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1 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS 1. INTRODUÇÃO No início do século XIX, John Dalton, cientista inglês, introduziu o conceito de peso atômico, hoje também chamado de massa molar. Em extensão a esse estudo, dois cientistas franceses, Alexis-Thérèse Petit e Pierre-Louis Dulong, postularam uma regra que relaciona o calor específico dos elementos e a massa molar. Este estudo foi publicado no artigo “Investigação sobre alguns aspectos importantes da teoria do calor”. Posteriormente, essa relação passou a ser chamada de Lei de Dulong-Petit. A lei é representada pela equação: 𝑐.𝑀 = 3𝑅 Onde: c = calor específico; R = constante dos gases reais; M = massa molar do átomo. Esta fórmula foi utilizada para calcular o calor específico de muitos sólidos, em especial de metais. Apesar de não ser um método exato, foi uma lei que contribuiu para a época. 2. CALOR O calor representa a energia que é transferida de um corpo a outro, unicamente pelo fato desses corpos estarem em temperaturas diferentes. O corpo com temperatura maior transfere, voluntariamente, calor para o corpo com temperatura menor, até que seja atingido o equilíbrio térmico, estado em que os corpos estão na mesma temperatura. Devido ao fenômeno de transferência, podemos dizer que o calor é a energia térmica em movimento. mailto:contato@algetec.com.br 2 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS Há três formas de transferência de calor: i) Condução: característica de materiais sólidos, onde as moléculas não possuem liberdade de movimento. A energia térmica é transmitida de uma molécula para a sua vizinha, seguindo um sentido de propagação. ii) Convecção: característica de fluidos, onde as moléculas possuem liberdade de movimento dentro do volume. Assim, a transmissão de calor se dá por moléculas se movimentando e se chocando com outras. iii) Radiação: todo corpo com temperatura acima do zero absoluto emite radiação. Graças a essa transmissão, a Terra é aquecida pelo Sol, uma vez que as ondas eletromagnéticas não precisam de meio material para se propagarem. 3. CALOR ESPECÍFICO O calor específico (c) é uma característica que retrata o comportamento de cada material ou substância quando exposto a uma fonte de calor. Ele representa a quantidade de calor que deve ser fornecida para elevar, em uma unidade de temperatura, cada unidade de massa de uma substância. Ou seja, o calor específico está relacionado com a capacidade do corpo ou substância de armazenar energia interna. A unidade de medida do calor específico no Sistema Internacional (SI) é J/kg.K, porém, é muito usual a unidade em cal/g.°C. A Tabela 1 a seguir apresenta valores de calor específico de alguns sólidos e da água: Substância Calor específico (cal/g.°C) Cobre 0,09 Ferro 0,11 Areia 0,20 Alumínio 0,22 Madeira (Pinho) 0,65 Água 1,00 Tabela 1 – Calor específico mailto:contato@algetec.com.br 3 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS 4. COMPARANDO O CALOR ESPECÍFICO ENTRE METAIS Em metais, há uma relação entre o valor do calor específico e a massa de seus átomos. É observado que, quanto maior o valor da massa atômica do metal, menor o valor do calor específico. Da Tabela 1, temos em ordem decrescente de massa atômica o cobre, o ferro e o alumínio, assim sendo a ordem crescente em calor específico. A explicação é que para elevar 1 grau Celsius em 1 g de cada substância, teremos mais átomos na amostra de alumínio e menos átomos na de cobre. Assim, com menos átomos para fornecer energia, será necessário menos energia para elevar a temperatura. 5. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CALORIMETRIA O calor sensível (Q) é definido como a quantidade de energia na forma de calor que um corpo recebe para variar a sua temperatura, mas sem acarretar mudança de estado físico. Esse calor é transferido, de um corpo para o outro, até que os corpos atinjam o equilíbrio térmico. No SI, a unidade de quantidade de calor é o joule (J). Entretanto, no dia a dia, é empregada comumente a unidade chamada de caloria (cal). Essas unidades estão relacionadas pela seguinte fórmula: 1 cal = 4,1868 J A equação fundamental da calorimetria apresenta a quantidade de calor liberado ou absorvido por um corpo de certa massa, quando sujeito a uma variação de temperatura, ou seja, o calor sensível. Essa equação matemática é: 𝑄 = 𝑚. 𝑐. ∆𝑇 Onde: Q = calor trocado (recebido ou cedido); = massa do corpo; c = calor específico da substância; ∆T = variação de temperatura. mailto:contato@algetec.com.br 4 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS 6. TROCA DE CALOR EM UM MEIO ADIABÁTICO Um meio adiabático é um meio isolado. Assim, o que ocorrer dentro deste ambiente não sofrerá troca de energia ou matéria com o meio externo. Portanto, será válida a equação: 𝑄𝐶 + 𝑄𝑅 = 0 Onde: 𝑄𝐶 = calor sensível cedido; 𝑄𝑅 = calor sensível recebido. mailto:contato@algetec.com.br 5 ALGETEC – SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS EM EDUCAÇÃO CEP: 40260-215 Fone: 71 3272-3504 E-mail: contato@algetec.com.br | Site: www.algetec.com.br LABORATÓRIO DE FÍSICA CALOR ESPECÍFICO DE CORPOS SÓLIDOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALEXIS-THÉRÈSE, P.; PIERRE-LOUIS, D. Research on some important aspects of the theory of heat. Annales de Chimie et de Physique 10. p. 395-413, 1819. BALL, D. W. Físico Química. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. PILLA, L. Físico-Química I. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos. Editora 1979. mailto:contato@algetec.com.br