Buscar

Protetor Gástrico e antiemetico

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Protetor Gástrico 
 
Ácido gástrico 
O ácido gástrico é o ácido hidroclorídrico presente no suco gástrico. O ácido hidroclorídrico tem um 
PH ácido (1-2), é um ácido altamente corrosivo e tóxico presente no estômago. Esse ácido é produzido pelas 
paredes estomacais, e a sua secreção é estimulada por meio de impulsos nervosos e do hormônio gastrina. 
A gastrina é liberada pelo organismo em resposta à presença de alimentos no estômago, indicando que o 
estômago precisa se movimentar e iniciar o processo de digestão. A função do ácido clorídrico é proporcionar 
um ambiente altamente ácido necessário para a pepsina decompor as proteínas, pois a pepsina só reage em 
meio ácido. A elevada acidez do estômago serve também como uma barreira contra infecções, matando a 
maioria das bactérias e microrganismos, presentes no alimento, que não podem sobreviver no ambiente. A 
enzima PEPSINA é produzida pelas paredes do estômago, ela está contida no suco gástrico, e atua no início 
da digestão das PROTEÍNAS, transformando-o em moléculas menores, de OLIGOPEPTIDEOS. Essa enzima só 
é ativada em meio ácido. 
A parede estomacal é revestida por muco alcalino – produzido pelas células epiteliais da parede 
gástrica. Na parede do estômago tem células denominadas principais (zimogênicas), essas células são 
responsáveis por secretar pepsinogênio – enzima inativa que posteriormente atuará na digestão de 
proteínas. O pepsinogênio ao entrar em contato com os íons de H, que foram secretados pelas células 
parietais (oxínticas) presente no estomago, ativa essa enzima, passando a ser pepsina. 
Devido ao fato da pepsina só inicia a digestão das proteínas em meio ácido, e o ácido só ser liberado 
quando há a presença do alimento no estomago, isso impede que o órgão seja diretamente lesionado. A 
parede estomacal é revestida por uma densa camada de muco, que a protege da corrosão do HCl. Mesmo 
assim, pode ocorrer das células da parede serem lesadas pelo ácido (no momento da digestão do alimento), 
mas elas são rapidamente reposta e a mucosa amplamente regenerada. 
O estômago secreta também bicarbonato e muco para melhor isolar a região e se auto-proteger da 
ação corrosiva do ácido. Quando ocorre um desequilíbrio entre a produção do ácido e a produção dos fatores 
protetores, é ocasionado algumas doenças estomacais, sendo necessário o uso de protetores gástricos. 
▪ Antagonistas dos receptores H2 
Os antagonistas dos receptores H2 são fármacos capazes de bloquear os receptores H2 inibindo competitivamente a 
ação da histamina bem como a secreção gástrica. 
USO CLÍNICO 
Pacientes que apresentam baixa frequência de pirose ou dispepsia podem fazer uso de antagonistas H2 de maneira 
intermitente. Entretanto, na esofagite erosiva, esses fármacos são menos efetivos na cicatrização (< 50% dos pacientes) 
quando comparados aos inibidores da bomba de prótons. Em úlceras gástricas e duodenais, os inibidores da bomba 
de prótons também são os fármacos de primeira escolha. No entanto, os antagonistas de receptores H2 reduzem 
significativamente a incidência de sangramento em pacientes com ulcerações graves decorrentes de estresse. 
Em todas as indicações, são preferíveis os inibidores da bomba de prótons. Só em indivíduos intolerantes dos efeitos 
secundários destes últimos, ou em que eles foram ineficazes, continuam a ser usados. 
• Úlcera péptica duodenal 
• Úlcera péptica gástrica 
• Dispepsia (má digestão) 
• Prevenção de gastrite devido ao stress em doentes com condições dolorosas crónicas. 
• Doença gastroesofágica de refluxo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dispepsia
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gastrite
https://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a_gastroesof%C3%A1gica_de_refluxo
• Esôfago de Barrett (condição na qual o tecido que reveste o esôfago é substituído por tecido semelhante 
ao do intestino) 
 
EXEMPLO DE FÁRMACO 
Cimetidina, ranitidina, famotidina e nizatidina. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Os antagonistas de receptores H2 inibem a produção de ácido clorídrico (HCl) ao competir reversivelmente com a 
histamina pela ligação aos receptores H2 na membrana basolateral das células parietais. São altamente seletivos e não 
afetam outros receptores de histamina. 
REAÇÃO ADVERSA 
Os antagonistas de receptores H2 são fármacos extremamente seguros (< 3% de efeitos adversos). Os efeitos adversos 
mais comuns com o uso desses agentes são bradicardia, hipotensão, diarreia, cefaleia, fadiga, sonolência, erupção 
cutânea, dor muscular e prisão de ventre. Entretanto, o uso prolongado da cimetidina diminui a ligação da testosterona 
ao receptor de androgênio, inibe o citocromo P450 (CYP) que hidrolisa o estradiol e aumenta os níveis de prolactina. 
Clinicamente, esses efeitos podem provocar galactorreia nas mulheres e ginecomastia ou impotência nos homens. 
FARMACOCINÉTICA 
Os quatro fármacos são rapidamente absorvidos pelo intestino após administração oral, com concentrações séricas 
máximas entre 1 e 3 h. A absorção pode ser aumentada pela presença de alimentos ou diminuída por antiácidos. 
Cimetidina, ranitidina e famotidina sofrem metabolismo hepático de primeira passagem, resultando em 
biodisponibilidade de cerca de 50%. Já a nizatidina sofre pouco metabolismo de primeira passagem, apresentando 
biodisponibilidade de quase 100%. Os antagonistas H2 são depurados por meio de uma combinação de metabolismo 
hepático, filtração glomerular e secreção tubular renal. Assim, é necessário reduzir a dose em pacientes com 
insuficiência renal e possivelmente com insuficiência hepática grave. 
▪ Inibidores da bomba de próton 
Os inibidores da H+ /K+ ATPase (bomba de prótons) (IBP) são os supressores mais potentes da secreção de HCl. Atuam 
como inibidores irreversíveis da bomba de prótons. Sabe-se que a bomba de prótons ligada à membrana é a etapa 
final da secreção de ácido gástrico. Os inibidores de bomba de prótons (IBP) se ligam à enzima H+/K+-ATPase e 
suprimem a secreção de íons hidrogênio para o lúmen gástrico. 
USO CLÍNICO 
Os IBPs são utilizados em úlceras gástricas e duodenais, na doença do refluxo gastresofágico, incluindo a esofagite 
erosiva, e em úlceras associadas ao uso de AINEs, em que são eficazes em promover cicatrização. Atualmente, os 
antagonistas H2 foram substituídos pelos IBPs em esquemas terapêuticos para tratar infecções causadas pela 
Helicobacter pylori. 
• Doença por refluxo gastroesofágico (DRGE) 
• Doença ulcerosa péptica (úlceras associadas a infecções por H. pylori, ao uso de AINEs e na prevenção da 
recorrência de sangramento das úlceras pépticas) 
• Dispepsia não ulcerosa 
• Prevenção do sangramento da mucosa relacionada ao stress 
• Gastrinoma e outros distúrbios de hipersecreção 
EXEMPLO DE FÁRMACO 
Omeprazol, dexlansoprazol, esomeprazol, lansoprazol, rabeprazol e pantoprazol, todos disponíveis em formulações 
orais. Apresentações intravenosas são encontradas tanto para o esomeprazol, quanto para o pantoprazol. 
MECANISMO DE AÇÃO 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Es%C3%B4fago_de_Barrett
No lúmen estomacal a liberação de ácido clorídrico é feita através da enzima H+/K+-ATPase (bomba de prótons), que 
fica localizada nos canalículos das células parietais. Para que essa enzima seja ativada, depende de três estímulos 
principais: histamina, gastrina e acetilcolina. 
O mecanismo de ação dos inibidores da bomba de prótons acontece por meio da inibição da enzima H+/K+-ATPase, 
fazendo com que ocorra o bloqueio da secreção ácida do estômago, impedindo a troca de H+ e K+, já que a produção 
ácida ocorre por meio dessa troca. Assim, aumentam o pH do suco gástrico, sendo assim se diferenciam no tratamento 
de doenças gástricas justamente por inibir o último passo da produção de ácido clorídrico. 
Ademais, para que ocorra a inibição da enzima H+/K+-ATPase, esse fármaco funde-se com o receptor da enzima por 
meio de uma ligação covalente com os resíduos de cisteína, fazendo com que a bomba de prótons não se regenere, 
inativando a bomba de maneirairreversível, assim a produção de ácido será garantida somente após a síntese de uma 
nova enzima. A secreção de ácido é normalizada somente após a síntese e a inserção de novas bombas na membrana 
luminal da célula parietal. 
 
Os Inibidores de Bomba de Prótons (IBP´s) agem bloqueando a etapa final de liberação do ácido gástrico devido à 
formação de uma ligação dissulfeto (ligação irreversível) entre a forma ativa dos IBP´s e um resíduo de cisteína da 
próton/potássio ATPase, levando a uma supressão prolongada desta bomba. Por causa dessa ligação covalente, os 
efeitos inibitórios dos IBP’s duram muito mais tempo que a meia-vida plasmática dele cuja variação é em torno de 1 a 
2 horas enquanto que o efeito sobre a secreção ácida pode manter-se até 24 horas, até que aconteça a síntese de uma 
nova bomba; o efeito máximo é alcançado de 3 a 4 dias. Essa classe se mostra superior, em relação aos outros fármacos 
que também interferem na secreção gástrica, inibindo cerca de 80-95% das bombas de prótons presentes nas células 
parietais do estômago. Os IBPs produzem uma supressão ácida significativamente mais eficaz e prolongada do que os 
antagonistas dos receptores H2 e são capazes de manter o pH intragástrico superior a 4 por até 16 a 18 h/dia. 
 
Farmacocinética 
Todos esses fármacos são eficazes por via oral. Para que se tenha um efeito máximo, devem ser ingeridos entre 30 e 
60 antes do dejejum ou da refeição principal do dia (maior). Alguns são disponibilizados em formulações Intravenosas, 
como o Esomeprazol, lansoprazol e pantoprazol. Apesar de terem meia-vida de poucas horas no plasma. Eles têm 
duração mais longa de ação em razão da fixação covalente à enzima H+/K+-ATPase. 
APRESENTAÇÃO 
Formas posológicas orais: 
1. fármacos de revestimento entérico contidos em cápsulas de gelatina (omeprazol, esomeprazol e lansoprazol) 
2. grânulos de revestimento entérico fornecidos na forma de pó para suspensão (lansoprazol) 
3. Comprimidos de revestimento entérico (pantoprazol, rabeprazol e omeprazol) 
4. fármaco em pó combinado com bicarbonato de sódio (omeprazol). 
Administração 
Deve ser administrado 30 minutos antes das refeições, isso porque o alimento estimula a produção de ácido, e o IBP 
são inativos com a acidez gástrica. A administração concomitante de alimento pode reduzir ligeiramente a taxa de 
absorção. São estáveis em pH neutro. 
REAÇÃO ADVERSA 
Os IBPs causam poucos efeitos adversos, e os mais comuns consistem em cefaleia, náuseas, dor abdominal, diarreia e 
flatulência. Também foram relatados cefaleia, artralgia, miopatia e exantema cutâneo. 
Em tratamentos prolongados, pode haver diminuição dos níveis de vitamina B12, o déficit da vitamina B12 podem se 
manifestar como demência. 
Aumenta o risco de fraturas em quadril, osteoporose e osteopenia, isso porque ocorre a má absorção de cálcio e 
defeitos na atividade osteoclastica (remodelação). A elevação do pH intragástrico ocasionada por esses fármacos 
prejudica a dissolução e absorção de cálcio ingerido. Os osteoclastos dependem de bomba de prótons - inibição da 
reabsorção óssea - causar alterações ósseas estruturais. 
Estes tratamentos de longa duração, em pacientes infectados por H. pylori, provocam aumento da inflamação crônica 
no corpo gástrico e diminuição da inflamação no antro. 
O uso de LONGO PRAZO pode ocasionar aumento de infecção, devido o aumento do pH gástrico, o que dificulta o 
combate as bactérias existentes. Também pode ocasionar a redução da função leucocitária, devido a afetar o 
recrutamento de células inflamatórias ao sítio da inflamação. 
Interações medicamentosas 
A redução da acidez gástrica pode modificar a absorção de fármacos como cetoconazol, itraconazol, digoxina e 
atazanavir. O metabolismo da varfarina, da fenitoína e do diazepam podem ser inibidos pelo uso do omeprazol. O 
metabolismo do diazepam também pode ser diminuído pelo esomeprazol. 
A depuração da teofilina pode ser intensificada pelo uso do lansoprazol. Já o rabeprazol e o pantoprazol não 
demonstram interações medicamentosas significativas. 
▪ Antiácidos 
São fármacos que agem diretamente na mucosa gastrintestinal neutralizando o HCl e inibindo a atividade péptica 
através da inibição da pepsina. 
USO CLÍNICO 
Hiperacidez, refluxo gastroesofágico, gastrite, úlcera péptica, hérnia de hiato, úlceras duodenais (mais eficaz). 
EXEMPLO DE FÁRMACO 
Hidróxido Magnésio, Hidróxido Alumínio, Carbonato Cálcio, Bicarbonato Sódio. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Os antiácidos são bases fracas que reagem com o HCl gástrico, formando sal e água. Entretanto, é importante ressaltar 
que a capacidade de neutralização do HCl pelos antiácidos varia de acordo com a formulação, a velocidade de 
dissolução (comprimido versus líquido), a hidrossolubilidade, a taxa de reação com ácido e o esvaziamento gástrico. 
REAÇÃO ADVERSA 
Os efeitos sistêmicos variam quanto ao grau de absorção dos antiácidos. Na função renal normal, o acúmulo de Al 3+ 
ou Mg 2+ não apresenta problema. Entretanto, na insuficiência renal, o Al 3+ absorvido pode contribuir para 
osteoporose, encefalopatia e miopatia, ao passo que o Mg 2+ absorvido pode levar a uma hipermagnesemia. O 
carbonato de cálcio pode causar hipercalcemia, que pode ser problemática em pacientes com uremia. Já o bicarbonato 
de sódio pode exacerbar a retenção de líquido, sugerindo certa cautela em pacientes com insuficiência cardíaca, 
hipertensão e insuficiência renal. Além disso, o uso excessivo de bicarbonato de sódio ou carbonato de cálcio com 
Aumento do pH sanguíneo Bezoares Massa de material enovelado que se acumula no estômago e no intestino, como 
pelos ou alimentos como a manga Gastroparesia Retardo do esvaziamento gástrico. Pode ser causado por disfunção 
motora ou paralisia dos músculos do estômago laticínios pode levar ao desenvolvimento da síndrome leite-álcali 
(hipercalcemia, alcalose e insuficiência renal). 
• Hidróxido alumínio e o magnesio (hipomotilidade intestinal): constipação podendo levar a obstrução intestinal. 
• Bicarbonato Sódio: cargas de álcali e de sódio podem representar um risco para pacientes com insuficiência 
cardíaca ou renal. 
• Bicarbonato e Carbonato - causa eructação, náuseas, distensão abdominal e flatulência - neutraliza o H+ 
gástrico rapidamente e leva liberação de CO2. 
 
▪ Citoprotetores 
Os citoprotetores são drogas capazes de exercer uma ação protetora contra a mucosa gástrica. Potencializam os 
mecanismos de proteção da mucosa. Proporcionam uma barreira física sobre a superfície da úlcera. Têm maior 
afinidade na região onde tem úlcera. 
Os medicamentos citoprotetores podem ser divididos em: 
• Agentes de proteção das membranas mucosas como sucralfato e bismuto coloidal; 
• Análogos de prostaglandina como o misoprostol. 
 
- Sucralfato 
Na presença de lesão induzida por ácido, a hidrólise das proteínas da mucosa mediada pela pepsina contribui para a 
erosão e as ulcerações da mucosa. Esse processo pode ser atenuado por polissacarídios sulfatados. 
Usos clínicos 
O aumento do pH gástrico pode constituir um fator de desenvolvimento da pneumonia hospitalar em pacientes 
criticamente enfermos. Assim, o sucralfato pode ter vantagem sobre os IBPs e os antagonistas dos receptores H2 
para profilaxia das úlceras de estresse, pois não altera o pH gástrico. 
MECANISMO DE AÇÃO 
O sucralfato é um complexo formado por octossulfato de sacarose e hidróxido de alumínio. Em pH < 4, suas moléculas 
se polimerizam formando um gel viscoso de natureza aniônica, que adere às proteínas de carga positiva expostas nas 
úlceras. Esse gel forma uma barreira sobre a cratera da úlcera, protegendo-a contra a penetração do HCl. 
A ação citoprotetora do sucralfato é exercida através da formação de um gel muito espesso que você estratifica ao 
nível da mucosa gastroduodenal. Em particular, na presença de úlceras, o sucralfato estabelece ligações seletivas com 
as proteínas presentes na cratera ulcerativa dando origem a uma verdadeira barreira protetoracontra a posterior 
agressão dos ácidos gástricos. 
Ao mesmo tempo, o sucralfato é capaz de: 
• Estimular a produção de muco e bicarbonatos; 
• Estimular a síntese de prostaglandinas também com ação citoprotetora; 
• Inibe a atividade da pepsina. 
 
REAÇÃO ADVERSA 
O gel formado pelo sucralfato pode inibir a absorção de outros fármacos; assim, recomenda-se que este seja 
administrado 2 h antes ou depois da administração de outros fármacos destinados à absorção sistêmica. Pode haver 
absorção de alumínio, levando à toxicidade principalmente em indivíduos com insuficiência renal. Em geral, o 
sucralfato é bem tolerado com poucos efeitos adversos. Pode ocorrer prisão de ventre e a formação de bezoares, 
particularmente em pacientes com gastroparesias subjacentes. 
Pode ocorrer constipação; flatulência, náusea, vômito; irritação cutânea; prurido; Insônia; tontura; e cefaleia. 
 
- Misoprostol 
O misoprostol pertence ao grupo dos análogos da prostaglandina. É um análogo sintético de prostaglandina 
E1 (PGE1). Ao nível gástrico, o misoprostol exerce ação citoprotetora, por isso seu uso é indicado justamente para a 
prevenção e tratamento de lesões da mucosa gastrointestinal e úlceras gastroduodenais, em particular, induzidas pela 
administração de AINEs (antiinflamatórios não esteróides). É necessário ser administrado por via oral, de 
preferência às refeições. 
MECANISMO DE AÇÃO 
O misoprostol é um análogo de prostaglandina que atua inibindo a secreção de HCl e estimulando a produção de 
muco e bicarbonato. O misoprotol atua estimulando a secreção de muco; a secreção de bicarbonatos; inibindo a 
secreção de pepsina; e a secreção de ácido gástrico. 
REAÇÃO ADVERSA 
Podem ocorrer diarreia e cólicas abdominais com o uso do misoprostol, que também está contraindicado durante a 
gravidez, dada sua ação estimulante na contratilidade uterina. Pode ocasionar dor abdominal; náusea e vômito; 
diarreia ou prisão de ventre; tontura, cefaleia; cólicas uterinas, sangramento intermenstrual, menorragia, 
dismenorréia. 
 
- Quelato de bismuto 
USO CLÍNICO 
Os compostos de bismuto são usados em esquemas múltiplos para erradicação de H. pylori. Além disso, são 
citoprotetores e também podem ser usados na diarreia do viajante. 
MECANISMO DE AÇÃO 
O benefício obtido com o uso desses compostos deve-se ao efeito citoprotetor que ocorre por aumento da secreção 
de prostaglandinas, muco e bicarbonato; inibição da pepsina e sedimentação preferencial dos compostos nas crateras 
das úlceras. O bismuto também exerce efeitos antimicrobianos, com ação direta contra H. pylori, além de se ligar às 
enterotoxinas, o que explica seu benefício na prevenção da diarreia do viajante. O risco de intoxicação alimentar existe 
em qualquer país do mundo. Segundo a Anvisa, 80% dos viajantes podem ser acometidos por doença diarreica aguda. 
O subsalicilato de bismuto sofre rápida dissociação no estômago, possibilitando a absorção do salicilato, que é 
rapidamente absorvido e excretado na urina. 
REAÇÃO ADVERSA 
O bismuto pode provocar enegrecimento das fezes, o que pode ser confundido com sangramento. Também pode 
provocar escurecimento da língua. Devem ser evitados longos períodos de uso em pacientes com insuficiência renal. 
A superdosagem pode levar à toxicidade por bismuto, causando encefalopatia (ataxia, cefaleia, confusão e convulsões). 
O subsalicilato de bismuto em altas doses pode resultar em toxicidade do salicilato. Os compostos de bismuto podem 
reduzir a biodisponibilidade das tetraciclinas e outros fármacos quelantes. Também não se recomenda o uso 
pediátrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Antieméticos 
Os antieméticos são medicamentos utilizados para prevenir ou tratar náuseas e vômitos. Eles atuam em 
diferentes vias do sistema nervoso para reduzir os sinais que desencadeiam a sensação de náusea e o reflexo 
do vômito. Esses sintomas são relativamente frequentes, podem ocorrer no início da gestação, está presente 
em diversas doenças e infecções, além de serem efeitos colaterais indesejáveis de diversos fármacos, como 
os utilizados em quimioterapia, opióides, anestésicos gerais e digoxina. 
Os objetivos da terapia antiemética consistem no alívio de sintomas agudos e tardios, além de redução do 
risco de complicações, como a desidratação. Vale salientar que, na maioria das vezes, esses sintomas são 
decorrentes de uma causa primária, que deve ser investigada e tratada sempre que possível. 
O mecanismo de ação dos antieméticos consiste no antagonismo dos receptores dos neurotransmissores 
envolvidos nessa fisiologia. Os cinco locais de receptores de neurotransmissores que são de importância 
primária no reflexo do vômito são: 
• M1 – muscarínico 
• D2 – dopamina 
• H1 – histamina 
• 5-HT3 – serotonina 
• Receptor de neurocinina 1 (NK1) – substância P. 
FISIOLOGIA DO VÔMITO 
O vômito é um reflexo fisiológico protetor que limita a possibilidade de que substâncias nocivas ingeridas causem 
danos. Durante o vômito, há produção de contração dos músculos torácicos, da parede abdominal e do diafragma, 
seguido de uma pressão dentro do abdômen. A isto se adiciona o relaxamento do esfíncter do esófago inferior e a 
contração pilórica. Assim sendo, o conteúdo gástrico atravessa o esófago e, devido ao aumento da pressão torácica, a 
boca. O vômito também pode levar à desidratação e queda de pressão arterial. 
Antagonistas do receptor 5-HT3 
Os antagonistas do receptor 5-HT3, também denominados antagonistas serotoninérgicos apresentam potente 
natureza antiemética, exercendo essa função principalmente através do bloqueio dos receptores 5-HT3 periféricos nos 
nervos aferentes espinais e vagais intestinais extrínsecos. 
Exemplo de Fármaco 
Ondansetrona, granisetrona, dolasetrona e a palonosetrona. 
Mecanismo de Ação 
Esses fármacos são antagonistas seletivos de receptores 5-HT3 centrais no centro do vômito e na zona de gatilho 
quimiorreceptora. Também antagonizam os receptores 5-HT3 periféricos nos nervos aferentes vagais intestinais e 
espinais. 
Uso Clínico 
Sua atuação é sobre a êmese de etiologia vagal, como nos casos de êmese pós-operatória, quimioterápica e 
radioterapica. Também são eficazes na hiperêmese gestacional; entretanto, não devem ser administrados a mulheres 
que estejam grávidas ou amamentando sem prescrição médica (categoria B). Os fármacos dessa classe não são eficazes 
na cinetose. 
Reação Adversa 
Os efeitos adversos mais comuns são constipação ou diarreia, movimento circular involuntário dos olhos, cefaleia, 
astenia e tontura. A literatura descreve um pequeno prolongamento do intervalo QT, o que preconiza um cuidado na 
administração desses fármacos em pacientes com histórico de arritmias. 
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=53209a608321ae0aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcxOQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cuc3R1ZG9jdS5jb20vcHQtYnIvZG9jdW1lbnQvdW5pdmVyc2lkYWRlLXJlZ2lvbmFsLWRvLWNhcmlyaS9uZXVyb2xvZ2lhL2Zpc2lvbG9naWEtZG8tdm9taXRvLW1lY2FuaXNtb3MtZmlzaW9sb2dpY29zLWRvLXZvbWl0by1jZW0tYmlsaG9lcy1kZS1uZXVyb25pb3MvMTg0MDc4NTU&ntb=1
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=53209a608321ae0aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcxOQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cuc3R1ZG9jdS5jb20vcHQtYnIvZG9jdW1lbnQvdW5pdmVyc2lkYWRlLXJlZ2lvbmFsLWRvLWNhcmlyaS9uZXVyb2xvZ2lhL2Zpc2lvbG9naWEtZG8tdm9taXRvLW1lY2FuaXNtb3MtZmlzaW9sb2dpY29zLWRvLXZvbWl0by1jZW0tYmlsaG9lcy1kZS1uZXVyb25pb3MvMTg0MDc4NTU&ntb=1
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=ad356ec39e80828aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcyMQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly9hdWd1c3RvYmVuZS5jb20vdm9taXRvLWVtZXNlLXRpcG9zLWNhdXNhcy1lLWZpc2lvcGF0b2xvZ2lhLw&ntb=1https://www.bing.com/ck/a?!&&p=ad356ec39e80828aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcyMQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly9hdWd1c3RvYmVuZS5jb20vdm9taXRvLWVtZXNlLXRpcG9zLWNhdXNhcy1lLWZpc2lvcGF0b2xvZ2lhLw&ntb=1
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=ad356ec39e80828aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcyMQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly9hdWd1c3RvYmVuZS5jb20vdm9taXRvLWVtZXNlLXRpcG9zLWNhdXNhcy1lLWZpc2lvcGF0b2xvZ2lhLw&ntb=1
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=ad356ec39e80828aJmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcyMQ&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly9hdWd1c3RvYmVuZS5jb20vdm9taXRvLWVtZXNlLXRpcG9zLWNhdXNhcy1lLWZpc2lvcGF0b2xvZ2lhLw&ntb=1
https://www.bing.com/ck/a?!&&p=b561e994515fd448JmltdHM9MTcwMDAwNjQwMCZpZ3VpZD0zNmFlNGM4OC1jNjRlLTZlOWItMzdjNi01ZTM5YzcyNTZmZjUmaW5zaWQ9NTcyMw&ptn=3&ver=2&hsh=3&fclid=36ae4c88-c64e-6e9b-37c6-5e39c7256ff5&psq=fisiologia+da+nausea+e+do+vomito&u=a1aHR0cHM6Ly93d3cuc3R1ZG9jdS5jb20vcHQtYnIvZG9jdW1lbnQvdW5pdmVyc2lkYWRlLWZlZGVyYWwtZGEtZnJvbnRlaXJhLXN1bC9hbmF0b21pYS1lLWZpc2lvbG9naWEtaHVtYW5hL3Byb2Nlc3Nvcy1maXNpb2xvZ2ljb3MtZW52b2x2aWRvcy1uby12b21pdG8vMTUzMzIyNjY&ntb=1
Anti-histamínicos 
Exemplo de Fármaco 
Os agentes disponíveis incluem difenidramina (Dramin), prometazina, dimenidrinato, meclizina, cinarizina, ciclizina. 
Mecanismo de Ação 
Antagonistas dos receptores H1 da histamina - agem no aparelho vestibular. 
A difenidramina é um antagonista de primeira geração dos receptores de histamina H1. Além do sal dimenidrinato 
(difenidramina + 8-cloroteofilina), a prometazina é outro antagonista H1 de primeira geração comumente usada como 
antiemético. Ambas têm também propriedades anticolinérgicas. Aqui também não podemos deixar de mencionar a 
meclizina, um antagonista de primeira geração, mas que não tem propriedades anticolinérgicas significativas. 
Uso Clínico 
Os anti-histamínicos são usados principalmente para controle de enjoo de movimento e labirintopatias, além de enjoos 
causados por hipercinetose. Os antagonistas H1 de primeira geração apresentam atividade significativa na prevenção 
da cinetose (enjoo causado pelo movimento), mas são menos efetivos em episódios de cinetose já estabelecidos. Deve-
se ter cuidado na êmese gestacional em razão do possível efeito teratogênico, especialmente com os anti-histamínicos 
de primeira geração. Entretanto, a difenidramina pode ser usada com segurança na gestante, mas não na 
amamentação, em razão de sua excreção no leite materno, o que causa ações sintomáticas no lactente. 
Reação Adversa 
Os antagonistas H1 de primeira geração atravessam a barreira hematencefálica e causam sedação, tontura. O 
dimenidrinato e a prometazina têm ações anticolinérgicas e, portanto, podem causar efeitos como boca seca e 
retenção urinária, assim como ressecamento das vias respiratórias. Em razão do forte efeito sedativo, algumas vezes 
esses fármacos são usados em casos de insônia. 
 
 
Anticolinérgicos 
Exemplo de Fármaco 
Butilbrometo de Escopolamina (Buscopan). 
Mecanismo de Ação 
O antagonista do receptor muscarínico M1 destaca-se como uma eficaz droga anticolinérgica com propriedades 
antieméticas. Sua principal aplicação reside na profilaxia contra cinetose, sendo particularmente útil para prevenir 
desconfortos associados a movimentos. 
Os anticolinérgicos agem centro do vômito, bloqueia estímulos do trato solitário e nos quimiorreceptores das drogas 
citostáticas (quimioterápicos), diminuírem as secreções e motilidade do aparelho gastrointestinal. 
Uso Clínico 
As indicações principais da escopolamina são a profilaxia e o tratamento da cinetose, embora alguns estudos tenham 
demonstrado também eficácia em náuseas, vômitos pós-operatórios e cólicas abdominais. Já nas náuseas induzidas 
por quimioterapia, os anticolinérgicos não são eficazes. 
Reação Adversa 
As reações adversas mais frequentes são resultado dos efeitos anticolinérgicos periféricos, como boca seca, turvação 
da vista e aumento da pressão intraocular, taquicardia, tontura e retenção urinária. No entanto, por causa de sua 
distribuição no SNC, a escopolamina pode causar sonolência, amnésia, fadiga e sono. É contraindicada em patologias 
como glaucoma de ângulo fechado, obstruções intestinais ou urinárias e taquiarritmias. Também é contraindicado o 
uso concomitante do fármaco com antidepressivos tricíclicos e fármacos anticolinérgicos em razão do aumento dos 
efeitos adversos periféricos. A associação com antagonistas dopaminérgicos também reduz a eficácia da escopolamina, 
e aqui podemos citar a metoclopramida. 
 
 
Antagonistas do receptor dopaminérgico 
Os antagonistas de receptor dopaminérgico possuem efeito central sobre o quimioreceptor bulbar, ou possivelmente 
por antagonismo dopaminérgico central. 
Três classes de antagonistas do receptor de dopamina podem ser usadas em pacientes com náuseas ou vômitos: 
• Fenotiazinas 
• Butirofenonas 
• Benzamidas 
1. Fenotiazinas: As fenotiazinas, pioneiras no tratamento da êmese induzida por quimioterapia, atuam 
principalmente como antagonistas dos receptores D2-dopamina, além de bloqueadores M1-muscarínico e H1-
histamina. A proclorperazina, destaque nessa classe, tem moderada eficácia contra náuseas associadas a 
distúrbios gastrointestinais e quimioterapia leve a moderada. As doses típicas variam entre 5-10 mg via oral a 
cada 6-8 horas. Outras opções incluem clorpromazina, tietilperazina e prometazina, esta última útil na 
cinetose resistente a outros tratamentos. Reações adversas incluem distonia, discinesia tardia e hipotensão, 
com tratamento possível para distonia aguda usando difenidramina. 
2. Butirofenonas: As butirofenonas, principais tranquilizantes que potencializam a ação dos opioides e têm 
efeito antiemético isoladamente, são empregadas como pré-anestésicos e para sedação em procedimentos, 
mostrando eficácia contra náuseas pós-operatórias. O droperidol, de ação curta (0,625-2,5 mg IM), e 
o haloperidol, com meia-vida longa (18 horas), são usados, mas apresentam riscos como prolongamento do 
intervalo QT. Seu perfil de efeitos colaterais e eficácia antiemética assemelha-se às fenotiazinas. 
3. Benzamidas: Os dois medicamentos de maior destaque nessa classe são a metoclopramida e a domperidona. 
A metoclopramida atua como antagonista D2 da dopamina, estimulando receptores colinérgicos e liberando 
acetilcolina, com efeitos colaterais como ansiedade, hiperprolactinemia e risco de discinesia tardia. Possui 
efeito antiemético modesto, mas aumenta a motilidade esofágica, gástrica e entérica, além de aumentar o 
tônus do esfíncter esofágico inferior. Isso justifica seu uso no tratamento do refluxo gastroesofágico e de 
distúrbios hepáticos e biliares. Com a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, pode causar 
efeitos neurológicos, como acatisia, distonia, ansiedade, inquietação, depressão e o risco de discinesia tardia 
irreversível, principalmente em idosos ou com alta dosagem em longos períodos. A metoclopramida também 
estimula a produção de prolactina, cursando com hiperprolactinemia, galactorreia e distúrbios menstruais. 
Outro efeito adverso importante é o prolongamento do intervalo QT. A domperidona, por sua vez, possui 
atividade periférica seletiva no trato gastrointestinal superior. É utilizado principalmente para tratamento de 
êmese causada por citotóxicos e sintomas gastrointestinais. Sua principal diferença – e vantagem – é que não 
atravessa a barreira hematoencefálica, o que garante que não manifeste os efeitos adversos neurológicos da 
metoclopramida. 
Antagonista da neurocinina 1 (NK1) – substância P 
A substância P, é um neuropeptídeo encontrada em neurôniosdo tronco cerebral e atua no vômito via receptor de 
neurocinina-1 (NK1). Os antieméticos dessa classe são potentes inibidores de vômitos agudos e tardios provocados 
por quimioterapia ou no pós-operatório. Seus efeitos colaterais mais comuns são fadiga, tontura, dor abdominal, 
anorexia, soluços e diarreia. Elevação das aminotransferases hepáticas podem ocorrer, mas sem associação com 
hepatotoxicidade. 
Os representantes dessa classe são: o aprepitanto, fosaprepitanto, casopitanto e rolapitanto.

Outros materiais