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ASMA- PEDIATRIA ASMA- é definida como uma inflamação das vias aéreas. É definida pela história de sintomas respiratórios, tais como: sibilância, dispneia, dor torácica, tosse seca junto com uma variação de tempo e intensidade do fluxo aéreo expiratório. É mais prevalente em crianças de 3 anos, causando uma obstrução reversível ao fluxo expiratório e que causa hiperinsuflação de via aérea, possui fator etiológico desconhecido. Podem ser causados por fatores genéticos e ambientais. Fatores desencadeantes: infecções respiratórias, alérgenos, irritantes (tabaco, fumaça, ar frio e seco), temperatura e clima, atividade física, flutuações hormonais, remédios, poluição, DGRE Patogênese: A asma, como outras afecções, resulta da interação entre a predisposição genética e fatores ambientais que propiciam o seu surgimento ou agravamento. Dois grandes grupos são definidos: a asma atópica e a não atópica. Teoria da higiene: Essa teoria foi elaborada há 20 anos para explicar o aumento na prevalência das doenças alérgicas no Ocidente nas últimas décadas. De acordo com essa teoria, a redução da exposição aos micróbios em uma fase precoce da vida em que o sistema imunológico está-se desenvolvendo, como decorrência da melhoria das condições de vida e da higiene anti-infecciosa, geraria desequilíbrio entre as respostas Th1/Th2, que são antagônicas, havendo predomínio de Th2, que estimula a resposta alérgica, em detrimento de Th1, importante na resposta infecciosa. A despeito de sua vasta aceitação, evidências epidemiológicas têm “fissurado o paradigma” dessa teoria: 1- A prevalência de asma em algumas regiões tem-se mantido estável, enquanto a de eczema tem aumentado. 2- Onde a prevalência de asma declinou, os padrões de higiene anti-infecciosa não pioraram. 3- A prevalência de asma é mais alta em alguns países onde reconhecidamente as condições higiênicas são piores do que outros nos quais a prevalência da afec-ção é mais baixa. 4- Evidências recentes sugerem que os estímulos gera-dores de resposta Th1 podem ocorrer também em uma fase mais tardia da vida. Resposta ao Ige imediada: Pouco se conhece sobre a patogênese da asma não atópica. O conhecimento da patogênese da asma origina-se basicamente da asma atópica, cuja resposta é classificada como hipersensibilidade do tipo I. Apesar de a asma se manifestar clinicamente de modo bastante variado, tanto em tipo quanto em intensidade de sintomas, a característica típica da doença é a inflamação nas vias aéreas, que persiste mesmo durante os períodos assintomáticos. A inflamação é similar tanto nas formas alérgicas quanto nas não alérgicas. Uma vez que o fenótipo de predisposição atópica já esteja estabelecido, o contato de antígenos com macrófagos possibilita que as células exponham os determinantes antigênicos e os apresentem a mastócitos e eosinófilos, que são responsáveis pela broncoconstrição precoce e tardia, respectivamente. Essas células são então ativadas em razão do contato com o antígeno e liberam his-tamina, triptase, quimase, leucotrienos, fator ativador plaquetário e citocinas (IL-4, IL-5, TNFα), entre outros, que promovem, por um lado, mais recrutamento de células inflamatórias (eosinófilos, basófilos, linfócitos Th2, neutrófilos, plaquetas) e, por outro, hiperresponsividade brônquica, ativação de fibroblastos e degradação de neuropeptídios. Alérgenos- Vários alérgenos têm sido associados ao desencadeamento de asma, embora só alguns tenham comprovação epidemiológica na relação de risco. Destacam-se entre os aeroalérgenos: poeira domiciliar, pelos de cão e gato, barata e mofo. O principal componente da poeira domiciliar são antígenos de dermatofagoides: D. pteronyssimus, D. farinae e B. tropicalis. Os gêneros mais comuns de mofo são os Alternaria e Aspergillus. A asma é classicamente definida como uma doença ASMA- PEDIATRIA pulmonar obstrutiva que cursa com hiperresponsividade das vias aéreas. O estreitamento aéreo, decorrente de edema, broncoespasmo e hipersecreção de muco é difuso, mas compromete principalmente os brônquios de menor calibre. A obstrução acontece geralmente durante a expiração, quando o calibre dos brônquios é reduzido pela compressão da caixa torácica, promovendo hiperinsuflação por aumento do volume residual. Quando a obstrução ocorre tanto na inspiração quanto na expiração, surge atelectasia. A insuficiência respiratória decorre de distúrbio na relação/ventilação perfusão. Leva inicialmente à hipóxia com hipocapnia e, quando o processo intensificase, surge hipercapnia. O processo pode reverter espontaneamente ou como resultado de terapia. As provas de função pulmonar demonstram que, quando há obstrução de vias aéreas e redução do volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) mais acentuada do que o da capacidade vital forçada (CVF), também se verifica melhora ou normalização com administração de broncodilatador, ou queda exagerada com provocação por substâncias broncoconstritoras, como metacolina, histamina ou carbacol. A medida de pico de fluxo expiratório (PFE) pode demonstrar queda exagerada dos valores aferidos à noite quando comparada com medidas matinais, denotando exacerbação da variação circadiana do calibre das vias aéreas. Quadro clínico: tosse, dispneia e sibilância. A tosse costuma ser seca (manhã e noite), único sintoma e tosse crônica que é maior que 3 anos. Quando o quadro de dispneia se agrava a criança pode apresentar retrações devido a musculatura acessória e taquipneia. Nos casos de sibilos a passagem de ar se encontra estreita que são expiratórios que são encontrados em fase expiratória prolongada. Diagnóstico: o Menores que 6 anos: Vários episódios de sibilância e avaliar a probalidade de asma de acordo com o quadro clínico. Os episódios associados são sintomas maiores que 10 dias com sintomas associado a IVAS, presença de mais de 3 episódios por ano, que possui piora durante a noite e que tem sintomas entre os episódios, são quadros que são sugestivo a asma, mas em crianças que é sintomático durante as atividade de brincadeiras ou risadas e possui sensibilidade alérgica. Os sintomas sugestivos são: tosse, chiado e dispneia com limitação da atividade com piora noturna. História familiar, sensibilização alérgica, alergia alimentar, dermatite atópica o Crianças de 6 anos a 11 anos: Quadro clínico, limitação reversível ao fluxo expiratório: espirometria. No diagnóstico possui monitoria, avalia a gravidade e resposta ao tratamento. O parâmetro da espirometria a ser avaliado é VEF1 e CVF. Além da espirometria tem o PFE (pico de fluxo expiratório), que é mais variável e dependente de esforço e avalia de forma adequada a resposta do tratamento e exarcebações o Criança apresenta mais probalidade se: apresentar o quadro mais de uma vez, variação de frequência e intensidade, intensificação de manhã e noite e presença de desencadeantes. Variação da limitação ao fluxo expiratório Tratamento: Medidas não farmacológicas: manter o ambiente limpo, arejado e livre de mofo e afastar fatores desencadeantes Medidas farmacológicas: medidas de controle que é o corticoide inalatório + medicação de resgate (SABA ou MART) a terapia MART: budesonida| formoterol, mas pode ser usados outras medicações como: antileucotrieno, tiotrópico Etapas de tratamento para menores que 6 anos: Etapa 1: sibilância infrequente durante infecções virais. Pouco ou nenhum sintoma aos intervalos SABA por demanda Etapa 2: sintomas não característicos de asma, mas necessitando de SABAs mais que 3 vezes por ano. Sintomas característicos de asma, sintomas não controlados ou maior que ASMA-PEDIATRIA 3 vezes por ano CI baixa. Antagonista do receptor leucotrieno ou CI intermitente podem ser boas opções. Etapa 3: diagnóstico de asma e ausência de controle com dose baixa de CI CI dobrada. Associação com dose baixa de CI antagonista de leucotrieno pode ser uma boa opção, além de encaminhar ao especialista Etapa 4: ausência de controle com dose dobrada de CI manter a dose dobrada de CI, acompanhamento ao especialista, associar ao antagonista do receptor leucotrieno Etapas de tratamento de 6 a 11 anos: Etapa 1: sintomas menores que 2 vezes ao mês usar corticoide inalatório em doses baixas sempre que usar o SABA Etapa 2: igual ou maior que 2 sintomas ao mês usar dose baixa de corticoide inalatório Estapa 3: sintomas quase todos os dias ou despertar noturno pelo menos 1 vez por semana dose baixa de corticoide inalatório+ LABA em dose médi ou CI ou terapia MART Etapa 4: sintomas quase todos os dias ou despertar norturno pelo menos 1 vez por semana e função pulmonar alterada dose média de CI + LABA ou terapia MART (com baixa dose de CI) e indicar ao especialista Etapa 5: ausência de controle em etapa anterior encaminhar para fenotipagem, dose alta de CI+ laba e considerar anti- IgE Reavaliação: A reavaliação é a cada 3 meses: classificar quanto ao controle, avaliar fatores de risco, treinamento do uso do dispositivo, checar técnica, educação do paciente e cuidadores e planejar tratamento. Antes de modificar o tratamento, deve-se avaliar: diagnóstico, adesão ao tratamento, técnica e ambiente
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