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Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 2 SEGURANÇA NO TRABALHO HIGIENE INDUSTRIAL E SAÚDE OCUPACIONAL Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 3 SEGURANÇA NO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL CAPÍTULO I – SEGURANÇA DO TRABALHO PARTE I : INTRODUÇÃO À SEGURANÇA DO TRABALHO . RESUMO HISTÓRICO – Parte A O êxito de qualquer atividade empresarial é diretamente proporcional ao fato de se manter a sua peça fundamental - o trabalhador - em condições ótimas de saúde ( definição da Organização Mundial da Saúde, OMS : "A saúde é um estado de completo bem estar físico, mental e social, e não somente a ausência de enfermidades") . As atividades laborativas nasceram com o homem. Pela sua capacidade de raciocínio e pelo seu instinto gregário, o homem conseguiu, através da história, criar uma tecnologia que possibilitou sua existência no planeta. Uma revisão dos documentos históricos relacionados à Segurança do Trabalho permitirá observar muitas referências a riscos do tipo profissional mesclados aos propósitos do homem de lograr a sua subsistência. Na antiguidade a quase totalidade dos trabalhos eram desenvolvidos manualmente - uma prática que nós encontramos em muitos trabalhos dos nossos dias. . Hipócrates em seus escritos que datam de quatro séculos antes de Cristo, fez menção à existência de moléstias entre mineiros e metalúrgicos. . Plínio, O Velho, que viveu antes do advento da era Cristã, descreveu diversas moléstias do pulmão entre mineiros e envenenamento advindo do manuseio de compostos de enxofre e zinco. . Galeno, que viveu no século II, fez várias referências a moléstias profissionais entre trabalhadores das ilhas do mediterrâneo. . Agrícola e Paracelso investigaram doenças ocupacionais nos séculos XV e XVI. . Georgius Agrícola, em 1556, publicava o livro "De Re Metallica", onde foram estudados diversos problemas relacionados à extração de minerais argentíferos e auríferos, e à fundição da prata e do ouro. Esta obra discute os acidentes do trabalho e as doenças mais comuns entre os mineiros, dando destaque à chamada "asma dos mineiros". A descrição dos sintomas e a rápida evolução da doença parece indicar sem sombra de dúvida, tratarem de silicose. - Em 1697 surge a primeira monografia sobre as relações entre trabalho e doença de autoria de Paracelso: "Von Der Birgsucht Und Anderen Heiten". São numerosas as citações relacionando métodos de trabalho e substâncias manuseadas com doenças. Destaca-se que Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 4 em relação à intoxicação pelo mercúrio, os principais sintomas dessa doença profissional foram por ele assinalados. - Em 1700 era publicado na Itália, um livro que iria ter notável repercussão em todo o mundo. tratava-se da obra "De Morbis Artificum Diatriba" de autoria do médico Bernardino Ramazzini que, por esse motivo é cognominado o "Pai da Medicina do Trabalho". Nessa importante obra, verdadeiro monumento da saúde ocupacional, são descritas cerca de 100 profissões diversas e os riscos específicos de cada uma. Um fato importante é que muitas dessas descrições são baseadas nas próprias observações clínicas do autor o qual nunca esquecia de perguntar ao seu paciente: "Qual a sua ocupação?". Devido a escassez de mão de obra qualificada para a produção artesanal, o gênio inventivo do ser humano encontrou na mecanização a solução do problema. Partindo da atividade predatória, evoluiu para a agricultura e pastoreio, alcançou a fase do artesanato e atingiu a era industrial. Entre 1760 e 1830, ocorreu na Inglaterra a Revolução Industrial, marco inicial da moderna industrialização que teve a sua origem com o aparecimento da primeira máquina de fiar. Até o advento das primeiras máquinas de fiação e tecelagem, o artesão fora dono dos seus meios de produção. O custo elevado das máquinas não mais permitiu ao próprio artífice possuí-las. Desta maneira os capitalistas, antevendo as possibilidades econômicas dos altos níveis de produção, decidiram adquiri-las e empregar pessoas para fazê-las funcionar. Surgiram assim, as primeiras fábricas de tecidos e, com elas, o Capital e o Trabalho. Somente com a revolução industrial, é que o aldeão, descendente do troglodita, começou a agrupar-se nas cidades. Deixou o risco de ser apanhado pelas garras de uma fera, para aceitar o risco de ser apanhado pelas garras de uma máquina. A introdução da máquina a vapor, sem sombra de dúvida, mudou integralmente o quadro industrial. A indústria que não mais dependia de cursos d'água, veio para as grandes cidades, onde era abundante a mão de obra. Condições totalmente inóspitas de calor, ventilação e umidade eram encontradas, pois as "modernas" fábricas nada mais eram que galpões improvisados. As máquinas primitivas ofereciam toda a sorte de riscos, a as conseqüências tornaram-se tão críticas que começou a haver clamores, inclusive de orgãos governamentais, exigindo um mínimo de condições humanas para o trabalho. A improvisação das fábricas e a mão de obra constituída não só de homens, mas também de mulheres e crianças, sem quaisquer restrições quanto ao estado de saúde, desenvolvimento Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 5 físico passaram a ser uma constante. Nos últimos momentos do século XVIII, o parque industrial da Inglaterra passou por uma série de transformações as quais, se de um lado proporcionaram melhoria salarial dos trabalhadores, de outro lado, causaram problemas ocupacionais bastante sérios. O trabalho em máquinas sem proteção; o trabalho executado em ambientes fechados onde a ventilação era precária e o ruído atinge limites altíssimos; a inexistência de limites de horas de trabalho; trouxeram como conseqüência elevados índices de acidentes e de moléstias profissionais. Na Inglaterra, França e Alemanha a Revolução Industrial causou um verdadeiro massacre a inocentes e os que sobreviveram foram tirados da cama e arrastados para um mundo de calor, gases, poeiras e outras condições adversas nas fábricas e minas. Esses fatos logo se colocaram em evidência pelos altos índices de mortalidade entre os trabalhadores e especialmente entre as crianças. A sofisticação das máquinas, objetivando um produto final mais perfeito e em maior quantidade, ocasionou o crescimento das taxas de acidentes e, também, da gravidade desses acidentes. Nessa época, a causa prevencionista ganhou um grande adepto: Charles Dickens. Esse notável romancista inglês, através de críticas violentas, procurava a todo custo condenar o tratamento impróprio que as crianças recebiam nas indústrias britânicas. Pouco a pouco, a legislação foi se modificando até chegar à teoria do risco social: o acidente do trabalho é um risco inerente à atividade profissional exercida em benefício de toda a comunidade, devendo esta, por conseguinte, amparar a vítima do acidente. No Brasil, podemos fixar por volta de 1930 a nossa revolução industrial e, embora tivéssemos já a experiência de outros países, em menor escala, é bem verdade, atravessamos os mesmos percalços, o que fez com que se falasse, em 1970, que o Brasil era o campeão mundial de acidentes do trabalho. Embora o assunto fosse pintado com cores muito sombrias, o quadro estatístico abaixo nos dá idéia de que era, de fato, lamentável a situação que enfrentávamos. Ao mesmo tempo, pudemos vislumbrar um futuro mais promissor, que só foi possível pelo esforço conjunto de toda nação: trabalhadores, empresários, técnicos e governo. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 6 NÚMERO DE ACIDENTES DO TRABALHO OCORRIDOS NO PERÍODO DE 1971 A 1996 ANOS NÚMERO DE SEGURADOS NÚMERO DE ACIDENTADOS PERCENTUAL1971 7.553.472 1.330.523 17,61 % 1972 8.148.987 1.504.723 18,47 % 1973 10.956.956 1.632.696 14,90 % 1974 11.537.024 1.796.761 15,57 % 1975 12.996.796 1.916.187 14,74 % 1976 14.945.489 1.743.825 11,67 % 1977 16.589.605 1.614.750 9,73 % 1978 16.638.799 1.551.501 9,32 % 1979 17.637.127 1.444.627 8,19 % 1980 18.686.35518 1.464.211 7,84 % 1981 19.188.536 1.270.465 6,62 % 1982 19.476.362 1.178.472 6,05 % 1983 19.671.128 1.003.115 5,10 % 1984 19.673.915 961.575 4,89 % 1985 20.106.390 1.077.861 5,36 % 1986 21.568.660 1.207.859 5,60 % 1987 22.320.750 1.137.124 5,09 % 1988 23.045.901 992.737 4,31 % 1989 23.678.607 888.343 3,75 % 1990 22.755.875 693.572 3,05 % 1991 22.792.858 629.918 2,76 % 1992 22.803.065 532.514 2,33 % 1993 22.722.008 412.293 1,81 % 1994 23.016.637 388.304 1,68 % 1995 23.614.200 424.137 1,79 % 1996 24.311.448 395.455 1,62 % 1997 23.275.605 369.065 1,58 % Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 7 . RESUMO HISTÓRICO – PARTE B - O Trabalho Definindo o Trabalho como o uso da força física e/ou da capacidade intelectual para produzir uma transformação, pode se dizer que a evolução crescente fez com que o ser humano se tornasse cada vez mais dependente do trabalho para produzir as transformações requeridas. Isto ficou ainda mais evidente com a Revolução Industrial. Com o advento da produção em série o ser humano atuante nas transformações, cognominado trabalhador, conhecedor dos processos de transformação, ou habilitado e capacitado para realizá-los, passou a ser um patrimônio fundamental na industria e cuidar do mesmo passou a ser importante. Aprender a cuidar deste patrimônio se constituiu no embrião da Segurança do Trabalho, entendida como a prevenção a acidentes e a doenças ocupacionais. A prevenção a acidentes do trabalho, acredita-se, seja tão antigo quanto as etapas inicias da atividade humana. Historicamente, sabe-se que Hipócrates, no século IV A.C., descreveu o envenenamento de mineiros através do chumbo, o que parece caracterizar os primórdios do estudo das doenças relativas ao trabalho ou doenças ocupacionais, apesar de ser recente a aplicação de normas de segurança em maior intensidade. No século XVI já se encontravam cientistas estudiosos dos efeitos da mineração e metalurgia na saúde do ser humano, e indicando formas de prevenção a estas doenças no desempenho da atividade. Em 1833, quando a atividade industrial tomou impulso, a Inglaterra, através do documento “Ato das Fábricas”, regulamentou melhorias nas condições de trabalho, tratando de itens como a duração da jornada de trabalho, a idade mínima para a realização de trabalhos e as condições mínimas de um local de trabalho, com o objetivo de evitar doenças ocupacionais. Alguns eventos que podem ser considerados marcantes no avanço do estudo da segurança do trabalho, culminando com o “Ato das fábricas”, estão listados na tabela a seguir: Data Evento 1 M AC Australopitecus usavam pedras como ferramentas e armas. Havia cortes e lesões oculares. Os caçadores de Bisões contraíam antrax 10 k AC O homem neolítico iniciou a produção de alimentos e a revolução urbana na Mesopotâmia. Ao final da idade da pedra, havia a confecção de ferramentas de pedra, chifre, ossos e marfim; fabricação de cerâmicas e tecidos. Inicia-se a história das ocupações 5 k AC Idade do bronze e do cobre. Os artesãos de metais são libertados da produção de alimentos. Há uma especialidade que surge: a metalurgia. 370 AC Hipócrates cuida da saúde de cidadãos, mas não de trabalhadores; todavia, identifica o envenenamento por chumbo de mineiros e metalúrgicos. 50 Plínio, o Velho, identifica o uso de bexigas de animais para evitar a Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 8 inalação de poeiras e fumos. 200 Galen visita uma mina de cobre, mas suas discussões sobre saúde pública não incluem doenças de trabalhadores. 1473 Ellenborg reconhece que os vapores de alguns metais eram perigosos e descreve os sintomas de envenenamento ocupacional por mercúrio e chumbo, com sugestões de medidas preventivas. 1500 No livro De Re Metallica, Georgius Agricola descreve a mineração, fusão e refino de metais, com doenças e acidentes decorrentes e meios de prevenção, incluindo a necessidade de ventilação. Paracelso (1567) descreve as doenças respiratórias entre os mineiros com uma precisa descrição do envenenamento pelo mercúrio. Lembrado como o pai da toxicologia, diz: “Todas as substâncias são venenos... é a dose que os diferencia entre venenos e remédios”. 1665 Em Ídria, mina de mercúrio situada na Yugoslávia, a jornada dos mineiros é reduzida. 1700 Bernardino Ramazzini, pai da medicina ocupacional, publica “De Morbis Artificum Diatriba” (Doenças dos Artífices) e descreve as doenças (com excelente precisão) e “precauções”. Introduz no questionário médico a pergunta : “Qual é a sua ocupação?”. 1775 Percival Lott descreve o câncer ocupacional entre os limpadores de chaminé na Inglaterra, identificando a fuligem e a falta de higiene como causa do câncer escrotal. O resultado foi a Lei dos Limpadores de Chaminé de 1788. Os trabalhadores de chaminés alemães não apresentavam casos de câncer escrotal. Suas roupas eram melhores ajustadas ao corpo do que os colegas ingleses, uma espécie inicial de EPI. 1830 Charles Thackrah é autor do primeiro livro sobre doenças ocupacionais na Inglaterra. Suas observações sobre doenças e prevenção ajudam na criação de legislação ocupacional. A inspeção médica e a compensação assistencial do Estado foram estabelecidas em 1897. 1834 O “Ato das Fábricas” na Inglaterra, entre outros atos, proíbe o trabalho noturno para menores de 18 anos, restringe o trabalho do menor em 12 horas por dia e 69 horas por semana e limita a idade mínima para o trabalho em 9 (nove) anos. Após o “Ato das Fábricas” o estudo no campo da segurança do trabalho tomou impulso e várias normas foram sendo introduzidas na regulamentação da atividade laboral. No entanto, apenas quando o estado, na forma de poder constituído, passou a se preocupar com as condições de realização da atividade de transformação é que a segurança do trabalho ganhou corpo. Assim, após muito confronto de idéias surge, em 1919, a Organização Internacional do Trabalho, OIT e, com a criação da Organização das Nações Unidas, ONU, em 1945, surge a Organização Mundial da Saúde, OMS. Estas organizações, em conjunto, estabeleceram alguns princípios, entre eles um princípio no campo da saúde ocupacional que preconiza: “A saúde ocupacional tem como finalidade incentivar e manter o mais elevado nível de bem estar físico, mental e social dos trabalhadores em todas as profissões; prevenir todo o prejuízo causado à saúde destes pelas condições de seu trabalho, protegê-los em seu serviço contra os riscos resultantes da presença de agentes nocivos a sua saúde; colocar e manter o trabalhador Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 9 em um emprego que convenha às suas aptidões fisiológicas e psicológicas e, em resumo, adaptar o trabalho ao homem e cada homem ao seu trabalho.” PARTE II – SEGURANÇA DO TRABALHO E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA O Brasil, como signatário das convenções da OIT e portanto cumpridor das normas por ela emanadas, criou o Conselho Nacional do Trabalho,em 1923, embrião da atual legislação sobre o assunto. Atualmente, como principal princípio na proteção ao trabalhador, o país apresenta, em sua Lei máxima, a Constituição Federal (CF), a regra: “Art. 7º - São Direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social:” “XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança” Aqui pode se dizer que Risco é a probabilidade da ocorrência de um eventocausador de lesões ou danos às pessoas e/ou ao meio ambiente. Suas conseqüências podem ser classificadas em leves ou graves, temporárias ou permanentes, parciais ou totais. Este é o texto da Constituição Federal (CF) de 1988, mas o assunto é matéria constitucional desde o final da década de 30, século XX, quando o governo de Getúlio Vargas, através do Ministério do Trabalho, passou a criar regras de proteção ao trabalhador. Tendo por base o preceito constitucional, é nosso objetivo neste conteúdo comentar, sem aprofundamento, alguns aspectos do que a legislação complementar brasileira dispõe sobre o assunto, regulamentando o determinado pela CF. Assim sendo, a Lei 6514, de 1977, mantida em vigor após a CF de 1988, regulamenta os preceitos preconizados na CF para a Segurança e Medicina do Trabalho, e as matérias definidas com base nos seus ditames. Tais matérias compõem as normas e portarias emanadas pela autoridade competente definida em lei e são as chamadas “Normas Regulamentadoras” em segurança do trabalho e tem por objetivo organizar e normatizar as atividades para a redução dos riscos de acidentes. A Segurança do Trabalho, portanto, foi regulamentada em 1978 através da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho. Esta Portaria é composta por volta de 30 Normas Regulamentadoras (NR), as quais tratam dos mais diversos assuntos, oferecendo suporte técnico e legal. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 10 Apenas como fonte de informação e, para o conhecimento geral, mostra-se abaixo as NR’s do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). NORMAS REGULAMENTADORAS NR1 - Disposições Gerais: Estabelece o campo de aplicação de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho do Trabalho Urbano, bem como os direitos e obrigações do Governo, dos empregadores e dos trabalhadores no tocante a este tema específico. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 154 a 159 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. NR2 - Inspeção Prévia: Estabelece as situações em que as empresas deverão solicitar ao MTb a realização de inspeção prévia em seus estabelecimentos, bem como a forma de sua realização. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 160 da CLT. NR3 - Embargo ou Interdição: Estabelece as situações em que as empresas se sujeitam a sofrer paralisação de seus serviços, máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados, pela fiscalização trabalhista, na adoção de tais medidas punitivas no tocante à Segurança e a Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 161 da CLT. NR4 - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT. NR5 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA: Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas organizarem e manterem em funcionamento, por estabelecimento, uma comissão constituída exclusivamente por empregados com o objetivo de prevenir infortúnios laborais, através da apresentação de sugestões e recomendações ao empregador para que melhore as condições de trabalho, eliminando as possíveis causas de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 163 a 165 da CLT. NR6 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI: Estabelece e define os tipos de EPI's a que as empresas estão obrigadas a fornecer a seus empregados, sempre que as condições de trabalho o exigirem, a fim de resguardar a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_01.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_02.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_03.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_04.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_05.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_06.pdf Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 11 ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 166 e 167 da CLT. NR7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 168 e 169 da CLT. NR8 - Edificações: Dispõe sobre os requisitos técnicos mínimos que devem ser observados nas edificações para garantir segurança e conforto aos que nelas trabalham. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 170 a 174 da CLT. NR9 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais: Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade física dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e conseqüente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 175 a 178 da CLT. NR10 - Instalações e Serviços em Eletricidade: Estabelece as condições mínimas exigíveis para garantir a segurança dos empregados que trabalham em instalações elétricas, em suas diversas etapas, incluindo elaboração de projetos, execução, operação, manutenção, reforma e ampliação, assim como a segurança de usuários e de terceiros, em quaisquer das fases de geração, transmissão, distribuição e consumo de energia elétrica, observando-se, para tanto, as normas técnicas oficiais vigentes e, na falta destas, as normas técnicas internacionais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 179 a 181 da CLT. NR11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais: Estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao manuseio de materiais, tanto de forma mecânica quanto manual, objetivando a prevenção de infortúnios laborais. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 182 e 183 da CLT. NR12 - Máquinas e Equipamentos: Estabelece as medidas prevencionistas de segurança e higiene do trabalho a serem adotadas pelas empresas em relação à instalação, operação e manutenção de máquinas e equipamentos, visando à prevenção de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 184 e 186 da CLT. NR13 - Caldeirase Vasos de Pressão: Estabelece todos os requisitos técnicos-legais relativos à instalação, operação e manutenção de caldeiras e vasos de pressão, de modo a se prevenir a http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_07.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_08.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_09.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_11.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_11.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_12.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_13.asp Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 12 ocorrência de acidentes do trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 187 e 188 da CLT. NR14 - Fornos: Estabelece as recomendações técnicos-legais pertinentes à construção, operação e manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 187 da CLT. NR15 - Atividades e Operações Insalubres: Descreve as atividades, operações e agentes insalubres, inclusive seus limites de tolerância, definindo, assim, as situações que, quando vivenciadas nos ambientes de trabalho pelos trabalhadores, ensejam a caracterização do exercício insalubre, e também os meios de proteger os trabalhadores de tais exposições nocivas à sua saúde. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 189 e 192 da CLT. NR16 - Atividades e Operações Perigosas: Regulamenta as atividades e as operações legalmente consideradas perigosas, estipulando as recomendações prevencionistas correspondentes. Especificamente no que diz respeito ao Anexo n° 01: Atividades e Operações Perigosas com Explosivos, e ao anexo n° 02: Atividades e Operações Perigosas com Inflamáveis, tem a sua existência jurídica assegurada através dos artigos 193 a 197 da CLT.A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à caracterização da energia elétrica como sendo o 3° agente periculoso é a Lei n° 7.369 de 22 de setembro de 1985, que institui o adicional de periculosidade para os profissionais da área de eletricidade. A portaria MTb n° 3.393 de 17 de dezembro de 1987, numa atitude casuística e decorrente do famoso acidente com o Césio 137 em Goiânia, veio a enquadrar as radiações ionozantes, que já eram insalubres de grau máximo, como o 4° agente periculoso, sendo controvertido legalmente tal enquadramento, na medida em que não existe lei autorizadora para tal. NR17 - Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptaçào das condições de trabalho às condições psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 198 e 199 da CLT. NR18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento de organização, que objetivem a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na industria da construção civil. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso I da CLT. NR19 - Explosivos: Estabelece as disposições regulamentadoras acerca do depósito, manuseio e transporte de explosivos, objetivando a proteção da saúde e integridade física dos trabalhadores em seus ambientes de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da CLT. NR20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece as disposições regulamentares acerca do armazenamento, manuseio e transporte de líquidos combustíveis e inflamáveis, objetivando a proteção da saúde e a integridade física dos trabalhadores m seus ambientes de trabalho. A fundamentação http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_14.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_15.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_16.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_17.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_18.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_19.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_20.asp Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 13 legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso II da CLT. NR21 - Trabalho a Céu Aberto: Tipifica as medidas prevencionistas relacionadas com a prevenção de acidentes nas atividades desenvolvidas a céu aberto, tais como, em minas ao ar livre e em pedreiras. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT. NR22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: Estabelece métodos de segurança a serem observados pelas empresas que desemvolvam trabalhos subterrâneos de modo a proporcionar a seus empregados satisfatórias condições de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os artigos 293 a 301 e o artigo 200 inciso III, todos da CLT. NR23 - Proteção Contra Incêndios: Estabelece as medidas de proteção contra Incêndios, estabelece as medidas de proteção contra incêndio que devem dispor os locais de trabalho, visando à prevenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso IV da CLT. NR24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho: Disciplina os preceitos de higiene e de conforto a serem observados nos locais de trabalho, especialmente no que se refere a: banheiros, vestiários, refeitórios, cozinhas, alojamentos e água potável, visando a higiene dos locais de trabalho e a proteção à saúde dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT. NR25 - Resíduos Industriais: Estabelece as medidas preventivas a serem observadas, pelas empresas, no destino final a ser dado aos resíduos industriais resultantes dos ambientes de trabalho de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VII da CLT. NR26 - Sinalização de Segurança: Estabelece a padronização das cores a serem utilizadas como sinalização de segurança nos ambientes de trabalho, de modo a proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, é o artigo 200 inciso VIII da CLT. NR27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho no Ministério do Trabalho: Estabelece os requisitos a serem satisfeitos pelo profissional que desejar exercer as funções de técnico de segurança do trabalho, em especial no que diz respeito ao seu registro profissional como tal, junto ao Ministério do Trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, tem seu embasamento jurídico assegurado través do artigo 3° da lei n° 7.410 de 27 de novembro de 1985, regulamentado pelo artigo 7° do Decreto n° 92.530 de 9 de abril de 1986. NR28 - Fiscalização e Penalidades: Estabelece os procedimentos a serem adotados pela fiscalizaçãotrabalhista de Segurança e Medicina do Trabalho, tanto no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para no que diz respeito à concessão de prazos às empresas para a correção das irregularidades técnicas, como também, no que concerne ao procedimento de autuação por infração às Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho. A fundamentação legal, http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_21.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_22.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_23.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_24.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_25.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_26.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_27.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_28.pdf Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 14 ordinária e específica, tem a sua existência jurídica assegurada, a nível de legislação ordinária, através do artigo 201 da CLT, com as alterações que lhe foram dadas pelo artigo 2° da Lei n° 7.855 de 24 de outubro de 1989, que institui o Bônus do Tesouro Nacional - BTN, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas, e posteriormente, pelo artigo 1° da Lei n° 8.383 de 30 de dezembro de 1991, especificamente no tocante à instituição da Unidade Fiscal de Referência -UFIR, como valor monetário a ser utilizado na cobrança de multas em substituição ao BTN. NR29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por objetivo Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiro socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. A sua existência jurídica está assegurada em nível de legislação ordinária, através da Medida Provisória n° 1.575-6, de 27/11/97, do artigo 200 da CLT, o Decreto n° 99.534, de 19/09/90 que promulga a Convenção n° 152 da OIT. NR30 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário : Aplica-se aos trabalhadores de toda embarcação comercial utilizada no transporte de mercadorias ou de passageiros, na navegação marítima de longo curso, na cabotagem, na navegação interior, no serviço de reboque em alto-mar, bem como em plataformas marítimas e fluviais, quando em deslocamento, e embarcações de apoio marítimo e portuário. A observância desta Norma Regulamentadora não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições legais com relação à matéria e outras oriundas de convenções, acordos e contratos coletivos de trabalho. NR31 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO NA AGRICULTURA, PECUÁRIA SILVICULTURA, EXPLORAÇÃO FLORESTAL E AQÜICULTURA: Estabelece os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento das atividades da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aqüicultura com a segurança e saúde e meio ambiente do trabalho. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. NR32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde: Tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral.. NR33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados: Tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços. NRR1 - Disposições Gerais: Estabelece os deveres dos empregados e empregadores rurais no tocante à prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A sua existência jurídica é http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_29.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_30.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_31.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_32.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_33.pdf http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_rural_01.asp Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 15 assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - SEPATR: Estabelece a obrigatoriedade para que as empresas rurais, em função do número de empregados que possuam, organizem e mantenham em funcionamento serviços especializados em Segurança e Medicina do Trabalho, visando à prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais no meio rural. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR3 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho Rural - CIPATR: Estabelece para o empregador rural, a obrigatoriedade de organizar e manter em funcionamento uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR4 - Equipamento de Proteção Individual - EPI: Estabelece a obrigatoriedade para que os empregadores rurais forneçam, gratuitamente, a seus empregados Equipamentos de Proteção Individual adequados ao risco e em perfeito estado de conservação, a fim de protege-los dos infortúnios laborais. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, de 8 de junho de 1973. NRR5 - Produtos Químicos: Estabelece os preceitos de Segurança e Medicina do Trabalho rural a serem observados no manuseio de produtos químicos, visando à prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A sua existência jurídica é assegurada por meio do artigo 13 da Lei nº. 5.889, 8 de junho de 1973. Parte III – ACIDENTE DE TRABALHO INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DOS ACIDENTES . Acidente do Trabalho - Conceito Legal Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, com o segurado empregado, trabalhador avulso, médico residente, bem como com o segurado especial no exercício de suas atividades, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. . Acidente do Trabalho - Conceito Técnico (Prevencionista) É uma ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores e/ou danos materiais. http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_rural_02.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_rural_03.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_rural_04.asp http://www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_rural_05.asp Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 16 . A investigação das causas dos acidentes ocorridos São os programas de segurança do trabalho, os estudos, pesquisas e inquirições que são levados a efeito para apurar as causas de acidentes ocorridos. Todo acidente do trabalho, por mais leve que seja, deve ser comunicado a empresa, que deverá providenciara CAT (Comunicação de Acidente do Trabalho), no prazo máximo de 24 horas. Caso contrário, o trabalhador perderá seus direitos e a empresa deverá pagar multa. Caso a empresa não notifique a Previdência Social sobre o acidente do trabalho, o próprio acidentado, seus dependentes, o médico ou a autoridade que lhe prestou assistência ou o sindicato da sua categoria pode encaminhar essa comunicação. * DELEGACIA ESPECIALIZADA EM ACIDENTES DE TRABALHO - SÃO PAULO, onde será aberto um inquérito policial – artigo 8 , inciso 3 . Crime doloso : intencional Crime culposo : negligência, imprudência A investigação de acidentes deve ter sido a fonte original das informações e métodos dos quais se pode dispor hoje, para prevenir acidentes de trabalho. Os acidentes que mais interessam investigar são os acidentes que causam lesões às pessoas. As investigações de acidentes devem ser processadas em seu ciclo completo, isto é, desde as primeiras informações de ocorrências até a tomada de medidas para prevenir outras ocorrências semelhantes. Devem-se iniciar com as informações sobre as lesões fornecidas pelo serviço médico e, se possível, com algumas palavras trocadas com o acidentado. O relatório da investigação deve ser feito em formulário prático de ser preenchido, com todos os dados que possam servir de subsídio à segurança do trabalho. Este deve constar: dados pessoais e profissionais relativos ao acidentado; dados relativos à lesão; o acidente tipo; atos e condições inseguras que contribuíram para a ocorrência; fatores pessoais apurados; e, o que é mais importante, as medidas tomadas para prevenir outros casos semelhantes. Sem sombras de dúvidas, tanto as "Inspeções de Segurança" onde estão incluídas as “análises de riscos" como as “investigações de acidentes" representam uma excelente fonte de informações em favor da segurança, além de possibilitar a introdução de novas ou adicionais medidas de segurança do trabalho. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 17 Assim, portanto um investigação tem por objetivo descobrir as causas do acidentes para que se possa, por meio da eliminação das mesmas, evitar sua repetição. Essa investigação envolve três fases: - coleta de informações; - diagnóstico da ocorrência; - proposta de medidas corretivas. . Para buscar as causas que contribuíram ao acidente é importante: - conversar com o acidentado; - conversar com colegas do setor ou que presenciaram o acidente; - conversar com o coordenador do turno; - conversar com o serviço médico que atendeu o acidentado; - observar cuidadosamente o local onde ocorreu o acidente. Coletadas as informações, incluindo fatores que precederam e sucederam ao acidente, poderemos comparar os depoimentos, e apurar as causas reais e propor esforços para a eliminação das mesmas. Em resumo, as investigações de acidente visam a apurar: - o que aconteceu; - como aconteceu; - por que aconteceu; - como poderia ter sido evitado o acontecido. . Fatores determinantes dos acidentes de trabalho Os acidentes de trabalho são decorrentes de uma multiplicidade de causas. Por isso, neste item, procuraremos demonstrar os diversos fatores que favorecem a sua ocorrência. Esta multiplicidade exige uma análise séria de fatores ambientais, humanos e materiais, a saber: - os fatores ambientais de riscos desencadeados em períodos diversos, gerando condições perigosas, insalubres e penosas; - os critérios de saúde adotados pela pessoa e pela empresa; - os maus hábitos com relação à proteção pessoal diante dos riscos; - o desconhecimento dos riscos de determinadas operações; Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 18 - o valor dado à própria vida; - o excesso de autoconfiança ou irresponsabilidade; - a organização a pressão para produzir; - o imediatismo e a ausência de treinamento adequado. Dentre os fatores que determinam os acidentes de trabalho, destacam-se dois : ato inseguro e condições inseguras: 1. ATO INSEGURO O ato inseguro é a maneira como as pessoas se expõem, consciente ou inconsciente, a risco de acidentes. É responsável por aproximadamente 96% dos acidentes que ocorrem nos ambientes de trabalho e que estão presentes na maioria dos casos em que há lesão: 1-Operar máquinas sem habilitação ou permissão. 2-Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga. 3-lnutilização de dispositivos de segurança. 4-lmprovização ou mau emprego de ferramentas 5-Mau empilhamento de materiais. 6-Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento. 7-Não usar, ou usar inadequadamente EPI' s necessários. 8-Não avisar sobre perigos existentes ou não obedecer aos avisos. 9-Trabalhar sem instruções. 10-Ficar junto ou sob cargas suspensas. 11-Colocar parte do corpo em lugar perigoso. 12-Uso de roupas inadequadas e acessórios. 13-Manipulação insegura de produtos químicos. 14-Fumar e usar chamas em lugares indevidos. 15-Brincadeiras e exibicionismo. 2. CONDIÇÕES INSEGURAS OU CONDIÇÕES DE RISCO São os fatores de acidentes que se apresentam em virtude de falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança que põe em risco a integridade física ou a saúde de pessoas, e a própria segurança das instalações e dos equipamentos: Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 19 1-Proteção inadequada ou defeituosa; 2-Passagens perigosas; 3-Falta de proteção em máquinas ou equipamentos; 4-Falta de EPI necessário; 5-Pisos irregulares; 6-Deficiência e má arrumação do local; 7-Ferramentas deficientes; 8-Escassez de espaço. Os atos inseguros são ocasionados pêlos fatores ocasionais e as condições inseguras são evitáveis, não surgem por acaso; eles são causados e, portanto, possíveis de prevenção, através da eliminação a tempo de suas causas que podem decorrer de: Fatores Pessoais: Inaptidão para o trabalho; temperamento agressivo; preocupação; insuficiência visual; alcoolismo; fobias; analfabetismo; negligência; imprudência; fadiga e doenças. Fatores Materiais: Carência de dispositivo; passagens perigosas; instalações inadequadas; iluminação e ventilação inadequadas; arrumação e limpezas deficientes. . CADEIAS DE ACIDENTES Conseqüência Homem --------- Fatores Pessoais --------- Atos Inseguros Lesões Imediatas Acidente Lesões mediatas Meio --------- Fatores Materiais --------- Condições Inseguras Danos materiais Perdas Materiais Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 20 COMUNICAÇÃO (UM PASSO DO ACIDENTE) A comunicação tem lugar de destaque na vida da organização industrial. Por isso, ao redor da comunicação se agrupam inúmeros problemas humanos nas empresas. No processo comunicativo pode-se distinguir elementos importantes, que são: a fonte; a mensagem; o canal; o decodificador; o recebedor. Quando se tem um objetivo a comunicar e uma resposta a obter espera-se que a comunicação seja perfeita, ou seja, o ruído é um fator que distorce a qualidade de um sinal, assim, a eliminação do ruído aumenta a fidelidade. A comunicação pode ser interrompida por uma série de motivos como por exemplo: o nível de conhecimento do assunto (a fonte não deve desconhecer o assunto e nem tão pouco ter conhecimentos altamente científico se o recebedor não for do nível) - A habilidade de comunicação da fonte (falar com clareza, olhando de frente) - as atitudes que a fonte toma para consigo mesma (tipo pessimismo ); - na atitude da fonte para com o assunto ( quando nele se descrê ). A ainda a ausência de alguns dos fatores importante da comunicação, por exemplo: uma carta manuscrita para um deficiente visual (a carta não será decodificada). MENSAGEM FONTE -----CODIFICADOR ----- CANAL ----- DECODIFICADOR ----- RECEPTOR emissor meio p/ comunicação papel-ar-sinais o que interpreta recebedor os sentidos . CONSEQUÊNCIAS DO ACIDENTE A conseqüência de um acidente não é só para um empregado. Mas envolve a empresa, a sociedade e a nação. Conseqüência para o empregado acidentado: Dor; sofrimento físico; tratamento médico, incapacidade; efeitos psicológicos negativos; menor produção; preocupação familiar,condições financeiras insuficientes; passar de receber assistência médico- hospitalar; indenizações, etc. Conseqüências para a empresa: Qualquer acidente pôr menor que seja, mesmo que não cause lesões físicas, representa para a empresa um custo expresso em dinheiro: Gastos com primeiros socorros; tempo de trabalho perdido pêlos empregados que socorrem o acidentado, (e após o acidente); queda de produção (pela interrupção do trabalho); custo com máquinas e equipamentos danificados, matéria-prima e materiais perdidos. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 21 Conseqüências para a sociedade: Várias são as conseqüências sociais que decorrem de acidentes do trabalho, dentre as quais podemos citar: -Perda temporária ou permanente do elemento “produto” -Mais dependentes da coletividade -Contribuição para o aumento de imposto e taxa de seguro -Contribuição para o aumento do custo de vida. . Devemos ainda lembrar que : Os fatos não ocorrem por acaso, eles sempre fazem parte de um contexto e surgem a partir de processos a ele relacionados. Todas as pessoas, em condições normais, possuem instintivamente o desejo de manter a sua integridade física e psíquica, e, portanto, não desejam se acidentar. Há situações de risco e que predispõem à ocorrência de um acidente. Estas devem ser neutralizadas. A prevenção de acidentes necessita da colaboração de todos para o benefício de cada um, dentro e fora do hospital. A anatomia do acidente nem sempre é de fácil estudo, pois não se resume nos fatos aparentes ou visíveis, exigindo o levantamento de todos os fatores que precederam, até o último que resultou no acidente. A situação é muitas vezes complexa, envolve diversos itens ligados às instalações, equipamentos, instrumentos, horário de trabalho, etc ligados às ações negligentes dos trabalhadores ou a problemas pessoais de ordem emocional, de saúde ou econômica. Há necessidade de revelar todas essas causas, suas relações e interdependências. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 22 PARTE IV – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO . EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) Os equipamentos de proteção individual, usualmente identificado pela sigla EPI, são empregados rotineiramente nas principais circunstâncias: Quando o trabalhador se expõe diretamente a fatores agressivos em caso de emergência, ou seja, qualquer anomalia com os trabalhadores envolvidos e provisoriamente em período de instalação, reparos ou substituição dos meios que impedem o contato do trabalhador com o produto agressivo. Em qualquer circunstância o uso do EPI será tanto mais útil e com melhores resultados, quanto mais correia for a sua indicação: a- Identificação do risco: verificar a existência de elementos da operação de produtos, de condições do ambiente que sejam agressivas; b- Avaliação do risco existente: determinar a intensidade do risco e sua extensão; verificar com que frequência, e, quantos trabalhadores se expõe ao risco. c- Indicação do EPI apropriado: selecionar o EPI mais adequado, contando, para isso, com a assistência dos fabricantes, dos técnicos de segurança e com instruções apropriadas e claras. Os EPI podem ser classificados segundo a parte do corpo que protegem: Proteção para a cabeça: para o crânio, para os olhos e para os ouvidos. Proteção para os membros superiores: para as mãos, para as mãos e os braços, e para os braços até os ombros; Proteção para os membros inferiores: para os pés, para os pés e pernas, e para a perna até as coxas; Proteção para o tronco: resume-se em aventais especiais; Proteção para as vias respiratórias: resume-se em usos de máscaras em casos que contenham até 21% de oxigênio, caso contrário, existem equipamentos adequados como as máscaras autônomas.Os cintos de segurança não protegem esta ou aquela parte do corpo; são usados para prevenir quedas de pessoas que trabalham em lugares elevados. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 23 . Obrigações do empregador quanto ao uso do EPI a – adquirir o tipo adequado à atividade do empregado; b – fornecer gratuitamente ao empregado somente EPI aprovado pelo Min. Trab. c – treinar o trabalhador sobre seu uso adequado d – tornar obrigatório seu uso e – substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado; f – responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica; g – comunicar ao Min.Trab. qualquer irregularidade observada no EPI adquirido. . Obrigações do empregado quanto ao uso do EPI a – usá-lo apenas para a finalidade que se destina; b – responsabilizar-se pela sua guarda e conservação; c – comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para o uso. . Podemos ainda fazer a seguinte recomendação - Empresa: responsabilidade pela compra, estoque para reposição imediata, distribuição gratuita e exigência do uso. - SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho): responsabilidade pela especificação, controle da qualidade e as regras para obrigatoriedade do uso. - CIPA ( Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ): deve desenvolver programa de treinamento, campanhas de conscientização e outras medidas educativas e motivacionais para incentivar o uso de EPI’s. - Chefias: devem controlar o uso, fiscalizando o respeito ao regulamento, instruir seus subordinados e esclarecer dúvidas. -Trabalhadores: devem usar os EPI’s indicados, conservá-los e comunicar qualquer irregularidade. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 24 . EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA (EPC) Como o próprio nome sugere, os equipamentos de proteção coletiva (EPC) dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. Como exemplo podemos citar o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de segurança biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de radioisótopos, extintores de incêndio, dentre outros. Cabine para histologia A cabine deverá ser construída em aço inox, com exaustão por duto. É específica para trabalhos histológicos. Capela Química A cabine deverá ser construída de forma aerodinâmica, de maneira que o fluxo de ar ambiental não cause turbulências e correntes, reduzindo, assim, o perigo de inalação e a contaminação do operador e do ambiente. Manta ou cobertor É utilizado para abafar ou envolver a vítima de incêndio, devendo ser confeccionado em lã ou algodão grosso, não sendo admitido tecidos com fibras sintéticas. Vaso de areia ou balde de areia É utilizado sobre o derramamento de álcalis para neutralizá-lo. Mangueira de incêndio O modelo padrão, comprimento e localização são fornecidos pelas normas do Corpo de Bombeiros. Sprinkle É o sistema de segurança que, através da elevação de temperatura, produz fortes borrifos de água no ambiente (borrifador de teto). Alça de transferência descartável São alças de materialplástico estéril, descartáveis após o uso. Apresentam a vantagem de dispensar a flambagem. Microincinerador de alça de transferência metálica São aquecidos a gás ou eletricidade. Possuem anteparos de cerâmica ou de vidro de silicato de boro para reduzir, ao mínimo possível, a dispersão de aerossóis durante a flambagem das alças de transferência. Luz Ultra Violeta http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/CSB.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/capelas_quimicas.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/fogo.html Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 25 São lâmpadas germicidas, cujo comprimento da onda eficaz é de 240 nm. Seu uso em cabine de segurança biológica não deve exceder a 15 minutos. O tempo médio de uso é de 3000 horas. Dispositivos de pipetagem São os dispositivos de sucção para pipetas. Ex.: pipetador automático, pêra de borracha e outros. Proteção do sistema de vácuo São filtros do tipo cartucho, que impedem a passagem de aerossóis. Também é usado o frasco de transbordamento, que contém desinfetante. Contenção para homogeneizador, agitador, ultra-som, etc Devem ser cobertos com anteparo de material autoclavável e sempre abertos dentro das cabines de segurança biológica. É o dispositivo acoplado ao microscópio, que impede a passagem de luz ultravioleta, que poderá causar danos aos olhos, até mesmo levando o operador à cegueira. Kit para limpeza em caso de derramamento biológico, químico ou radioativo É composto de traje de proteção, luvas, máscara, máscara contra gases, óculos ou protetor facial, bota de borracha, touca, pás para recolhimento do material, pinça para estilhaços de vidro, panos de esfregão e papel toalha para o chão, baldes, soda cáustica ou bicarbonato de sódio para neutralizar ácidos, areia seca para cobrir álcalis, detergente não inflamável, vaporizador de formaldeído, desinfetantes e sacos plásticos. Kit de primeiros socorros É composto de material usualmente indicado, inclusive antídoto universal contra cianureto e outros antídotos especiais. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/csb.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/csb.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/luvas.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/virtual%20tour/hipertextos/up1/epi.html Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 26 PARTE V – SEGURANÇA EM LABORATÓRIO QUÍMICO . Por que devemos nos preocupar com a segurança nos Laboratórios? Segundo a Declaração dos Direitos Humanos todo homem tem direito à vida e, se temos direito à vida precisamos nos preocupar em preservá-la. Uma forma de preservá-la é preocupar-se com a sua segurança no ambiente de trabalho e, se você trabalha em um laboratório, precisa conhecer os riscos a que é exposto e como melhorar suas condições de segurança. . Por que os acidentes acontecem? A variedade de riscos nos laboratórios é muito ampla, devido a presença de substâncias letais, tóxicas, corrosivas, irritantes, inflamáveis, além da utilização de equipamentos que fornecem determinados riscos, como alteração de temperatura, radiações e ainda trabalhos que utilizam agentes biológicos e patogênicos. As causas para ocorrência de acidentes nos laboratórios são muitas, mas resumidamente são instruções não adequada, supervisão insuficiente do executor e ou inapta, uso incorreto de equipamentos ou materiais de características desconhecidas, alterações emocionais, exibicionismo Os acidentes que advém dessas causas geralmente são: ?? Intoxicações, queimaduras térmicas, ?? Químicas, ?? Choque elétricos, ?? Incêndios, ?? Explosões, contaminações por agentes biológicos e ?? Interações com radiações. . Segurança nos Laboratórios Os equipamentos de segurança listados abaixo devem estar no alcance de todos os que trabalham nos laboratórios e o funcionário deve certificar-se de que sabe usá-los: -extintores de incêndio; -chuveiro de emergência; Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 27 -lavador de olhos; -aventais e luvas contra produtos corrosivos (de PVC); -protetores faciais: máscara e óculos de segurança; -luvas e aventais de amianto e PVC; -máscara contra gases; -máscara contra pó ( sílica,asbestos,etc). . Segurança de Ordem Pessoal -Trabalhe com seriedade evitando brincadeiras. Trabalhe com atenção e calma. -Planeje sua experiência, procurando conhecer os riscos envolvidos, precauções a serem tomadas e como descartar corretamente os resíduos. Faça apenas as práticas indicadas pelo professor. -Usar roupas adequadas como calças compridas, sapatos fechados, avental e EPI’s O guarda-pó deve ser de manga comprida e abotoado. -Conservar os cabelos presos. -Nunca abrir frascos de reagentes antes de ler o rótulo e não testar substâncias químicos pelo odor ou sabor. -Não dirigir a abertura de tubos de ensaio ou frascos contra si próprio e as outras pessoas. -Alimentos nas bancadas, armários e geladeiras dos laboratórios; -Não são permitidos ou mesmo se alimentar dentro do laboratório. -As lentes de contato sob vapores corrosivos podem causar lesões aos olhos. -Ao pipetar utiliza sempre uma pêra ou pipetador. -Não se alimentar, beber ou fumar no laboratório. -Comunicar todos os acidentes ao superior. . Segurança Referente ao Laboratório -O laboratório deve estar sempre organizado, não deixe sobre as bancadas materiais estranhos ao trabalho,como bolsa, livro, blusa, etc.. -Rotule imediatamente qualquer reagente ou solução preparados e as amostras coletadas com nome do reagente, nome da pessoa que preparou e data. -Use pinças e materiais de tamanho adequado e em perfeito estado de conservação. -Antes de executar uma reação desconhecida faça uma, em menor escala, na capela. -Limpe imediatamente qualquer derramamento de reagentes( no caso de ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de proceder a sua limpeza). Em caso de dúvida sobre a toxidez ou derramado, consulte seu superior antes de efetuar a remoção. -Ao realizar uma experiência informe a todos do laboratório. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 28 . Uso de Materiais de Vidro -Coloque todo o material de vidro no local que deverá ser previamente indicado na área do laboratório. -Não jogue caco de vidro em recipiente de lixo, mas sim em um recipiente preparado para isto. -Use luvas de amianto sempre que manusear peças de vidro que estejam quentes. -Não utilize materiais de vidro quando trincados. -Use luvas de amianto e óculos de segurança sempre que: - atravessar e remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça; - remover tampas de vidros emperradas - remover cacos de vidro ( usar também pá de lixo e escova). -Coloque frascos quentes sobre placas de amianto. - não use frascos para amostras sem certificar-se de que são adequados ao serviço executado. -Não inspecione o estado das bordas dos frascos de vidro com as mãos sem fazer uma inspeção visual. -Tome cuidado ao aquecer recipiente de vidro com chama direta. . Uso de Chamas - De preferência, use chama na capela e somente nos laboratórios onde for permitido; - Ao acender obico de busen verificar e eliminar os seguintes problemas: * vazamentos * dobra no tubo de gás; * ajuste inadequado entre o tubo de gás e suas conexões; * existência de inflamáveis ao redor. - Não acenda maçaricos, bico de busen, etc. , com válvula de gás combustível muito aberta; - Apague a chama imediatamente após o término do serviço. . Uso de Capelas -Nunca inicie um serviço, sem que o sistema de exaustão esteja operando. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 29 . Uso de Equipamentos Elétricos -Nunca ligue equipamentos elétricos sem antes verificar a voltagem correta - só opere equipamentos quando: * fios, tomadas e plugues estiverem em perfeitas condições; * o fio terra estiver ligado; - não opere equipamentos elétricos sobre superfícies úmidas; - verifique periodicamente a temperatura do conjunto de plugue-tomada, caso esteja fora do normal, desligue o equipamento e comunique ao responsável pelo seu laboratório; - não use equipamentos elétricos que não tiverem identificação de voltagem. Solicite a instrumentação que faça a média; - não confie completamente no controle automático de equipamentos elétricos, inspecione-os quando em operação; - não deixe equipamentos elétricos ligados no laboratório fora do expediente, sem anotar no livro de avisos; - remova frascos de inflamáveis das proximidades do local irá usar equipamentos elétricos; - combata o fogo em equipamentos elétricos somente com extintores de CO2; - enxugue qualquer líquido derramado no chão antes de operar com equipamentos elétricos. . Uso de Estufas -não deixe a estufa aquecida ou em operação sem o aviso "estufa quente". -desligue a estufa e não coloque em operação se : *o termômetro deixar de indicar a temperatura *a temperatura ultrapassar a ajustada. -não abra a porta da estufa de modo brusco quando a mesa estiver aquecida -não tente remover ou introduzir cadinhos na estufa sem utilizar: * pinças adequadas * protetor facial * luvas de amianto * aventais e protetores de braços, se necessário. -não evapore líquidos, nem queime óleos em estufas; -empregue para calcinação somente cadinhos ou cápsulas de materiais resistentes a altas temperaturas Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 30 . Descartes de Resíduos O laboratório deve idealmente, possuir um programa adequado para o armazenamento, tratamento e descarte de resíduos químicos gerados durante as atividades de trabalho. PARTE VI – A COR NA SEGURANÇA DO TRABALHO Este assunto é normalizado pela ABNT, que regulamenta seu uso, na publicação NB-76. O problema da pintura de paredes, máquinas, tubos em uma fábrica assume a maior importância para a saúde do trabalhador, para a prevenção de acidentes, para a produtividade para assegurar um clima psicológico beneficiando todos os que trabalham no ambiente. Alguns dicionários definem "Cor" como: a qualidade de objeto visível, que só é reconhecível quando raios de luz incidem sobre ele, qualidade que é distinta de sua forma, tamanho, relativa solidez ou transparência. 1. Radiação Algumas cores aparecem maiores que outras. Experiências provaram que o amarelo é visto como a maior das cores, seguido pelo branco, vermelho, verde, azul e preto. A partir deste fato, demonstrou-se que sinais, objetos e recintos podem parecer expandir-se ou contrair-se de acordo com arranjos do brilho da cor. 2. Reações à cor: 3. Efeitos das cores nos Seres Humanos Vermelho: duro, calor, raiva, guerra, implacável, perigo, paixão, estimula no sistema nervoso. Azul: macio, frio, calmo, verdade, infinito, intelectual, abranda o sistema nervoso. Verde: macio, frio, sereno, esperança, tranqüilo, natureza, seguro. Laranja: duro, alerta, luminoso, quente, força, perigo. Violeta: macio, calmante, alívio, sedante, régio, pompa. Cores quentes Vermelho, laranja, amarelo, Cores frias Branco, verde-Violeta, azul-verde. Cores neutras Amarelo-esverdeado, vermelho-violeta, violeta. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 31 Branco: limpeza, ordem, reflete luz e calor.Preto: deprimente, sensual, enigmático, absorve calor. Conclui-se que as cores quentes são ESTIMULANTES ou EXCITANTES ao contrário das cores frias que podem ser designadas como SEDATIVAS. 4. Cores fundamentais para Canalizações Industriais: As cores fundamentais adotadas devem ser aplicadas preferivelmente em toda a extensão das tubulações. As industrias para efeito de identificação, mais detalhada (concentração, temperatura, pressão...), adotará faixas cuja cor ficará a seu critério. Obrigatoriamente, a tubulação de água potável deverá ser diferenciada das demais. As seguintes cores fundamentais serão adotadas na pintura das tubulações industriais (as tonalidades não foram fixadas, exceto para o cinza): Vermelho Materiais destinados a combate de incêndio ou advertência de perigo. Verde Água. Amarelo Gases não liquefeitos. Laranja ácidos Lilás Álcalis (base). Marrom Qualquer fluído (a critério da Indústria). Preto Combustível de alta viscosidade (ex. piche). Alumínio Gases liquefeitos (ex. gasolina). Cinza claro Vácuo. Cinza escuro eletrodutos Branco: vapor 5. As cores com as respectivas finalidades Vermelho: proteção contra o fogo: para distinguir e indicar aparelhos, equipamentos De proteção e combate a incêndio. Alaranjado: para alertar; é sinal de atenção que serve para indicar partes móveis e Perigosas de máquinas, face interna de caixas e chaves elétricas. Amarelo: designa precaução, cuidado. Deve marcar parapeitos e corrimãos, espelhos de degraus, soleiras de portas, vigas baixas, pára-choques ou traseiras de veículos de circulação interna ou externa, viaturas que circulam em campos de pouso e tudo o que precisa ser visto. Verde: significa segurança. Cor básica para designar caixa de primeiros socorros, local Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 32 para curativos de emergência, quadro sobre segurança. Azul: para aviso de que não deve ser acionado máquina ou equipamento pesado. Sinais de advertência devem ser colocados no botão de partida ou fonte de força das máquinas. Púrpura: assinala a presença de radiações eletromagnéticas, penetrantes ou radioativas. Branco: limitação de áreas de estacionamento, circulação, depósito. Preto: coletores de detritos, cavacos, escórias. PARTE VII – INCÊNDIOS, PREVENÇÃO E COMBATE O "FOGO" é a combinação de um corpo combustível como o oxigênio do ar e o calor, nas devidas proporções. Portanto, para haver fogo, é necessário existirem reunidos combustível, ar e calor, isto é, combustível, comburente (02) e temperatura de ignição. O fogo é representado simbolicamente por um triângulo eqüilátero denominado TRIÂNGULO DO FOGO, cujos lados correspondem aos elementos que constituem o fogo. Alguns técnicos representam o fogo por uma pirâmide ou trapézio, pois acrescentaram mais um elemento que é a radiação em cadeia. Assim sendo teremos: Combustível + Calor + Oxigênio + Radiação em cadeia = FOGO. Algumas definições: A- Combustível - Qualquer substância que arde, com produção de luz e calor. O combustível pode ser encontrado no estado sólido, líquido ou gasoso, e só queima quando atinge a sua própria temperatura de ignição. B - Temperatura de Ignição - E a temperatura mínima a que deve ser aquecida uma substância, para que se inicie a sua combustão Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 33 C - Comburente- Oxigênio: elemento gasoso que entra na composição do ar atmosférico, na proporção de 21% do seu volume. O ar atmosférico é respirável e alimenta a combustão quando contém pelo menos, 16% de Ü2. D - Temperatura - Antes de atingir a temperaturaou o ponto de ignição, o combustível passa pêlos pontos de fulgor e de combustilidade. E - Ponto de Fulgor - E a temperatura mínima em que um combustível sólido ou líquido começa a desprender vapores inflamáveis, porém, a quantidade de gases não é suficiente para que a combustão seja intensa e contínua. F - Ponto de Combustilidade - E a temperatura em que os vapores de combustível se formam com rapidez e em quantidade suficiente para uma combustão plena. G - Transmissão de Calor -Praticamente, o calor se transmite por: condução, irradiação e convecção. H- Condução- Dá-se quando o calor é transmitido de um corpo para outro, por contato direto ou através de uma substância condutora de calor. l- Irradiação- Verifica-se quando o calor é transferido de um corpo para outro por intermédio de ondas caloríficas, que se propagam pelo espaço existente entre um corpo e outro. J- Convecção- O calor é transmitido através da circulação dos vapores, que nos líquidos ou nos gases. K- Combustão ou Fogo- E a queima de um corpo, com produção de luz, calor e fumaça, ou simplesmente calor. L- Combustão Completa- E o que se verifica em ambiente livre e com suprimento normal de Ü2. Nesse caso o combustível é totalmente consumido pelas chamas, restando apenas resíduos quando se trata de corpos sólidos. M- Combustão Incompleta- Ocorre quando uma substância arde em setor confinado ( queima em lugar fechado ), e com deficiência em Ü2. Ex. A queima de madeira em fornos para produzir carvão vegetal. N- Combustão Espontânea- E aquela que tem origem nas reações químicas ou físicas, ou ainda, com processos biológicos, sem que o combustível tenha tido contato com uma fonte de calor. Ex. Auto-inflamação de celulóide, da pólvora, dos resíduos do algodão. 1. PROCESSOS DE EXTINÇÃO Para extinguir o fogo, basta desfazer o triângulo do fogo suprimindo o combustível, absorvendo o calor ou isolando-o, denominados Isolamentos. Ex. fechando-se o registro de passagem de gás de cozinha para os queimadores notamos que o fogo se apaga, por falta de combustível. Ao ato de absorver o calor chamamos de Resfriamento. Ex. mergulhando-se o carvão em brasa em água fria, esta se aquece e as brasas se apagam, por ausência de calor. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 34 Ao processo de isolar a substância incendiada do oxigênio do ar, damos o nome de Abafamento. Ex. se pegarmos uma vela acesa e cobrirmos com um copo grande, de modo que o ar não penetre, notaremos, pelo vidro transparente do copo, que a chama da vela vai morrendo lentamente até extinguir-se, por falta de oxigênio. Eis ai 3 processos principais de extinção do fogo que são empregados na extinção de incêndio lembrando-se que todo incêndio é fogo, embora nem todo fogo seja qualificado como incêndio. E comum estabelecer confusão entre fogo e incêndio, mas na realidade, o conceito de incêndio está baseado na ação destruidora do fogo que escapa ao controle do homem. Podemos dizer, portanto, que incêndio é fogo descontrolado que causa danos e prejuízos. Quando o incêndio é incipiente e as chamas não chegam a causar prejuízos consideráveis, é denominado “PRINCÍPIOS DE INCÊNDIOS” . Porém se as chamas tomam vulto e se propagam ameaçando destruir uma grande área denominamos " INCÊNDIO MÉDIO ". Por outro lado, se o incêndio destrói a área e toma o aspecto de calamidade, denominamos “SINISTRO” ou “CATÁSTROFE”. 2. CLASSES DE INCÊNDIO Incêndio da Classe A: São materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem em sua superfície e profundidade e que deixam resíduos. Exemplos: tecidos, madeiras, pano, papel, couro, entulhos, palhas, borrachas etc. Isto é, são os incêndios comuns que deixam cinzas que devem ser extintos com a aplicação de um agente refrigerante ou abafador, como a água. Incêndio da Classe B: São considerados os inflamáveis, os produtos que queimam somente em sua superfície, não deixando resíduos. Exemplos: solventes, tintas, óleos, querosenes, gorduras, graxas, ceras etc. Ou seja, são incêndios que não deixam cinzas. O fogo é extinto eliminando-se o oxigênio por meio de um agente de revestimento ou abafamento, como espuma, vapor ou neblina de água e pó químico seco. Incêndio da Classe C: São os que se manifestam nos equipamentos elétricos energizados. Exemplos: motores, cabos condutores, transformadores, resistências, caixa de controle. O fogo é extinto desligando-se o fornecimento da corrente elétrica e combatendo o fogo com gás carbônico (CO2) ou pó químico seco. Nota evitar o uso de água ou espuma. Incêndio da Classe D: Também chamados de incêndios especiais, que são aqueles que se manifestam produtos químico como sódio metálico, magnésio, potássio, fósforo (branco), carbureto de cálcio etc. Na extinção de incêndios dessa espécie devem ser tomadas medidas especiais a fim de evitar acidentes, e a melhor substância extintora é o grafite ou areia seca. Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 35 3. ELEMENTOS DE COMBATE AO FOGO: - BRIGADA DE INCÊNDIOS: Em qualquer incêndio, os cinco primeiros minutos são decisivos. Se o fogo não for dominado nesse prazo, a tendência é escapar do controle. Toda empresa deve ter um plano de prevenção e combate a incêndios ( comunicação, primeiros socorros e evacuação da área), a empresa deve também organizar sua brigada de incêndios, composta por pessoas treinadas para verificar condições de riscos de incêndio ou explosão; combater o fogo no seu início, buscando romper o triângulo do fogo; isolar áreas, combater incêndio usando hidrantes ou extintores, assim como coordenar e comandar toda ação de abandono da área de risco.Os aparelhos extintores de incêndio recebem nomes correspondentes aos elementos extintores que possuem, os principais são: 05. Água: E o elemento mais eficiente na extinção dos incêndios comuns, isto é, em materiais sólidos, que deixam resíduos com calor concentrado. A água resfria, abafa e de acordo com a pressão com que é lançada, produz choque, deslocando as chamas. Pulverizada, em neblina de baixa velocidade, abafa e resfria e pode ser utilizada em incêndios das classes " B " e "C ". Espuma: Age principalmente por abafamento e constitui ótimo elemento de combate ao fogo da "classe B” visto ser mais leve que os inflamáveis, forma na superfície dos mesmos um lençol abafante, isto é, isola o líquido incendiado de oxigênio do ar. Dióxido de Carbono. CO2 é um gás de excelentes propriedades extintoras. Por ser mais pesado que o ar, age pôr abafamento e tem como ação secundária o resfriamento. Pode ser aplicado em qualquer tipo de incêndio. O CO2 não é tóxico, mas é impróprio à respiração. Em qualquer ambiente fechado em que haja o mínimo de 30 % de CO2 não haverá fogo, e o homem deverá usar máscaras com oxigênio próprio. Pó Químico Seco (P.Q. S): O pó químico seco é uma mistura sólida micropulverizada, tratada contra a petrificação, que extingue o fogo por abafamento. O elemento predominante na mistura é o bicarbonato de sódio ( NaHCO3 ) que em contato com as chamas produz o CO2. É a areia seca constituinte de outro elemento sólido pulverizado de grande eficiência. O tetracloreto de Carbono: São líquidos vaporizantes indicados para qualquer tipo de incêndio. Agem por abafamento e não conduz corrente elétrica, porém, foram abolidos por serem muito tóxicos sendo aplicado apenas nos incêndios de aviões a jatos (trem de aterrizagem). Montagem : Prof. Luciano Cardoso / Profª Sandra Mara R.S.Fernandes 36 O quadro seguinte indica o tipo de extintor recomendado para cada classe de fogo: Classe de fogo Tipo de extintor recomendado A espuma e água pressurizada B espuma CO2 E PQS C CO2 e PQS D PQS CAPÍTULO II – HIGIENE INDUSTRIAL E RISCOS PARTE I – INTRODUÇÃO E definida como
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