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CONTROLE ESTATÍSTICOCONTROLE ESTATÍSTICO DE QUALIDADEDE QUALIDADE CAPABILIDADE DE PROCESSOCAPABILIDADE DE PROCESSO Au to r ( a ) : M e . N o m e d o Au to r ( a ) R ev i s o r : J a i ro Wo l f Tempo de leitura do conteúdo estimado em 1 hora e 8 minutos. Introdução Olá, estudante! Neste material, convido você a conhecer um pouco mais sobre capacidade de processo. Operações especí�cas, assim como todo e qualquer processo produtivo, podem e, de certa forma, devem ser analisadas e, consequentemente, melhoradas continuamente. Essas melhorias impactam decisivamente no resultado dos processos, nos custos operacionais atrelados, repercutindo, assim, na satisfação dos clientes. A análise dos processos é realizada por meio da identi�cação da condição da capacidade do processo. Dessa forma, vamos compreender as questões relacionadas ao planejamento econômico, assim como o CEP para processos contínuos e processos por batelada. Diante disso, convido você a embarcar nesta jornada de estudos, que contribuirá de forma ampla para a sua formação. Bons estudos! O objetivo da análise de conglomerados, também conhecida como análise de agrupamentos ou de cluster, é particionar um conjunto de dados em grupos que são internamente homogêneos e externamente distintos, ou seja, segmentar ou agrupar em grupos menores (subgrupos). A classi�cação é realizada com base em uma medida de similaridade ou dissimilaridade dentro e entre os grupos. Desperdício de superprodução; Desperdício de tempo disponível (espera); Desperdício em transporte; Desperdício do processamento em si; Desperdício de estoque disponível (estoque); Desperdício de movimento; Desperdício de produzir produtos defeituosos. Nessa linha de raciocínio, as empresas procuram, então, uso do controle estatístico do processo (CEP) como uma ferramenta capaz de proporcionar que as peças ou componentes sejam sempre confeccionados dentro dos limites de especi�cação do cliente. Dessa forma, o CEP é considerado como um dos ramos do controle de qualidade que está associado à coleta, análise e consequente interpretação de dados Índices da Capacidade do Processo operacionais, e, assim, é possível estabelecer propostas de melhorias e efetivos controles que buscam a qualidade de produtos e serviços. Em termos especí�cos de variabilidade do processo, podemos facilmente identi�car que este pode ser classi�cado como um processo que se encontra estatisticamente sob controle (quando há a presença apenas das causas comuns de variabilidade). Por outro lado, na condição de um processo identi�car, além das causas comuns de variabilidade, também as chamadas causas especiais, este processo será efetivamente considerado como fora de controle estatístico. Conforme Hair et al. (2009), para realizar uma análise de cluster cuidadosa, são necessários métodos com as seguintes características: 1. Localização do processo - condição que veri�ca se o processo absorve em média o valor nominal de especi�cação; 2. Variabilidade - condição de conhecimento da dispersão e consequente não atendimento das especi�cações (bilaterais) estabelecidas no projeto. Os estudos e aplicações da ideia da capacidade do processo foram estabelecidos supondo-se que o processo em avaliação possui uma distribuição normal, além de sua característica de qualidade ser especi�camente tipo nominal com especi�cações consideradas como bilaterais, as quais são identi�cadas por possuírem além do valor nominal os valores considerados como mínimo e máximo da faixa de tolerância. Por outro lado, às vezes, é necessário atender a uma especi�cação unilateral que, da mesma forma, é identi�cada como possuindo, além do valor nominal, apenas um valor de tolerância, sendo este mínimo ou máximo, em que um processo considerado como não normal seria almejado. Devido a isso, existe a necessidade de haver alternativas que possam suprir tais situações, objetivando, com isso, a redução de conclusões consideradas errôneas na análise da capacidade. Especi�camente um cenário operacional considerado como ideal para aplicação do grá�co de controle de aceitação é um processo com alto índice de capabilidade. Para calcular o nível de capacidade de um processo, são utilizados os Índices de Capacidade do Processo (ICP). Em seus estudos, Abbasi e Niaki (2010) de�nem que uma forte condição de fortalecimento do estudo de capabilidade de processos nas indústrias está totalmente ligada à sua simplicidade operacional para a de obtenção e avaliação. Em síntese, o estudo dos índices de capabilidade do processo busca identi�car efetivamente se um processo possui a capacidade de produção, em que os itens estejam dentro dos limites estabelecidos pelo cliente. Em seus estudos, Lin e Pearn (2005) estabelecem que existem três índices de capabilidade aplicáveis a processos de manufatura, são eles: 𝑪𝑷, 𝑪𝑷𝒌, 𝑪𝑷𝒎, CPmk. O índice 𝑪𝑷 re�ete a capacidade potencial do processo, medindo a consistência da característica da qualidade em relação aos limites de especi�cação (USL, limite superior especi�cado, e LSL, limite inferior especi�cado). Já o 𝑪𝑷𝒌 calcula a capacidade efetiva do processo, levando em consideração a magnitude do desvio do processo e sua centralidade, estimando seu desempenho através da proporção de itens conforme produzidos. O 𝑪𝑷𝒎 procura medir a habilidade do processo em permanecer em torno do valor nominal, o que re�ete, também, na sua centralidade. E, por último, podemos citar o 𝑪𝑷𝒎k que, especi�camente, tem a função de realizar uma re�nação especí�ca na análise, que, assim, é considerada a especí�ca menor distância entre a média do processo em relação aos limites de especi�cação em seu numerador (LIN; PEARN, 2005). Montgomery (2009) estabelece em seus estudos que os chamados valores mínimos são assim recomendados através da razão da capacidade do processo, na condição e especi�cações bilaterais. Veja: Processos existentes: 1,33; Processos novos: 1,50; Segurança ou parâmetro crítico, processo existente: 1,50; Segurança ou parâmetro crítico, processo novo: 1,67. De forma geral, o Código de Nuremberg estabeleceu que nenhum ser humano poderia ser submetido a projetos de pesquisa sem o seu devido consentimento, sendo o primeiro documento a ter alcance internacional, por conta, principalmente, do repúdio da comunidade internacional quanto aos crimes cometidos no período nazi- fascista (PALÁCIOS; REGO; SCHRAMM, 2009). A necessidade de regulamentação de pesquisas em seres humanos, para proteger seus participantes, e o desejo do corpo médico ter sua própria regulamentação foram motivações para a criação da Declaração de Helsinque, a qual foi aprovada pela Associação Médica Mundial, e cuja primeira versão é de 1964 (PALÁCIOS; REGO; SCHRAMM, 2009). Capacidade do processo não normal As empresas e organizações, muito in�uenciadas pelo típico desconhecimento especí�co dos métodos utilizados para a análise da capacidade de processos não normais, tendem a incorporar e, assim, assumir que o seu processo fornece dados que são efetivamente distribuídos. De outra forma, algumas interpretações errôneas sobre a capacidade do processo podem ser geradas uma vez que necessariamente os índices Cp , Cpk, Cpm e Cpmk supõem uma efetiva normalidade. Conforme Pearn e Chen (1997), essa condição errônea pode ser evidenciada com o uso desses índices em distribuições taxadas como não normais, em que, segundo o autor, de forma exempli�cada, consideram-se três processos A, B e C, e ambos possuem distribuição qui-quadrado (teste considerado como não paramétrico, no qual é possível testar a consequente aderência dos dados a uma especí�ca distribuição estatística) com 2 graus de liberdade (representa o número de valores de um conjunto de dados que tendem a variar após terem sido especi�cadas restrições a todos os valores). Em 1988, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) do Brasil estabeleceu normas que tratam da ética em pesquisa com seres humanos e, em 10 de outubro de 1996, aprovou as diretrizes/normas que regulamentam pesquisas comseres humanos, denominada Resolução 196/96 (PALÁCIOS; REGO; SCHRAMM, 2009). Processo A: Média igual a 30; Processo B: Média igual a 37; Processo C: Média igual a 44. A Resolução 196/96 estabeleceu princípios básicos para permitir apreciação da ética em protocolos de pesquisa, criando os Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). O conteúdo da resolução incorpora as experiências históricas da regulamentação sobre ética em pesquisa, principalmente com base no Código de Nuremberg (1947), na Declaração dos Direitos Humanos (1948), na Declaração de Helsinque (desde a primeira versão de 1964), nas Diretrizes Internacionais para a Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos e nas Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos, assim como em conteúdos de leis promulgadas após a aprovação da Constituição de 1988 (PALÁCIOS; REGO; SCHRAMM, 2009; NOVOA, 2014). Samohyl (2009) estabelece que o grá�co de soma acumulada (CUSUM) é um aprimoramento do grá�co de controle X de Shewhart, este, de�nido como sendo a forma de monitoramento da média de um processo especí�co cuja característica de qualidade de interesse X é uma grandeza mensurável representada. Assim sendo, o CUSUM é o mais apropriado para se reconhecer o histórico dos dados, característica ausente em grá�cos mais simples, e também para identi�car pequenas alterações nos processos muito antes dos alarmes dos grá�cos X, considerados como LSC e LIC. Especi�camente para que seja possível realizar um estudo sobre a capabilidade de um processo, existe a necessidade de serem estabelecidos alguns critérios, uma vez que a construção e a obtenção desses itens têm de, necessariamente, garantir o Figura 4.1 - Distribuição dos processos A, B e C. Fonte: Pearn e Chen (1997). #PraCegoVer : a �gura demonstra três curvas normais, uma representativa para o LIE, representando 63 e média 30. A curva ao centro representa T e tem a média estabelecida em 37, e a curva mais à direita representa o LSE, com uma média de 44. μμ maior grau de aceitabilidade, sem que haja informações ou dados que possam comprometer a análise como um todo. Além disso, outro fator importante a ser ressaltado faz referência a questão da normalidade dos dados, uma vez que os dados devem seguir uma distribuição normal, especi�camente podemos considerar que o processo tenha distribuição normal e assim esteja sob controle estatístico (TOLEDO et al., 2013; CASTAGLIOLA; VÄNNMAN, 2007; KOTZ; JOHNSON, 1993). OEE O Overall Equipment Effectiveness (OEE), que foi criado e impulsionado por Seiichi Nakajima e é considerado um dos pais do sistema Total Productive Maintenance (TPM), é estabelecido como uma medida fundamental para conhecer e assim compreender a condição de performance de um equipamento, sendo também identi�cado como um dos componentes fundamentais da metodologia do TPM. Com a utilização do indicador OEE, conseguimos mensurar quanto tempo o equipamento, máquina ou sistema esteve em produção, quando comparado com o tempo disponível para a produção, sendo que, do consequente tempo utilizado para a produção, é veri�cado o quão rápido ele produziu itens e, com relação aos itens produzidos, quantos destes podemos considerar como itens que atendem às especi�cações existentes. Apesar de a eticidade e a cienti�cidade da pesquisa cientí�ca, em especial, daquela realizada com seres humanos, serem aspectos que caminham juntos, não cabe aos Comitês de Ética em Pesquisa (CEP) a emissão de pareceres sobre a metodologia utilizada no desenvolvimento dos estudos (NOVOA, 2014). […] a importância de realizar melhorias contínuas em equipamentos e a atuação sobre as perdas, obtidas através do OEE, �cam evidentes quando há o aumento de produção, pois se observa a melhoria da e�ciência e pode- se reduzir a necessidade de novos investimentos. Com o passar do tempo, o OEE passou a ser utilizado nos mais diferentes níveis de processo produtivo, seguindo a evolução demonstrada a seguir. Quadro 4.1 - Níveis de utilização do OEE Fonte: Adaptado de Busso (2012). #PraCegoVer : o quadro representa as fases de utilização do OEE, em que especi�camente, na coluna 01, estão descritas as 03 fases existentes em 03 linhas respectivas, e a coluna 02 representa a forma de utilização do OEE em cada uma das fases especi�cadas. Na primeira linha apresenta o seguinte texto: “Primeira utilização: Utilização do OEE como ferramenta de benchmarking, a �m de possibilitar a obtenção de padrões de desempenho.” Na segunda linha apresenta o seguinte texto: “Segunda utilização: Utilização do OEE como ferramenta para a comparação de performance de diferentes células produtivas dentro de uma linha de produção de uma organização, com o objetivo de identi�car os baixos desempenhos.” Na terceira linha apresenta o seguinte texto: “Terceira utilização: Utilização do OEE como ferramenta para possibilitar a avaliação individual de equipamentos, máquinas ou sistemas pertencentes a um processo produtivo, gerando dados diários sobre as perdas, que são o foco da metodologia TPM.” Para a apresentação do valor que corresponda ao indicador de OEE, o valor �nal do mesmo é demonstrado de forma percentual, sendo o seu cálculo obtido de forma matemática pelo produto das taxas de disponibilidade, desempenho (o qual denominamos também de performance ) e a consequente taxa de qualidade, conforme equação a seguir. Primeira utilização Utilização do OEE como ferramenta de benchmarking , a �m de possibilitar a obtenção de padrões de desempenho. Segunda utilização Utilização do OEE como ferramenta para a comparação de performance de diferentes células produtivas dentro de uma linha de produção de uma organização, com o objetivo de identi�car os baixos desempenhos. Terceira utilização Utilização do OEE como ferramenta para possibilitar a avaliação individual de equipamentos, máquinas ou sistemas pertencentes a um processo produtivo, gerando dados diários sobre as perdas, que são o foco da metodologia TPM. Onde: OEE = E�ciência Operacional do Equipamento. Não existem sistemas de medição que possam ser classi�cados como ideais. Dessa forma, é atribuição direta dos engenheiros de�nir e implantar sistemas de medição que apresentem propriedades estatísticas consideradas adequadas. IP = Índice de performance . IQ = Índice de qualidade. OEE = Representado em %. Os abusos cometidos em nome do Estado e da Ciência, apurados e denunciados mundialmente em 1947 no Relatório �nal do Tribunal Internacional de Nuremberg, levaram à elaboração do primeiro Código de conduta em pesquisas, internacionalmente aceito – o Código de Nurembergue (1947) (PALÁCIOS; REGO, SCHRAMM, 2009, p. 607). Em que: A pesquisa epidemiológica tem por base a coleta sistemática de dados sobre eventos associados, principalmente, à saúde das pessoas pertencentes a populações de interesse. O tratamento analítico dado aos fatores pesquisados tem base em três procedimentos, a saber, a mensuração de variáveis aleatórias, a estimação de parâmetros populacionais e o uso de testes estatísticos (BLOCH; COUTINHO, 2009). PNP = Tempo total de parada não programada. Disponibilidade = Representado em %. A nova resolução divide-se em 13 partes e apresenta-se mais longa e �losó�ca, levando-se em consideração referenciais básicos de bioética, como o reconhecimento e a a�rmação da dignidade, a liberdade, a autonomia, a bene�cência, a não male�cência, a justiça e a equidade, dentre outros que visam assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos participantes da pesquisa, à comunidade cientí�ca e ao Estado (NOVOA, 2014, p. VII). OEE = IDxIPxIQ Em que: TC = Tempo de ciclo. Produção teórica = Representada em peças. Cabe ressaltar que, em algumas situações, os equipamentos, máquinas ou sistemas possuem sua representação não como tempo de ciclo, mas, sim, como cadência produtiva. Essa cadência é representada pela quantidade de peças produzidas em um tempo de�nido, ou seja: Em uma situação assim, devemos transformara cadência em tempo de ciclo, e essa transformação se dará pela inversão entre quantidade de peças produzidas e tempo de�nido, obtendo-se, assim, o tempo necessário para a confecção de uma peça. Com o tempo de ciclo de�nido, podemos calcular a performance do equipamento, máquina ou sistema. O cálculo é realizado por meio da divisão dos valores de produção real (produção total) pelo valor da produção teórica, conforme equação matemática a seguir. Em que: Produção representa especi�camente o total de peças produzidas no período de trabalho realizado; Produção teórica representa quantas peças deveriam ter sido produzidas considerando-se, para isso, a quantidade de horas trabalhadas e o respectivo tempo de ciclo da operação; Performance = Representada em %. ➢ Qualidade: para o respectivo cálculo do índice de qualidade, devemos conhecer os valores representativos da produção total e, assim, diminuir as peças ruins na primeira vez (sucata, retrabalho). Com esses valores conhecidos, devemos dividir o valor representativo de peças boas pelo valor Cad ncia =ê Quantidade de peas Tempo definido Tempo de ciclo = Tempo definido Quantidade de peas Performance = x100%Produ o reala~ Produ o te ricaa~ ó representativo da produção total, conforme equação matemática a seguir. Em que: Qualidade = Representada em %. A consequente relação existente entre as chamadas grandes perdas do sistema TPM (as quais estão atreladas ao equipamento, máquina ou sistema) e cada uma das taxas que compõem o cálculo do indicador OEE pode ser veri�cada na Figura 4.2. Qualidade = x100%Peas boas Produ o totala~ REFLITA A aplicação de um estudo que estabeleça a utilização do OEE requer que os colaboradores envolvidos em todo o processo, seja de operacionalização da atividade ou seja do apontamento dos dados, tenham um conhecimento prévio de todos os tipos de paradas que possam ocorrer, assim como saibam classi�cá-las entre programadas e não programadas. Basicamente, podemos perceber que os três principais eixos do indicador de E�ciência Global dos Equipamentos (OEE) possuem uma relação direta e sequencial, em que necessariamente a melhor forma de observação e análise é através de uma visão conjunta e não separada de cada indicador. praticar Figura 4.2 - Estrutura OEE Fonte: Elaborada pelo autor. #PraCegoVer : a �gura apresenta retângulos que demonstram estruturalmente o OEE. No retângulo mais à esquerda, há a inscrição OEE, a qual é dividida em três retângulos sequenciais, que possuem as inscrições: Disponibilidade, Performance e Qualidade. O retângulo de disponibilidade deriva em três outros retângulos de quebras / falhas, de set- up / regulagens e de ociosidade. O retângulo performance é subdividido em retângulo de perda de velocidade e pequenas paradas; e o retângulo qualidade é dividido em retângulos retrabalho e refugo. praticar Vamos Praticar Uma empresa está decidindo conhecer a capacidade de seu processo produtivo e, assim, monitorar algumas operações. Para isso, a organização optou, além da capabilidade de processo, pelo cálculo do OEE. Para tanto, foram realizados acompanhamentos sistemáticos que possibilitaram obter os seguintes dados: Total de horas disponíveis para trabalhar (tempo operacional): 44 horas - 2640 minutos; Total de paradas programadas (PP): 05 horas - 300 minutos; Total de paradas não programadas (PNP): 1,3 horas - 78 minutos; Tempo de ciclo da operação: 03 minutos; Total produzido: 700 peças; Total de peças rejeitadas: 15 peças. Comando da atividade prática : com os dados disponíveis, calcule os índices de disponibilidade, de performance , qualidade e o OEE da operação que está sendo avaliada. Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) As avaliações e compreensões dos processos produtivos podem e assim são realizadas através do respectivo conhecimento dos resultados de uma capacidade de processo, além da identi�cação e consequente mensuração de indicadores especí�cos, tais como parte por milhão (PPM) e o chamado OEE. Com relação às práticas e conhecimentos relacionados ao OEE, é correto a�rmar que: a) no cálculo e na obtenção do indicador OEE, o índice de disponibilidade abrange especi�camente a subtração do tempo em que a empresa está de portas abertas, tão somente o tempo necessário para a realização das paradas consideradas como programadas. b) dentro do OEE, o índice de disponibilidade proporciona uma clara identi�cação e visualização das condições de utilização máxima dos equipamentos, em que as chamadas paradas programadas são de�nidas como tempos de set-up. c) dentro do OEE, o índice de performance possibilita que possamos compreender o quão rápido o equipamento está operando e como está a respectiva relação entre peças boas produzidas e o total de peças produzidas. d) dentro do OEE, o índice de performance possibilita que haja uma relação entre a real condição efetiva de produção e a condição desejada de produção, sendo, para isso, considerada, além do tempo de ciclo, a cadência, como fonte de dados para o cálculo. e) dentro do OEE, o índice de qualidade possibilita que haja uma clara identi�cação das inconsistências e falhas no processo produtivo, as quais estejam ligadas à condição de disponibilização dos equipamentos para uso efetivo. De forma especí�ca, os chamados grá�cos de controle são efetivamente usados na prática desde o momento em que são considerados como uma concepção de Shewhart (1931). Para que possamos efetivamente estabelecer um planejamento dos grá�cos de controle, existe a necessidade de identi�carmos algumas variáveis consideradas como de decisão, as quais são listadas como: O número total de elementos da amostra (n); A frequência amostral ou conhecida como intervalos interamostral (h); Número de desvios padrões (k) que intermedeiam os limites de controle da linha central do grá�co ou número de aceitação (c) da amostra. Cada vez mais, os chamados aspectos econômicos pertencentes ao planejamento de procedimentos de monitoramento e controle de processos estão sendo estudados, buscados e compreendidos. Nesse sentido, desde o início da década de 1950, pesquisadores e estudiosos voltam seus esforços para compreender os respectivos aspectos econômicos pertencentes ao planejamento dos grá�cos de controle, e, conforme Montgomery (2009), esse interesse é explicado pelo fato de este tipo de grá�co de controle ser bastante utilizado nas indústrias de vários segmentos. Especi�camente, os modelos iniciais dos grá�cos de controle estabelecidos têm uma estrutura projetada no planejamento semieconômico proposto por Girshick e Rubin Planejamento Econômico dos Gráficos de Controle (1952). De outra forma, esses modelos têm direcionamento totalmente teórico e, com isso, não se conduz a regras de controle de processo de fácil implementação prática. Embora seja de pouca ou nenhuma aplicação prática, o trabalho de Girshick e Rubin (1952) tem valor teórico signi�cativo. Eles levam em conta um modelo semieconômico em que uma máquina produz itens que possuem uma característica de qualidade mensurável x, que pode estar em quatro estados (i=1, 2 e j=3, 4). Quando a máquina está no estado i=1, 2, ela está em produção e a característica de qualidade x é caracterizada pela função de densidade de probabilidade: Ainda conforme Girshick e Rubin (1952), os estados j=3, 4 são considerados estados de reparos, admitindo que a máquina estivesse anteriormente no estado j-2. Nesses estados, são necessárias unidades de tempo para fazer o reparo, onde a unidade de tempo é de�nida como o tempo necessário para produzir um item. Em seus estudos, Duncan (1956) trabalhou um modelo totalmente econômico voltado para o planejamento considerado como ótimo dos grá�cos de controle de Shewhart, assim como a capacidade de incorporação de uma metodologia formal de otimização na determinação dos parâmetros de projeto. Duncan (1956) estabeleceu um modelo especí�co para o planejamento econômico que utiliza na prática uma condiçãode critério para poder maximizar a receita líquida do processo por cada unidade de tempo. Para isso, conforme o autor, existem algumas suposições estabelecidas. Início do considerado sob controle μ0 com uma causa especial de especí�ca magnitude δ (deslocamento da média da variável X em relação ao seu valor alvo), considerada como deslocamento da média do processo para μ0 ± δσ, onde μ0 é igual à média do processo em controle e σ é o desvio padrão do controle. Na condição de desajustado, há o início de uma busca pela causa considerada como atribuível, sem que haja a interrupção do processo. São desconsiderados os respectivos custos de ajustes ou reparos. O mecanismo de falha obedece à condição de Poisson, desta forma, o tempo no qual o processo está sob controle compreende uma distribuição xfi nj exponencial. Os custos estão alinhados em quatro eixos: ◆ período sob controle; ◆ período fora de controle; ◆ tempo de extração de uma amostra e interpretação dos resultados; ◆ tempo para encontrar a causa especial. Na condição de processo fora de controle, há um comportamento de uma distribuição geométrica com média 1/(1-β), sendo a probabilidade de não detecção. Estabelece-se que o necessário para de�nir a causa atribuível é uma constante D. Há uma interpretação e de�nição de que são conhecidos os valores de μ0, δ e σ. De forma prática, pelo fato de o modelo de Duncan (1956) estar estruturado e baseado na segmentação do ciclo de produção, sendo essa divisão representada por quatro etapas, são considerados os seguintes custos: Os trabalhos de Chen (2003) de�nem que o planejamento econômico dos grá�cos de controle consegue estabelecer e desenvolver um modelo de custo especí�co para um determinado processo de fabricação, e, posteriormente, determina os respectivos parâmetros considerados como ótimos dos grá�cos de controle, possibilitando que, a longo prazo, seja minimizado o custo esperado por hora no monitoramento. Assim, o planejamento econômico dos grá�cos de controle é estabelecido tendo como base uma função de custo horária, compreendendo, dessa forma, que o processo inicia em um estado considerado como sob controle, transitando por um estado de desajuste, β a1 a2 a3 a4 a5 Custo �xo de extração de uma amostra de tamanho n; até a eliminação da causa especial, com a acumulação de custos durante este ciclo (MONTGOMERY, 2009). Efetivamente, o consequente agrupamento dos modelos, que foi desenhado por Souza (1999), tendo como base os critérios expostos por Turnes (1997), possibilitou estabelecer uma clara relação de equivalência entre processos de produção e o planejamento econômico para grá�cos de controle por variáveis e modelos correlatos, adequados a seus per�s. No mesmo sentido, há o desenvolvimento de um �uxograma de apresentação dos modelos, assim como os Diagramas de Fluxo de Dados, os quais apresentam importância no desenvolvimento de um programa computacional que, depois da respectiva escolha do modelo mais adequado, há o estabelecimento e a apresentação do considerado planejamento ótimo para o procedimento de controle. Podemos perceber que os grá�cos de controle tendem inicialmente a ser planejados considerando-se para isso o ponto de vista econômico, assim como os custos de amostragem, além dos custos associados à investigação de sinais fora de controle e, possivelmente, à correção de causas atribuíveis, e dos custos da chegada ao consumidor de unidades não conformes, em que todos são afetados pela escolha dos parâmetros do grá�co de controle. Assim, há a busca especí�ca por parâmetros do grá�co de controle que possam minimizar a especí�ca função objetivo associados ao custo do sistema de controle. O especí�co planejamento econômico dos grá�cos de controle demanda o entendimento dos custos descritos a seguir. Os custos com amostragem e de teste dado por a1+a2n que são baseados em componentes �xos e variáveis, onde a1 e a2 respectivamente representam as amostras 01 e 02. Para Miguel e Rotondaro (2005), esses custos são relacionados à veri�cação (ou avaliação) do nível de qualidade obtido pelo produto, ou seja, custos relativos às inspeções e aos ensaios requeridos para garantia de que o produto esteja de acordo com os requisitos de desempenho, com as exigências do cliente e dentro das especi�cações. Incluem custos de inspeção e teste do produto (checagem de conformidade do produto através de teste de aceitação �nal, teste de vida útil, entre outros), e despesas imediatas com salários de técnicos e inspetores. Os custos de investigação de sinais fora de controle e ao reparo ou correção de causas atribuíveis encontradas, e o custo de investigação de alarmes falsos são considerados custos de prevenção, ou seja, são custos associados à prevenção de não conformidade. O custo associado à produção de unidades não conformes é o mais difícil de se estimar; ele abrange custos típicos de falhas, as quais podem ser internas ou externas. Os custos de falhas internas se referem à ocorrência de unidades, materiais e serviços que não correspondem às exigências da qualidade (defeituosos), mas que são identi�cados antes da entrega do produto ao cliente. São custos relacionados às falhas internas: ◆ os custos com sucata (perda líquida de trabalho, material e despesas provenientes de um produto com defeito que não pode ser reparado economicamente ou usado); ◆ os custos de retrabalho (custo de correção de unidades que não satisfaz aos padrões de qualidade, mas que pode ser corrigido). Os custos de falhas externas se referem aos produtos com falta de qualidade, mas já entregues ao cliente, ou seja, os gastos relativos aos defeitos identi�cados pelos clientes. Por meio da curva característica da operação (CCO), pode-se determinar o especí�co tamanho de amostra “n” (onde n representa o tamanho conceitual de uma amostra) e a respectiva capacidade para detectar alterações no processo (1- β). Cada tipo de carta tem valores de α e β associados ao especí�co e decorrente plano de amostragem, em que este caracteriza os especí�cos erros que, na prática, possam ser observados quando da utilização de uma carta de controle. Após, são realizados cálculos que possibilitem que sejam identi�cados os chamados comprimentos considerados médios de corridas ou ARLs (Average run length): e Onde: ARL1: número de amostras que são retiradas até a ocorrência de um alarme falso, na condição do processo sob controle; ARL2: número esperado de amostras retiradas até a detecção do desvio, na condição do processo fora de controle; 1- β: corresponde ao poder de detectar um desvio, tendo este ocorrido. Por meio da ARL1, pode-se obter o tempo apropriado entre as coletas das amostras. O valor de α deve ser controlado, pois valores grandes de α (acima de 0,1) geram muitos alarmes falsos, o que não é bom para o monitoramento do processo, pois pode-se perder a con�ança no trabalho de controle, além de intervir no processo quando ele está sob controle e alterar o estado do processo para fora de controle. Por exemplo, se α = 0,01, o controle do processo tem 1% de probabilidade de a�rmar que existe uma causa especial, embora isto não seja verdade (erro tipo I) e ARL1 = 1 100 0,01 =. Dessa forma, temos que considerar que, a cada 100 amostras, deve haver necessariamente um sinal falso ou, de outra forma, ter estabelecida a condição de o tempo entre as coletas das amostras a cada hora. A cada 100 horas, terá um sinal falso, de modo que este tempo pode não ser ideal para um determinado processo. AR =L1 1 α AR =L2 1 1−β S A I B A M A I S Mesmo que os modelos econômicos para planejamento de grá�cos de controle e seus procedimentos de otimização sejam conhecidos e disponibilizados há muito tempo, um número reduzido de empresas e organizações optam por trabalhar com essas técnicas, na prática. Esses dados mostram um cenário muito surpreendente, visto que a maioria dos administradores anseia por redução de custos, aumento da produtividade e aperfeiçoamento da qualidade comoprincipais objetivos empresariais. Para compreendermos melhor a aplicação de modelos de planejamento econômico, con�ra a seguir. Link: https://www.researchgate.net/publication/266893381 https://www.researchgate.net/publication/266893381 A função de custo total para formulação dos modelos econômicos expressa a relação entre os parâmetros de planejamento do grá�co de controle e os tipos de custos expostos acima. O modelo estritamente econômico Quando tratamos de modelo econômico de planejamento de grá�cos de controle por atributos, conseguimos evidenciar que este está estruturado na condição de proporcionar que sejam selecionados um número de elementos da amostra (n), o intervalo interamostral (h) e o número de desvios padrões que separam os limites de controle do grá�co de sua linha central (k), com o objetivo primordial de obter um planejamento amostral no qual o custo associado ao procedimento de controle é mínimo. Essa ação procura minimizar uma função objetivo F (n,h,k), sem restrições. A função F (n,h,k) leva em consideração especi�camente quatro custos da qualidade: custo de avaliação: são os custos atrelados à amostragem e teste; custo de prevenção: são os custos de investigação e possível correção após os sinais de alarme; custo de falhas internas e externas: são os custos associados à produção de itens defeituosos. Segundo Woodall (1987), o modelo econômico seleciona o grá�co de controle que maximize o lucro total esperado do processo de produção, em que o lucro é reduzido em função da manutenção do grá�co. Ele mostra que desempenhos estatísticos de grá�cos de controle economicamente ótimos geralmente ignorados podem, muitas vezes, ser melhorados. Ainda segundo o autor, estes modelos assim desenvolvidos apresentam algumas fragilidades e entre elas são consideradas relevantes: Fonte: Turnes (2015, p. 8). 1. condição de número considerado como excessivo de falsos alarmes: função de altos valores relacionados ao risco do produto (a); 2. condição de detecção imediata dos desvios esperados do processo: ocorre devido ao fato de o valor do risco de produção (b) acabar excedendo os valores aceitos na prática, onde temos a condição de aceitar b Î(0; 0,10); 3. falta de e�cácia para detectar pequenos desvios não esperados do valor alvo da característica de qualidade. Como alternativa e ferramenta de correção, são utilizados os grá�cos CUSUM durante o procedimento usual de controle. Mais especi�camente, podemos considerar que o chamado grá�co para fração não conforme estabelece que a especí�ca estatística amostral está relacionada tão somente com o especí�co número de unidades defeituosas na amostra. Assim, supõe-se que há uma consequente distribuição binomial, onde, com isso, o Limite Superior de Controle (LSC) e o Limite Inferior de Controle (LIC) de três sigma podem ser especi�cados como: Conhecimento Teste seus Conhecimentos (Atividade não pontuada) Em meados dos anos 1950, foi possível perceber uma predileção e nova atenção de pesquisadores, gestores e engenheiros para que as empresas e as organizações pudessem aos poucos e cada vez mais estabelecer novas formas de atrelar a incorporação dos grá�cos de controle às questões de dimensionamento e obtenção LSC = m + 3p0 n (1 − )p0 p0 − −−−−−−−−−√ LIC = m − 3p0 n (1 − )p0 p0 − −−−−−−−−−√ de custos, proporcionando, assim, o surgimento do planejamento econômico do grá�co de controle. Com relação a esse planejamento econômico, analise as questões abaixo e identi�que a sentença correta. a) O planejamento semieconômico proposto por Girshick e Rubin (1952) traduz especi�camente todas as condições necessárias para implantação e implementação prática. b) Estudos de Chen (2003) estabelecem que o planejamento econômico dos grá�cos de controle compreende especi�camente desenvolver um modelo de custo para um determinado tipo de processo de fabricação. c) Os trabalhos de Montgomery (2009) de�nem que a chamada função de custo horária é iniciada em um estado especí�co de desajuste, sendo que este segue até o ponto da obtenção do chamado estado sob controle. d) Especi�camente os custos de investigação de sinais fora de controle e ao reparo ou correção de causas atribuíveis encontradas, e o custo de investigação de alarmes falsos são considerados custos de correção. e) O agrupamento dos modelos delineados por Souza (1999) determina que haja o estabelecimento de um �uxograma de apresentação dos modelos, bem como os Diagramas de Fluxo de Dados para o desenvolvimento de um programa computacional. De forma inicial, para podermos compreender e assim entender como se dá a aplicação do CEP para processos contínuos ou processo por batelada, há a necessidade de entendermos como se caracteriza cada um desses processos, os quais são descritos a seguir: Processo contínuo : de forma posicional, é possível evidenciar que os processos contínuos estão colocados, de certa forma, um passo à frente dos processos de produção em massa. Essa diferenciação de posição é explicada pelo fato de haver uma condição especí�ca de operacionalização de volumes bem maiores e, de forma geral, uma especí�ca condição de variedade ainda mais baixa. Uma característica marcante desses processos ressalta o fato de estes não pararem de produzir nunca, operando sempre em períodos de tempo muito longos e, efetivamente, contínuos, obedecendo à condição de que os produtos são realmente inseparáveis e produzidos em um �uxo ininterrupto. Processo por batelada : para caracterizar o processo por batelada, devemos considerar que esse processo apresenta vários produtos de uma só vez, CEP para Processos Contínuos e em Bateladas assim, especi�camente, cada etapa da operação tem períodos em que há uma efetiva repetição, toda vez que o respectivo lote ou batelada está sendo processado. Da mesma forma, devemos considerar que os termos “lotes” e “bateladas” não são efetivamente sinônimos, assim, os lotes estão associados a bens físicos que possuem a capacidade de serem quanti�cados, separados e identi�cados de forma fácil e efetiva, e, por outro lado, as bateladas não podem ser diferenciadas. O controle estatístico de processo é estruturado e de�nido de forma que podemos identi�car três tipos diferentes de eixos, conforme trabalhos defendidos por Ramos (2000): #PraCegoVer : o infográ�co estático apresenta uma imagem de uma mão segurando um lápis, desenhando em um papel, e, nela, também há uma parte de um teclado branco de computador. Ao lado direito dessa imagem, apresenta-se um texto, formado por três tópicos. No primeiro tópico, há o seguinte texto: “CEP tradicional: cenário em que há uma grande quantidade de informação disponível. Os produtos manufaturados são classi�cados como discretos (unidades individuais), tendo sua aplicação relacionada à produção em massa, à produção intermitente e, também, ao processo contínuo”. No segundo tópico, logo abaixo, há o seguinte texto: “CEP em pequenos lotes: cenário em que há pouca informação e um grande leque de produtos manufaturados em um mesmo equipamento, com aplicação em um sistema de produção intermitente e enxuta”. No terceiro e último tópico, há o seguinte texto: “CEP em processos contínuos ou em batelada (ou lotes): cenário em que há um processo de natureza contínua, com certa di�culdade de se criar uma de�nição precisa do que seja uma unidade do produto”. Especi�camente e de forma decisiva, a construção dos grá�cos de controle inicialmente propostos por Shewhart (1931) estabelece que, para a determinação dos limites de controle do grá�co para a média, levamos em consideração a variabilidade dentro de cada amostra ou subgrupo racional, partindo-se do princípio de que essa variabilidade é natural e faz parte do processo. Para um processo produtivo caracterizado por batelada, conseguimos identi�car especi�camente tipos de variações: variação transversal: variação por cada batelada ou lote; variação longitudinal: variabilidade entre as bateladas. Ao identi�carmos e observarmos uma especí�camatriz de dados, que possa então representar um processo por batelada, é possível estabelecer uma questão importante: é comum nos processos que haja diferenças entre as bateladas (variabilidade longitudinal), principalmente se os lotes não são homogêneos e as fontes de variação são diferentes daquelas que levam à variabilidade dentro dos lotes (variabilidade transversal). Dessa forma, em uma especí�ca condição na qual não seja possível reduzir a variabilidade entre os lotes, ela deve ser incorporada ao processo, isto é, utilizada na determinação dos limites de controle para a média. A variabilidade, portanto, dentro de cada lote, poderia subestimar a variabilidade do processo. Assim, as diferenças entre bateladas devem ser entendidas como parte do comportamento do processo e, portanto, devem ser incorporadas no grá�co de controle aplicado (RAMOS, 2000). Nesse contexto e conforme Ramos (2000), os especí�cos grá�cos de controle por bateladas são construídos por: grá�co (média): monitora o nível da qualidade; grá�co Rm (amplitude móvel): monitora a variabilidade do processo, que é utilizada na determinação dos limites de controle para a média. Quando tratamos sobre os respectivos limites de controle, os quais estão associados ao grá�co por batelada, podemos identi�cá-los como: Grá�co Grá�co Rm X − X − LSC = + x mx − X − −− 3 d2 R − LM =x − X − −− LIC = − x mx − X − −− 3 d2 R − LS = D4x mCRm R − Em que: LSC = limite superior de controle LM = linha média (linha central) LIC = limite inferior de controle d2, D3, D4 são constantes tabeladas e de�nidas na tabela para os fatores para cálculo de limites de controle. Adicionalmente, vale lembrar que a aplicação do CEP em processos contínuos pode apresentar algumas di�culdades que estão associadas ao processo como um todo. Nesse sentido, o maior grau de di�culdade está inserido no fato de o processo contínuo apresentar uma efetiva di�culdade em relação à de�nição precisa do que é uma unidade do produto. Também há a condição especí�ca de baixo ou alto volume de produção, bem como a efetiva diferenciação de produto, em que este tem a condição de ser produzido de forma normal por um mesmo equipamento. L = mMRm R − LS = D3x mCRm R − m =R − R∑m i=2 mi m−1 Material Complementar L I V R O CEP para processos contínuos e em bateladas Alberto Wunderler Ramos Ano: 2000 Editora: Blucker ISBN: 9788521202769 Comentário: Para a aplicação dos conceitos do controle estatístico de processo, o CEP, existe, além das necessidades de conhecimentos estatísticos, a necessidade de compreendermos os tipos de processos que estão implantados nas empresas e nas organizações. Dessa forma, há a necessidade de conhecermos as diferenças entre processos produtivos contínuos ou por batelada, e como implantamos o CEP para cada uma dessas condições. A obra aborda uma discussão desses conceitos e suas aplicações. W E B Controle estatístico de qualidade Ano: 2018 Comentário: o CEP pode ser classi�cado como uma ferramenta que proporciona aplicarmos um efetivo controle estatístico nos processos de fabricação. De forma operacional, o estudo do CEP e seus grá�cos de controle podem ser obtidos por meio da utilização de software especí�co, assim como através da utilização de planilhas eletrônicas. O vídeo apresenta a forma de estruturação dos grá�cos de controle com a utilização de planilhas eletrônicas. Para conhecer mais sobre o �lme, assista ao trailer disponível em: ACESSAR https://www.youtube.com/watch?v=jcEpmmDvD_A&ab_channel=Bot%C3%A3odoExcel Conclusão Encerramos este estudo, no qual foram explorados vários conteúdos e foram fornecidas possibilidades conceituais para você, estudante. Caro(a) estudante, a con�abilidade e a aceitação dos resultados obtidos pelos processos de medição são muito relevantes no âmbito das questões metrológicas. Basicamente, nenhum tipo de medição que possa ser realizada representa o verdadeiro valor mensurado. Essa variação normalmente é explicada pelas limitações inerentes ao processo dimensional, as quais limitam as quantidades de medições que podem ser realizadas, assim como está associada aos efeitos das demais variações que possam estar presentes. Adicionalmente, pudemos estudar as características e diferenças existentes entre a aplicação do CEP em processos considerados como contínuos e o CEP em processos por batelada. Espero que tenha gostado dessa aventura. Um abraço! Referências ABBASI, B.; NIAKI, S. T. A. Estimating process capability indices of multivariate non-normal processes. International Journal of Advanced Manufacturing Technology , v. 50, n. 5-8, p. 823- 830, 2010. BUSSO, C. M.; MIYAKE, D. I. Análise da aplicação de indicadores alternativos ao Overall Equipment Effectiveness (OEE) na gestão do desempenho global de uma fábrica. Produção , v. 23, n. 2, p. 205-225, abr./jun. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0103- 65132013000200001 . Acesso em: 24 jun. 2021. CASTAGLIOLA P.; VÄNNMAN, K. Monitoring capability indices using an EWMA approach. Quality and Reliability, Engineering International , v. 23, p. 769-790, 2007. CHEN, Y. K. An evolutionary economic-statistical design for VSI X control charts under non- normality. The International Journal of Advanced Manufacturing Technology , v. 22, n. 7-8, p. 602-610, 2003. Duncan, A. J. 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