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Fisiopatologia e Terapia Nutricional na Obesidade

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Fisiopatologia e Terapia Nutricional na Obesidade
Agenda
Definição
Epidemiologia
Fisiopatologia
Tratamento
Terapia Nutricional
Definição
Alteração do estado nutricional por excesso de ingestão de alimentos.
Waitzberg, 2000
Obeso é o portador de uma doença endócrino-metabólica, crônica, heterogênea e multifatorial, caracterizada pelo excesso de gordura no corpo.
Edwards, 1993
Fatores envolvidos…
Culturais
Ambientais
Genéticos 
Fisiológicos
Psicológicos
Comportamental
Atuam na origem e na manutenção da doença
4
Doença da modernidade
Problemas neurológicos
Mídia
Industrialização
Imagem corporal distorcida
Medo de engordar
Sociedade
Alimentos hipercalóricos
5
6
Aumentaram o tamanho das porções
Cultura super size
Fazer “valer o quanto paga”
Cultura rodízio
7
Epidemiologia
A obesidade destaca-se com uma doença e um fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)
Doenças cardiovasculares, diabetes melito tipo 2, cânceres ou mortalidade em geral
Qualidade de vida
Aceitação social do indivíduo
Prevalência e projeção da obesidade ao redor do mundo. International Obesity Task Force. Adaptado de Kopelman, 2000. Nature 404:635.
Voltemos nossa atenção principalmente a síndromes caracterizadas pela resistência insulínica e a diminuição da captação periférica de glicose como a obesidade.
Esta figura mostra a prevalência e a projeção da obesidade ao redor do mundo. Podemos observar que o percentual da população classificada com peso acima do normal apresenta um crescimento exponencial ao longo dos anos. Cerca de 30% da população será considerada obesa; isto em projeções otimistas.
9
Iniciado em 2006 em todas as capitais brasileiras e no Distrito Federal. 
Visa subsidiar ações de promoção da saúde e de prevenção de doenças. 
Questionários telefônicos → peso e altura referidos pelos entrevistados. 
						(BRASIL, 2014)
52% com excesso de peso
Aumenta com a idade e reduz com a escolaridade
 
 27 cidades
frequência de excesso de peso foi de 55,4%, sendo ligeiramente maior entre homens (57,1%) do que entre mulheres (53,9%) 
 A frequência de adultos obesos foi de 20,3%, sendo semelhante entre homens e mulheres .
 mais de 3/4 da população brasileira está com excesso de peso!
(Abril, 2020)
60,8% 
52,9%
Doenças relacionadas à Obesidade
DOENÇAS ÓSSEAS: Sobrecarga da coluna, joelhos, tornozelos e quadris - osteoartrite. 
DOENÇAS NAS ARTICULAÇÕES: Osteoartrose.
APNÉIA DO SONO
ATEROSCLEROSE: É mais comum nos homens, com idade entre 50 a 70 anos. 
HIPERTENSÃO: É quase três vezes mais freqüente em adultos obesos. 
LITÍASE BILIAR: Pode causar cólica biliar ou colecistite aguda.
DOENÇAS CARDÍACAS: Mulheres com excesso de peso têm 3,5 x mais chances de desenvolver doenças cardíacas. 
REFLUXO GASTROESOFÁGICO: é mais comum em maiores de 40 anos.
18
Componentes da Massa Corporal
O nível molecular pode ser simplificado em 2 componentes: 
Água
(intra e extracelular)
Lipídeos 
(essenciais e 
não-essenciais)
Proteínas
Minerais
(ósseos e não-ósseos)
Glicogênio
Massa Livre 
de Gordura
(MLG)
Massa Gorda
(MG)
(Heymsfield & Waki, Nutrition Reviews, 49(1):97-108, 1991)
Triglicerídeos (90%) esfingomielina fosfolipídeos esteróides 
ácidos graxos terpenos
Componente mais variável do corpo humano (difere entre indivíduos do mesmo sexo, idade, peso e altura
O fracionamento em 2 compartimentos é mais utilizado para avaliar a composição corporal na área da saúde e do esporte
Componentes da Massa Corporal
Aumento exclusivo de massa corporal
Excesso de adiposidade na sua composição
Enfermidade crônica que se caracteriza pelo acúmulo excessivo de gordura, comprometendo a saúde do indivíduo.
SOBREPESO
OBESIDADE
≠
Gordura Corporal
ADIPÓCITO branco
ADIPÓCITO marrom
Gordura Corporal
Hipertrofia
Aumento do tamanho dos adipócitos em até 1000 vezes
Hiperplasia
Aumento do número de células
O ganho de massa corporal pode ser resultado da hipertrofia, hiperplasia ou da combinação dos dois.
O tamanho da célula pode diminuir, mas a quantidade delas não se altera!
Regulação do Peso Corporal
Curto Prazo
Fome: pós-absortivo, quando os estoques estão sendo metabolizados;
Apetite e saciedade: pós-prandial, excesso de alimento esta sendo armazenado;
Longo Prazo
Mecanismos de retroalimentação, sinais vindo da massa adiposa é liberado quando a composição corporal “adequada” é alterada proteínas liberadas agem como moléculas sinalizadoras, são as adipocitocinas.
a leptina, por meio do controle de sua concentração na circulação, poderia ser um sinalizador do estado energético e do tamanho das reservas de gordura, ao atuar em um circuito de retroalimentação, cuja função é de manter o peso corporal estável, independentemente de variações diárias no consumo de energia. Porém, esse circuito apresenta falhas na maioria dos indivíduos que se tornam obesos (baixa responsividade pela alta concentração de leptina que esses indivíduos apresentam), o que levou à hipótese da "resistência à leptina".
24
secreção de insulina de forma glicose- dependente, inibe a secreção de glucagon e a produção hepática de glicose, diminui o esvaziamento gástrico, 
Regulação Hormonal
Diagnóstico da Obesidade
Por meio da determinação da composição corporal e definição do tipo de distribuição da gordura corporal.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Avaliação Clínica
História Clínica
História Familiar
Avaliação Nutricional
( Antropometria, Avaliação Física e Bioquímica 
Consumo Alimentar
Motivação
Estabelecimentos de metas
Diagnóstico Qualitativo
Distribuição da Gordura
(Andróide e Ginóide)
Medida do maior perímetro 
abdominal
29
Diagnóstico
Recomendações 
•Aferir na primeira consulta e periodicamente: o peso e a estatura do paciente e calcular o índice de massa corporal (IMC); 
•Medir a circunferência abdominal (CA); 
•Usar os pontos de corte da OMS; 
•IMC ≥ 30Kg/m2 em adultos é indicativo de obesidade; 
•Quanto maior o IMC ou quanto maior a medida da CA, maior o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e mortalidade por todas as causas. 
				(Diretriz Brasileira Obesidade, 2016) 
Diagnóstico da Obesidade
IMC
Interferência:
Sexo, idade, etnia, no cálculo
de indivíduos sedentários quando comparados a atletas, na presença de perda de estatura em
idosos devido a cifose, em edemaciados, etc.
Peso
Estatura
Circunferência/Perímetro da Cintura, quadril, cabeça e pescoço
Distribuição da gordura Corporal
Pregas cutâneas
Bioimpedância
Ultrassonografia
Tomografia computadorizada
Ressonância magnética
Circunferência da Cintura
Relação abdominal/quadril (RCQ)
Índice de Conicidade
Se der 1,5, significa que a relação é 1,5 vezes maior do que a CC se não houvesse adiposidade
Custo elevado e uso limitado na prática clínica
Avaliação Combinada: IMC e Circunferência abdominal
Tratamento
Complexo e multidisciplinar
Objetivos
Diminuir riscos de doenças associadas (comorbidades)
Perda e manutenção de peso
Redução do apetite
Melhora na qualidade de vida (reeducação alimentar)
Tratamento
Não existe nenhum tratamento farmacológico em longo prazo que não envolva mudança de estilo de vida 
A escolha do tratamento deve basear-se na gravidade do problema e na presença de complicações associadas;
Tempo do tratamento:
Acompanhamento e constante vigilância 
Medicamento
Dieta de valor calórico muito baixa
Cirurgias
Mudança do estilo de vida
Tratamento
Médico
Modificação do estilo de vida
Tratamento Psicológico
Medicamentos
Cirurgias
Nutricionista
Redução da Ingestão Energética
Suplementação Nutricional
Nutrição, Plano alimentar e educação quanto aos tamanhos das porções;
Tratamento Farmacológico
Indicação
IMC de 30 kg/m2 ou 35 kg/m2 na presença de comorbidades;
falha em perder peso com o tratamento não farmacológico.
Medicamentos
sibutramina disponível em cápsulas de 10 e 15 mg (dose única diária) em adultos;
orlistate disponível em cápsulas de 120 mg (três tomadas junto das principais refeiçõesou duas se uma refeição for omitida ou não apresentar gordura) em adolescentes com Z-IMC >+2 a partir dos 12 anos
liraglutida disponível em sistema de aplicação preenchido com 3 mL de solução 6 mg/ mL (com dose diária subcutânea inicial de 0,6 mg escalonada em 0,6 mg por semana até chegar na dose de manutenção de 3,0 mg a partir da 5a semana) em adultos.
Tratamento medicamentoso deve ser indicado na presença de sobrepeso associado a fatores de risco ou de obesidade.
Não é recomendado que sejam prescritas fórmulas contendo associação medicamentosa de substâncias anorexígenas quando associadas entre si ou com ansiolíticos, diuréticos, hormônios ou extratos hormonais e laxantes.
SEMAGLUTIDA (Ozempic)
Um estudo publicado na revista obesity reviews avaliou a eficácia do (Ozempic) para perda de peso comparando com o Saxenda (medicamento antiobesidade aprovado pela Anvisa). Apesar do ozempic ser aplicado de forma semanal, o estudo foi feito utilizando doses diárias. 
Os pacientes tinham em média 111.5 kg no início do estudo (IMC 39.3 kg/m2). 
A duração total do tratamento foi de 52 semanas.
O grupo que usou Semaglutida, fazendo um escalonamento gradual de 4 semanas até atingir a dose máxima, teve redução de peso de 6.0% com doses diárias de 0.05 mg, 8.6% com 0.1 mg, 11.6% com 0.2 mg, 11.2 com 0.3 mg, 13.8% com 0.4 mg. 
Outro grupo de pacientes fez um escalonamento acelerado da dose de semaglutida ( fast escalation-FE) com apenas duas semana até atingir a dose máxima. Esse grupo apresentou níveis mais efetivos de perda de peso: 11.4% com 0.3 mg FE, e 16.3% com 0.4 mg FE.
Semaglutide as a promising antiobesity drug Georgios A. Christou, Niki Katsiki, John Blundell, Gema Fruhbeck, Dimitrios N. Kiortsis. Obesity Reviews. 2019
A perda de peso no grupo placebo foi de 2.3% e no grupo da liraglutida 3 mg diário (Saxenda ) a perda foi de 7.8% após 52 semanas.
A semaglutida atua diretamente no sistema nervoso central aumentando os níveis de saciedade, possui uma ação periférica causando gastroparesia (diminuindo o esvaziamento do estômago) e aumentado a secreção de insulina de forma dependente ao aumento da glicemia. 
Além disso a semaglutida mostrou uma redução da mortalidade cardiovascular de 26% em pacientes diabéticos com alto risco cardiovascular. Já está em estudo uma preparação para uso via oral da semaglutida, também com ótimas perspectivas em relação à redução do peso, controle do diabetes e redução da mortalidade cardiovascular.
.
SEMAGLUTIDA (Ozempic)
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Obesidade grave 
Indicações de cirurgia bariátrica adotadas pelo Ministério da Saúde:
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Absoluta ou relativa
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Mista Predominantemente Restritiva 
By-pass Gástrico (Gastroplastia com Desvio Intestinal em “Y de Roux”); 
Técnica bariátrica mais praticada no Brasil devido a sua segurança eficácia; 
Perda de 40% a 45% do peso inicial; 
Procedimento misto: grampeamento de parte do estômago, que reduz o espaço para o alimento, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome; 
Repor vitaminas e monitorar os níveis séricos de ferro, cálcio e vitamina D. 
segundo a SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), ao redor de 100 mil pessoas fizeram a cirurgia bariátrica no Brasil só em 2018
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Restritiva 
Banda Gástrica Ajustável ou Lap Band 
•Representa 5% dos procedimentos realizados no país; 
•Redução de 20% a 30% do peso inicial; 
•Procedimento: implante abdominal de um dispositivo por via laparoscópica constituído por: porte de insuflação de metal que fica no subcutâneo abdominal, tubo de conexão e banda de silicone ajustável, a qual envolve o estômago proximal e é parcialmente recoberta pela parede gástrica; 
•Raras complicações nutricionais. 
(Projeto Diretrizes Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva, 2008) 
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Restritiva 
Gastrectomia Vertical ou Sleeve Gástrico 
•Procedimento: grampeamento do estômago (retirada vertical da maior parte do corpo gástrico e eliminação total do fundo gástrico) que determina a formação de um tubo (novo estômago); 
•Capacidade em média de 150 a 200 mL; 
•Redução de volume, que leva a saciedade precoce e perda de peso por resultar na ressecção do fundo gástrico, que é o principal produtor de grelina*. 
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Mista (Disabsortiva) 
•Duodenal Switch 
•Procedimento: associação do Sleeve gástrico a uma anastomose duodenoileal para minimizar efeitos colaterais decorrentes da disabsorção acelerada; 
•Perda de 40% a 50% do peso inicial; 
•O desvio intestinal reduz a absorção dos nutrientes, levando ao emagrecimento. 
Cirurgia para Tratamento da Obesidade
Tratamento não cirúrgico
Balão Intragástrico
•Terapia auxiliar para preparo pré-operatório;
•Procedimento: implante de prótese de silicone no fundo do estômago por endoscopia, visando diminuir a capacidade gástrica e provocar saciedade;
•O balão é preenchido com 500mL do líquido azul de metileno, que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido na cor azul pela urina;
•Período médio de seis meses;
•Indicado para pacientes com sobrepeso ou no pré-operatório de pacientes com IMC > de 50kg/m2.
					(Diretriz Brasileira Obesidade, 2016) 
Nutrição no pós-operatório 
50 ml por refeição a cada 30 minutos
Suplementação no pós-operatório 
Tratamento Comportamental
Conjunto com técnicas cognitivas – chamada terapia cognitivo-comportamental;
Baseia-se na análise e modificação de comportamentos disfuncionais associados ao estilo de vida do paciente;
O objetivo é implementar estratégias que auxiliam no controle de peso, reforçar a motivação com relação ao tratamento e evitar a recaída e o consequente ganho de peso novamente 
Terapia Nutricional
A dietoterapia e o aconselhamento nutricional são fundamentais para prevenção e tratamento da obesidade;
Mudanças dietéticas para controle de quantidade e qualidade das refeições devem ser a base para tratamento da obesidade, mesmo se o tratamento incluir medicações e/ou cirurgias bariátricas;
Dietoterapia individualizada e respeitando:
Terapia Nutricional
Social e cultural
Estágio da mudança de comportamento
Multidisciplinar
Terapia Nutricional
Avaliação Nutricional: 
Determinar o diagnóstico nutricional e das necessidades nutricionais
Estratégia de Intervenção
Implementação da Dietoterapia:
Determinada pelo calculo da dieta e conteúdo de macro e micronutrientes
Aconselhamento Nutricional:
Envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação
Avaliação da eficiência da intervenção;
Monitoração
Desenvolvimento de um plano de ação;
Necessária para se implementar um plano alimentar individualizado e de acordo com suas práticas culinárias
Determinar o diagnóstico nutricional e das necessidades nutricionais
Avaliação Nutricional: 
Grau de obesidade, tipo de distribuição de gordura e a presença de comorbidades
58
Antropometria e Composição Corporal
Exames Bioquímicos
Exame físico
Consumo Alimentar
Avaliação Nutricional
Capacidade física para ingestão de alimentos; 
Mudanças ponderais recentes; 
Intolerâncias alimentares; 
Possível interação droga-nutriente; 
Presença de transtornos alimentares; 
Presença de outras comorbidades; 
Sintomas gastrointestinais. 
Definir os objetivos do tratamento;
Pacientes X nutricionista( busca de um peso irreal) abandono de tratamento
Objetivo: reduzir gordura para gerar melhora do estado de saúde ou redução do risco de complicações
Desenvolvimento de um plano de ação;
Estratégia de Intervenção
Redução de 5 a 10% do peso inicial
Redução marcadores metabólicos:
Glicemia, pressão e lipídios plasmáticos
Tudo detalhado com o paciente;
Metas racionais
Adaptação do plano alimentar
Tratamento bem sucedido é tratamento mantido a longo prazo;
Desenvolvimento de um plano de ação;
Estratégiade Intervenção
61
Dietas “da moda”: perda de peso rápida e substancial resultados visíveis, porém transitórios não conseguem ser mantidos por longo tempo;
 Tratamentos por longo prazo: monitoramento continuado, nutricionalmente balanceadas, cardápios saborosos e sem restrições energéticas muito drásticas.
Determinada pelo calculo da dieta e conteúdo de macro e micronutrientes
Implementação da Dietoterapia:
Curto Prazo
Longo Prazo
X
Necessidades Energéticas
Diretrizes da Dietoterapia
Plano de Restrição energética moderada
1) VET, calculado segundo a situação biológica;
Redução :
500Kcal a 1.000Kcal/dia em relação ao valor consumida na anamnese alimentar 
não inferior a 1.200Kcal/dia;
Calculo direto do teor energético: 
15 a 20Kcal/Kg de peso atual/dia 
não inferior a GEB
Plano de Restrição energética moderada
2) Conteúdo de nutrientes ideal
Carboidratos
Proteína:
Gordura
Fibras
15 a 20%, não menos que 0,8g/Kg de peso desejável
55 a 60% 20% de absorção simples
20 a 25, com 7% de GS, 10% de GP e 13% de GM
20 e 30g/dia
Plano de Restrição energética Moderada
2) Conteúdo de nutrientes ideal
Álcool
Colesterol
Vitaminas e Minerais
Cloreto de sódio
Não mais que 300mg/dia
Não aconselhável
DRI’s e alcançadas com planos alimentares maiores que 1200Kcal/dia
Adequada situação biológica
Líquido
1.500 ml 1000Kcal
Diretrizes da Dietoterapia
Plano de Restrição de baixo valor energético
VET entre 1000-1200 Kcal ou entre 10 a 19 Kcal/Kg de peso desejável/dia;
Indicado se após um período razoável com o plano alimentar moderado não se consegui diminuir o peso
Plano de restrição de Muito Baixo valor energético
Fornece menos de 400-800Kcal ou menos de 10Kcal/Kg de peso desejável/dia
Obesidade massivas e recorrentes, descompensação diabética e outros estados que necessitam de perda de peso rápida
Períodos curtos: 4 a 16 semanas
Não se recomenta dietas com menos de 400Kcal/dia, nem jejum total, menos de 200Kcal/dia
Plano de restrição de muito baixo valor energético
Dietas Ricas em gorduras e escassas em Carboidratos
Caracterizadas por serem compostas de 55% a 65% de gordura, menos de 20% de carboidratos, até 100 g ao dia, e 25% a 30% de proteínas 
Dietas escassas em gorduras e muito escassas em gorduras (menos de 19%) 
Dietas com gordura Modificadas
Dieta de Baixo Índice Glicêmico
Jejum Intermitente
Uma revisão sistemática e metanálise avaliou o efeito da restrição de energia intermitente sobre peso e marcadores biológicos em estudos de intervenção com duração superior a 6 meses. Nove estudos randomizados (num total de 981 indivíduos)
Restrição de energia intermitente X grupo de restrição de energia contínua.
Perda de peso observada em todos os braços de restrição de energia intermitente, independentemente da duração do estudo ou duração do acompanhamento. Oito intervenções em seis ensaios utilizados para as metanálises indicam que
Nem restrição energética contínua nem intermitente foi superior na perda de peso ou nas concentrações sanguíneas de lípidos, glicose e insulina.
 Os efeitos da restrição de energia intermitente a longo prazo permanecem obscuros pelo limitado número de estudos a longo prazo e de participantes.
74
Dietas da moda
Dietas sem glúten
Reconhecida como terapêutica  Doença celíaca e indicações (autismo, síndroma da fadiga crônica, síndrome do intestino irritável);
Alguns trabalhos experimentais exploram efeitos do glúten no metabolismo, com resultados conflitantes. Não há ERC em humanos
Dietas sem lactose
 Os estudos epidemiológicos confirmam a importância nutricional do leite na dieta humana e reforçam o possível papel do consumo de laticínios na prevenção de várias doenças crônicas, doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer, obesidade e 
Restrição somente se preciso. 
Evidencias Científicas
 Uma dieta planejada individualmente para criar um déficit de 500 a 1.000 kcal deveria ser parte integrante de qualquer programa de perda de peso que objetive diminuição de 0,5 a 1 kg por semana.
Dietas de baixas calorias, com 1.000 a 1.200 kcal por dia, reduzem em média 8% do peso corporal, em três a seis meses, com diminuição de gordura abdominal. Estudos de longo prazo mostram perda média de 4% em três a cinco anos.
Dietas de baixíssimas calorias, com 400 a 800 kcal por dia, produzem perda de peso maior em curto prazo, em comparação às dietas de baixas calorias. Entretanto, em longo prazo, no período de um ano, a perda de peso é similar.
Evidencias Científicas
Dietas escassas em gorduras, sem redução do número total de calorias, não levam à perda de peso. Entretanto, reduzir a quantidade de gordura, em uma dieta hipocalórica, é uma maneira prática de diminuir a ingestão calórica e induzir a perda de peso. 
Dietas que contenham 1.400 a 1.500 kcal por dia, independentemente da composição de macronutrientes, levam à perda de peso. 
Contato frequente entre o médico e o paciente e o tempo dispendido com o paciente auxiliam muito a perda e a manutenção do peso perdido. 
Orientações nutricionais tem por objetivo:
Situar a dietoterapia no contexto amplo de saúde, possibilitando ao paciente perceber a importância do tratamento e melhore a saúde;
Envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação
Aconselhamento Nutricional:
1) Instruir o paciente a manter sua própria dieta:
Ensinando a utilizar receitas, controlar as porções, indicar o que consumir em festas, os lanches menos energéticos e os métodos de preparação dos alimentos;
2) Utilizar recursos de terapia comportamental para automonitoramento
Diários alimentares e de atividade física, registro de peso corporal, discutir as dúvidas com o profissional
3) estimular a prática de exercícios físicos orientados
Envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação
Aconselhamento Nutricional:
4) Orientar sobre síndrome do reganho de peso
5) Comer devagar, mastigar bem;
6) Evitar pular refeições
7)Explicar a importância do tratamento
Envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação
Aconselhamento Nutricional:
Envolvendo conceitos básicos de saúde e alimentação
Aconselhamento Nutricional:
Guia Alimentar para a População Brasileira (BRASIL, 2006)
As recomendações apresentadas nesse material são baseadas nas sete diretrizes e duas diretrizes especiais
Suplementação na Obesidade
Suplementação na Obesidade
Suplementação na Obesidade
Chá e Gasto energético
Propriedades termogênicas, promovendo > oxidação de gorduras e > GE, em seres humanos (DULLO, 1999)
Extrato de chá (contendo 90 mg EGCG (72%) + 50 mg cafeína) x cafeína (50 mg) x placebo
 4% da termogênese em 24 horas
Interação catequinas + cafeína + noradrenalina
DULLO. Am J Clin Nutr 70:1040-5, 1999.
Noradrenalina
Cafeína (-)
COMT (degrada catecolaminas)
Fosfodiesterases (degradam AMPc)
Ativação da lipase hormônio sensível
Aumento e sustentação do efeito das catecolaminas na termogênese
Catequinas (-)
 LIPÓLISE
Chá e gasto energético 
chá oolong
Rumpler (2001): GE > em homens (25 a 60 anos) consumindo chá forte (3 g/300mL) ou cafeína equivalente ao chá forte (=53,7 mg)
> oxidação gordura
Komatsu et al (2003): mulheres japonesas eutróficas, 20 anos: GE em 10% com chá oolong x chá verde (4%)
Rumpler et al. J Nutr 131:2848-52, 2001; 
Komatsu et al. J Med Invest 50(3-4):170-5, 2003
TECIDO ADIPOSO
Secreção de peptídeos envolvidos com ingestão alimentar e GE
Importante papel na homeostase energética
Reserva e mobilização de energia
Órgão endócrino ativo
Ex: Leptina, IL-6 e TNF-
Aumentam a resistência insulínica
CHÁ VERDE
(modelos animais)
Reduziu 
Estudos in vitro/animais: 
EPIGALOCATECINA-3-GALATO (EGCG) 
 Inibiu diretamente a diferenciação de pre-adipócitos e induziu a apoptose em adipócitos maduros (Obes Res. 2005;13:982-90)
 Efeito antimitogênico em pré-adipócitos (Am J Physiol Cell Physiol. 2005;288:1094-1108)
 Inibiu a expressão de RNAm para resistina* (Am J Physiol Cell Physiol. 2006;290:273-81)
Catequinasexpressão e secreção de adiponectina#, por inibição do fator de transcrição (KLF7) que regula a expressão desse hormônio (Am J Physiol Cell Physiol. 2007;292:1166-72)
*Hormônio secretado pelo tecido adiposo, associado ao  da resistência à insulina; elevado em obesos
# Sensibilidade à insulina,  produção hepática de glicose, anti-inflamatório e atenua a progressão da aterosclerose; reduzida em obesos
CHÁ VERDE E PRODUÇÃO DE CITOCINAS
 30%
 20%
% do controle
0,1% de Extrato de Chá Verde 
(em animais, durante 4 meses) 
(SUEOKA et al. Ann NY Acad Sci, 928: 274, 2001)
Suplementação na Obesidade
o óleo de cártamo é composto por omegas-6 e 9, gorduras boas ao nosso organismo que ajudam no controle do colesterol e triglicérides no sangue. Além disso, pela presença da vitamina E, apresenta ação antioxidante, que neutraliza os radicais livres responsáveis pelo envelhecimento celular. Evidências ainda apontam o óleo de cártamo como um aliado ao emagrecimento devido a sua propriedade termogênica, que ajuda a acelerar o metabolismo e a queima de gordura, quando associado a hábitos de vida saudáveis.
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Síndrome Metabólica
Conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes;
tem como base à resistência à ação da insulina
Síndrome Metabólica
Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes três dos cinco critérios abaixo:
Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88 cm na mulher e 102 cm no homem;
Hipertensão Arterial - pressão arterial sistólica ³ 130 e/ou pressão arterial diatólica ³ 85 mmHg;
Glicemia alterada (glicemia ³110 mg/dl) ou diagnóstico de Diabetes;
Triglicerídeos ³ 150 mg/dl;
HDL colesterol £ 40 mg/dl em homens e £50 mg/dl em mulheres
Tratamento da Síndrome Metabólica
Aumento da atividade física e a perda de peso;
Uso de medicamentos para tratar os fatores de risco.
"sensibilizadores da insulina", que ajudam a baixar a açúcar no sangue, os medicamentos para pressão alta e os para baixar a gordura no sangue
Referencias
CUPPARI,L.Nutrição Clínica no Adulto.3 ed.São Paulo, 2014
DIRETRIZES BRASILEIRAS DE OBESIDADE 2009/2010/ABESO- Associação Brasileira para o Estudo da Obesiadde e da Síndrome Metabólica-3 ed.Itapevo,SP:AC, 2009
GEE,M.;MAHAN,L,K., ESCOTT-STUMP,S.Controle de peso corporal.In: MAHAN,L,K; ESCOTT-STUMP.Krause: Alimentos, Nutrição e Dietoterapia.12 ed.Rio de Janeiro: Elsevier,2005.
Caso Clínico
S. M. F. R. F, é uma mulher negra, paulista, com 30 anos de idade, trabalha como doméstica. De acordo com anamnese alimentar, paciente apresenta alimentação com horários irregulares, relata elevado consumo de alimentos de elevada densidade calórica, com alto teor de açúcares e gordura. Paciente realizou exame médico recentemente e foi verificada uma dislipidemia importante. Ela procurou um nutricionista para perda ponderal e mudança dos hábitos alimentares (considerando esta paciente sedentária). 
IMC= 35,32 - Obesidade grau II CC = 106 cm acúmulo de gordura visceral Dislipidemia VET = usar FAO (-500 a 1000 kcal por dia) ou 20-25 kcal/ kg/ d Proteína = 1 g/ kg/ d Carboidrato = 50 a 60% Lipídio = 25 a 35%
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Avaliação antropométrica: Peso = 95 kg Estatura = 1,64 m IMC =35,32 kg/m² Circunferência da cintura = 106 cm. Recordatório Alimentar relatou um consumo de 3500Kcal/dia.
Avaliação laboratorial: 
Colesterol total = 257 mg/dL (Desejável: < 200 mg/dL, Limítrofe: 200 a 239 mg/dL e Elevado: > 240 mg/dL) 
HDL Colesterol = 34 mg/dL (Desejável: > 55 mg/dL, Limítrofe: 35 a 55 mg/dL e Alto risco: < 35 mg/dL)
 LDL Colesterol = 170 mg/dL (Ideal: inferior a 100 mg/dL, Desejável: 100 a 129 mg/dL, Limítrofe: 130 a 159 mg/dL e Elevado: > 159 mg/dL)
Triglicerídeos = 268 mg/dL (Desejável: até 150 mg/dL, Limítrofe: 150 a 199 mg/dL, Alto: 200 a 499 mg/dL e Muito alto: >499 mg/dL) 
Com base nesses dados citados acima, descreva o diagnóstico nutricional deste paciente , como você calcularia e qual o tipo de dieta você orientaria a ela. Quais orientações nutricionais gerais você descreveria?
0
20
40
60
80
100
120
TNF-alfaIL-6
Antes
Depois

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