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Contextualização teórica
INTRODUÇÃO
● Na aula de hoje você irá conhecer os três grandes eixos da psicopatologia e
como esses grandes eixos derivam das teorias da Psicologia. Além disso,
você irá entender um pouco como a Terapia Cognitivo-Comportamental
(TCC) se insere dentro da Psicologia e porque ela é uma teoria baseada em
evidências.
3 GRANDES EIXOS TEÓRICOS DA PSICOLOGIA
● Psicopatologia fenomenológica
○ Da psicopatologia fenomenológica derivam as teorias humanistas e
fenomenológicas.
○ Afasta-se da relação causa e efeito entre situações, eventos e
transtornos mentais. Sendo assim, a psicopatologia fenomenológica
seria uma vertente sem classificações.
● Psicopatologia psicodinâmica
○ Segundo principal eixo da Psicologia e dela derivam-se a psicanálise e
a terapia Junguiana.
○ As causas para os transtornos mentais estariam no passado do
indivíduo, na sua história de vida, nos seus vínculos parentais e
traumas.
● Psicopatologia ateórica
○ Dela derivam as teorias comportamental e cognitivo-comportamental.
○ Baseia-se em um método de classificação pautado na nosologia e
entende que a causa de todos os transtornos mentais é de origem
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multifatorial, possuindo influência genética, biológica, ambiental,
familiar e personalidade.
○ Para a psicopatologia ateórica a união de inúmeros fatores junto a um
ambiente desfavorável pode desencadear um transtorno mental.
APRESENTAÇÃO DA TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL
● A TCC é uma terapia estruturada, focada no presente e que não estabelece
uma relação de causalidade entre situações do passado e eventos atuais.
● A TCC é orientada por metas e objetivos de tratamento e suas intervenções
acontecem através da descoberta guiada, na qual o terapeuta guia o paciente
no processo de descoberta e autoconhecimento.
● A Psicologia comportamental, que antecede a TCC, tem como primeiro
teórico behaviorista Pavlov. Posteriormente, Watson foi responsável por
elevar a Psicologia ao status de ciência com sua teoria que tinha como
premissa a relação entre estímulo e resposta. Em seguida, Skinner aprimorou
a teoria anterior e trouxe o indivíduo entre o estímulo e a resposta,
defendendo a subjetividade de cada sujeito.
ORIGEM DA TCC
● A TCC foi criada por Aaron Beck. Beck se inspirou em diversos conceitos das
teorias psicológicas, bem como a teoria comportamental, a teoria humanista,
a abordagem centrada na pessoa, a Gestalt-terapia e o Psicodrama. Com a
evolução dos estudos da Psicologia foi possível conceber a Teoria
Cognitivo-comportamental como uma abordagem contemporânea, que
fornece uma nova visão sobre o comportamento.
● Na década de 70, Beck atendia os pacientes deprimidos como psiquiatra e
psicanalista e percebeu que eles tinham um padrão de comportamento. Ao
perceber esse padrão de pensamento, o principal objetivo de Beck era
construir uma teoria que pudesse reestruturar o pensamento rígido, trazendo
flexibilidade para esses pensamentos.
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● A TCC utiliza o método científico para a produção de ensaios clínicos
randomizados e estudos comparativos que demonstram a eficácia da
psicoterapia em TCC, aplicada individualmente e de maneira combinada com
a terapia medicamentosa.
● Beck acreditava, assim como o Epíteto (1991, p. 14) que: “Os homens não
são perturbados por coisas, mas sim pela opinião que têm delas.” Sendo
assim, a TCC defende que o que importa não é a situação, e sim como a
interpretamos (pensamentos automáticos).
CONCEITOS IMPORTANTES E PRINCÍPIOS DA TCC
● No processo de construção da teoria, Aaron Beck levantou duas hipóteses
que envolvem os pensamentos:
○ A primeira hipótese diz que: um portador de um transtorno mental tem
uma tendência aumentada para distorcer eventos e uma rigidez
cognitiva, ou seja, ele resiste em reconhecer interpretações
alternativas. A partir dessa hipótese, o intuito do autor foi criar uma
teoria capaz de oferecer uma flexibilização cognitiva.
○ A segunda hipótese é que as cognições têm primazia sobre as
emoções e comportamentos. Essa é uma das principais diferenças
entre a Teoria Cognitivo-Comportamental e a Teoria Comportamental.
Enquanto a Teoria Comportamental entende que é modificando o
comportamento que as alterações significativas acontecem, a TCC
defende que existem duas vias de modificação: intervindo no
pensamento e no comportamento.
● Aaron Beck postulou inicialmente em seus estudos que primeiro há a
cognição, depois a emoção e por fim o comportamento, todavia, isso não é
rigidamente causal. Com isso, a TCC é estruturada a partir de uma tríade que
inclui pensamento, emoção e comportamento.
● Dentre os principais conceitos da TCC, é essencial compreender os três
conceitos básicos, de acordo com Beck: os pensamentos automáticos, as
crenças intermediárias e as crenças nucleares ou crenças centrais:
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○ Os pensamentos automáticos são aqueles que surgem sem que seja
possível controlar.
○ Crenças intermediárias podem ser consideradas pressupostos, como
regras rígidas e sempre se apresentam através de um nexo causal
“se… então…”. Seu papel é mediar os pensamentos automáticos e
crenças nucleares.
○ As crenças nucleares, por sua vez, se manifestam de maneira
arbitrária em forma de “sou…” e segundo Judith Beck, se subdividem
em três categorias: desamor, desvalor e desamparo.
● A TCC pressupõe que a conceitualização é um modelo cognitivo de
compreensão dos transtornos e condições psicológicas do paciente. O
tratamento, portanto, deve ser baseado nessa conceitualização.
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA TCC
1. A TCC se orienta no conhecimento empírico da Psicologia científica baseada em
evidências;
2. A TCC é uma terapia orientada para o momento presente;
3. A TCC se baseia na análise dos fatores de vulnerabilidades, fatores
desencadeadores e mantenedores dos transtornos mentais;
4. Por se orientar no problema, a TCC também é orientada para um objetivo
definido, uma meta;
5. A TCC é voltada para ação e não apenas para a tomada de consciência;
6. A TCC não se restringe ao setting terapêutico, mas se estende à vida diária do
indivíduo, através do plano de ação, por exemplo;
7. A TCC é transparente quanto aos seus objetivos e seus meios. Tudo é
compartilhado com os pacientes;
8. A TCC procura ser uma ajuda para que o paciente possa se ajudar;
9. A TCC se esforça para estar em constante desenvolvimento;
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10. A TCC tem como principal objetivo transformar o paciente no seu próprio
terapeuta.
REFERÊNCIAS
ARDILA, R. J. B.Watson, a psicologia experimental e o condutismo 100 anos depois.
Estud. pesqui. psicol., Rio de Janeiro , v. 13, n. 1, p. 312-319, abr. 2013.
Disponível em: https://bityli.com/tERNMRYI. Acesso em: 04 out. 2022.
BECK, J. S. Terapia cognitivo-comportamental: teoria e prática. 3 ed. Porto
Alegre: Artmed, 2021.
BECK, A. T. et al. Cognitive therapy of depression. New York: Guilford, 1979.
BECK, A. T. Cognitive therapy and the emotional disorders. New York:
International Universities Press, 1976.
BECK, A. T. Thinking and depression: II. Theory and therapy. Archives of General
Psychiatry, v. 10, n. 6. p. 561-571, 1964.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais.
Artmed. Porto Alegre, 2019.
Epictetus: Enchiridion. Translated by George Long. Amherst, NY, Prometheus
Books, 1991.
FELDMAN, Robert S. Introdução à Psicologia. 10 ed. Porto Alegre: McGraw Hill,
2015.
KARWOWSKI, S. L. Por um entendimento do que se chama psicopatologiafenomenológica. Rev. abordagem gestalt., Goiânia , v. 21, n. 1, p. 62-73, jun. 2015.
Disponível em: https://bityli.com/FMfrkYix. Acesso em: 04 out. 2022.
NEUFELD, C. B.; RANGÉ, B. P. Terapia Cognitivo-Comportamental em Grupos:
das evidências à prática. Porto Alegre: Artmed, 2017.
SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. 5 ed. São Paulo, Martins
Fontes, 1953.
WRIGHT, J. H. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia
ilustrado. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.
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