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03/05/2022 Mariana Silva– Clínica cirúrgica PARACENTESE, TORACOCENTESE E DRENAGEM PLEURAL Paracentese A paracentese é um procedimento simples que se trata de uma punção abdominal, sendo um procedimento médico, não cirúrgico. Indicações: ➢ Diagnóstico-análise bioquímica, microbiologia, citometria e citologia oncótica; ➢ De alívio; ➢ Tratamento- coleções e abcessos com colocação de drenos; ➢ Biópsias; ➢ Avaliação de hemoperitônio- trauma (lavado peritoneal) Técnica: ➢ Posicionamento do paciente (decúbito dorsal); ➢ Escolha do local de punção (ponto médio entre a crista ilíaca antessuperior e a cicatriz umbilical do lado esquerdo);➢ Antissepsia local; ➢ Anestesia local; ➢ Introdução da agulha perpendicularmente- jelco 14 ➢Obtenção de líquido para estudo ➢ Conexão do cateter a equipo de soro para drenagem do líquido. Complicações: ➢ Hemoperitônio; ➢ Hematoma de parede abdominal; ➢ Lesões intestinais; ➢ Lesão na bexiga (por isso se pede para a paciente esvaziar a bexiga). Toracocentese A toracocentese é a punção na cavidade abdominal. A cavidade pleural é um espaço virtual. Qualquer líquido nessa região é patológico. Indicações: ➢ Diagnóstico- análise bioquímica, microbiologia, citometria e citologia oncótica; ➢ Tratamento de pneumotórax hipertensivo seguido de drenagem pleural ➢ Tratamento de derrame pleural- de alívio Técnica: ➢ Posicionamento do paciente (sentado com as mãos no ombro contralateral com leve flexão do tórax sobre abdome.➢ Local de punção - Abaixo da clavícula na região dorsal inferior; -LAM quinto ou sexto espaço intercostal -Segundo espaço intercostal LAA; ➢ Antissepsia local; ➢ Anestesia local; ➢ Introdução da agulha junto à borda superior da costela- jelco 14; ➢Obtenção do líquido para estudo; ➢ Conexão do cateter a equipo de soro para drenagem do líquido; ➢Oclusão do orifício em esparadrapo. Drenagem pleural Introdução cirúrgica de um tubo estéril (dreno) de material o mais inerte possível, conectado a um sistema fechado e valvulado, no espaço pleural, permitindo que os líquidos e o ar possam apenas sair da cavidade e nunca entrar. Dessa forma, há um respeito à fisiologia normal do espaço pleural. Indicações: ➢ Empiema pleural ➢ Hemotórax ➢ Pneumotórax Sistema de drenagem: ➢ Necessidade de manter a pressão negativa intratorácica- uso do selo d’água como mecanismo unilateral de saída de ar/líquido; ➢ Um tubo de borracha/silicone que deverá ser mergulhado em um frasco com selo d’água por cerca de 2 a 3cm e não mais do que isso para se evitar que esse selo se torne uma resistência à saída dos fundos da cavidade pleural; ➢ Atravessando a tampa desse frasco, haverá um respiro para o meio externo que não será conectado com a água. Esse sistema será ligado ao tubo de drenagem por meio de uma conexão, que deverá ser hermética e jamais estenosar o sistema de drenagem; ➢ Assim, o selo d’água definirá uma válvula unidirecional da qual o ar tenha condições de sair para o meio externo borbulhando no frasco com água, mas não tenha como entrar no sistema. Técnica: ➢ Posicionamento do paciente; -sentado com o braço ipsilateral atrás da cabeça. ➢ Local da punção; -Quarto ou quinto espaço intercostal, LAM ou LAA. -Oitavo espaço intercostal, LAP ➢ Antissepsia e colocação de campos estéreis; ➢ anestesia local, com infiltração até a pleura parietal; ➢ incisão na pele e subcutâneo de cerca de 1,5cm; ➢ Divulsão das fibras musculares com uma pinça hemostática curva; ➢ Perfuração da pleura parietal; ➢ Pinçamento da extremidade proximal do dreno e introdução no espaço pleural em sentido posterior e cranial (clampeamento da extremidade distal do dreno) ➢ Conexão do dreno ao sistema de drenagem em selo d’água; ➢ Fixação do dreno ➢ Curativo.
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