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NEURO- P3 PROBLEMA 1 TEMA? TCE- TRAUMA CRANIO ENCEFÁLICO 1-CONHECER O TRAUMA CRÂNIO- ENCEFÁLICO ( ANATOMIA , FISIO , ÁREAS ATINGIDAS , CARACTERÍSTICA) 2- COMPREENDER A ESCALA DE GLASGOW( INTUBAÇÃO E VENTILAÇÃO MECÂNICA) CASO CLÍNICO M2- klenya Maria OBJETIVOS? 3-CONHECER OS TIPOS DE MEMÓRIA E CORRELAÇÃO CLINICA COM A ÁREA AFETADA ( TCE) 4-ENTENDER O SISTEMA LÍMBICO CAUSAS: – 50%: acidentes automobilísticos( Neste grupo, a principal faixa etária é de adolescentes e adultos jovens. Dos 15 aos 24 anos.) -30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos. – 20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de fogo e armas brancas. -acidentes ocorridos durante os esportes e a recreação 1-CONHECER O TRAUMA CRÄNIO- ENCEFÁLICO ( ANATOMIA , FISIO , AREAS ATINGIDAS , CARACTERÍSTICA) CONCEITO: O TCE é qualquer lesão decorrente de um trauma externo, que tenha como consequência alterações anatômicas do crânio, como fratura ou laceração do couro cabeludo, bem como o comprometimento funcional das meninges, encéfalo ou seus vasos, resultando em alterações cerebrais, momentâneas ou permanentes, de natureza cognitiva ou funcional. FISIOPATOLOGIA: Múltiplos são os fatores que determinam as lesões causadas pelo TCE. Assim, pode-se dividir as lesões cerebrais em primárias e secundárias . Primárias: são aquelas que ocorrem como resultado imediato e direto do trauma ao parênquima cerebral , por exemplo: um ferimento por arma que penetra o crânio. Secundárias: são aquelas que se iniciam após o momento da agressão. Podem decorrer da interação de fatores intra e extracerebrais, levando à morte de células que não foram afetadas no momento exato do acidente, mas que sofrem consequências posteriores. B) Hematoma Extradural Agudo (Heda): − Coleção de sangue entre a dura-máter e a tábua óssea. Representa 2% das internações, afetando a proporção de 4 homens para 1 mulher. − Raro antes dos 2 anos e após os 50 anos. − Secundários a fraturas que levam a sangramentos arteriais. -O sangue extravasado vai “descolando” estruturas e encontrando espaços, espalhando- se com rapidez. − 70% das vezes é hemisférico. − Apresentação clássica do caso: rápida perda de consciência, seguida por intervalo lúcido de minutos a horas, voltando a haver nova deterioração do nível de consciência, obnubilação, hemiparesia contralateral ao trauma, dilatação pupilar ipsilateral (decorrente da herniação uncal ipsilateral). Nota-se que esta dilatação pupilar pode, às vezes, ser contralateral ao hematoma extradural constituindo o fenômeno de Kernohan. − Constitui-se em uma emergência neurocirúrgica. Caracterização clínica das lesões no TCE Lesões dos envoltórios cranianos: A)Escalpo: lesão cutânea que pode ser de grande amplitude e levar a sangramento importante, principalmente nas crianças. B) Fraturas cranianas: toda solução de continuidade do plano ósseo. Podem ser lineares, cominutivas (múltiplas), diastáticas (aumento de suturas), com afundamento e em depressão Lesões focais A) Contusões Cerebrais: – São 45% das lesões traumáticas primárias e frequentemente estão acompanhadas de outras lesões como hematomas extradurais e/ou subdurais. – Resultam de traumas sobre vasos pequenos ou diretamente sobre o parênquima cerebral, com extravasamento de sangue e edema na área afetada, com necrose e isquemia secundárias. – Principalmente frontais, nos giros orbitários e lobos temporais. C) Hematoma Subdural Agudo: − Coleção de sangue no espaço subdural, decorrente do rompimento de veias-ponte ou de vasos corticais. − Em 50% dos casos há lesões associadas: edema cerebral, lesão axonal difusa (LAD) e contusões. − Constituem até 60% dos hematomas pós-traumáticos. − Mais comum em lesões que envolvem rápida movimentação da cabeça como as quedas e as agressões. − TC de crânio evidencia massa em forma de meia lua, espontaneamente hiperdensa, adjacente à tábua interna que frequentemente se localiza na convexidade do encéfalo, mas 21 pode ser também inter-hemisférico ou na fossa posterior D) Hematoma Subdural Crônico (HSDC): − A grande maioria dos portadores de HSDC é de idosos (31% entre 60 e 70 anos) e homens (3 por 1). − Causa mais frequente é o trauma de crânio por queda, sendo que 50% desses pacientes têm antecedentes de alcoolismo crônico. − Quadro clínico: sintomas e sinais neurológicos diversos, muitas vezes com progressão lenta. − A TC de crânio apresenta caracteristicamente imagem em lente côncavo-convexa, hipo ou isoatenuante em relação ao parênquima cerebral. -Não é incomum haver áreas de maior atenuação associadas que evidenciam sangramentos recentes. E) Hematoma Intracerebral: − Representa 20% dos hematomas intracranianos e são associados frequentemente a contusões lobares extensas. − Causa primária: rotura de vasos intraparenquimatosos, principalmente nos lobos frontais e temporais. − Ocorre frequentemente em doentes que usam drogas anticoagulantes. Lesões difusas A) Concussão: − Forma mais branda de lesão difusa, devida à aceleração rotacional da cabeça sem que haja força significativa de contato. − Quadro clínico clássico: perda de consciência transitória (<6h) com retorno posterior ao estado de normalidade. − TC e RM de crânio são normais. − Fisiopatologia não é bem estabelecida. B) Lesão Axonal Difusa (LAD): − Resulta de aceleração rotacional e/ou angular mais importante da cabeça. − 19%: leve. Coma pós-trauma entre 6h a 24h. Déficit neuropsicológico com algum grau de déficit de memória pode ocorrer. 15% dos casos evoluem para óbito. − 45%: moderado. Coma por período maior que 24h, sem sinal de comprometimento do tronco cerebral. Mortalidade chega a 24% dos casos e os que se recuperam mantêm alguma sequela. − 36%: grave. Coma por período maior que 24h com sinais de lesão de tronco cerebral. Mortalidade de 51% casos. − TC de crânio: muitas vezes a ruptura dos axônios (que obviamente não é visível à TC) é acompanhada de ruptura de vasos sanguíneos adjacentes e estes pequenos pontos de sangramento podem ser vistos à TC, principalmente nas regiões subcorticais frontais, corpo caloso, núcleos da base, tálamo e mesencéfalo. D) Hematoma Subdural Crônico (HSDC): − A grande maioria dos portadores de HSDC é de idosos (31% entre 60 e 70 anos) e homens (3 por 1). − Causa mais frequente é o trauma de crânio por queda, sendo que 50% desses pacientes têm antecedentes de alcoolismo crônico. − Quadro clínico: sintomas e sinais neurológicos diversos, muitas vezes com progressão lenta. − A TC de crânio apresenta caracteristicamente imagem em lente côncavo-convexa, hipo ou isoatenuante em relação ao parênquima cerebral. -Não é incomum haver áreas de maior atenuação associadas que evidenciam sangramentos recentes. ANATOMIA - cranioencefálica Couro cabeludo Lacerações no couro cabeludo podem gerar repercussões hemodinâmicas importantes no paciente. Devido a extensa vascularização, traumas nessa região podem levar a uma perda sanguínea significativa, suficiente para provocar um choque hemorrágico. Crânio Corresponde a estrutura óssea de proteção do cérebro. Por ser uma estrutura rígida, não expansível, qualquer alteração no volume intracraniano pode levar a graves repercussões. Meninges Correspondem a proteção membranosa do cérebro e são representadas por três camadas: dura- máter, aracnoide e pia-máter. A dura-máter é uma camada resistente e está aderida a superfície interna do crânio. Entre a dura-máter e o crânio há o espaço epidural, por onde passam as artérias meníngeas. Traumas nesses vasos podem levar a formação de grandes hematomas epidurais, com rápida deterioração do estado clínico da vítima. Abaixo da dura-máter, encontra-se a aracnóide, que é uma meninge fina e transparente. Como essas duas membranas não são aderidas, há um espaço potencial entre elas, chamado de espaço subdural. Lesões nas veias pontes pode levar a formação de um hematoma subdural. Por fim, a terceira meninge corresponde a pia-máter, que está firmemente aderidaa superfície cerebral. Entre a aracnóide e a pia-máter, há o espaço subaracnóideo, preenchido pelo líquido cefalorraquidiano (LCR). As hemorragias que ocorrem dentro desse espaço são chamadas de hemorragias subaracnóideas, e costumam ocorrer nos casos de contusão cerebral ou grandes traumas vasculares na base do encéfalo. Encéfalo Corresponde a uma porção do sistema nervoso central (SNC), sendo formado pelo cérebro, cerebelo e pelo tronco cerebral, que por sua vez, é formado pelo mesencéfalo, bulbo e ponte. Sistema Ventricular Corresponde a um sistema de espaços e aquedutos, localizado no encéfalo e preenchido por LCR, que é constantemente renovado. A presença de sangue nesse líquido prejudica a sua absorção, podendo resultar em um aumento da pressão intracraniana. Compartimentos intracranianos A cavidade craniana é dividida pela tenda do cerebelo em um compartimento supratentorial e um compartimento infratentorial. Nessa tenda há uma incisura, que é por onde, habitualmente, ocorre a herniação do úncus (região medial do lobo temporal), nos casos de aumento da pressão intracraniana. FISIOLOGIA DO TCE Qualquer tipo de traumatismo cranioencefálico (TCE) pode causar edema cerebral e diminuição do fluxo sanguíneo no encéfalo. A caixa craniana é fixada em tamanho (constrangida pelo crânio) e quase completamente preenchida de líquido não compressível e minimamente compressível por tecido cerebral; consequentemente, qualquer edema ou hematoma, o qual não tenha onde se expandir, aumenta a pressão intracraniana (PIC). O fluxo cerebral sanguíneo é proporcional à pressão de perfusão cerebral (PPC), que consiste na diferença entre pressão arterial média (PAM) e pressão intracraniana (PIC) média. Dessa maneira, como a PIC aumenta (ou a PAM diminui), a PPC diminui. Quando a PAM cai abaixo de 50 mmHg, o tecido cerebral pode tornar-se isquêmico. Isquemia e edema podem desencadear vários mecanismos secundários da lesão (p. ex., liberação de neurotransmissores excitatórios, cálcio intracelular, radicais livres e citocinas), causando dano celular adicional, mais edema e aumento adicional da PIC. Complicações sistêmicas advindas de trauma (p. ex., hipotensão, hipóxia) também podem contribuir para isquemia cerebral, sendo chamadas com frequência de lesões cerebrais secundárias. Principais sequelas do TCE Podem ser divididas em três categorias: físicas, cognitivas e emocionais/comportamentais. As físicas são diversificadas, podendo ser motoras, visuais, táteis, entre outras. As cognitivas frequentemente incluem principalmente problemas de atenção, memória, e funções executivas. As incapacidades comportamentais/emocionais são, em geral, a perda de autoconfiança, motivação diminuída, depressão, ansiedade, dificuldade de autocontrole, esta representada mais comumente por desinibição, irritabilidade e agressão. Sinais e sintomas de lesão encefálica traumática Inicialmente, a maioria dos pacientes com traumatismo cranioencefálico (TCE) moderado ou grave perde a consciência (normalmente por alguns segundos ou minutos), embora alguns pacientes com lesões mais leves tenham apenas confusão mental ou amnésia (a amnésia normalmente é retrógrada, o que significa a perda de memória de segundos a algumas horas antes da lesão). Crianças jovens podem simplesmente tornar-se irritáveis. Alguns pacientes apresentam convulsão, normalmente na primeira hora ou dia. Após esses sintomas iniciais, os pacientes devem estar totalmente acordados e alertas ou a consciência e a função podem ser alteradas em algum grau, variando de confusão leve a estupor e coma. A duração da falta de consciência e da gravidade da obnubilação são aproximadamente proporcionais à gravidade da lesão, porém não são específicas. A Escala de Coma de Glasgow (ver tabela Escala de coma de Glasgow ) consiste em um sistema de pontuação rápida e reprodutível para ser utilizado durante o exame inicial para estimar a gravidade do TCE. Tratamento de lesão encefálica traumática Para lesões leves, alta hospitalar e observação domiciliar Para lesões moderadas e graves, otimização da ventilação, oxigenação e perfusão cerebral: tratamento de complicações [p. ex., pressão intracraniana (PIC) aumentada, convulsões, hematomas] e reabilitação As lesões não cranianas múltiplas, que vêm, provavelmente, de acidentes de automóveis e quedas, requerem, com frequência, tratamento simultâneo. A reanimação inicial de pacientes com trauma, será discutida em outras partes . https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/vis%C3%A3o-geral-de-coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada 2- COMPREENDER A ESCALA DE GLASGOW( INTUBAÇÃO E VENTILAÇÃO MECÂNICA) Para a classificação de gravidade do TCE utiliza-se a Escala de Coma de Glasgow – ECG. Seguindo esta escala, o TCE pode ser classificado como leve (13 a 15 pontos), moderado (9 a12 pontos) ou grave (3 a 8 pontos). Pela gradação obtida com a aplicação da Escala de Glasgow, pode-se ter uma indicação dos cuidados assistenciais requeridos pela pessoa com TCE. Assim, sabe-se, por exemplo, que todo o paciente com ECG < 8 deve ser intubado para proteção de vias aéreas e manutenção da ventilação. Eventualmente a escala de coma de Glasgow é feita durante as primeiras 24 h após o trauma. É através dessa escala que é possível mensurar o nível de consciência dos pacientes. Pontuação final = Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] + Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2] Grau de lesão de acordo com a pontuação: Entre 13 e 15 – LEVE; Entre 9 e 12 – MODERADA; Entre 3 e 8 – GRAVE; Menor que 3 – COMA; • Hipocampo - Situada no assoalho do corno anterior do ventrículo lateral, acima do giro parahipocampa. • Principais funções - consolidação de memórias de curta e longa duração (não armazenamento), inclusive o grau de consolidação é modulado pela aferência que ele recebe da amígdala = consolidação maior quando a informação está associada a um impacto emocional positivo ou negativo. - Responsável pela memória espacial ou topográfica, através de neurônios chamados “células de lugar” que memorizam o mapa do espaço, permitindo a pessoa se orientar e deslocar no ambiente. Obs: na doença de alzheimer, o hipocampo é gravemente comprometido, dificultando a consolidação das memórias de curto prazo e causando a desorientação do paciente no espaço (não vai de uma cadeira a outra sozinho 3-CONHECER OS TIPOS DE MEMÓRIA E CORRELAÇÃO CLINICA COM A ÁREA AFETADA ( TCE) Memória - É a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações. ÁREAS RELACIONADAS COM A MEMÓRIA: ÁREAS TELENCEFÁLICAS (• Hipocampo • Giro denteado • Córtex entorrinal • Giro cingular posterior • Área pré-frontal dorsolateral • Áreas de associação do neocórtex) ÁREAS DIENCEFÁLICAS (Corpos mamilares,Trato mamilotalamico, Núcleos anteriores do tálamo ) GIRO DENTEADO Situado entre a área entorrinal e o hipocampo, tendo ampla ligação com essas 2 áreas e, juntamente com o hipocampo, constitui a formação do hipocampo responsável pela dimensão temporal da memória. CÓRTEX ENTORRINAL - ÁREA 28 Funciona como um portão de entrada para o hipocampo, pois ele que recebe as diversas conexões (amígdala e área septal) que chegam ao hipocampo através do giro denteado. CÓRTEX PARA-HIPOCAMPAL Ocupa a parte posterior do giro para-hipocampsl, continua com o córtex cingular posterior Ativado pela visão de cenários, principalmente os que são complexos, como uma rua ou paisagem, mas só com cenários novos, não os conhecidos. Porém, a memória destes cenários não são armazenadas no córtex para-hipocampsl, mas sim em outras áreas CÓRTEX DO CÍNGULO - POSTERIOR A parte situada atrás do esplênio do corpo caloso, recebe muitas aferências dos núcleos anteriores do tálamo, que recebeu aderências do corpo mamilar pelo trato mamilo-talâmico (circuito de papez). Também está relacionado com a memória topográfica, ou seja, capacidade de se orientar no espaço e memorizar caminhos e cenários novos. ÁREAPRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL Se relaciona com o processamento da memória operacional (curto prazo, pra vc terminar de fazer atividades em andamento) LESÃO: como ocorre no alzheimer, gera perda da memória operacional ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO DO NEOCÓRTEX Nelas que são armazenadas as memórias de longa duração, cuja consolidação vai depender do hipocampo . São = áreas secundárias sensitivas e motoras e áreas supramodais. Como diferentes tipos de conhecimentos são armazenadas em diferentes áreas do neocórtex, pode resultar em perdas distintas, dependendo do local que foi lesado. CLASSIFICAÇÃO DAS MEMÓRIAS Podem ser divididas em 3: sensorial, curto prazo e longo prazo. SENSORIAL OU IMEDIATA (CURTÍSSIMO PRAZO) Dura menos de 1 segundo, permanece ativa só pelo momento dá percepção, pois é muito frágil. Por exemplo, os estímulos visuais (memória icônica) ou auditivos (memória ecoica) são expostos, mas a gente só capta o numero de informações necessárias para poder guardá-las por um período muito curto. Outro exemplo, quando estamos em uma festa e alguém diz nosso nome, inconscientemente passamos a dirigir a atenção para a fala da pessoa . MEMÓRIA DE CURTO PRAZO Dura segundos a minutos, trata-se de reter o material (palavras, números, imagens) imediatamente após ser percebido, como lembrar de um numero de telefone para discar. A memória de trabalho (ou operacional) é o armazenamento temporário de informações para realizar tarefas cognitivas. Ela é necessária para atividades cognitivas como compreensão, raciocínio, tomada de decisões e planejamento da ação, por isso depende da integridade das áreas pré-frontal MEMÓRIA DE LONGO PRAZO Na consolidação, convertemos as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo. Ela é facilitada pela repetição de informações, precisa de 60 segundos para ocorrer de forma plena e de 5-10 minutos para ocorrer minimamente Representa o armazenamento permanente das informações, duram dias, meses e até anos. A capacidade de armazenamento dela é enorme e elas são guardadas de modo organizado, de acordo com seu significado, em redes semânticas (assuntos semelhantes) Ela está relacionada com o hipocampo, onde ocorre o processo de transferência de memórias de curto para longo prazo nas áreas corticais de associação em todos os lobos cerebrais (mas principalmente nos lobos frontais) Podem ser divididas em explicitas (ou declarativas) e implícitas (não declarativas) • Memória explicita/declarativa : Os conhecimentos memorizados são explícitos, ou seja, podem ser descritos por meio de palavras, como quando falamos nosso nome e o ano que nascemos • Memoria implicita/não declarativa : Os conhecimentos memorizados são implícitos, por isso não podem ser descritos de maneira consciente. São as memórias de procedimento/motora que nos permitem aprender as sequencias para andar, andar de bicicleta, sendo exercidas de modo inconsciente TIPOS ESPECÍFICOS DAS MEMÓRIAS MEMÓRIA EXPLICITA São as informações que estão associáveis à consciência, podem ser evocadas voluntariamente e podem ser expressas em palavras. Ex.: imagens visuais, palavras, conceitos ou eventos • Episódica - Um tipo de memória explícita, relacionada com conhecimentos autobiográficos, vivencias pessoais. Ex.: ontem fui ao cinema com minha namorada • Memória semântica Se refere a conhecimentos factuais, compartilháveis com as outras pessoas. Ex.: love significa amor em inglês MEMÓRIA IMPLÍCITA Se refere ao aprendizado de como fazer as coisas, é um tipo de memória automática, reflexa, que não pode ser expressa em palavras e é evocada inconscientemente ,Há vários tipos: memória de procedimento, condicionamento clássico, condicionamento operante, aprendizagem não associativa e pré-ativação • Podem resultar da repetição de memórias explicitas (dirigir o carro no inicio demanda instruções recordadas conscientemente, depois fica automático) • Envolvida nas sensações de familiaridade (quando você vê uma pessoa que te parece familiar) ELEMENTOS BÁSICOS DA MEMÓRIA A memória psicológica envolve 3 fases principais: CODIFICAÇÃO( É a fase de captar/adquirir informações, depende da preservação do nível de consciência (vigilância) da atenção, da sensopercepção e da capacidade de apreensão. No geral, fixam-se mais facilmente as informações que despertam nosso interesse e possuem uma maior conotação emocional ) ARMAZENAMENTO (É a fase de reter as informações de modo fidedigno, onde elas ficam conservadas e em manutenção Através do tempo, elas vão sofrendo um lento processo de desintegração (ocorre das mais recentes para as mais antigas, das mais complexas para as mais simples e das menos organizadas para as mais organizadas) EVOCAÇÃO( Corresponde ao retorno, espontâneo ou voluntário, das informações armazenadas para a consciência. (Lembrança, Reconhecimento, Esquecimento,Disponibilidade e acessibilidade.) ) 4-ENTENDER O SISTEMA LÍMBICO O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções.Ou seja , é um conjunto de estruturas corticais e subcorticais interligadas morfologicamente e funcionalmente, relacionadas com as emoções e memórias. Dentre as diversas funções pelas quais o sistema límbico é responsável, algumas delas são: as respostas emocionais; o comportamento; a memória, a motivação e a aprendizagem. Componentes do sistema límbico : 1. circuito de Papez (hipocampo - corpos mamilares - núcleos anteriores do tálamo - giro do cíngulo - giro para- hipocampal - hipocampo) = relacionado com a memoria principalmente. Obs: giro do cíngulo + giro para-hipocampal + hipocampo = formam o lobo límbico 2. Amigdala 3. Área septal 4. Córtex anterior do cíngulo 5. Córtex anterior da ínsula 6. Hipotálamo 7. Núcleo accubens 8. Habênula COMPONENTES DO SL RELACIONADOS COM AS EMOÇÕES : ÁREA SEPTAL Situada abaixo do rostro do corpo caloso e anterior à lamina terminal, compreende um grupo de neurônios conhecidos como “núcleos septais” Tem conexão com o que está perto: amígdala, insula, tálamo, hipotálamo e etc. Ela faz parte do sistema mesolímbico (sistema de recompensas/prazer), por isso ela está associada com o prazer e também tem regulações quanto a PA e ao ritmo respiratório . NÚCLEO ACCUMBENS Entre a cabeça do nucleo caudado e o p u t a m e n , r e c e b e a f e r ê n c i a s dopaminérgicas e é o mais importante componente do sistema mesolímbico, portanto, relacionado com o prazer HABÊNULA Está no epitálamo, abaixo da pineal. Ela participa da regulação de dopamina nos neurônios do sistema mesolímbico A estimulação da habênula leva a inibição do sistema dopaminergico, por isso, ela está relacionada com a frustação, pois ela é ativada quando não há recompensa CÓRTEX CINGULAR ANTERIOR: Função principal : processar emoções - principalmente tristeza. CÓRTEX ANTERIOR DA ÍNSULA funções: está relacionado com empatia( capacidade de se colocar no lugar do outro) , sensação de Nojo , Conhecimento da própria fisionomia , Percepção subjetiva das emoções. HIPOTÁLAMO Está relacionado com a regulação dos processos emocionais( especialmente nas manifestações periféricas das emoções - SNA), faz conexões com vários componentes do sistema límbico . Por exemplo: a conexão dele com amígdala e hipocampo, fornece um mecanismo pelo qual as respostas emocionais são manifestadas pelo SNA: - fazer o estômago embrulhar quando tá ansioso , o Coração acelerar quando está apaixonado , Fazer as palmas das mãos suarem quando nervoso. AMIGDALA Está na ponta do hipocampo e é o componente mais importante do sistema límbico, possui 12 núcleos dispostos em 3 grupos: corticomedial, basolateral e central. Ela é a principal para o processamento das emoções e desencadeado do comportamento emocional, as principais funções da amígdala são: Corticomedial: recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com comportamentos sexuais • Basolateral: recebe a maior partes das conexões eferentes, sua estimulação causa medo e fuga • Central: dá origem às conexões eferentes para conectar comhipotálamo, núcleos do bulbo e substância cinzenta periaquedutal OBS: ela também está relacionada com o reconhecimento de faces que expressão emoções como medo e alegria, por isso, pacientes com prosopagnosia, apesar de não reconhecer a pessoa pelo rosto, consegue reconhecer as expressões faciais de emoções A AMÍGDALA E O MEDO Os circuitos cerebrais envolvidos com a reação do medo (ativa o SNA simpático e libera adrenalina pela suprarrenal) a amígdala tem um papel central. As informações CÓRTEX ORBITOFRONTAL Ele recebe informações da amígdala para monitorar o estado afetivo do organismo e regular as respostas que são apropriadas Esta intimamente ligado com respostas emocionais e aprendizado rápido (memória de trabalho) depois de estimulo emocionalmente carregados como a visão de faces expressivas e audição de vozes com tonalidades emocionalmente marcantes LESÃO: a pessoa não consegue identificar os estímulos de forma correta pra poder responder, assim, ele responde de modo inadequado a estímulos faciais e vozes. Assim, os pacientes podem apresentar impulsividade, agressividade e perda do tato social (comportamentos sociais inadequados) CÓRTEX FRONTAL VENTROMEDIAL Também tem importância na modulação da amígdala, sendo importante para o circuito das emoções LESÃO: vão dificultar o ajuste de resposta a estímulos de afetividade com significância, o que explica o desaparecimento de determinados padrões comportamentais e emocionais em indivíduos com lesão no CVM. Assim, os pacientes apresentam apatia, diminuição da iniciativa e prejuízo na motivação. LOBO PARIETAL DIREITO Recebe projeções da amigdala, permitindo que os estímulos emocionais sejam integrados da consciência e memória consciente LESÃO: dificulta o processamento do córtex de estímulos proprioceptivos e extereoceptivos , gerando desconhecimento afetivo da situação COMPONENTES DO SL RELACIONADOS COM AS MEMÓRIAS: CIRCUITO DE PAPEZ O Dr. James Papez formulou a hipótese de que existia um sistema neural envolvendo o sistema límbico e áreas corticais que explicavam a neuroanatomia da emoção, esse circuito funcionava assim: Hipocampo >> fórnix >> corpos mamilares >> fascículo mamilo-talâmico >> núcleo anterior do tálamo >> giro do cíngulo >> giro parahipocampal >> hipocampo
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