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Direito Administrativo

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Administrativo
Direito
Direito
princípios do direito administrativo 
pilares do direito administrativo 
· Supremacia do interesse público – Sempre que houver necessidade, o estado pode restringir/limitar direitos individuais para alcançar o interesse público (ex.: prerrogativas); 
· Indisponibilidade do interesse público – O administrador não pode abrir mão do interesse público (limitações que o administrador deverá respeitar);
princípios expessos (art. 37, CF)
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade
Publicidade
Eficiência 
legalidade 
· O administrador só poderá atuar somente quando a lei permitir.
impessoalidade 
· O Administrador tem como dever servir a todo, sem fazer nenhum tipo de aversão pessoal ou partidária. Também não pode demonstrar preferencias e, com isso, interferir no andamento de tal procedimento realizado perante o Estado.
· Obs: Súmula nº 13 – vedação ao nepotismo	Comment by Francieli Silveira: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. 
· A conduta do agente publico não pode ser imputada a pessoa do agente público e sim ao Estado;
moralidade 
· O agente público deve agir conforme a moral e os bons costumes; 
· Moral jurídica (honestidade, boa-fé, no trato da coisa pública). 
publicidade
· Em regra, a atuação da administração pública deve ser pública (transparência), os atos praticados pelo administrador público devem ser publicados;
· Obs1: Em alguns casos, quando for de relevante interesse coletivo, para a garantia da segurança natural, para a proteção da intimidade, honra e vida privada, os atos poderão ser sigilosos.
· Obs2: a publicidade torna possível o controle social da atuação da administração; 
· Obs3: a publicidade serve como requisito de eficácia dos atos administrativos que se dirigem aos cidadãos;
eficiência 
· o agente público deve se empenhar em obter o melhor resultado com o mínimo de recursos.
contraditório e ampla defesa (art. 5 LV)
· Em uma atuação de processo administrativo, o particular interessado tem direito de saber o que está acontecendo no processo e de se manifestar acerca do que está acontecendo;
· O contraditório e a ampla defesa deverão ser respeitados nos processos judiciais e nos processos administrativos.
· Obs1: a ampla defesa (tanto nos processos judiciais, quanto nos administrativos) abarca: 
a) Direito a defesa prévia 
b) Direito a defesa técnica (embora nos processos administrativos não seja obrigatório) 	Comment by Francieli Silveira: Sumula Vinculante nº 5 - 
A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição. 
c) Direito ao Duplo grau de jurisdição*	Comment by Francieli Silveira: SV nº 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
princípios implicitos
autotutela (autocontrole) 
Sumula 473 do STF - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
· Poder-dever do Estado de rever seus atos independente de provocação;
continuidade – art. 6º, §1º da lei 8987/95
Toda a atividade administrativa deve ser contínua. 
· Obs1: Direito de greve do servidor púb. 
· (art. 142, CF) – o servidor público militar não tem direito de greve e nem de sindicalizar (também se aplica aos policiais civis);
· Os demais servidores públicos têm direito de greve nos termos de lei específica (art. 37, VII);
· Como não há lei específica que regule o direito de greve do servidor público, aplica-se por analogia a lei de greve; 
· O servidor em estágio probatório tem direito de greva;
· O servidor público não tem direito a remuneração referente ao dia em que ele não trabalhou por conta do movimento grevista lícito, salvo se a greve decorrer de uma conduta ilícita da administração pública;
· Obs2: É possível interromper o serviço público pelo inadimplemento do usuário ou razões de ordem técnica (devendo ser avisado previamente) (art. 6º, §3º da lei 8.985/95). 	Comment by Francieli Silveira: Art. 6º,§ 3º- Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. 
· Exceções – serviços essenciais a coletividade (ex.: hospitais);
· A interrupção deverá ser com base no inadimplemento atual, não podendo ser sobre inadimplemento pretérito;
· Obs3: se a administração pública for inadimplente por mais de 90 dias o particular poderá suspender a execução do contrato (art. 78, XV, L. 8.666).
motivação – art. 2º da lei 9.784/99
Art. 2º - A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
· Os atos da administração pública deverão ser fundamentados/justificada.
· Obs1: O Cargo em Comissão é livre de nomeação e de motivação.
razoabilidade/proporcionalidade
· A conduta do agente público deve ser razoável, aceita pela sociedade.
poderes administrativos 
São privilégios e prerrogativas utilizadas pela administração pública para alcançar o interesse público.
· Obs1: Se aplica a toda administração pública direta e indireta.
caracteristicas 
· Poder/Dever ou Dever/Poder do Estado;
· Irrenunciáveis (Princípio da indisponibilidade do interesse público);
· Limitados;
· Pode ensejar responsabilização (abuso de poder: excesso de Poder (vício de competência) ou Desvio de Poder/finalidade (vício de finalidade)) 
poder vinculado 
A lei define uma única ação viável para o administrador;
· O agente público não tem margem de escolha, todos os elementos estão dispostos objetivamente em determinada lei.
Poder discricionario 
A lei deixa certa margem de liberdade de decisão diante do caso concreto, de tal modo que a autoridade poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis, todas, porém, válidas perante o direito.
· A lei confere ao agente público a possibilidade de escolha, dentro dos limites da lei.
Poder hierárquico 
A administração irá fiscalizar os atos praticados pelos seus subordinados, tecer uma relação de hierarquia e subordinação com os subordinados.
· Organização interna;
· Apresenta a característica de ser vinculado;
atribuições 
· Delegar (distribuir e elencar funções de seus órgãos) EXCETO: 
1) Atos administrativos;
2) Decisão de recursos administrativos;
3) Matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
· Fiscalizar de forma automática e permanente; 
· Avocar atribuições (atos da competência exclusiva não podem ser avocados); 
· Rever atos:
1) Por anulação (atos ilegais); 
2) Por revogação (atos legais, porém inconvenientes)
3) Por convalidação (correção de vícios sanáveis).
· Editar atos normativos (só de efeitos internos)
poder disciplinar 
A administração pública irá apurar infrações administrativas e impor as respectivas penalidades aos seus agentes públicos e demais pessoas que possuem vínculo com a administração pública.
· Obs1: em um primeiro momento, a apuração de regularidades no âmbito interno, possui características de ser vinculada.
· Obs2: Quando a adm. for aplicar uma sanção deverá observar o devido processo legal.
· Obs3: Servidores públicos + particular com VÍNCULO ESPECIAL.
Poder regulamentarA administração pública irá editar atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação.
poder de polícia (art. 78 CTN)
O poder utilizado pela adm. pública para restringir/limitar direitos dos particulares em nome do bem-estar social.
· Obs1: Particulares em geral.
· Obs2: O PODER DE POLÍCIA DURANTE A SUA APLICAÇÃO PODE PERCORRER 4 CICLOS: 
1º) Ordem de polícia (indelegável); 
2º) Consentimento de polícia (delegável); 
3º) Fiscalização de polícia (delegável); 
4º) Sanção de polícia (indelegável).
· Em regra, o poder de polícia não poderá ser delegado;
· Atos materiais que vão auxiliar a administração a exercerem o poder de polícia PODERÃO SER DELEGADOS; 
· Obs: Súmula 323 do STF: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Multas aplicadas em razão do poder de polícia são uma exceção ao atributo da autoexecutoriedade, ou seja, deverá haver processo de execução fiscal.
caracteristicas 
· Fiscalizador (controle);
· Preventivo (Regulatório); 
· Repressivo (Punitivo).
Atributos (d.a.c)
· Discricionário (regra);
· Autoexecutoriedade (não necessita de nenhuma solicitação ao judiciário);
· Coercibilidade.
organização da administração pública
CENTRALIZADA/DIRETA
 O estado executa suas atividades diretamente por meio de órgãos; 
DESCENTRALIZADA
- Distribui competências externas (ENTES);
- Tem personalidade jurídica;
- Não há hierarquia; 
- Controle de Tutela/controle finalístico/supervisão ministerial; 
· FORMAS DE DESCENTRALIZAÇÃO: 
· Outorga/técnica/funcional – lei – adm. direta; 
· Delegação – ato/contrato;
· Territorial/global – territórios;
DESCONCENTRAÇÃO
- Distribuição de competências interna (ÓRGÃOS); 
- Não tem personalidade jurídica; 
- Tem Hierarquia;
- Autotutela – controle dos próprios atos.
adminsitração direta 
teoria sobre a relação do estado com o agente 
1. TEORIA DO MANDATO – os agentes seriam mandatários do Estado; 
2. TEORIA DA REPRESENTAÇÃO – Os agentes eram representantes do Estado, sendo equiparado ao tutor/curador das pessoas incapazes;
3. TEORIA DO ORGÃO – presume-se que a PJ manifesta a sua vontade através dos órgãos que a compõe, que são compostos por agentes. No entanto, quando os agentes agem, é como se o Estado estivesse agindo. 
· Toda atividade praticada pelo agente é imputada ao órgão que irá imputar ao Estado;
órgãos públicos 
São repartições internas do Estado, criados a partir da desconcentração administrativa, com a finalidade de desempenhar funções estatais, sendo despidos de personalidade jurídica.
· Não possuem personalidade jurídica; 
· Os atos por eles praticadas são imputados à entidade estatal a qual pertencem; 
· Não se confundem com a PJ;
· Não possuem Patrimônio Próprio; 
· Não possuem capacidade processual/judiciário*; 
· Obs: órgãos autônomos e independentes podem ter capacidade processual para defender suas atribuições institucionais (personalidade judiciária); 
CLASSIFICAÇÃO 
QUanto a possição estatal
INDEPENDENTES 
· Originários da CF; 
· Exercem funções Constitucionais; 
· Representam os três Poderes; 
· Sem subordinação; 
· Possuem autonomia administrativa e financeira; 
· Agentes Políticos;
AUTÔNOMOS 
· Planejamento/supervisão/coordenação/controle (PSUCOCO); 
· Tem subordinação com os órgãos independentes;
· Tem autonomia administrativa e financeira; 
· Agente políticos.
SUPERIORES 
· Direção/decisão/controle (DDC); 
· Possui subordinação; 
· Não possuiu autonomia adm. e financeira; 
· Agentes administrativo; 
SUBALTERNOS 
· Tarefas de execução 
· Possui subordinação;
· Não possuiu autonomia adm. e financeira; 
· Agentes administrativo;
quanto a esfera de atuação 
centrais 
· Exercem atribuição em todo território; 
locais 
· Atuam apenas em uma parte do território.
quanto à sua estrutura 
SIMPLES 
· Constituído por um só centro de competência; 
composto 
· Reúne outros órgãos vinculados à sua estrutura.
QUANTO A SUA ATUAÇÃO FUNCIONAL 
sINGULARES 
· Órgãos de um só titular; 
colegiados 
· Compostos por duas ou mais pessoas.
quantos às funções que exercem 
Ativos 
· Atuam diretamente no exercício da função administrativa, exercem atos essenciais ao cumprimento dos fins desta pessoa jurídica.
consultivos 
· Assume as atividades de aconselhamento e elucidação; 
de controle 
· Exercem controle e fiscalização dos órgãos e agentes. 
administração indireta 
É composta posta por entidades que possuem personalidade jurídica própria e são responsáveis pela execução de atividades adm. que necessitam ser executadas de forma descentralizada.
· Possuem personalidade jurídica própria; 
· Gozam de capacidade auto administrativa e receita própria;
· Criação será feita mediante lei específica; 
· Finalidade não lucrativa;
· Não há relação de subordinação, mas estão sujeitos a controle; 
· A lei que cria, irá definir sua finalidade específica, estando ela vinculada ao fim que foi instituída; 
autarquias 
PJ que desenvolvem atividades administrativas típicas do Estado.
· Não estão subordinadas a nenhum Estado, mas são apenas controladas. 
· Criação e extinção mediante lei.
· Sujeita a controles (internos e externos).
· Os atos e contratos seguem o regime administrativo.
· Em regra, a responsabilidade administrativa é objetiva (o Estado responde subsidiariamente).
· Os bens seguem o regime de bens públicos (alienabilidade condiciona, impenhorabilidade, impossibilidade de oneração e imprescritibilidade)
· Imunidade tributária, desde que ligada à sua finalidade
agência reguladora 
Tem como finalidade fiscalizar a prestação de serviços públicos por empresas privadas.
· Possuem maior estabilidade e independência em relação ao ente que criou; 
· Os dirigentes serão nomeados pelo Presidente da República; 
· Mandato de prazo certo, não podendo ultrapassar o mandato do Presidente da República; 
agências executivas 
São autarquias ou fundações que por inciativa da Administração Direta, recebem o status de Agência, em razão da celebração de um contrato de gestão. 
fundação pública 
É um patrimônio destinado a um fim de interesse público ou social que adquire personalidade jurídica, na forma da lei civil, que exercem atividade atípicas do estado e não lucrativas. 
empresa estatal 
São empresas em que o Estado detém parte ou todo o capital social.
1) EMPRESA PÚBLICA – Capital exclusivamente público; 
2) SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA – Capital misto; 
3) 
AGÊNCIAS REGULADORAS
São agências destinadas a regulamentar, controlar e fiscalizar a execução de serviços públicos transferidos para o setor privado por intermédio de concessões, permissões etc.
a) Agência reguladora Federais - Dirigentes indicados pelo Presidente da República e com aprovação do Senado; 
b) Agências reguladoras estaduais – Dirigente indicados pelo Governador com aprovação da Assembleia Legislativa; 
c) Agências reguladoras municipais – Dirigentes indicados pelo Prefeito com aprovação da Câmara Municipal. 
· As agências são autarquias com regime especial. 
· Os dirigentes são estáveis e tem mandatos fixos. 
· Obs: para alguns doutrinadores (doutrina minoritária) as agências reguladoras seriam compostas da quarentena (6 meses após o desligamento da função, em que o dirigente não pode atuar no setor regulado).	Comment by Francieli Silveira: Remunerada.
· Não possuem o sistema diretivo presidencialista, pois elas são dirigidas por um colegiado. 
· O dirigente nomeado para a agência deve ter notória especialização na área de atuação da agência; 
· Para a nomeação, o dirigente, deve ter uma experiência comprovada no setor em que agência atua, de pelo menos 10 anos. 
· O dirigente deve ter formação específica na área de atuação da agência reguladora. 
· Quem faz a análise do preenchimento dos requisitos dos dirigentes nomeados é o Poder Judiciário, desde que provocado.
· As agências possuem poder normativo (atos administrativos). 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
São praticados pelo estado no exercício da função administrativa, sob o regime de direito público (com todas as prerrogativas), ensejando uma manifestação de vontade do estado. 
elementos/requisitos(co fi fo mob 
COmpetência;	Comment by Francieli Silveira: Sempre Serão vinculados.
FInalidade;
FOrma;
MOtivo 	Comment by Francieli Silveira: Podem ser discricionários
Objeto
COMPETÊNCIA
Deve existir um agente competente, determinado por lei.
· É irrenunciável; 
· Imprescritível (exercendo ou não a competência não prescreve); 
· Improrrogável. 
· DELEGAÇÃO: A autoridade competente estende a sua competência a outro agente temporariamente.
· OBS.: Súmula 510 do STF – quem responde pelo ato não é quem delega, mas sim o delegado.
· Obs2 - CLAUSULA DE RESERVA: a autoridade que delega continua competente para prática do ato. 
· AVOCAÇÃO: O agente público busca para sai a competência de outro agente hierarquicamente inferior.
· OBS: não se admite avocação e delegação para: 
a) Atos normativos;
b) Decisão de recurso administrativo;
c) Competência exclusiva.
FINALIDADE 
A lei deve estabelecer para que fim o ato será praticado. 
· O vício de finalidade não é passível de convalidação. 
· FINALIDADE GENÉRICA: Praticada para atender o interesse público.
· FINALIDADE ESPECÍFICA: Prevista em lei, também para interesse público, onde se define a finalidade de cada um dos atos. 
FORMA 
Meio pelo qual o ato se apresenta no mundo jurídico.
· PRINCÍPIO DA INSTRUMENTALIDADE DAS FORMAS: a forma não é um fim em si mesmo, existindo um vício de forma, ele é sanado quando alcançado o seu fim. 
· A ausência de forma gera a inexistência do ato.
MOTIVO 
Razão da prática do ato, situação de fato e de direito que justifica a prática do ato.
· Motivação: É a exposição dos motivos, fundamentação do ato.
· Vício insanável (salvo, cargos em comissão).
· TEORIA DOS MOTIVOS DETEMINANTES: Mesmo que o ato não dependa de motivação, se ela for feita, o ato fica vinculado à motivação.
· MOTIVAÇÃO ALIUNDE (PER RELATIONEM): Busca usar os fundamentos de outro ato para justificar (fundamentar) o meu ato. 
OBJETO 
É o que o ato dispõe, o seu efeito no mundo jurídico. 
· Para que seja válido o objeto deve ser lícito, possível e determinável.
atributos do ato administrativo (pati) 
· Características que criam prerrogativas na prática dos atos.
1) Presunção de veracidade – Fé pública, ou seja, os fatos apresentados num ato adm. São presumidamente verdadeiros, até que haja prova em sentido contrário. 
· Obs1: não é absoluta, pois admite prova em contrário. 
2) Presunção de Legitimidade – considera-se legítimo o ato, até prova em contrário.
3) Autoexecutoriedade – O poder público tem o poder de cumprir o ato, se valendo dos meios diretos. 
4) TIPICIDADE – A lei precisa prever a prática do ato.
5) IMPERATIVIDADE – Poder da administração P. de impor obrigações ao particular, independente da sua concordância. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
QUANTO À LIBERDADE DE ATUAÇÃO 
1) Atos vinculados: os elementos essenciais estão previstos na lei e não preveem margem de escolha;
2) Atos discricionários: há margem de escolha, ainda que dentro dos limites legais.
QUANTO À ABRANGENCIA 
1) Geral: Se dirigem a pessoas com um todo; 
2) Individual: individualizam as pessoas atingidas pelo ato.
QUANTO AO OBJETO 
1) Império: atua com prerrogativas do Poder Público;
2) GESTÃO: o Estado renúncia as prerrogativas e atua juntamente com o administrador;
3) EXPEDIENTE: Atos de mera execução, que dão andamento à atividade pública.
· Obs: de acordo com a doutrina, apenas o ato de império é administrativo. 
QUANTO À FORMAÇÃO 
1) Simples: depende de uma única manifestação de vontade; 
2) COMPLEXO: Depende de mais de uma manifestação de vontade, de órgãos independentes entre si;
3) COMPOSTO: Depende de mais de uma manifestação de vontade, porém, há uma vontade principal e uma vontade acessória que dependerá da principal.
QUANTO AOS DESTINATÁRIOS 
1) Gerais: Quantidade indeterminada de pessoas, destinatários gerais;
2) INDIVIDUAIS: Há a discriminação dos agentes e dos particulares que se submetem às disposições.
3) ATOS MÚLTIPLOS: Referem-se a mais de um destinatário de forma específica;
4) Singular: destinam-se a um único destinatário.
QUANTO AO CONTEÚDO 
1) Normativo: A administração Pública edita normas gerais e abstratas dentro dos limites da lei; 
· Decretos executivos: para fiel execução da lei;
· Decretos autônomos: Substituem o texto legal; 
2) ORDINATÓRIOS: Ordenação e organização interna da atividade, no exercício do poder hierárquico;
· Portarias: estabelecem exigências individuais e internas;
· Circulares: Normas internas uniformes (ex.: horário, uniforme);
3) NEGOCIAIS: atos de consentimento. Quando o particular pede alguma coisa e a Adm. Pública permite.
· Licença: a administração consente que o particular exerça uma atividade que é fiscalizada pelo estado (ato vinculado);
· Autorização: Unilateral e discricionária e precária (não gera direito adquirido).
· AUTORIZAÇÃO DE BEM PÚBLICO*: Caso não prejudique o uso da sociedade (ex.: casamento na praia);
· AUTORIZAÇÃO DE POLÍCIA*: Atividade material fiscalizada pelo Estado (ex.: porte de arma).
· Permissão: são contratos de adesão.
· Permissão de uso de bem público: discricionária e precária, permitindo que o particular use o bem (são mais permanentes).
· Admissão: a administração permite que o particular usufrua de determinado serviço público.
4) Enunciativos: a administração atesta uma situação de fato e emite uma opinião jurídica sobre determinada situação, não há manifestação de vontade. 
· Atestados: a administração verifica a situação de fato, para depois atestar;
· Certidões: espelho de um registro que estava em um órgão público;
· Apostilas: a administração acrescenta informações em registros públicos;
· Parecer: a administração pública emite uma opinião técnica ou jurídica acerca de determinada situação. Obrigatório ou não obrigatório. 
EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
1) NATURAL: existe prazo de extinção, cumprimento do objeto ou advento do termo final. 
2) RENÚNCIA: a particular renúncia ao benefício(direitos) concedido a ele.
3) DESAPARECIMENTO DA PESSOA OU DA COISA: há impedimento da efetivação do ato. 
4) ANULAÇÃO: Quando a administração verificar um vício de legalidade no ato. 
· Tem efeitos ex tunc, resguardado os direitos adquiridos pelo terceiros de boa fé.
· Obs1: Teoria da aparência: a nomeação de servidor público sem concurso público é nula, mas os atos praticados são válidos. 
· Limites na extinção dos atos administrativos:
a) Temporal: Se o ato gera efeitos favoráveis a particulares, só pode ser anulado dentro do prazo decadencial de 5 anos, salvo de houver má fé do beneficiário. 
5) REVOGAÇÃO: incide sobre os atos administrativos válidos, onde a adm. Faz uma análise de mérito.
· Só pode ser feita pela administração pública.
6) CONVALIDAÇÃO: Ato administrativo que suprime um defeito de ato administrativo anteriormente editado, retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato convalidado. Vício Sanável.
· Obs1: Vícios de competência e de forma são passiveis de convalidação.
7) Cassação: Hipótese de retirada em razão de invalidade superveniente por culpa do beneficiário. 
8) CADUCIDADE: Retirada em razão de invalidade superveniente, decorrente de uma alteração legislativa. 
9) CONTRAPOSIÇÃO/DERRUBADA: Retirada do ato em virtude de edição de novo ato que se contrapõe o anterior.
BENS PÚBLICOS 
· São bens públicos os bens de uso comum e os pertencentes ao domínio particular da União, dos Estados e dos Municípios destinados ao uso e gozo do povo.
· Os bens da Sociedade de Economia mista e as Empresas públicas serão classificados como bens públicos quando elas estiverem prestando serviço público.
BENS DE USO COMUM DO POVO 
· Rios, mares, estradas, ruas e praças (abrange toda a coletividade).
· Afetação total.	Comment by Francieli Silveira: Bem utilizado para uma finalidade pública.
BENS DE USO ESPECIAL 
· Edifício ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração Federal, estadual ou municipal, inclusive de suas autarquias.
· Afetação parcial.
BENS DOMINICAIS 
· Bens das pessoas jurídicas de direito público que não está sendo usado para uma finalidadepública.
· Desafetados. 
CARACTERISTICAS DOS BENS PÚBLICOS 
· Impenhorabilidade;
· Imprescritibilidade;
· Não onerabilidade;
· Inalienabilidade/alienação condicionada.
INALIENABILIDADE 
· Em regra, os bens públicos de uso comum do povo e do uso especial não podem ser vendidos.
· Bem afetado não pode ser alienado.
· EXESSÃO: os bens dominicais e desafetados podem ser alienados.
· Para a alienação desses bens desafetados é preciso: 
a) Demonstração do interesse público;
b) Prévia avaliação;
c) Licitação;
d) Autorização Legislativa em caso de bem imóvel.
IMPENHORABILIDADE
· Não se sujeitam à penhora 
· Os débitos da fazenda pública serão pagos por precatório.
IMPRESCRITIBILIDADE 
· impossibilidade de serem adquiridos mediante usucapião.
NÃO ONERABILIDADE 
· Bens público não podem ser gravados por direitos reais de garantia.
· Bens reais de garantia:
a) Penhor;
b) Anticrese 
c) Hipoteca
Intervenção do estado na propriedade PRIVADA
· INTERVENÇÃO SUSPENSIVA DE DIREITOS (descumprimento da função social)
a) Desapropriação 
· INTERVENÇÃO RESTRITIVA DE DIREITOS (em razão da supremacia do interesse público)
a) Limitação administrativa;
b) Servidão Administrativa
c) Requisição administrativa 
d) Tombamento 
e) Ocupação provisória
DESAPROPRIAÇÃO 
é um meio de intervenção na propriedade que enseja na sua transferência para o patrimônio do Poder Público.
ORDINÁRIA (art. 5º, XXIV DA CF)
A transferência da propriedade irá ocorrer em razão de necessidade pública, utilidade pública ou interesses sociais.
· Indenização justa, prévia e em dinheiro.
CONFISCATÓRIA OU SANCIONATÓRIA 
Ocorre quando o proprietário utilize a propriedade para cultivo ilegal de substâncias psicotrópicas ou com exploração de mão de obra escrava.
· não caberá qualquer indenização ao proprietário. 
· Os bens serão expropriados e destinados a reforma agrária e a programas de habitação popular.
· A desapropriação será de toda a propriedade.
· Também incide sobre bens móveis que tenha valor econômico e seja apreendido em decorrência de tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e da exploração de trabalho escravo.
DESCUMPRIMENTO FUNCIONAL SOCIAL DA PROPRIEDADE
Ocorre quando o proprietário deixa de cumprir a função social do imóvel.
· Indenização prévia, justa paga em títulos da dívida pública.
· 
DESAPROPRIAÇÃO URBANA 
· Competência: Municípios que possuem Plano Diretor e DF.
· Antes de desapropriar, o município deverá: 
1) Notificar o proprietário – para que dentro de 1 a 2 anos o proprietário faça com que a propriedade cumpra a função social;
2) Cobrança de IPTU progressivo – aumento da alíquota durante 5 anos até o máximo de 15%;
3) Desapropriação – indenização paga em títulos de dívida pública resgatáveis em até 10 anos.
DESAPROPRIAÇÃO RURAL
· Competência: União.
· Função Social da propriedade rural: 
a) Aproveitamento racional e adequada da propriedade;
b) Utilização adequada dos recursos naturais com preservação do meio ambiente;
c) Respeito as normas trabalhistas e bem-estar dos proprietários e trabalhadores.
· Indenização será paga em títulos de dívida rural resgatáveis em até 20 anos, sendo pagas em dinheiro as benfeitorias úteis e necessárias.
U/E/DF/M
· Após a declaração de utilidade pública ou necessidade pública e interesse social o ente terá o prazo para iniciar a execução: 
a) 5 anos (utilidade ou Necessidade pública);
b) 2 anos (interesse social)
· A fase executória pode ser realizada pelo:
a) Próprio ente federativo;
b) Administração pública indireta;
c) Consórcios públicos;
d) Concessionárias de Serviço Público.
REQUISITOS PARA QUE O PODER PÚBLICO INGRESSE NA PROPRIEDADE DESAPROPRIADA DE FORMA PROVISÓRIA 
1) Declaração de urgência feita pelo expropriante;
2) Pedido de emissão provisória na posse, feito pelo expropriante ao juiz, no prazo improrrogável de 120 dias;
3) Deposito em juízo do montante arbitrado pelo juiz
DESAPROPRIAÇÃO DE BENS PÚBLICOS 
TREDESTINAÇÃO X RETROCESSÃO 
TREDESTINAÇÃO: o bem expropriado é aplicado para o fim diverso daquele previsto no decreto de desapropriação.
RETROCESSÃO: é a devolução do domínio expropriado, para que se integre ou regresse ao patrimônio daquele de quem foi tirado, devendo o proprietário pagar o mesmo preço da desapropriação.
· Caso o poder Público não devolva o imóvel expropriado, deverá pagar ao proprietário indenização por perdas e danos (prazo prescricional 15 anos).
DESAPROPRIAÇÃO INDIRETA
Ocorre quando o Estado desapropria propriedade partícula, sem observância dos requisitos de declaração e da indenização prévia. 
· O proprietário tem o prazo de 10 anos para entrar com uma ação requerendo a indenização.
INTERVENÇÃO RESTRITIVA DE DOMÍNIO 
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
É o direito de uso e gozo de um bem particular pela Administração em favor do interesse público.
· Instituída por lei, por acordo ou por decisão judicial;
· Ônus real;
· Em regra, não gera direito há indenização, salvo se o proprietário provar que está sofrendo dano.
OCUPAÇÃO PROVISÓRIA 
É a utilização transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público.
· Destinada ao auxílio de obras ou serviços públicos: indenização do particular 
· Destinada a pesquisa arqueológicas ou a realização de um múnus público: em regra não dá direito a indenização, salvo se comprovado dano na propriedade.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA 
o Estado utiliza-se de bens imóveis, móveis e de serviços particulares no caso de iminente perigo público.
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA 
É uma limitação imposta pelo Poder Público por meio do poder de polícia para garantir a interesse público.
· Ex: Rodízio de carros.
TOMBAMENTO 
Tem por objetivo a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
· Patrimônio Nacional: “conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país cuja conservação seja de interesse público, que por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.”
· É de competência da U/E/DF.
tombamento voluntário 
a) A requerimento do proprietário ao órgão competente;
b) Anuência do proprietário à notificação feita pelo Poder Público.
COMPULSÓRIO 
a) Ocorre quando o proprietário se recusa a aceitar o tombamento.
Serviços Públicos 
Toda atividade executada pelo Estado visando à promoção de utilidade e comodidade para os cidadãos usuários, com prerrogativas decorrentes da supremacia estatal. 
CONCESSÃO DE SERVIÇO PUBLICO 
A concessão comum de serviço público é espécie de contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega à pessoa jurídica, ou a consórcio de empresas, a execução de determinado serviço público de sua titularidade.
· Será precedido de licitação. 
· A concessionária se obriga a executar o serviço delegado em seu próprio nome, por sua conta e risco, sujeitando-se a controle e fiscalização do poder concedente e sendo remunerado por intermédio de tarifa paga pelo usuário. 
· Contrato por prazo determinado, porém, não se sujeita a regra geral de 12 meses de duração (da lei orçamentária anual). 	Comment by Francieli Silveira: O prazo deve ser razoável, de modo a permitir a amortização dos investimentos a serem feitos pelo concessionário. 
· Compete privativamente a União legislar sobre as normas gerais de concessão de serviço público. 
· Os Estados e Municípios poderão legislar sobre a concessão de serviço público, desde que respeitadas as normas gerais estabelecidas pela união. 
Modalidades de concessão 
1) Concessão de serviço público (concessão simples): delegação da prestação de serviço público, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou à consórcio de empresas.
2) Concessão precedida de obra pública: A concessionária, por sua conta e risco, realiza a construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, que é delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade deconcorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo determinado.
Serviços público que podem ser dado em concessão 
· Podem ser concedidos, os serviços públicos devem ser específicos e divisíveis (uti singule). (ex.: água, coleta de esgoto, telefonia, energia elétrica).	Comment by Francieli Silveira: são os serviços que têm usuários determinados e utilização mensurável para cada destinatário 
Responsabilidade por prejuizos causados ao usuário
· A responsabilidade (objetiva) é do prestador de serviço (concessionária). 	Comment by Francieli Silveira: Sem necessidade de comprovar a culpa ou dolo. 
· O STF tem entendido que a concessionária responde pelos prejuízos ao usuário, mesmo que o dano atinja pessoa que no momento do dano não esteja se beneficiando do serviço prestado. 
Caracteristicas do contrato de concessão do serviço público 
1) Contrato delega a prestação de serviço e não a titularidade. 
2) O concessionário deve ser Pessoa Jurídica Privada.
3) A concessão será feita mediante licitação na modalidade concorrência. 
4) O contrato terá um prazo determinado.
5) Necessita de lei específica. 
6) É permitida a arbitragem como forma de resolução de conflitos entre a concessionária e o poder concedente. 
7) O pagamento da concessionária é feito por meio de tarifa paga pelo usuário. 	Comment by Francieli Silveira: Tarifa ≠ taxa:
Taxa: tributo;
Tarifa: remuneração administrativa que o consumidor paga à concessionaria. 
8) O serviço prestado pela concessionária poderá ser cortado caso o usuário deixe de pagar a tarifa, mediante prévio aviso informando a data da qual o serviço será cortado (o corte deverá ser feito de segunda à quinta-feira e não poderá ser feita em final de semana, feriado e véspera de feriado). 
Transferência da concessão 
· eventual transferência da concessão para outra pessoa jurídica ou do controle societário da concessionária, sem prévia anuência do poder concedente, implicará a caducidade (extinção) da concessão.
· Para ser feita a transferência da concessão para outra PJ ou do controle societário da concessionária, é necessário: 
1) Prévia anuência do poder concedente;
2) Comprovação de que a PJ tem capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal;
3) a doutrina aponta a necessidade de prévia licitação para que se proceda à transferência da concessão para outra pessoa jurídica.
Extinção da concessão 
a) advento do termo contratual;
b) encampação;
c) caducidade;
d) rescisão;
e) anulação;
f) f) falência ou extinção da concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.
· Com a extinção da concessão, os bens reversíveis transferidos ao concessionário retornam ao poder concedente. 
· Bens reversíveis: são aqueles que, diante da extinção do contrato de concessão, devem ser transferidos do patrimônio do concessionário para o patrimônio da concedente.
· Os bens reversíveis que ainda não tiverem sido amortizados, até a data do encerramento da concessão, deverão der indenizados ao concessionário. 
Advento do termo contratual 
Diz-se que o contrato de concessão se extingue automaticamente com o advento do termo contratual. Tal se verifica com o atingimento do prazo previsto no contrato, independentemente da prática de qualquer outro ato pelas partes.
Encapação (resgate) 
Ocorre quando o contrato de concessão é extinto em face da retomada do serviço pelo poder concedente, por motivos de interesse público.
· REQUISITOS: 
1) Interesse público;
2) Lei que autorize;
3) Pagamento de indenização pelos bens reversíveis que ainda não foram amortizados
Caducidade (decadência) 
Consiste na extinção do contrato de concessão em razão da inexecução total ou parcial do contrato, por razões imputáveis exclusivamente à concessionaria. 
· A caducidade poderá ser declarada pelo poder concedente: 
a) Se o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente;
b) A concessionária descumprir cláusula contratuais ou disposições legais;
c) A concessionária paralisar o serviço;
d) A concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para manter de forma adequada as atividades;
e) A concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações;
f) A concessionária não atender as intimações do poder concedente para regularizar a prestação de serviço; e
g) A concessionária não atender a intimação do poder concedente, no prazo de 180 dias, para apresentar documentos relativos à regularização fiscal, no curso da concessão. 
h) a lei prevê também que a transferência da concessão ou do controle acionário da concessionária sem prévia anuência do poder concedente implicará a caducidade da concessão.
· se houver bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, o poder concedente, posteriormente ao final do processo, deverá indenizar a concessionária em valor correspondente, descontando o valor das multas contratuais e dos danos causados pela concessionária.
· a declaração de caducidade não resultará para o poder concedente em qualquer espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária. 
Rescisão contratual 
Ocorre quando a concessionária requer a extinção do contrato de concessão, motivada pelo descumprimento de normas contratuais por parte do poder concedente. 
Anulação 
Ocorre quando há vício de legalidade e poderá ser declarada na via administrativa ou judicial. 
Desafetação do serviço público 
Ocorre quando uma lei retira a titularidade do serviço das mãos do poder público, passado este a ser da iniciativa privada. 
rENÚNICA POR PARTE DA CONCESSIONÁRIA 
Será admitida quando estiver prevista no contrato de concessão. 
CONCESSÃO ESPECIAL (PARCERIA PÚBLICO PRIVADO – PPP) 
· possuem natureza jurídica de contrato administrativo de concessão.
· na contratação de parcerias público-privadas, serão observadas as seguintes diretrizes:
1) eficiência no cumprimento das missões de Estado e no emprego dos recursos da sociedade;
2) respeito aos interesses e direitos dos destinatários dos serviços e dos entes privados incumbidos da sua execução;
3) indelegabilidade das funções de regulação, jurisdicional, do exercício do poder de polícia e de outras atividades exclusivas do Estado; 
4) responsabilidade fiscal na celebração e execução das parcerias;
5) transparência dos procedimentos e das decisões; 
6) repartição objetiva de riscos entre as partes;
7) sustentabilidade financeira e vantagens socioeconômicas dos projetos de parceria.
Modalidades 
1) concessão patrocinada 
2) concessão administrativa 
concessão patrocianda 
É a concessão de serviço público ou de serviço público precedida de obras públicas, quando envolver, além da tarifa paga pelo usuário, uma contraprestação do parceiro público. 
· a contraprestação da Administração Pública nos contratos de parceria público-privada poderá ser feita pelos seguintes meios: 
I) ordem bancária;
II) cessão de créditos não tributários;
III) outorga de direitos em face da Administração Pública;
IV) outorga de direitos sobre bens públicos dominicais;
V) outros meios admitidos em lei (art. 6º).
Concessão administrativa 
Trata-se de um contrato de prestação de serviço de que a administração pública é usuária direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens (ex.: construção de presídios).
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