Prévia do material em texto
DIVISÃO DE ENSINO COORDENADORIA DO CURSO DE HISTÓRIA PLANO DE ENSINO ANO: 2015 SEMESTRE: Segundo DISCIPLINA: "”História Medieval” CÓDIGO: CARGA HORÁRIA 72 horas PRÉ-REQUISITOS: Nenhum TOTAL: 72 horas SEMANAL PROFESSOR: Moisés Romanazzi Tôrres Doutor DEPARTAMENTO: DECIS EMENTA: Após a Queda do Império Romano do Ocidente e a formação dos diversos Reinos Romano- Germânicos, verifica-se em um deles, o Reino Franco, o processo de ascensão da casa carolíngia que levará ao estabelecimento de uma nova grande unidade política – o Império Carolíngio. Entretanto a própria unidade do novo Império não foi muito longe. Após a morte do filho de Carlos Magno, Luís, o Piedoso, ele foi dividido em três partes, Francia Occidentalis, Lotaríngia e Francia Orientalis, pelo Tratado de Verdum (843). Esta divisão inicial, mediante as vicissitudes que se seguiram (as invasões de escandinavos, magiares e sarracenos; querelas dinásticas), foi seguida por um processo de fragmentação política que deu origem, no início do século XI, à sociedade feudal. Com o advento do feudalismo (início do século XI), observamos o surgimento de uma sociedade caracterizada pelo sistema agrário, pela fragmentação política e do poder, pelas relações pessoais de caráter feudal (no seio da aristocracia guerreira) e senhorial (entre senhores e camponeses), pela cultura clericalizada, pelo pensar sacramental, entre outros aspectos. Tal sociedade que, ao longo dos séculos XII e XIII vai sofrer modificações profundas em sua estrutura inicial, entretanto, marginaliza ou deixa de fora diversos grupos minoritários: judeus, hereges, homossexuais, leprosos. Também, basicamente a partir do século XII, o desenvolvimento do comércio permitiu a revitalização urbana e ascensão social dos mercadores. Devemos observar inclusive a evolução que conduziu a formação dos Estados Monárquicos na Península Ibérica, França e Inglaterra fundamentalmente. A Igreja, no curso da Reforma, tinha então uma participação de primeiro plano em todos estes processos. A época correspondente aos séculos XIV e XV, tempos de crise para muitos historiadores, de infortúnios e calamidades irreparáveis para outros tantos, constitui-se num período determinante para a formação da Idade Moderna. Mas será que podemos estender tal estado de coisas ao conjunto do Ocidente? Será que a reestruturação social que caracterizou tais séculos e que, em muitos de seus aspectos, prolongou-se pela modernidade, pode mesmo ser taxada sob tais rótulos? OBJETIVOS O curso irá proporcionar uma visão de conjunto do Ocidente medieval do século V ao século XV, enfatizando às dimensões política, sócio-econômica e religiosa, e determinados recortes espaciais e temporais. CONTEÚDO Os Germanos e as Migrações Germânicas (Séculos IV e V). A Queda do Império Romano no Ocidente e a Formação dos Reinos Romano-Germânicos (Séculos V e VI). Os Reinos Romano-Germânicos – Aspectos Políticos e Sócio-Culturais (Séculos V a VIII). A Ascensão Carolíngia e a Formação do Império de Carlos Magno (Séculos VIII e IX). A Decadência do Mundo Carolíngio e as Invasões da Magiares, Sarracenos e Escandinavos (Séculos X e XI). As Relações Senhoriais e Feudo-Vassálicas na Sociedade Feudal (Séculos XI a XIII). A Reforma “Gregoriana” e suas Conseqüências (Início: século XI). Os Marginalizados e Excluídos da Sociedade Feudal (Séculos XI a XIII). A Expansão Feudal: As Cruzadas, a Reconquista Ibérica e a Expansão Alemã para Leste (Início: Século XI). O “Ressurgimento” Urbano e o Desenvolvimento do Comércio (Séculos XII e XIII). As Heresias e as Novas Ordens Religiosas (Séculos XII e XIII). O Desenvolvimento dos Estados Monárquicos (Séculos XII e XIII). Houve uma Crise no Fim da Idade Média? (Séculos XIV e XV). A Evolução das Estruturas Políticas, Socioeconômicas e Socioculturais no Período Tardo-Medieval. METODOLOGIA E RECURSOS AUXILIARES Aulas expositivas contextualizadas por discussão de textos previamente escolhidos e análise de passagens de fontes primárias. Possível utilização de Retro-Projeções e/ou de Películas Cinematográficas. AVALIAÇÃO Trabalho escrito em grupo. Questionário respondido em sala de aula, individualmente ou em duplas, a partir das aulas expositivas e das leituras indicadas. BIBLIOGRAFIA ANTONETTI, Guy. A Economia Medieval. São Paulo, Atlas, 1977. BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa, Edições 70, 1979. CLARAMUNT, Salvador et aliii. Historia de la Edad Media. Barcelona, Ariel, 1995. DUBY, Georges. As Três Ordens ou o Imaginário do Feudalismo. Lisboa, Estampa, 1982. -------------------- O Tempo das Catedrais. Lisboa, Estampa, 1979. -------------------- Economia Rural e Vida no Campo no Ocidente Medieval. Lisboa, Edições 70, s/d, 2 vols. -------------------- A Sociedade Cavaleiresca. São Paulo, Martins Fontes, 1989. FOURQUIN, GUY. Senhorio e Feudalidade na Idade Média. Lisboa, Edições 70, 1978 FRANCO, Jr., Hilário. A Idade Média. Nascimento do Ocidente. São Paulo, Brasiliense,1988. ---------------------- As Cruzadas. São Paulo, Moderna, 1999. ---------------------- Feudalismo. São Paulo, Moderna, 1999. GOMES, Francisco José Silva. “A Igreja e o Poder: Representações e Discursos.” In: RI- BEIRO, Maria Eurydice de Barros. A Vida na Idade Média. Brasília, UnB,1997, pp. 34 à 60. GOUREVICHT, Aaron. As Categorias da Cultura Medieval. Lisboa, Caminho, 1990. HEERS, Jacques. História Medieval. São Paulo, Bertrand Brasil, 1991. LE GOFF, Jacques. A Civilização do Ocidente Medieval. Lisboa, Estampa, 1983, 2 vols. ----------------------- Os Intelectuais na Idade Média. São Paulo, Brasiliense, 1988. ----------------------- A Bolsa e a Vida. São Paulo, Brasiliense, 1998. -- -------------------- Mercadores e Banqueiros na Idade Média. Lisboa, Gradiva, 1982. ----------------------- O Apogeu da Cidade Medieval. São Paulo, Martins Fontes, 1992. ----------------------- Para um novo Conceito de Idade Média. Lisboa, Estampa, 1980. LOYN, H. R. Dicionário da Idade Média. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1992. MC EVEDY, Colin. Atlas da História Medieval. Lisboa, Ulisseia, 1973. PEDRERO- SÁNCHEZ, Maria Guadalupe. História da Idade Média. Textos e Testemunhas, São Paulo, UnESP, 1999. QUILLET, Jeannine. Les Clefs du Pouvoir au Moyen Âge. Tours, Flammarion, 1972. SKINNER, Quentin. As Fundações do Pensamento Político Moderno. São Paulo, Companhia das Letras, 1996. SOUTHERN, R. W. A Igreja Medieval. Lisboa, Ulisseia, s/d. TEJADA, Manuel Teruel Gregorio de. Vocabulario Básico de la Historia de la Iglesia.Barcelona, Crítica, 1993. ULLMANN, Walter. Historia del Pensamiento Politico en la Edad Media. Barcelona, Ariel 1983. VAUCHEZ, André A Espiritualidade na Idade Média Ocidental (Séculos VIII-XIII). Rio De Janeiro, Jorge Zahar, 1995. Obs:. Entre muitos outros. ___________________________________ ___________________________________ Assinatura do Professor Assinatura do Coordenador Data: ___/ ___/___ Data: ___/ ___/ ___