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problema 1- neuro - TCE

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NEURO- P3
PROBLEMA 1
TEMA? TCE- TRAUMA 
CRANIO ENCEFÁLICO
1-CONHECER O TRAUMA
CRÂNIO- ENCEFÁLICO 
( ANATOMIA , FISIO , ÁREAS
ATINGIDAS , CARACTERÍSTICA)
2- COMPREENDER 
A ESCALA DE GLASGOW(
INTUBAÇÃO E VENTILAÇÃO
MECÂNICA)
CASO CLÍNICO
M2- klenya Maria 
OBJETIVOS?
3-CONHECER OS TIPOS DE
MEMÓRIA E CORRELAÇÃO
CLINICA COM A ÁREA AFETADA
( TCE)
4-ENTENDER O SISTEMA
LÍMBICO
CAUSAS:
– 50%: acidentes automobilísticos( Neste grupo, a principal faixa etária
é de adolescentes e adultos jovens. Dos 15 aos 24 anos.)
-30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos. 
– 20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de fogo e
armas brancas.
-acidentes ocorridos durante os esportes e a recreação 
1-CONHECER O TRAUMA CRÄNIO- ENCEFÁLICO 
( ANATOMIA , FISIO , AREAS ATINGIDAS , CARACTERÍSTICA)
CONCEITO:
O TCE é qualquer lesão decorrente de um
trauma externo, que tenha como
consequência alterações anatômicas do
crânio, como fratura ou laceração do couro
cabeludo, bem como o comprometimento
funcional das meninges, encéfalo ou seus
vasos, resultando em alterações cerebrais,
momentâneas ou permanentes, de natureza
cognitiva ou funcional.
FISIOPATOLOGIA:
Múltiplos são os fatores que determinam as lesões causadas pelo TCE. Assim, pode-se dividir as lesões
cerebrais em primárias e secundárias .
Primárias: são aquelas que ocorrem como resultado imediato e direto do trauma ao parênquima cerebral ,
por exemplo: um ferimento por arma que penetra o crânio.
Secundárias: são aquelas que se iniciam após o momento da agressão. Podem decorrer da interação de fatores
intra e extracerebrais, levando à morte de células que não foram afetadas no momento exato do acidente,
mas que sofrem consequências posteriores.
B) Hematoma Extradural Agudo (Heda): 
− Coleção de sangue entre a dura-máter e a
tábua óssea. Representa 2% das internações,
afetando a proporção de 4 homens para 1
mulher.
 − Raro antes dos 2 anos e após os 50 anos. 
− Secundários a fraturas que levam a
sangramentos arteriais. 
-O sangue extravasado vai “descolando”
estruturas e encontrando espaços, espalhando-
se com rapidez. − 70% das vezes é hemisférico. 
− Apresentação clássica do caso: rápida perda
de consciência, seguida por intervalo lúcido de
minutos a horas, voltando a haver nova
deterioração do nível de consciência,
obnubilação, hemiparesia contralateral ao
trauma, dilatação pupilar ipsilateral
(decorrente da herniação uncal ipsilateral).
Nota-se que esta dilatação pupilar pode, às
vezes, ser contralateral ao hematoma
extradural constituindo o fenômeno de
Kernohan.
 − Constitui-se em uma emergência
neurocirúrgica. 
 Caracterização clínica das lesões no TCE
 Lesões dos envoltórios cranianos:
 A)Escalpo: lesão cutânea que pode ser de grande
amplitude e levar a sangramento importante,
principalmente nas crianças.
 B) Fraturas cranianas: toda solução de
continuidade do plano ósseo. Podem ser lineares,
cominutivas (múltiplas), diastáticas (aumento de
suturas), com afundamento e em depressão 
Lesões focais
 A) Contusões Cerebrais: – São 45% das lesões
traumáticas primárias e frequentemente estão
acompanhadas de outras lesões como
hematomas extradurais e/ou subdurais.
 – Resultam de traumas sobre vasos pequenos ou
diretamente sobre o parênquima cerebral, com
extravasamento de sangue e edema na área
afetada, com necrose e isquemia secundárias.
 – Principalmente frontais, nos giros orbitários e
lobos temporais.
C) Hematoma Subdural Agudo: 
− Coleção de sangue no espaço
subdural, decorrente do
rompimento de veias-ponte ou de
vasos corticais. 
− Em 50% dos casos há lesões
associadas: edema cerebral, lesão
axonal difusa (LAD) e contusões.
 − Constituem até 60% dos
hematomas pós-traumáticos. 
− Mais comum em lesões que
envolvem rápida movimentação da
cabeça como as quedas e as
agressões. 
− TC de crânio evidencia massa em
forma de meia lua,
espontaneamente hiperdensa,
adjacente à tábua interna que
frequentemente se localiza na
convexidade do encéfalo, mas 21
pode ser também inter-hemisférico
ou na fossa posterior
D) Hematoma Subdural Crônico
(HSDC):
 − A grande maioria dos portadores
de HSDC é de idosos (31% entre 60
e 70 anos) e homens (3 por 1).
 − Causa mais frequente é o
trauma de crânio por queda, sendo
que 50% desses pacientes têm
antecedentes de alcoolismo
crônico. 
− Quadro clínico: sintomas e sinais
neurológicos diversos, muitas
vezes com progressão lenta. 
− A TC de crânio apresenta
caracteristicamente imagem em
lente côncavo-convexa, hipo ou
isoatenuante em relação ao
parênquima cerebral. 
-Não é incomum haver áreas de
maior atenuação associadas que
evidenciam sangramentos
recentes.
E) Hematoma Intracerebral: 
− Representa 20% dos hematomas
intracranianos e são associados
frequentemente a contusões lobares
extensas.
 − Causa primária: rotura de vasos
intraparenquimatosos, principalmente nos
lobos frontais e temporais.
 − Ocorre frequentemente em doentes que
usam drogas anticoagulantes.
Lesões difusas 
A) Concussão: − Forma mais branda de lesão
difusa, devida à aceleração rotacional da
cabeça sem que haja força significativa de
contato.
 − Quadro clínico clássico: perda de
consciência transitória (<6h) com retorno
posterior ao estado de normalidade.
 − TC e RM de crânio são normais. 
− Fisiopatologia não é bem estabelecida.
B) Lesão Axonal Difusa (LAD): 
− Resulta de aceleração rotacional e/ou
angular mais importante da cabeça. 
− 19%: leve. Coma pós-trauma entre 6h a
24h. Déficit neuropsicológico com algum
grau de déficit de memória pode ocorrer.
15% dos casos evoluem para óbito.
 − 45%: moderado. Coma por período maior
que 24h, sem sinal de comprometimento do
tronco cerebral. Mortalidade chega a 24%
dos casos e os que se recuperam mantêm
alguma sequela. 
− 36%: grave. Coma por período maior que
24h com sinais de lesão de tronco cerebral.
Mortalidade de 51% casos. 
− TC de crânio: muitas vezes a ruptura dos
axônios (que obviamente não é visível à TC)
é acompanhada de ruptura de vasos
sanguíneos adjacentes e estes pequenos
pontos de sangramento podem ser vistos à
TC, principalmente nas regiões subcorticais
frontais, corpo caloso, núcleos da base,
tálamo e mesencéfalo.
D) Hematoma Subdural Crônico
(HSDC):
 − A grande maioria dos portadores
de HSDC é de idosos (31% entre 60
e 70 anos) e homens (3 por 1).
 − Causa mais frequente é o
trauma de crânio por queda, sendo
que 50% desses pacientes têm
antecedentes de alcoolismo
crônico. 
− Quadro clínico: sintomas e sinais
neurológicos diversos, muitas
vezes com progressão lenta. 
− A TC de crânio apresenta
caracteristicamente imagem em
lente côncavo-convexa, hipo ou
isoatenuante em relação ao
parênquima cerebral. 
-Não é incomum haver áreas de
maior atenuação associadas que
evidenciam sangramentos
recentes.
ANATOMIA - cranioencefálica
Couro cabeludo
Lacerações no couro cabeludo podem gerar repercussões hemodinâmicas importantes no
paciente. Devido a extensa vascularização, traumas nessa região podem levar a uma perda
sanguínea significativa, suficiente para provocar um choque hemorrágico.
Crânio
Corresponde a estrutura óssea de proteção do cérebro. Por ser uma estrutura rígida, não
expansível, qualquer alteração no volume intracraniano pode levar a graves repercussões.
Meninges
Correspondem a proteção membranosa do cérebro e são representadas por três camadas: dura-
máter, aracnoide e pia-máter. A dura-máter é uma camada resistente e está aderida a superfície
interna do crânio. Entre a dura-máter e o crânio há o espaço epidural, por onde passam as
artérias meníngeas.
Traumas nesses vasos podem levar a formação de grandes hematomas epidurais, com rápida
deterioração do estado clínico da vítima. Abaixo da dura-máter, encontra-se a aracnóide, que é
uma meninge fina e transparente.
Como essas duas membranas não são aderidas, há um espaço potencial entre elas, chamado de
espaço subdural. Lesões nas veias pontes pode levar a formação de um hematoma subdural. Por
fim, a terceira meninge corresponde a pia-máter, que está firmemente aderidaa superfície
cerebral.
Entre a aracnóide e a pia-máter, há o espaço subaracnóideo, preenchido pelo líquido
cefalorraquidiano (LCR). As hemorragias que ocorrem dentro desse espaço são chamadas de
hemorragias subaracnóideas, e costumam ocorrer nos casos de contusão cerebral ou grandes
traumas vasculares na base do encéfalo.
Encéfalo
Corresponde a uma porção do sistema
nervoso central (SNC), sendo formado
pelo cérebro, cerebelo e pelo tronco
cerebral, que por sua vez, é formado
pelo mesencéfalo, bulbo e ponte.
Sistema Ventricular
Corresponde a um sistema de espaços e
aquedutos, localizado no encéfalo e
preenchido por LCR, que é
constantemente renovado. A presença
de sangue nesse líquido prejudica a sua
absorção, podendo resultar em um
aumento da pressão intracraniana.
Compartimentos intracranianos
A cavidade craniana é dividida pela
tenda do cerebelo em um
compartimento supratentorial e um
compartimento infratentorial. Nessa
tenda há uma incisura, que é por onde,
habitualmente, ocorre a herniação do
úncus (região medial do lobo temporal),
nos casos de aumento da pressão
intracraniana.
FISIOLOGIA DO TCE
Qualquer tipo de traumatismo cranioencefálico (TCE) pode
causar edema cerebral e diminuição do fluxo sanguíneo no
encéfalo. 
A caixa craniana é fixada em tamanho (constrangida pelo
crânio) e quase completamente preenchida de líquido não
compressível e minimamente compressível por tecido
cerebral; consequentemente, qualquer edema ou
hematoma, o qual não tenha onde se expandir, aumenta a
pressão intracraniana (PIC).
 O fluxo cerebral sanguíneo é proporcional à pressão de
perfusão cerebral (PPC), que consiste na diferença entre
pressão arterial média (PAM) e pressão intracraniana (PIC)
média. Dessa maneira, como a PIC aumenta (ou a PAM
diminui), a PPC diminui. Quando a PAM cai abaixo de 50
mmHg, o tecido cerebral pode tornar-se isquêmico. Isquemia
e edema podem desencadear vários mecanismos
secundários da lesão (p. ex., liberação de
neurotransmissores excitatórios, cálcio intracelular, radicais
livres e citocinas), causando dano celular adicional, mais
edema e aumento adicional da PIC. 
Complicações sistêmicas advindas de trauma (p. ex.,
hipotensão, hipóxia) também podem contribuir para
isquemia cerebral, sendo chamadas com frequência de
lesões cerebrais secundárias.
Principais sequelas do TCE 
Podem ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e
emocionais/comportamentais. 
As físicas são diversificadas, podendo ser motoras, visuais,
táteis, entre outras. As cognitivas frequentemente incluem
principalmente problemas de atenção, memória, e funções
executivas. As incapacidades comportamentais/emocionais
são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação
diminuída, depressão, ansiedade, dificuldade de
autocontrole, esta representada mais comumente por
desinibição, irritabilidade e agressão.
Sinais e sintomas de lesão encefálica traumática
Inicialmente, a maioria dos pacientes com traumatismo cranioencefálico
(TCE) moderado ou grave perde a consciência (normalmente por alguns
segundos ou minutos), embora alguns pacientes com lesões mais leves
tenham apenas confusão mental ou amnésia (a amnésia normalmente é
retrógrada, o que significa a perda de memória de segundos a algumas
horas antes da lesão).
 Crianças jovens podem simplesmente tornar-se irritáveis. Alguns
pacientes apresentam convulsão, normalmente na primeira hora ou dia. 
Após esses sintomas iniciais, os pacientes devem estar totalmente
acordados e alertas ou a consciência e a função podem ser alteradas em
algum grau, variando de confusão leve a estupor e coma. 
A duração da falta de consciência e da gravidade da obnubilação são
aproximadamente proporcionais à gravidade da lesão, porém não são
específicas.
A Escala de Coma de Glasgow (ver tabela Escala de coma de Glasgow )
consiste em um sistema de pontuação rápida e reprodutível para ser
utilizado durante o exame inicial para estimar a gravidade do TCE.
Tratamento de lesão encefálica traumática
Para lesões leves, alta hospitalar e observação
domiciliar
Para lesões moderadas e graves, otimização da
ventilação, oxigenação e perfusão cerebral:
tratamento de complicações [p. ex., pressão
intracraniana (PIC) aumentada, convulsões,
hematomas] e reabilitação
As lesões não cranianas múltiplas, que vêm,
provavelmente, de acidentes de automóveis e
quedas, requerem, com frequência, tratamento
simultâneo. A reanimação inicial de pacientes com
trauma, será discutida em outras partes .
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/vis%C3%A3o-geral-de-coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada
2- COMPREENDER 
A ESCALA DE GLASGOW( INTUBAÇÃO E VENTILAÇÃO MECÂNICA)
 Para a classificação de gravidade do
TCE utiliza-se a Escala de Coma de
Glasgow – ECG.
Seguindo esta escala, o TCE pode ser
classificado como leve
(13 a 15 pontos), moderado (9 a12
pontos) ou grave (3 a 8 pontos).
Pela gradação obtida com a aplicação
da Escala de Glasgow, pode-se
ter uma indicação dos cuidados
assistenciais requeridos pela pessoa
com TCE. Assim, sabe-se, por exemplo,
que todo o paciente com ECG
< 8 deve ser intubado para proteção de
vias aéreas e manutenção da
ventilação.
Eventualmente a escala de coma de
Glasgow é feita durante as
primeiras 24 h após o trauma.
É através dessa escala que é possível mensurar o nível de consciência dos pacientes.
Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] +
Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora
[1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]
Grau de lesão de acordo com a pontuação:
Entre 13 e 15 – LEVE;
Entre 9 e 12 – MODERADA;
Entre 3 e 8 – GRAVE;
Menor que 3 – COMA;
• Hipocampo - Situada no assoalho do corno
anterior do ventrículo lateral, acima do giro
parahipocampa.
• Principais funções - consolidação de memórias de
curta e longa duração (não armazenamento),
inclusive o grau de consolidação é modulado pela
aferência que ele recebe da amígdala =
consolidação maior quando a informação está
associada a um impacto emocional positivo ou
negativo.
- Responsável pela memória espacial ou
topográfica, através de neurônios chamados
“células de lugar” que memorizam o mapa do
espaço, permitindo a pessoa se orientar e deslocar
no ambiente.
Obs: na doença de alzheimer, o hipocampo é
gravemente comprometido, dificultando a
consolidação das memórias de curto prazo e
causando a desorientação do paciente no espaço
(não vai de uma cadeira a outra sozinho
3-CONHECER OS TIPOS DE MEMÓRIA E CORRELAÇÃO CLINICA COM A ÁREA AFETADA ( TCE)
Memória - É a capacidade de se
adquirir, armazenar e evocar
informações.
ÁREAS RELACIONADAS COM A
MEMÓRIA:
ÁREAS TELENCEFÁLICAS (•
Hipocampo • Giro denteado • Córtex
entorrinal • Giro cingular posterior •
Área pré-frontal dorsolateral • Áreas
de associação do neocórtex)
 ÁREAS DIENCEFÁLICAS (Corpos
mamilares,Trato mamilotalamico,
Núcleos anteriores do tálamo )
GIRO DENTEADO
Situado entre a área
entorrinal e o
hipocampo, tendo
ampla ligação com essas
2 áreas e, juntamente
com o hipocampo, 
constitui a formação do
hipocampo responsável
pela dimensão temporal
da memória. 
CÓRTEX ENTORRINAL -
ÁREA 28
Funciona como um
portão de entrada para
o hipocampo, pois ele
que recebe as diversas
conexões (amígdala e
área septal) que
chegam ao hipocampo
através do giro
denteado.
CÓRTEX PARA-HIPOCAMPAL 
 Ocupa a parte posterior do giro
para-hipocampsl, continua com
o córtex cingular posterior
Ativado pela visão de cenários,
principalmente os que são
complexos, como uma rua ou
paisagem, mas só com cenários
novos, não os conhecidos.
Porém, a memória destes
cenários não são armazenadas
no córtex para-hipocampsl, mas
sim em outras áreas
CÓRTEX DO CÍNGULO - POSTERIOR
 A parte situada atrás do esplênio
do corpo caloso, recebe muitas
aferências dos núcleos anteriores
do tálamo, que recebeu aderências
do corpo mamilar pelo trato
mamilo-talâmico (circuito de
papez).
Também está relacionado com a
memória topográfica, ou seja,
capacidade de se orientar no
espaço e memorizar caminhos e
cenários novos.
ÁREAPRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL
 Se relaciona com o processamento
da memória operacional (curto
prazo, pra vc terminar de fazer
atividades em andamento)
 LESÃO: como ocorre no alzheimer,
gera perda da memória
operacional
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO DO NEOCÓRTEX 
Nelas que são armazenadas as memórias
de longa duração, cuja consolidação vai
depender do hipocampo .
São = áreas secundárias sensitivas e
motoras e áreas supramodais. Como
diferentes tipos de conhecimentos são
armazenadas em diferentes áreas do
neocórtex, pode resultar em perdas
distintas, dependendo do local que foi
lesado.
CLASSIFICAÇÃO DAS MEMÓRIAS
Podem ser divididas em 3: sensorial, curto prazo e longo prazo.
SENSORIAL OU IMEDIATA (CURTÍSSIMO PRAZO)
 Dura menos de 1 segundo, permanece ativa só pelo momento dá 
percepção, pois é muito frágil. 
Por exemplo, os estímulos visuais (memória icônica) ou auditivos
(memória ecoica) são expostos, mas a gente só capta o numero de
informações necessárias para poder guardá-las por um período
muito curto. Outro exemplo, quando estamos em uma festa e
alguém diz nosso nome, inconscientemente passamos a dirigir a
atenção para a fala da pessoa .
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO 
Dura segundos a minutos, trata-se de reter o material (palavras,
números, imagens) imediatamente após ser percebido, como
lembrar de um numero de telefone para discar. 
A memória de trabalho (ou operacional) é o armazenamento
temporário de informações para realizar tarefas cognitivas.
 Ela é necessária para atividades cognitivas como compreensão,
raciocínio, tomada de decisões e planejamento da ação, por isso
depende da integridade das áreas pré-frontal
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO 
Na consolidação, convertemos as memórias de curto prazo 
em memórias de longo prazo. Ela é facilitada pela repetição de 
informações, precisa de 60 segundos para ocorrer de forma 
plena e de 5-10 minutos para ocorrer minimamente 
Representa o armazenamento permanente das informações, 
duram dias, meses e até anos. 
A capacidade de armazenamento dela é enorme e elas são guardadas de
modo organizado, de acordo com seu significado, em redes semânticas
(assuntos semelhantes) Ela está relacionada com o hipocampo, onde
ocorre o processo de transferência de memórias de curto para longo 
prazo nas áreas corticais de associação em todos os lobos 
cerebrais (mas principalmente nos lobos frontais) 
Podem ser divididas em explicitas (ou declarativas) e implícitas 
(não declarativas) 
• Memória explicita/declarativa :
Os conhecimentos memorizados são explícitos, ou seja, podem 
ser descritos por meio de palavras, como quando falamos 
nosso nome e o ano que nascemos 
• Memoria implicita/não declarativa :
Os conhecimentos memorizados são implícitos, por isso não 
podem ser descritos de maneira consciente. São as memórias 
de procedimento/motora que nos permitem aprender as 
sequencias para andar, andar de bicicleta, sendo exercidas de 
modo inconsciente
TIPOS ESPECÍFICOS DAS MEMÓRIAS
MEMÓRIA EXPLICITA 
São as informações que estão associáveis à
consciência, podem ser evocadas
voluntariamente e podem ser expressas em
palavras.
 Ex.: imagens visuais, palavras, conceitos ou
eventos
 • Episódica - Um tipo de memória explícita,
relacionada com conhecimentos
autobiográficos, vivencias pessoais. Ex.: ontem
fui ao cinema com minha namorada 
• Memória semântica 
Se refere a conhecimentos factuais, compartilháveis com as outras pessoas. Ex.:
love significa amor em inglês MEMÓRIA IMPLÍCITA Se refere ao aprendizado de
como fazer as coisas, é um tipo de memória automática, reflexa, que não pode
ser expressa em palavras e é evocada inconscientemente ,Há vários tipos:
memória de procedimento, condicionamento clássico, condicionamento
operante, aprendizagem não associativa e pré-ativação
 • Podem resultar da repetição de memórias explicitas (dirigir o carro no inicio
demanda instruções recordadas conscientemente, depois fica automático)
 • Envolvida nas sensações de familiaridade (quando você vê uma pessoa que te
parece familiar)
ELEMENTOS BÁSICOS DA MEMÓRIA
A memória psicológica envolve 3 fases principais:
CODIFICAÇÃO( É a fase de captar/adquirir informações, depende da preservação do nível de consciência (vigilância) da atenção, da
sensopercepção e da capacidade de apreensão. No geral, fixam-se mais facilmente as informações que despertam nosso interesse e
possuem uma maior conotação emocional )
ARMAZENAMENTO (É a fase de reter as informações de modo fidedigno, onde elas ficam conservadas e em manutenção Através do
tempo, elas vão sofrendo um lento processo de desintegração (ocorre das mais recentes para as mais antigas, das mais complexas
para as mais simples e das menos organizadas para as mais organizadas)
EVOCAÇÃO( Corresponde ao retorno, espontâneo ou voluntário, das informações armazenadas para a consciência. (Lembrança, 
Reconhecimento, Esquecimento,Disponibilidade e acessibilidade.) )
4-ENTENDER O SISTEMA LÍMBICO
O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções.Ou seja ,
é um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas
morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções
e memórias. 
Dentre as diversas funções pelas quais o sistema límbico é
responsável, algumas delas são: as respostas emocionais; o
comportamento; a memória, a motivação e a aprendizagem.
Componentes do sistema límbico :
1. circuito de Papez (hipocampo - corpos mamilares - 
núcleos anteriores do tálamo - giro do cíngulo - giro para-
hipocampal - hipocampo) = relacionado com a memoria
principalmente.
Obs: giro do cíngulo + giro para-hipocampal + hipocampo = 
formam o lobo límbico 
2. Amigdala
3. Área septal 
4. Córtex anterior do cíngulo 
5. Córtex anterior da ínsula 
6. Hipotálamo 
7. Núcleo accubens 
8. Habênula
COMPONENTES DO SL RELACIONADOS COM AS EMOÇÕES : ÁREA SEPTAL
 Situada abaixo do rostro do corpo caloso e anterior à lamina 
terminal, compreende um grupo de neurônios conhecidos
como “núcleos septais” Tem conexão com o que está perto:
amígdala, insula, tálamo, hipotálamo e etc. Ela faz parte do
sistema mesolímbico (sistema de recompensas/prazer), por
isso ela está associada com o prazer e também tem
regulações quanto a PA e ao ritmo respiratório .
NÚCLEO ACCUMBENS 
Entre a cabeça do nucleo caudado e o p u t a m e n , r e c e b e
a f e r ê n c i a s dopaminérgicas e é o mais importante
componente do sistema mesolímbico, portanto, relacionado
com o prazer
HABÊNULA
 Está no epitálamo, abaixo da pineal. Ela participa da
regulação de dopamina nos neurônios do sistema
mesolímbico A estimulação da habênula leva a inibição do
sistema dopaminergico, por isso, ela está relacionada com a
frustação, pois ela é ativada quando não há recompensa
CÓRTEX CINGULAR ANTERIOR:
Função principal : processar emoções - principalmente
tristeza.
CÓRTEX ANTERIOR DA ÍNSULA
 funções: está relacionado com empatia( capacidade de se
colocar no lugar do outro) , sensação de Nojo ,
Conhecimento da própria fisionomia , Percepção subjetiva
das emoções.
HIPOTÁLAMO
 Está relacionado com a regulação dos processos
emocionais( especialmente nas manifestações periféricas
das emoções - SNA), faz conexões com vários componentes
do sistema límbico . Por exemplo: a conexão dele com
amígdala e hipocampo, fornece um mecanismo pelo qual as
respostas emocionais são manifestadas pelo SNA: - fazer o
estômago embrulhar quando tá ansioso , o Coração acelerar
quando está apaixonado , Fazer as palmas das mãos suarem
quando nervoso.
AMIGDALA 
Está na ponta do hipocampo e é o
componente mais importante do sistema
límbico, possui 12 núcleos dispostos em 3
grupos: corticomedial, basolateral e
central.
Ela é a principal para o processamento das
emoções e desencadeado do
comportamento emocional, as principais
funções da amígdala são: 
Corticomedial: recebe conexões olfatórias
e parece estar envolvido com
comportamentos sexuais 
• Basolateral: recebe a maior partes das
conexões eferentes, sua estimulação
causa medo e fuga 
• Central: dá origem às conexões eferentes
para conectar comhipotálamo, núcleos do
bulbo e substância cinzenta periaquedutal
OBS: ela também está
relacionada com o
reconhecimento de
faces que expressão
emoções como medo e
alegria, por isso,
pacientes com
prosopagnosia, apesar
de não reconhecer a
pessoa pelo rosto,
consegue reconhecer
as expressões faciais
de emoções 
A AMÍGDALA E O MEDO
Os circuitos cerebrais
envolvidos com a
reação do medo (ativa
o SNA simpático e
libera adrenalina pela
suprarrenal) a
amígdala tem um
papel central. As
informações
CÓRTEX ORBITOFRONTAL
 Ele recebe informações da amígdala para
monitorar o estado afetivo do organismo e
regular as respostas que são apropriadas
Esta intimamente ligado com respostas
emocionais e aprendizado rápido (memória
de trabalho) depois de estimulo
emocionalmente carregados como a visão
de faces expressivas e audição de vozes
com tonalidades emocionalmente
marcantes
 LESÃO: a pessoa não consegue identificar
os estímulos de forma correta pra poder
responder, assim, ele responde de modo
inadequado a estímulos faciais e vozes.
Assim, os pacientes podem apresentar
impulsividade, agressividade e perda do
tato social (comportamentos sociais
inadequados) 
CÓRTEX FRONTAL VENTROMEDIAL
Também tem importância na modulação
da amígdala, sendo importante para o
circuito das emoções
 LESÃO: vão dificultar o ajuste de resposta
a estímulos de afetividade com
significância, o que explica o
desaparecimento de determinados
padrões comportamentais e emocionais
em indivíduos com lesão no CVM. Assim,
os pacientes apresentam apatia,
diminuição da iniciativa e prejuízo na
motivação.
LOBO PARIETAL DIREITO Recebe projeções da amigdala, permitindo
que os estímulos emocionais sejam integrados da consciência e
memória consciente
 LESÃO: dificulta o processamento do córtex de estímulos
proprioceptivos e extereoceptivos , gerando desconhecimento afetivo
da situação 
COMPONENTES DO SL RELACIONADOS
COM AS MEMÓRIAS:
CIRCUITO DE PAPEZ 
O Dr. James Papez formulou a hipótese de
que existia um sistema neural envolvendo
o sistema límbico e áreas corticais que
explicavam a neuroanatomia da emoção,
esse circuito funcionava assim: 
Hipocampo >> fórnix >> corpos mamilares
>> fascículo mamilo-talâmico >> núcleo
anterior do tálamo >> giro do cíngulo >>
giro parahipocampal >> hipocampo

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