deve ser um problema, mas um auxílio 
para que possamos compreender melhor a estrutura da gramática do espanhol.
O fato da gramatização
Num período que se estende do século V ao século XIX, ocorreu um processo único 
em seu gênero: a “gramatização massiva”, a partir de uma só tradição linguística, a 
greco-latina. Essa gramática constituiu a segunda revolução técnico-linguística, e é 
às ciências da linguagem que devemos a primeira revolução científica do mundo 
moderno. Essa revolução criou uma rede de conhecimentos linguísticos centrada na 
Europa. O novo modelo de cientificidade passou a ser dominante, de modo que se 
pensou em incluir nele as ciências humanas; no entanto, sem a segunda revolução 
técnico-linguística, as ciências naturais não teriam sido possíveis nem em sua origem, 
nem em suas consequências sociais.
Nesse mesmo período, aconteceram outras transformações na história das ciências 
da linguagem. A gramática se tornou, simultaneamente, uma técnica pedagógica de 
aprendizagem das línguas e um meio de descrevê-las. Surgiu, então, o dicionário mono-
língue como o conhecemos até hoje. O conjunto dessas transformações permaneceu 
ligado à gramatização das línguas do mundo, que persiste como fenômeno central. 
Fonte: Torlezi (2008).
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As diferentes visões gramaticais na história da 
língua espanhola
A preocupação em elaborar regras que deem conta da realidade da língua está 
presente na construção das gramáticas do espanhol. Nebrija (1992), com a sua 
primeira gramática, foi pretensioso e tinha alguns objetivos: (i) uniformizar 
a língua, de modo a criar condições para a sua perpetuidade; (ii) fazer da 
língua um instrumento de auxílio na manutenção da unidade de seus países; 
(iii) criar material pedagógico para que se pudesse ensinar a língua nacional
aos povos conquistados.
 O autor, ao utilizar a nomenclatura latina e seguir a divisão grega da 
gramática, apresentou a sua obra em quatro partes: ortografia, prosódia, 
etimologia e sintaxe. No entanto, nem todas as classes gramaticais tiveram 
o mesmo valor para os gramáticos. O advérbio, a preposição, a conjunção e
a interjeição não constituíram, na história das gramáticas, o centro de inte-
resse, provavelmente por não se encontrarem no grupo das “principais partes
da oração”. Geralmente, o termo partículas é utilizadopara representar o
conjunto de palavras que são invariáveis. Bosque (2007, p. 193) começa seu
capítulo dedicado a essas categorias gramaticais com a seguinte afirmação:
“El diminutivo latino que reconocemos en el término partículas es el primer
síntoma del tradicional desinterés por estas unidades, que se traduce en la
relativa falta de atención que han recibido en nuestra tradición”.
Essa visão sobre determinadas classes fez com que cada gramático, de 
acordo com o que acreditava, determinasse a importância e o valor dessas 
partículas na língua espanhola.
Diferenciação de metaclasses de palavras invariáveis e 
indeclináveis
São três as principais obras que diferenciam uma (meta)classe de classes 
de palavras invariáveis e indeclináveis: Villalón, Correas e a Gramática de 
la Lengua Española (GRAE), de 1971. Embora essas três gramáticas pro-
curassem delinear uma classe organizando as suas palavras em grupos, a 
sua visão é totalmente convergente. Por exemplo, a nomenclatura escolhida 
por Villalón para designar uma classe — ou metaclasse — das partículas se 
refere aos artigos e, abaixo deles, estão adverbio, preposición, conjunción e 
interjección. Essa colocação é surpreendente nos dias de hoje; todavia, para 
esse gramático, os artigos estariam em um patamar superior, uma vez que 
“[...] la voz artículo le sirve tanto para designar a las partes invariables de 
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la oración como a los demostrativos. Únicamente falta el sentido propio de 
esta palabra para cualquier otro gramático […]” (VILLALÓN, 1971). Além 
disso, os artigos seriam:
[…] todas aquellas diçiones y vocablos que el Latino llama indeclinables 
que usa la lengua Castellana de muchos vocablos y diçiones para ma-
nifestar el hombre sus conçibimientos y affectos del alma los cuales ni 
son nombres, ni verbos, ni pronombres. El Latino los llama preposiciones, 
aduerbios, interjeçiones, conjunçiones (VILLALÓN, 1971).
No caso de Correas (1954), a metaclasse de partículas (ou partezillas) é 
somente uma classe de palavras em que o verbo e o nome estão no mesmo 
nível hierárquico. Já o advérbio, a preposição, a conjunção e a interjeição são 
subclasses de partículas. Inclusive, Correas (1954) insiste nessa hierarquia:
[…] Son pues las partes de la orazion tres, nonbre, verbo, particula) […] 
podriamos hazer todas quantas partes quisiesemos, i se podria proze-
der casi en infinito, mas nunca saldriamos, ni salen de uno destos tres 
generos […]. I ansimesmo las espezies de adverbios, de conxunziones, 
i de preposiziones é interieziones: mas todas estas son partes menores 
espezificas contenidas debaxo de sus xeneros nonbre, verbo i particula, 
i no partes por si, sino partes de partes, aunque se dividan en espezies 
por sus calidades.
No capítulo XII da gramática, Correas (1954) propõe uma definição dife-
rente sobre a metaclasse. Nela, ele não apenas inclui a invariabilidade como 
critério de definição, mas também de alguma forma as características englo-
badas pelas quatro subclasses.
La particula, ó partecilla es una palavra que sirve al nonbre, i verbo, i 
orazion, i sinifica alguna calidad, afecto i zircunstanzia, ó trava i xunta 
partes i oraziones, como bien, casi, tarde, nunca, ansi, i no tiene mas de 
una terminazion ó boz sin mas numero ni variazion (Correas, 1954, p. 133).
Já a GRAE, de 1771, diferencia-se em maior medida das duas anteriores, 
principalmente por se tratar de um sistema mais complexo (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001a). Por exemplo, Correas (1954) e Villalón (1971) tratam a 
gramática como um sistema composto por três partes da oração; todavia, a 
GRAE (de 1771) apresenta um sistema composto por nove partes e apresenta 
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uma metaclasse específica para cada uma das partículas (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001a).
[…] y baxo el nombre genérico de partícula [Correas] comprehende la 
preposicion, el adverbio, la conjuncion, y la interjeccion. La Academia 
que tiene por verdaderas partes de la oracion las palabras que Correas 
agrega al nombre y al verbo, y las que comprehende en la partícula, 
entiende que las partes de la oracion son nueve; y así quando alguna vez 
usa de la voz partícula no intenta designar a una parte determinada de la 
oracion, sino una voz, comun que conviene á todas las palabras que no 
son: nombre, pronombre, artículo, verbo, ni participio (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001a).
A RAE não concorda com o fato de que as partes invariáveis da oração 
formem uma categoria (ou mesmo uma metaclasse); ao contrário, acredita 
que todas as classes de palavras estão no mesmo nível (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001a).
A invariabilidade como característica comum a todas as 
classes
Os gramáticos desse segundo grupo não falam de nenhuma metaclasse e 
nem usam o termo partícula (exceto a GRAE de 1771) (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001a). Entretanto, destacam que, de alguma forma, todas as 
classes possuem um caráter em comum: são invariáveis ou indeclináveis.
 Gayoso (2001) especifica, após enumerar as classes de palavras, que quatro 
delas são indeclináveis, e que isso é bastante comum na língua espanhola. Além 
disso, compara a sua língua com o latim e, com isso, mantém as definições 
de cada uma das partículas:
La oracion Castellana tiene nueve partes, que son: Artículo, Nombre, 
Pronombre, Verbo, Participio, Preposicion, Adverbio, Interjeccion, y Con-
juncion. Las cinco primeras se declinan: y las otras cuatro son indeclinables 
como las Latinas (GAYOSO, 2001).
De acordo com Benito de San Pedro (2001), a propriedade morfológica 
é outro dos procedimentos frequentes que os gramáticos utilizam. O autor 
não deixa isso explícito em nenhum momento, mas as quatro partículas são 
descritas como lições de um mesmo capítulo, intitulado De las partes de la 
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oración indeclinables. Logo, ele segue o modelo de Gayoso (2001), que mantém 
as definições de cada uma delas.
Embora a GRAE de 1771, por um lado, adote posições distintas, por outro 
acaba convergindo com as opiniões anteriores (REAL ACADEMIA ES-
PAÑOLA, 2001a). Ao mesmo tempo em que considera que o termo partícula 
é comum às quatro palavras invariáveis, o seu tratamento também é muito 
similar ao de Gayoso (2001) de San Pedro (2001) e da GRAE de 1796 (REAL 
ACADEMIA ESPAÑOLA, 2001b). 
[…] estas partes de la oracion se dividen en declinables, é indeclinables 
[…] y partes indeclinables son las que tienen un solo modo de significar 
acompañadas con aquellas á que pueden y deben juntarse. […] las in-
declinables [son] adverbio, preposicion, conjuncion, interjección (REAL 
ACADEMIA ESPAÑOLA, 2001b). 
A ausência de especificação
O último grupo de gramáticos é constituído por aqueles que não especificam 
nada. Por um lado, Nebrija (1992) e Jiménez Patón (2001) definem essas quatro 
classes sem incluir características de invariabilidade, por exemplo. Por outro, 
Villar (2001) menciona classes as variáveis e, por dedução, o leitor da gramática 
pode compreender que as restantes são invariáveis.
A língua e a história sempre tiveram uma relação extremamente estreita, uma vez 
que a transmissão, a elaboração e as perspectivas históricas se materializaram, em 
grande parte, por meio das línguas, nas modalidades oral ou escrita. Uma das primeiras 
manifestações humanas foi a representação dos fatos, por meio do emprego da 
modalidade oral; a seguir, da linguagem pictórica; e, mais tarde, da modalidade escrita. 
Logo, não é possível estudar a língua sem relacioná-la a sua história, pois uma sempre 
teve contato direto com a formação da outra.
Fonte: Fernandes (2010).
Nomenclatura gramatical espanhola: conceitos básicos114
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Diferentes abordagens de nomenclatura na 
história gramatical da língua espanhola
Comovocê viu na seção anterior, a denominação das partículas não varia entre 
as gramáticas, ou seja, todos utilizam as mesmas terminologias: advérbio, 
preposição, conjunção e interjeição. Essa utilização é comum e constante na 
tradição gramatical:
Desde Nebrija, los gramáticos españoles han introducido cambios sustan-
ciales en las definiciones de lo que pretendían enseñar, pero las innova-
ciones que afectan a la doctrina difícilmente alcanzan al vocabulario. […] 
Las nociones de adverbio o de preposición que proporciona Saqueniza no 
guardan relación con las que enseñaba Ballot, salvo que ambos gramáticos 
utilizaron términos categoriales idénticos. […] El metalenguaje básico 
es casi lo único que permanece inmutable en la historia de la gramática 
(LLITERAS PONCEL, 1996, p. 131). 
Determinada nomenclatura permanece não apenas pela tradição latina 
precedente, mas também por permanecer intacta na tradição gramatical es-
panhola (provavelmente pelo fato de seguir a primeira gramática de Nebrija).
Definições
Com o objetivo de comprovar que a nomenclatura das gramáticas normal-
mente não se modifica, mas a sua análise aprofundada sim, vamos comparar 
as abordagens gramaticais em relação aos advérbios e às interjeições. Antes 
disso, no entanto, é sempre interessante pesquisar quais foram os principais 
critérios para que a partícula fosse atribuída a um grupo específico. Portanto, 
inicialmente analisaremos os advérbios. Segundo Gómez Asencio (1981), os 
advérbios possuem dois critérios predominantes para a sua definição:
 […] el criterio sintáctico colocacional («se junta a») es el que dicta el 
rasgo caracterizador de esta clase de palabras; y en todas aparece como 
segunda parte de la definición un rasgo semántico complementario que 
obedece a la utilización del criterio lógico-objetivo (vid. abajo el apartado 
dedicado a los valores encomendados al adverbio), exactamente lo mismo 
que sucedía en las definiciones más tradicionales en que estos autores 
con toda seguridad se inspiran (GÓMEZ ASENCIO, 1981).
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O critério semântico lógico-objetivo surge mediante a caracterização do 
advérbio como classe de palavras que normalmente modifica o verbo. O que 
se pode perceber é a evolução da análise do papel do advérbio nas gramáticas 
de língua espanhola. Sua abordagem iniciou de maneira mais básica, com 
Nebrija, e foi se especificando mais, com o passar dos séculos.
Para Nebrija (1992), o advérbio é só uma das dez classes de palavras, e o 
seu papel principal é mudar o valor do verbo: 
Adverbio es una delas diez partes dela oracion. La cual añadida al verbo 
hinche o mengua o muda la significacion de aquel como diziendo bien lee. 
mal lee. […]. I llama se adverbio por que comunmente se junta i arrima al 
verbo para determinar alguna qualidad enel. Assi como el nombre adjec-
tivo determina alguna qualidad en el nombre substantivo (NEBRIJA, 1992).
Segundo Villalón (1971), o advérbio muda o significado do verbo e a ideia 
que a oração busca passar. Ele afirma:
Ay otras palabras, o vocablos en la lengua Castellana que el Latino llama 
Aduerbios: porque añadidos al verbo añaden, engrandeçen, o desminuyen 
la sinificaçion en la clausula Castellana en que se ponen […]
De acordo com Correas (1954), o advérbio, além de modificar o verbo, de-
nota alguma circunstância a ele. Para o autor:
El adverbio es una particula que comunmente se xunta la verbo para 
denotar alguna zircunstanzia ó calidad en él, como el nombre adxetivo 
se llega al sustantivo: i por esta xunta que haze con el verbo se llama 
adverbio […]. El qual acrezenta ó desminuie, hinche ó mengua, ó muda 
la sinificazion del verbo, como diziendo bien lee, mal escribe, no sabe 
nada… (CORREAS, 1954, p. 338).
 Tanto para Correas (1954), quanto para Nebrija (1992), o advérbio assume 
para o verbo o mesmo papel que o adjetivo assume para o substantivo.
Já para a GRAE (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, 2001b), o advérbio, 
além de modificar o significado do verbo, é uma partícula invariável, ou 
seja, não possui gênero, nem número. Dessa forma, a sua definição é que o 
“Adverbio es una parte indeclinable de la oracion, que se junta al verbo para 
modificar su significacion, como: es tarde, escribe mal, lee bien […]” (REAL 
ACADEMIA ESPAÑOLA, 2001b).
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Além disso, a GRAE justifica outras construções que podem aparecer 
com ele, por exemplo, quando ele se une a outras partes da oração. Contudo, 
a ideia inicial de ser em função do verbo não é modificada, pois “[...] quando 
[el adverbio] se halla con otras partes de la oracion, no es porque va junto con 
ellas, sino con algun verbo que hay, ó debe suplirse […]” (REAL ACADEMIA 
ESPAÑOLA, 2001b).
Ao comparar o grupo das interjeições, deparamo-nos com duas opiniões 
gramaticais distintas: há gramáticos que as consideram uma classe de 
palavras ou uma subclasse de palavras, e há aqueles que não as consideram 
uma classe. 
Os gramáticos que colocam as interjeições no mesmo nível de outras classes 
são representados por Villalón (1971), Correas (1954), Villar (2001) e pelas 
GRAEs. Contudo, para Nebrija (1992), a interjeição deve ser considerada um 
tipo de advérbio, e não uma classe gramatical.
Los latinos como diximos en otro lugar: pusieron la interjection por parte 
dela oracion distinta delas otras. pero nos otros a imitacion delos grie-
gos: contamos la con los adverbios. Assi que sera interjection una delas 
significaciones del adverbio: la cual significa alguna passion del anima 
con boz indeterminada, como ai (NEBRIJA, 1992).
Nesse sentido, pode-se afirmar que, mesmo com características específicas, 
normalmente há uma aproximação entre as nomenclaturas gramaticais, pois 
todas têm a mesma origem. Todavia, quando tratamos das interjeições, essa 
aproximação acaba sendo desestabilizada, e conseguimos perceber mais 
objetivamente as modificações que as nomenclaturas gramaticais sofreram 
com o passar dos séculos.
Leia mais sobre o assunto no artigo “Gramatização, 
ideologia e as raízes das tecnologias linguísticas”, 
disponível no link ou código a seguir:
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1. De acordo com Auroux (1992), o 
papel da gramática não contempla a 
visão de saussureana, que afirma que 
a gramática “[...] é baseada na lógica 
e está desprovida de qualquer visão 
científica e desinteressada da própria 
língua; visa unicamente a formular 
regras para distinguir as formas 
corretas das incorretas [...]”. Segundo 
Auroux (1992), a gramatização 
busca descrever e instrumentar 
uma língua com base em duas 
tecnologias que são os pilares do 
nosso saber metalinguístico:
a) a gramática e o dicionário.
b) a língua e a fala.
c) a gramática e a fala.
d) o dicionário e a língua.
e) a gramática e a língua.
2. Na formação do espanhol, 
cabe distinguir três importantes 
períodos: o medieval ou antigo, 
que foi do século X ao século XV; 
o moderno, que foi do século 
XVI ao século XVII; e, por fim, o 
contemporâneo, que marcou 
a fundação da Real Academia 
Española, no século XVIII. Sobre o 
segundo período, é possível afirmar:
a) compôs-se por alguns 
gramáticos importantíssimos, 
como Bello e Llorach.
b) fundou a Real Academia 
Espanhola e foi responsável por 
estabelecer o idioma e acabar 
com as mudanças que ele havia 
sofrido nos últimos tempos. 
c) as mudanças fonéticas e 
fonológicas haviam cessado, 
e os tempos verbais simples e 
compostos eram os mesmos 
vigentes até então.
d) a publicação da primeira 
gramática castellana, 
de Elio Antonio Nebrija, 
marcou esse período.
e) a consolidação do espanhol foi 
tão forte, que ele foi oficializado 
em documentos importantes.
3. Durante a história das gramáticas 
da língua espanhola, nem todas 
as classes gramaticais tiveramo 
mesmo valor para os gramáticos. O 
advérbio, a preposição, a conjunção 
e a interjeição não constituíram o 
centro de interesse, provavelmente 
por não se encontrarem no 
grupo das “principais partes da 
oração”. A visão da Real Academia 
Española sobre essas quatro 
classes gramaticais é: 
a) o verbo e o nome estão no 
mesmo nível hierárquico; já 
o advérbio, a preposição, a 
conjunção e a interjeição são 
subclasses de partículas.
b) todas as classes de palavras estão 
no mesmo nível hierárquico.
c) o único grupo que não pode 
ser considerado uma classe 
de palavras é a interjeição; 
todos os outros possuem o 
mesmo nível hierárquico.
d) a gramática apenas considera o 
nome como classe de palavras; 
todos os outros grupos são 
classificados como partículas.
e) a conjunção e o advérbio são 
classificados como o nome 
e o verbo; a preposição se 
encaixa no grupo dos advérbios, 
ou seja, é uma subclasse.
4. Enquanto Nebrija (1492) pregava a 
gramática como uma apropriação 
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da língua castelhana fechada e 
sistematizada, a visão de Bello 
(1847) sobre a língua e sobre 
a gramática é que: 
a) a língua continua sendo 
algo fechado e estreito, 
e o seu funcionamento é 
similar ao da escrita.
b) a língua não é algo fechado 
e estreito, pois se caracteriza 
por ser uma unidade que 
não possui diversidades.
c) a língua não é algo fechado e 
estreito, mas ampliada e com 
um funcionamento muito 
superior à escrita, pois a língua 
continua sendo uma unidade, 
mas que possui diversidades.
d) a escrita determina o 
funcionamento da língua, 
pois ela mantém a unidade 
sem diversidade.
e) a língua é algo aberto e amplo, 
e o seu funcionamento é 
dependente da gramática. 
Ela representa a gramática 
sem diversidade.
5. Compreender o percurso histórico 
do espanhol e a formação da 
sua unidade gramatical é um 
compromisso de todo profissional 
que atua no ensino e na pesquisa, 
pois auxilia na reflexão da 
evolução do idioma. Dessa forma, 
entende-se que a gramática: 
a) faz parte da nossa relação com a 
sociedade e com a história, pois 
transforma um objeto linguístico 
em algo possível de ser analisado. 
b) é fundamental para o 
funcionamento da linguagem.
c) não se faz presente nas 
análises linguísticas.
d) relaciona a língua com a fala, 
pois é por meio dela que existe 
o processo de comunicação. 
e) é importante apenas 
para que não haja 
transformações linguísticas 
com o passar do tempo.
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v. 1. Texto establecido sobre la ed. “princeps” de 1492, por Pascoal Galindo Romeo
y Luis Ortiz Muñoz.
Nomenclatura gramatical espanhola: conceitos básicos120
GHLE_U4_C07.indd 120 14/03/2018 11:48:12
https://www.webartigos.com/artigos/a-gramatizacao-uma-revolucao-
http://www.antoniodenebrija.org/biografia.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
	GHLE_U4_C07

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