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Introdução à Educação Física

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Introdução à Educação Física
Tema 01 - O que é epistemologia? Qual sua relação com a Educação Física? 
Não se assuste com esse título! Sabemos que essa palavra não é tão comum no nosso cotidiano e pode gerar um desconforto inicial. O termo epistemologia tem origem grega, em que episteme significa ciência e logia (como muitas outras "logias" que você conhece) significa ciência ou discurso. Você deve estar se perguntando: “Então, epistemologia é ‘ciência da ciência’?”. A resposta é: sim! Isso porque na Filosofia também precisamos considerar estudar a própria ciência, conhecer quais são os princípios, hipóteses e objetivos a serem considerados para que a ciência seja tida como ciência. No decorrer da história, a ciência passou por diversas modificações e não chegou a um estado final – ou seja, o conhecimento é (e possivelmente sempre será) provisório. Mas em que isso se relaciona com a Educação Física? 
Tema 02 - O debate epistemológico da Educação Física no Brasil 
Para responder à pergunta O que é Educação Física?, você pode ter pensado que é a educação do físico, ou seja, aprender movimentos e exercícios para "educar" o corpo. Se olharmos para o final do século XIX e início do século XX, essa era uma perspectiva comum da área. Naquele momento, não se tinha uma reflexão sobre o que é o movimento, quais são seus significados e quais são as melhores estratégias e técnicas para realizá-los, apenas a sua reprodução. Não existia, como hoje, uma formação em nível de graduação, com a contribuição de diversas áreas do conhecimento para pensar o movimento humano de forma ampliada. A partir do momento em que essa formação começou a acontecer, as pessoas que faziam parte da área começaram a se questionar: “Qual deve ser o objetivo da Educação Física?”, “Como ela pode contribuir de forma efetiva na vida das pessoas?”. 
Tema 03 – A matriz pedagógica da Educação Física 
Com relação à epistemologia na Educação Física, diversos autores da área tentaram responder à questão "O que é Educação Física?" com base em diferentes propostas. Podemos agrupar essas respostas em dois grupos: a matriz pedagógica e a matriz científica. Começaremos pela matriz pedagógica, cujo nome já é um indicativo do que ela defende: que consideremos em nossa área a importância da pedagogia, do ensino e da aprendizagem, da educação. Isso quer dizer que o ponto mais importante para os proponentes dessa matriz reside no fato de que a Educação Física precisa ser vista como uma área de intervenção, por parte do profissional formado em Educação Física, em pessoas que irão aprender ou aperfeiçoar os movimentos que fazem parte de sua cultura corporal. Mas... O que é cultura corporal? 
Tema 04 - A matriz científica da Educação Física 
Além da matriz pedagógica, outro grupo de pesquisadores da área da Educação Física defende argumentos que podem ser agrupados na chamada matriz científica. Esses autores propõem que a Educação Física seja reconhecida como ciência. Inclusive alguns deles defendem a mudança de seu nome para Cinesiologia (cinesio = movimento e logia = ciência) ou ciência do movimento humano. Essa proposta recebeu diversas críticas, principalmente porque ela não resolvia o que, na época, era visto como problema, que é a diferenciação da Educação Física para outras áreas de conhecimento. Também havia dúvidas se a simples mudança do nome da área a colocaria em um grau de importância social, apenas porque se tornaria uma "ciência". Apesar das críticas, ainda é possível identificar, em nossa área, pessoas que entendem que essa seria a melhor solução.  
Tema 05 - A Educação Física hoje 
Desde os debates sobre a epistemologia da Educação Física, nas décadas de 1980 e 1990, que levaram aos argumentos das matrizes pedagógica e científica, algumas mudanças importantes aconteceram. Desde 2004, temos dois cursos de formação na Educação Física: a licenciatura e o bacharelado. Antes, existia uma única formação (chamada de licenciatura plena), com a qual os graduados poderiam atuar em qualquer área. Com a divisão em licenciatura e bacharelado, os futuros profissionais precisam escolher em qual área pretendem atuar antes mesmo de ingressarem no curso, pois isso será decisivo sobre qual formação devem fazer. Assim, os licenciados em Educação Física têm uma formação acadêmica mais voltada à área pedagógica, pois atuarão no ambiente formal (escolar). Já os bacharéis em Educação Física têm sua formação mais voltada à área biológica, atuando nos ambientes não formais.   
Tema 01 - As ginásticas europeias 
Você já presenciou alguém, provavelmente uma pessoa idosa, que utilizou o termo “ginástica” para descrever a aula de Educação Física na escola ou mesmo para descrever as tarefas de um professor ou profissional de Educação Física? Embora isso pareça estranho nos dias de hoje, é uma confusão justificável: inicialmente, no Brasil, as atividades corporais mais sistematizadas foram as ginásticas.
Essa sistematização, ou seja, a organização metodológica e sequencial de exercícios, aconteceu em países que hoje são a França, a Alemanha e a Suécia, tendo chegado ao Brasil por diferentes meios. Por isso, utilizamos o termo “ginásticas”, no plural, e podemos identificar esses diferentes métodos europeus influenciando grupos, espaços e momentos históricos no país. As ginásticas têm grande destaque na história da Educação Física pela sua inserção social e por terem sido o primeiro método de ensino das práticas corporais. 
Tema 02 - A chegada dos esportes 
Enquanto os métodos ginásticos passavam a se difundir no mundo, outras práticas corporais, poucas décadas depois, também começaram a conquistar um público internacional: as modalidades esportivas.
Diferentemente da ginástica, as diversas modalidades esportivas enfatizavam um caráter de competição baseadas em regras que começavam a ser pré-determinadas por organizações esportivas nacionais – principalmente na Inglaterra, no final do século XIX – e internacionais, no início do século XX.
Elas vieram para o nosso país também a partir da influência europeia – não tanto pelos benefícios corporais, como era o caso das ginásticas – mas principalmente porque a elite brasileira passou a ver no esporte uma forma de aproximar-se da modernidade que aquele continente representava. O interesse das elites auxiliou na difusão do esporte, que logo passou também a ser praticado pelas demais classes sociais.
Tema 03 – A Educação Física para fins militares e higiênicos 
Considerando as práticas corporais que começaram a se popularizar no Brasil no final do século XIX e início do século XX, tanto as ginásticas quanto o esporte passaram a ser incorporados ou rejeitados por grupos sociais. Apesar de não existir um consenso, as características de sistematização dos movimentos pelas ginásticas quanto ao perfil amador regrado das modalidades esportivas foram vistas como positivas por diferentes grupos.
Inicialmente, destacamos como os militares e médicos (entre outros “higienistas”) viram nas ginásticas e no esporte um meio para alcançar diferentes objetivos. Como vimos, as ginásticas estiveram próximas do ambiente militar mesmo em seus países de origem, não sendo diferente no Brasil. Elas também passaram a ser vistas na perspectiva de cuidados com o corpo, necessários para que os trabalhadores aguentassem as árduas jornadas de trabalho. Assim começa a apropriação social da Educação Física.
Tema 04 - A Educação Física para fins eugênicos e político-ideológicos 
Da mesma maneira como vimos a Educação Física sendo utilizada como meio para propósitos militares e higiênicos, vamos ver também como ela foi incorporada por outros discursos: o eugênico e o político-ideológico.
As finalidades eugênicas se aproximam das higiênicas, mas elas têm origens distintas: o eugenismo surgiu compreendendo que as diferenças sociais estavam previstas pela genética, por isso seus primeiros proponentes pregavam o controle de natalidade e até o arranjo de casamentos para que uma raça mais pura e superior de seres humanos surgisse. Essacaracterística sofreu influências do higienismo, especialmente no Brasil, onde se começou a acreditar que a genética poderia ser mudada a partir de hábitos saudáveis.
Nessa lógica, a Educação Física também passou a ser vista como um meio de melhorar a sociedade por esse grupo. Além disso, veremos como o esporte ganhou espaço na agenda política e como seus usos ideológicos surgiram também no Brasil.
Tema 05 - Formação profissional em Educação Física 
Em paralelo às diferentes apropriações que os grupos sociais faziam das ginásticas e do esporte, o curso de formação superior em Educação Física foi se delineando. Hoje temos a Educação Física como dois cursos superiores de graduação – bacharelado e licenciatura – mas nem sempre foi assim.
No início, de forma semelhante ao que alguns acreditam até hoje, pessoas com experiência em atividades corporais atuavam como instrutores, tanto em escolas quanto em outros locais. Eram principalmente militares, que tinham as ginásticas presentes em suas rotinas, e basicamente reproduziam as sequências de movimentos.
Por isso, as primeiras escolas de preparação de instrutores estavam nesses ambientes. Posteriormente, iniciou-se a criação de ambientes para civis tornarem-se instrutores e, dependendo do tempo de estudos, professores de Educação Física.
Tema 01 - Corpo e corporeidade 
Corpo – esse conceito parece ter uma definição muito clara, não? Mas nem sempre foi assim. Esse conceito foi construído ao longo do tempo, conforme o momento histórico em que aconteciam as discussões e as interpretações sobre o corpo.
A corporeidade é um exemplo de compreensão mais abrangente desse conceito.
Tema 02 - Movimento humano 
O movimento humano, tão natural e importante em nossas vidas, pode ser entendido de diferentes maneiras: desde algo mecânico e desconectado de nossa mente até como algo que faz parte de um ser humano integral, que se comunica, relaciona-se e constrói sua personalidade por meio do movimento. 
Tema 03 – Motricidade 
Manuel Sérgio Vieira e Cunha, professor, filósofo, educador, ativista e político português, desenvolveu em 1986 sua tese doutoral sobre a motricidade humana.
Cunha trouxe a discussão sobre a corporeidade para a educação física, pois tinha inquietações sobre as teorias utilizadas em nossa área. Assim como acontece com o corpo e a corporeidade, a motricidade vai além do movimento, fundamentando-se nas teorias da complexidade, da fenomenologia e nas ciências humanas e sociais.
Tema 04 - Atividade física 
Há diversos motivos pelos quais as pessoas aderem à prática de exercícios físicos, como a busca por melhor qualidade de vida.
Essa busca se dá por meio do que se padronizou chamar de atividade física. Com base no senso comum, costuma-se chamar tudo que envolve o movimento humano dessa maneira, mas, na verdade, esse conceito é mais complexo.
Tema 05 - Práticas corporais 
O termo práticas corporais vem sendo cada vez mais utilizado por diversas áreas, com grande destaque na educação física.
Da mesma forma como o entendimento de corpo e corporeidade, e de movimento e motricidade, a compreensão das práticas corporais vai além das atividades físicas e abrange elementos das ciências humanas e sociais.
Tema 01 - História da regulamentação da Educação Física 
Neste tema estudaremos a chegada da Educação Física ao Brasil e os processos pelos quais a disciplina passou até a aprovação da Lei n. 9.696/1998, que regulamentou a atuação do profissional de educação física e criou os respectivos Conselho Federal e Conselhos Regionais de Educação Física (Brasil, 1998).
Dessa forma, você poderá compreender as influências que os campos de atuação na área possuem atualmente, as quais são oriundas desses processos históricos.
Tema 02 - Currículo da Educação Física 
Neste tema abordaremos a trajetória que dividiu a graduação antes plena em Educação Física em duas grandes áreas: licenciatura e bacharelado.
Nossa intenção é fazer você compreender cronologicamente as evoluções do currículo da Educação Física, acompanhando os embates e os desafios que ocorreram nos cursos até sua construção atual.
Tema 03 – Formação e atuação na área de licenciatura em Educação Física 
A formação e a atuação do profissional licenciado em Educação Física só foram possíveis após a regulamentação da Lei n. 9.394/1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN), que estabeleceu a abertura do mercado de trabalho para os profissionais da Educação Física nos ensinos escolares infantil, fundamental e médio, bem como em outras modalidades de ensino, como a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Discutiremos também neste tema os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs, 1998), que referenciam o trabalho dos profissionais que atuam nas escolas da rede de ensino básico, pública ou privada.
Tema 04 - Formação e atuação na área de bacharelado em Educação Física 
Neste tema, veremos as possíveis áreas de atuação do profissional bacharel em Educação Física, como a área acadêmica, clubes, equipes esportivas, associações, empresas, entre outras entidades formadoras. O bacharel em Educação Física também pode atuar como profissional liberal para atuar como instrutor, técnico, treinador, preparador, coordenador, organizador e gestor.
Como poderemos perceber, grande parte dessa área de atuação está em plena ascensão, o que permite a esse profissional trabalhar com qualidade de vida, lazer, saúde, fitness, treinamento e administração, entre outras possibilidades que surgem com intuito de desenvolver o movimento humano e o formato de atividade física e esportiva. 
Tema 05 - Estágios supervisionados e remunerados na Educação Física, e o mercado de trabalho 
Neste tema, conheceremos os principais conceitos sobre a Lei do Estágio. Conforme estabelecido pela Lei n. 11.788/2008, o estágio é um ato educativo escolar supervisionado no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo dos estudantes.
Esse momento é acompanhado pelo tutor e por diversos trâmites burocráticos. Por isso, é necessário saber que na área de licenciatura o curso é composto por cinco diferentes estágios, ao passo que na área de bacharelado ele é composto por três.
Além disso, discutiremos aqui sobre o estágio remunerado, que tem como objetivo inserir os alunos no mercado de trabalho.
Tema 01 - Tendências na Educação Física 
Este primeiro tema trata das tendências em Educação Física, trazendo dois autores principais que elaboraram classificações para essas tendências e que explicam as abordagens de ensino vigentes antes das transformações geradas pela crise dos anos 1980.   
Tema 02 - Abordagens Psicomotricista, Desenvolvimentista e Construtivista-interacionista 
Chega o momento de conhecermos melhor as propostas decorrentes de todo um processo de críticas e discussões. Foram muitas as reformulações teóricas para a Educação Física, o que auxiliou os professores a apresentarem novos valores, conteúdos e procedimentos pedagógicos diferentes dos médico-biológicos que foram priorizados anteriormente.   
Tema 03 – Abordagens Crítico-superadora, Crítico-emancipatória e Atividade Física para a promoção da saúde 
Seguiremos conhecendo algumas das abordagens que embasam os planejamentos e práticas dos professores de Educação Física. Duas delas estão fundamentadas na tendência histórico-crítica e a outra, ainda que trate da promoção da saúde, conseguiu superar o olhar meramente biologicista. 
Tema 04 - Aulas Abertas, Plural/Cultural, Jogos Cooperativos e Abordagem dos PCNs 
Chegamos às últimas abordagens a serem apresentadas nesta aula. Sim, nesta aula, pois ainda há diversas outras abordagens metodológicas que foram surgindo ao longo do tempo conforme as necessidades observadas por seus idealizadores. Veremos agora as abordagens das Aulas Abertas, Plural/Cultural, Jogos Cooperativos e Abordagem dos PCNs, que colocam a centralidade nos alunos e na forma como se relacionam com os demais e com o ambiente em que estão inseridos.  
Tema 05 - Síntese das reformulações 
Como comentadoanteriormente, houve diversas reformulações no que se refere às maneiras de pensar e tratar a Educação Física. Veremos agora as sínteses que alguns pesquisadores fizeram sobre essas transformações – o que e por que mudou? Houve progresso? 
Tema 01 - Legitimação do esporte no Brasil 
Neste tema, estudaremos a legitimação do esporte no Brasil, partindo de uma abordagem sociocultural com as relações humanas de apropriação dessa prática. Para Paes (2006) e Bento (2006), o esporte, como patrimônio da humanidade, tem como um dos seus aspectos mais importantes – e que caracteriza a dimensão extraordinária alcançada por ele – a sua condição de fenômeno sociocultural. Para compreender melhor a consolidação dos movimentos esportivos no país, vamos voltar no tempo, a partir de 1939, com a Criação da Escola Nacional de Educação Física e Desportos (ENEFD) e a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEX), além de adentrar no período militarista, grande responsável pelas influências esportivistas que ainda reinam até os dias atuais. Dessa forma, você poderá compreender melhor as concepções do fenômeno esporte no Brasil. 
Tema 02 - Pedagogia do esporte pautada na ciência tradicional 
Quando falamos de pedagogia do esporte, podemos encontrar diversas vertentes que reduzem o ensino do esporte a apenas a descoberta de talentos, como afirma Santana (2005), dizendo que há um reducionismo das propostas pedagógicas, que insistem em desprezar as dimensões sensíveis dos indivíduos, priorizando a busca por talentos esportivos, a especialização precoce, a formação de equipes para competições e a performance como base para as avaliações. Essa visão reducionista e simplista é derivada de um modelo de ciência tradicional sustentada por estudiosos como Bacon, Galileu, Descartes e Newton nos séculos XVI e XVII, mas que ainda hoje têm força.   
Tema 03 – Mudanças na pedagogia do esporte 
Como vimos no vídeo anterior, a pedagogia do esporte tinha uma visão simplista do processo de ensino e aprendizagem das práticas esportivas. Existiu, então, a preocupação por parte de autores como Balbino (2005), Santana (2005), Paes (2006), Bento (2006), Rufino e Darido (2012) em mudar essa concepção para o fenômeno aberto, com influências e conexões diversas, rompendo com a ideia de linearidade, sendo necessário buscar novas metodologias de ensino. Por isso, Paes e Balbino (2005) manifestam cinco importantes aspectos a serem considerados nos processos de ensino e aprendizagem do esporte: movimento humano, inteligências múltiplas, aspectos psicológicos, aspectos filosóficos e aprendizagem social. Visto por este ângulo, o esporte proporcionava uma visão reflexiva. 
Tema 04 - Principais abordagens da pedagogia do esporte 
Neste tema, vamos discutir as principais abordagens de pedagogia do esporte que surgiram para romper com a abordagem tradicional. De acordo com Scaglia e Paes (2009, p. 603-608), as principais abordagens surgiram orientadas pelos jogos esportivos, as quais se caracterizam por romper com as concepções da ciência tradicional, avançando em direção à criação de um processo que priorize o sujeito, respeitando sua natureza complexa e potencial e comprometendo-se com a prática educativa. Todas as "novas pedagogias", com seus pesos e medidas, serviram para trazer novas concepções de ensino e aprendizagem, visando uma abordagem mais crítica e reflexiva da prática esportiva que atendesse a um ambiente favorável ao desenvolvimento integral dos seres humanos.  
Tema 05 - Pedagogia do entendimento 
Neste tema, vamos abordar a necessidade de contextualizar a pedagogia do esporte com os alunos/jogadores/atletas, visando o porquê dos conteúdos, dos treinamentos, das práticas e, sempre que possível, possibilitar ao público o feedback para a melhor compreensão e assimilação das atividades propostas. Zabala (2001) propõe que os conteúdos ou práticas sejam vistos da seguinte maneira:
	Atitudinal – como deve ser? Refere-se às atitudes, normas e valores e abrange os campos cognitivos, emocionais e comportamentais.
	Conceitual – o que se deve saber? Requer estratégias que promovam a atividade cognoscitiva dos alunos, promovendo situações que potencializem essa dimensão.
	Procedimental – o que se deve fazer? Ações coordenadas para que se alcance um objetivo, para que se aprendam procedimentos e ações.

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