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CIRURGIA_E_TRAUMATOLOGIA_BUCOMAXILOFACIA

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CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCOMAXILOFACIAL: 
Déborah Andreto Silva Cruz 
 
FRATURAS FACIAIS: 
-Mais no sexo masculino 
-Mais nos acidentes de carro 
-Na faixa etária entre 20 e 29 anos 
-Maioria das fraturas são simples 
-Entre 20 e 29 anos as fraturas múltiplas ocorrem mais. 
 
ATUAÇÃO DO CIRURGIÃO BUCOMAXILOFACIAL 
-Cirurgias buco-dentárias 
-Patologia cirúrgica 
-Cirurgias bucomaxilofaciais 
-Reconstruções faciais 
-Trauma facial e buco dental. 
 
BUCOMAXILOFACIAL NO SUS 
Baixa: 
Procedimentos clínicos e cirúrgicos básicos. O usuário deve ser encaminhado 
para a atenção básica (adequação do meio bucal) relacionados à presença de focos 
infecciosos, cuja contaminação pode interferir durante a realização do procedimento 
cirúrgico especializado. 
Observação: dentes que mais fraturam depois que fazem tratamento de canal são os 
laterais. 
Média: 
- Frenectomia 
-supranumerário 
-cirurgias pré protética (hiperplasia, rebordo ósseo) 
-dentes retidos 
-dente incluso 
-dentes impactados 
-Lesões não neoplásicas de glândulas salivares 
-remoções de cistos 
-tumor dos maxilares 
-fratura dos dentes, de osso e face 
-corpos estranhos 
-luxação de atm 
Alta: 
Procedimentos cirúrgicos que necessitem intervenção de um especialista bucomaxilofacial 
em ambiente hospitalar, para onde o centro de especialidade odontológica deve referenciar 
os pacientes com tais necessidades. 
Justificativa para o encaminhamento: 
-Complexidade do procedimento ou ausência de condições técnicas 
1º: exame clínico 
Anamnese: 
- alterações cardiovasculares 
-diabetes 
-hipertensão arterial sistêmica 
-alergias e problemas de coagulação 
- deficiências do processo de cicatrização 
Exame físico intra e extra bucal 
Exames complementares 
 
CIRURGIAS BUCODENTÁRIAS: 
-retenções, inclusões ou impactações dentárias 
-tracionamento dentário com finalidade ortodôntica 
-transplantes dentais autógenos 
-desinserções de tecidos moles 
-exodontias complexas, 
-cirurgia ósseas com finalidade protética 
-cirurgias de tecidos moles com finalidade protética 
-cirurgias de lesões dentárias periapicais 
-enxertos ósseos nos maxilares 
 
Cirurgia de dentes inclusos, tracionamentos e transplante dentário autógenos 
Definição: retenção dentária caracteriza-se pela incapacidade de erupção total de um dente 
para realizar sua função mastigatória. Tal retenção pode ser óssea, mucosa, impactação em 
outro dente, etc. 
Indicação: O tratamento será eletivo para remoção e/ou aproveitamento de dentes inclusos, 
com maior freqüência os terceiros molares superiores e inferiores, por indicação preventiva 
ortodôntica, periodontal ou patologias associadas a estes. 
 
Cirurgias de tecidos moles: desinserções, finalidade protética e estético funcionais 
Definição: cirurgia em tecido mole que visa restabelecer a função estética bem como 
facilitar a reabilitação protética do paciente 
Indicações: em caso de inserções muito altas que provocam retrações gengivais ou impedem 
a estabilidade de prótese dentária nos rebordos alveolares ou em freio labial ou lingual que 
impedem a funcionalidade normal destas estruturas. 
 
Cirurgia ósseas com finalidade protética ou estético funcionais 
Definição: alterações morfológicas do rebordo ósseos alveolares dos maxilares que 
impedem a adaptação funcional de próteses e/ou exostoses dos maxilares. 
Indicação: remoção e/ou aproveitamento para enxertos ósseos, alterações morfológicas dos 
alvéolos dos maxilares e/ ou exostoses ósseas, por indicação preventiva, protética, 
ortodôntica, periodontal ou patologias associadas a estas. 
Cirurgias de lesões dentarias periapicais 
Definição: cirurgias com acessos cirúrgicos às raízes ou seus ápices radiculares com a 
finalidade de removê-las (apicectomia) ou retro-obtura-las. 
Indicação: tratamento cirúrgico de dentes com insucesso do tratamento endodôntico 
convencional e/ou patologias associadas ao periápice dental. 
Observação: Osteogênese: o próprio material induz a formação óssea 
Osteoinduçao: induz células mesenquimais a formar osso. 
Osteoconduçao: material não forma osso, ele é reabsorvido e os osteoblasto dos ossos 
adjacentes forma osso. 
Osso autogeno tem os 3 por isso ele e chamado de padrão ouro. O problema dele é 
limitação em relação à quantidade e o fato de ter que fazer duas cirurgias. Ele pode ser 
associado a outras materiais como PRP, PRF, hidroxiapatita, osso bovino, etc. 
(biológicos) 
Material osteocondutor é aloplástico e demora mais para ser reabsorvido 
Osso bovino é osteoindutor e condutor. 
Alógeno e heterogêneo= osteocondução e indução 
Aloplástico= osteocondução 
Tratamento cirúrgico dos processos infecciosos dos ossos maxilares, cirurgia de 
pequenos cistos e tumores benignos intra ósseos dos maxilares 
Definição: tratamento cirúrgico para remoção ou controle dos processos infecciosos, 
cistos e tumores de ocorrência comum nos maxilares, de origem odontogênica ou não 
odontogênica. 
Indicação tratamento cirúrgico e/ou medicamentoso dos processos infecciosos, 
bacterianos, fúngicos ou virais dos maxilares e anexos, dos processos císticos, pseudo-
tumorais e tumores benignos de ocorrência comum dos maxilares. 
 
Tratamento cirúrgico de defeitos ósseos alveolares dos maxilares 
Definição: tratamento cirúrgico com objetivo de reconstruir alguma área do osso 
alveolar que foi perdido por processo patológico anterior, ou defeito de 
desenvolvimento. 
Indicações: tratamento cirúrgico para reconstrução de defeitos ósseos intrabucais, 
utilizando sítios doadores ósseos intrabucais sob anestésico local. 
Tumor maligno mais comum= espino-celular 
Epitélio= camada basal, espinhosa, granulosa, queratinizada. Tumor gera uma 
proliferação muito grande da camada espinhosa do epitélio. 
Fator de risco: cigarro, bebida, trauma, fator genético, exposição solar. 
Região mais comuns lábios, assoalho (2º), e borda lateral de língua (1º) 
 
Tratamento dos processos infecciosos da face e das sinusopatias maxilares de 
origem odontogênica associadas ou não a comunicação buco-sinusal ou buco-nasal. 
Definição: procedimento cirúrgico tem por objetivo tratar processos infecciosos de 
origem odontogênica fistuloso ou não. 
Indicações: tratamento cirúrgico de processos infecciosos dos seios maxilares e/ou 
comunicação buco-sinusais de origem odontogênica. 
 
Patologias cirúrgicas: 
-tratamento cirúrgico dos processos infecciosos dos ossos maxilares 
-tratamento cirúrgico dos processos infecciosos de tecidos moles da face 
-cirurgia de pequenos cistos de tumores benignos de tecidos moles 
-tratamento cirúrgico dos processos infecciosos/ neoplásicos das glândulas salivares 
no lábio é chamado mucocele, no assoalho rânula; 
- tratamento clínico laboratorial das patologias da atm 
Quando abrir e fechar a boca os dentes tocar pelo menos em três pontos em cada dente 
Problema de atm= quem tem bruxismo, apertamento ou artrite 
-Cirurgias estético-funcionais de tecidos moles 
-Cirurgias esqueléticas orto-cirúrgicas ambulatoriais 
-Osteoplastia e osteotomia maxilares ambulatoriais 
obs: osteoplastia osso que não tem relação com ligamento periodontal e osteotomia tem 
relação com ligamento periodontal 
-orto cirurgias 
-implantes osseointegrados 
-enxertias ósseas intrabucais com sitios doadores intrabucais 
-distrações ósseas alveolares 
Limite de atuação 
Do osso hióide ao supercílio de baixo para cima 
Do tragos à pirâmide nasal de trás para frente 
AGENTES TRAUMÁTICOS 
Conceito: 
São diferentes formas de energia que vão agir sobre o corpo humano provocando 
lesões. 
Classificação: 
-Agentes físicos 
-Agentes químicos 
-Agentes biológicos 
 
Agentes físicos: 
-Produzem alteração da natureza dos órgãos atingidos 
-Geralmente são mecânicos 
-Exemplos: calor, eletricidade, pressão, radioatividade, som e luz, eletromagnetismo. 
 
Agentes químicos: 
Produzem alteração da constituição dos elementos que são atingidos transformando em 
elementos diferentes. 
Ex: drogas, substâncias cáusticas, diversos tipos de venenos e etc 
Ex2: o col nãoé queratinizado, caso haja perda do ponto de contato ele torna-se queratinizado 
Col= área mais sujeita a doença periodontal pelo fato de não ser queratinizada. 
 
Agentes biológicos: 
São aqueles que agem através de seres vivos tais como os vírus, bactérias e fungos. 
Exemplo: herpes zoster =unilateral, segue o caminho do nervo, gera muita dor, em especial dor 
noturna, muitas vezes não é identificado, pode ser desencadeada por exposição solar, stress, etc. 
Gengivoestomatite herpética= mais comum em criança, acomete a boca toda, dói muito, dificulta 
alimentação. 
Aciclovir 200 mg 4/4h ou 400 mg 8/8h. 
 
Energia física mecânica 
Resultado de alteração do sentido 
 
Ação simples: 
-contundentes 
-cortante 
-perfurante 
 
Ações mistas: 
-corto contundente 
-perfuro contundente 
-perfuro-cortante 
 
Podem ser ativo ou passivo: 
Ativo: exemplo: soco- indivíduo que vai “gerar” o trauma está de encontro ao agente traumático.--
> quando o objeto possuidor de força viva, choca-se contra o corpo da vítima. 
Passivo: quando o corpo da vítima, sob ação da força viva, choca-se contra o objeto; 
Ativo- passivo: exemplo: dois indivíduos dando cabeçada um no outro quando tanto o corpo da 
vítima, quanto o objeto possuidor de força viva, chocam-se entre si. 
 
 
AÇÃO CONTUNDENTE: 
 
Instrumento contundente: objeto rombo que funciona pelo choque entre uma superfície ou 
corpo. 
Exemplo: barra de ferro, pau, cassetetes, pedras, martelo, assim como chutes, socos, cabeçadas, 
choques com veículos e de forma esporádica com água. 
Toda lesão causadas por agentes contundentes para romper a epiderme ele tem que ter uma borda 
e irregular, edema, eritema, e a força usada é grande. 
Edema: extravasamento de líquido intravascular em conseqüência do fenômeno de 
vasodilatação. 
 
Na verdade é um processo de defesa causando vasoconstrição inicial para o sangue parar 
na região e células de defesa poderem atuar e em seguida ocorre vasodilatação para aumentar a 
permeabilidade vascular para as células de defesa saírem e irem para os tecidos. 
Exemplo: pericoronarite é causada por biofilme e pode estar associada com traumas também. Gera 
edema nessa região, dor e trismo em alguns casos. 
Tratamento anestesia, raspagem, irrigação e se necessário medicação sistêmica, para depois 
avaliar se precisa extrair o dente. 
Eritema: congestão de intensidade leve se constituindo numa mancha avermelhada 
provocada por vasodilatação. 
Exemplo: processo inflamatório se for exacerbado pode gerar problemas no periodonto no caso de 
gengivite. 
 
Equimose: trauma de maior intensidade, as hemácias extravasam se infiltram e coagulam 
nas malhas teciduais, tem coloração violácea, algumas vezes avermelhada resultante do 
rompimento de vasos subcutâneos. 
Exemplo: acidente automobilístico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hematoma: surge pelo rompimento dos vasos sanguíneos e se espalha pelos tecidos moles 
permanecendo agrupados e tendendo a adquirir a forma esférica. 
Pode tentar drenar ou usar Hirudoide (medicamento em forma de pasta) que é um anticoagulante 
que age no coagulo tentando diluí-lo e ser reabsorvido pelo organismo. 
 
PROVA: ele pode dar uma lesão e falar para descrever o agente que pode ser o causador 
 
Escoriação: perda traumática da epiderme com exposição da derme. Aqui ao contrário das lesões 
anteriores ocorre solução de continuidade da pele (ralado) 
Exemplo: exposição de tecido coberto pela mucosa 
 
Escoriação: 
-Lesões superficiais- regeneração da pele 
-epiderme- crosta amarelada 
-derme- cor pardo avermelhada 
Dá para determinar a força aplicada, profundidade da lesão e o tempo da escoriação. 
Observação: o descolamento e a cor da crosta nos fornece dados sobre o tempo da escoriação 
Observação2: quando faz raspagem subgengival altera o epitélio e tecido conjuntivo. O tempo de 
cicatrização do epitélio é de 7 dias e do tecido conjuntivo um mês. 
 
ESCORIAÇÃO VALOR MÉDICO LEGAL: 
-indica que houve ação de um agente contundente 
-a crosta pode indicar o tempo da lesão amarelada uma semana, marrom 15 dias 
-a localização e à forma pode indicar o tipo de agressão: 
. forma de sulco no pescoço estrangulamento 
. em regiões erógenas- natureza sexual 
. sinais de arcada dentária- mordeduras 
. formas lineares nos punhos- algemas 
. braços e pernas- contenção 
Ferida contusa- rompimento da integridade da pele e por conseqüência temos uma lesão aberta 
com bordas irregulares. 
Bordas irregulares inchadas e edematosas 
PROVA: Uma avulsão é causada por uma lesão físico-mecânica cuja característica é de contusão 
pois o ligamento periodontal foi “rasgado” 
 
 
CONTUSÃO DE MANEIRA GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO CORTANTE: 
Instrumento cortante possui um fio, gume ou corte e que atua por deslizamento, 
causando a secção dos tecidos. 
Lesões incisas: 
-Profundas na parte central superficiais nas extremidades 
-Vertentes e bordas regulares e suas margens não apresentam escoriações ou equimoses 
-Produzem hemorragia abundante 
Retalho total remove periósteo, sangra menos 
Retalho dividido deixa o periósteo, por isso sangra mais 
Ação cortante: 
1-borda ou lábio 
2-Vertente 
3-Fundo 
 
 Vista lateral--> Vista superior 
 
 
Instrumentos: bisturi, navalha, facas, canivete, vidro, etc 
 
Tipos de lesões incisas: 
Incisa simples: 
-bordas regulares 
-fundo liso 
-comprimento maior que a profundidade 
-freqüentemente superficial 
Enxerto gengival livre depois de uma semana tem uma coloração mais amarelada 
devido a cicatrização do epitélio. 
 
Lesão incisa mais comum: 
Em bizel: 
Ação obliqua de instrumento cortante 
bisel interno bisturi voltado para raiz mantêm epitélio. 
bisel externo bisturi voltado para coroa tira epitélio. 
 
AÇÃO PERFURANTE 
Instrumentos perfurantes:  Agem por pressão em 1 ponto  Possuem ponta e haste cilíndrico-cônica  Podem ser de pequeno, médio e grande calibre  Agem através do afastamento de fibras 
 
Lesões se chamam punctórias quando provocadas por instrumentos de pequeno calibre 
Ex: alfinete, agulha, prego, espeto, espinhos, estacas, furador de gelo, estilete, etc. 
Lesões puncitórias: 
Ovais, triangulares, em setas, em quadriláteros. 
OBS: Bala: ação contundente e perfurante devido a força e a velocidade. 
 
 
 
 
 
AÇÕES MISTAS 
Ação pérfuro-cortante  Ação perfuntrante uma ponta e 1 ação cortante  Lamina que possui um ou mais gumes  Ação exercida por um ponto de pressão que se aprofunda e desliza provocando 
secção tecidual. 
É mais profunda que larga e as bordas são mais regulares. 
Ex: punhal, peixeira, faca, canivete, etc. 
 
 
 
 2 pontas agudas: objeto tem corte dos dois lados 
 
 
 
 corte voltado para o lado esquerdo 
 
 
 giratório: tem vários pontos agudos girar o instrumento no 
tecido 
Características das lesões: 
 1 ou 2 bordas e são regulares 
 Forma arredondada 
 Profundidade maior que as outras dimensões 
Referência do orifício de entrada 
Rotação: 
 
Extremidade arredondada não 2 bordas agudas 3 bordas agudas 
teve ação cortante (lado direito corte dos 2 lados 
em maior extremidade) 
1 borda aguda 
 
Obs: As lesões provocadas pelos instrumentos pérfuro-cortantes com um (canivete, faca 
de cozinha) ou dois gumes (peixera, baioneta, punhal, espada) ou três gumes (lima, 
estoques com haste facetada) são feridas denominadas feridas pérfuro-incisas. Elas têm 
as características de serem mais profundas do que largas e que têm a maioria dos 
elementos das lesões incisas (bordos, margens, fundo) 
O instrumento faz o afastamento das fibras para depois seccioná-las, as feridas 
pérfuro-incisas assumem forma de botoeira, com uma comissura aguda (gume) e outra 
arredondada (costas) ou as duas em ângulo agudo (instrumentos com dois gumes), ou 
estreladas, quando a lâmina tem mais de dois gumes. 
Além de perfurar (com a ponta do instrumento) exerce lateralmente uma ação de 
corte (pela lâmina). 
 
Classificação: 
 Penetrantes (entram em cavidades preexistentes: pleural, pericárdica, peritoneal) 
 Perfurante(penetra numa parte maciça do corpo, sem saída) 
 Transfixantes (atravessam um órgão ou uma parte do corpo) 
 Fundo de saco: perfuram, atingem um obstáculo resistente e não penetram mais. EX: 
pele e osso 
 Sanfona: corpo é depressível (parede de abdomem), a lâmina produz uma lesão mais 
profunda que sua largura. 
 
 
CORTO-CONTUNDENTES 
Mistas: predomínio da ação contundente com bordas e fundo irregulares acompanhada de 
escoriações, equimoses e fraturas de superfície óssea se houver. 
 
 
LACERO-CONTUSAS 
 Dilacerações teciduais pela ação tangencial do instrumento devido a força de tração 
ou arrasto do mesmo. 
 Lesões semelhantes as corto-contusas, porém sem nitidez das bordas. 
Instrumental: quando usa um instumento contundente com muita força e velocidade. 
 
1-irregularidade das bordas, em geral, amplamente laceradas e franjadas; 
2-contusões das margens que, às vezes, são apenas perceptíveis; 
3-descolamento dos tecidos lacerados e contundidos dos planos anatômicos subjacentes, 
com formação de anfractuosidades. Por vezes, o tegumento é destacado, e ocorrem 
verdadeiras áreas de esfolamento (escoriação) vizinhas; 
4-retração das bordas, que é tanto maior quanto mais intenso o descolamento; 
5-presença de pontes de tecido que se estendem entre as margens do ferimento; 
6-fundo irregular, contuso e hemorrágico. 
 
 
OBS: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAUMA DE TECIDO MOLE EM CAVIDADE BUCAL 
 
O que avaliar em um acidentado? 
A= vias aéreas 
B= respiração 
C= circulação 
D= desfibrilador 
 
Hoje em dia o correto é verificar primeiro a circulação e depois estender o pescoço para 
avaliar se tem algum corpo estranho , verificando assim as vias aéreas. 
 
OBS: massagem cardíaca: 30 massagens/ 2 ventilações  1 socorrista 
 Massagem cardíaca: 15 massagens/ 2 ventilações 2 socorristas 
 
Avaliação 1ª 
 
 PROTOCOLO UNIVERSAL DE REANIMAÇÃO DO ADULTO 
 
 
 
INCONSCIENTE CONSCIENTE:MONITORAR E 
 ESPERAR AJUDA 
 
PEDIR AUXILO 
 
POSICIONAR O PACIENTE 
EM DECÚBITO DORSAL 
 
ABRIR AS VIAS AÉREAS 
(HIPEREXTENSÃO DO PESCOÇO) 
 
RESPIRAÇÃO EFICAZ PRESENTE RESPIRAÇÃO AUSENTE OU 
INEFICAZ: 
 
VENTILAR 2 VEZES 
USANDO O2 SUPLEMENTAR 
 
PULSO CAROTÍDEO E SINAL DE 
CIRCULAÇÃO 
 
 
PRESENTE 
 
VENTILAR 1 VEZ A CADA AUSENTE 
5 SEGUNDOS COM O2 
SUPLEMENTAR EFETUAR RCP ATÉ A CHEGADA 
 DO DEA (DESFIBRILADOR 
EXTERNO AUTOMÁTICO) 
 
 
 
 
Avaliação Secundária: 
- Anamnese 
- Exame extra e intra bucal 
- Exames radiográficos 
- Documentação 
- Intervenção 
 
Anamnese:  Histórico (onde, como, quando?)  Alterações sitêmicas  Teste de sensibilidade 
 
Sequência de tratamento: 
 
1- Lesões de tecido duro 
Reduzir (justaposição e aposição das margens osseas) e fixação semi- rígida 
 
2- Lesões de tecido mole 
Diagnóstico:  Agente traumático  Extensão do dano tecidual para ver se dá para fechar o tecido. Sempre tentar 
fechar a ferida para haver a cicatrização por primeira intenção pois com isso diminui 
a contaminação, diminui a cicatriz e diminui o sangramento.  Contaminação 
Avaliação da necessidade de antibiótico  Contaminação  Debridamento retardado depois de 8 horas  Fraturas ósseas associadas  Comprometimento imunológico  Mordida humana ou animal  TDA (traumatismo dento alveolar) associado 
Terapia antitetânica: 
0,5mL toxóide tetânico (reforço) 
Imunização passiva: 
Paciente não imunizado: receber 3 doses e mais as 2 de reforço 
Paciente imunizado só com as 3 doses: receber 2 doses de reforço 
Paciente imunizado com 3 doses e as 2 de reforço: não fazer nada. 
 
1º Limpeza e hemostasia pós AL 
2º Desbridamento e remoção de corpos estranhos 
3º Remover ou neutralizar os microorganismos prevenindo infecção 
Tecidos desvitalizados: inibe a migração e função dos leucócitos 
4º Radiografar para ver se tem algum corpo estranho 
5º Reposicionar e suturar 
OBS: cavidade bucal: seda 
Pele: nylon 
Lesões mais profundas: vicryl 
Suturas:  Menor número possível  Pequeno diâmetro da agulha  Fios monofilamentar evita acúmulo de micoorganismos  Avaliar as características clínicas para sua remoção 
 
Feridas de tecidos moles da face: 
 
Feridas por laceração  Resulta de um rasgamento dos tecidos por objeto contundente  Podem ser superficiais ou profundas  Margens são irregulares, indefinidas, contusas ou laceradas 
OBS: explorar a profundidade de penetração 
Tratamento:  Limpeza da ferida  Desbridamento  Hemostasia  Fechamento da ferida  Curativo  Profilaxia de tétano 
Antibioticoterapia 
1ª escolha: amoxilina 
Alérgicos: Clindamicina ou Claritromicina 
Feridas que predispõe ao tétano:  Contaminação por adubo ou terra  Tecido desvitalizado  Feridas profundas 
 
Feridas contusas  Decorrentes do impacto de um objeto rombo sem interromper a continuidade da 
pele- trauma fechado  Edema nos tecidos subcutâneos  Hemorragia subcutânea autolimitante  Surgimento de hematoma após 48h  Hiperpigmentação 
Tratamento:  Antinflamatorio  Se hematoma for pequeno: observar; se grande drenar prevenindo mudanças 
pigmentares permanentes. 
 
Feridas por abrasão:  Desgaste tecidual provocado pelo atrito, raspagem ou fricção de uma superfície  Ferida superficial, áspera e sangrante  Dolorosa  Verificar a existência de corpos estranhos (ex: tatuagem) 
Tratamento:  Limpeza da ferida  Debridamento 
 Aplicação de pomada antibiótica (cicatrização: 7 a 10 dias; abrasões profundas: 
cicatrizes) 
 
Feridas por avulsão:  Fragmento é removido da região anatômica de origem (perda de segmentos)  O tamanho e a posição do pedículo determinarão a viabilidade do fechamento  Fechamento primário (pequenas áreas)  Outras opções: retalhos locais, cicatrização por segunda intenção, enxertos de pele, 
etc 
Tratamento  Limpeza da ferida  Debridamento  Hemostasia  Tratamento da infecção  Fechamento da ferida  Curativo  Antibioticoterapia  Profilaxia do tétano 
 
Ferimentos por arma de fogo  Os resultados estéticos melhoram pela combinação da redução óssea e do 
reposicionamento dos tecidos moles 
Tratamento 
Fechamento primário precoce:  Limpeza da ferida  Debridamento  Hemostasia  Fechamento da ferida  Curativo  Antibioticoterapia  Profilaxia do tétano 
 
Ferimento por mordedura de animais  90% oriunda de cães  Contem microorganismos aeróbios e anaeróbios  Mordida de gato apresenta um risco 2x maior de infecção 
Tratamento  Limpeza da ferida  Debridamento  Hemostasia  Fechamento da ferida  Curativo  Antibioticoterapia  Profilaxia do tétano  Profilaxia da raiva humana 
Antes de 24h do dano: antibiótico contra Pasteurella multocida; após 24h antibiótico 
contra estreptococus e estrafilococus Amoxilina + Clavulanato de potássio 
 
CUIDADOS PÓS OPERATÓRIOS DA FERIDA 
  Monitorar  Retalhos regionais e enxertos podem ser indicados secundariamente  Manter a ferida limpa e sem crosta  A aplicação de antibióticos pode aumentar a migração de células epiteliais  Limpeza diária com peróxido de hidrogênios diluído e curativos com antibiótico 
tópico são um procedimento padrão  Evitar exposição ao sol durante os primeiros 6 meses para evitar a hiperpigmentação 
da face.

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