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Prévia do material em texto

Por Yan Slaviero Augusto
Tutoria
Aula 1
1-Conhecer anatomia do encéfalo (divisões e suas
funções)
O sistema nervoso controla as funções do corpo,
em todos os aspetos. Desde processos �siológicos
essenciais (controle da temperatura corporal e do ciclo
sono-vigília), comandos voluntários (movimento), até os
atributos mais complexos de um ser humano (pensamento
de ordem superior e todo o espectro do comportamento
emocional).
Existem duas divisões estruturais do sistema
nervoso. O sistema nervoso central ou SNC (cérebro e
medula espinal) e o sistema nervoso periférico ou SNP
(todo o tecido neural fora do SNC). Funcionalmente, o
sistema nervoso é dividido em sistema nervoso somático e
sistema nervoso autônomo, descritos informalmente
como nossos sistemas voluntário e involuntário,
respectivamente. O �uxo de informação dentro do
sistema nervoso pode ser descrito como aferente ou
eferente. As vias aferentes transportam informações dos
tecidos periféricos para o SNC (sensação), enquanto as
vias eferentes transmitem comandos no sentido
contrário, do SNC para a periferia, sobre como responder
a estes estímulos.
O SNC consiste no encéfalo e na medula espinal.
O encéfalo é encontrado na cavidade craniana, enquanto a
medula espinal é encontrada na coluna vertebral. Ambos
são protegidos por três camadas de meninges
(dura-máter, aracnoide e pia-máter). O encéfalo gera
comandos para tecidos-alvo e a medula espinal atua como
um canal, conectando o encéfalo aos tecidos periféricos
através do SNP. O encéfalo é dividido em cérebro,
diencéfalo, cerebelo e tronco cerebral. A medula espinal é
a continuação do tronco cerebral.
O encéfalo tem sua origem ainda na fase
embrionária, sendo formado a partir do tubo nervoso. É
possível perceber, na região anterior do tubo, três regiões
distintas chamadas de: prosencéfalo, mesencéfalo e
rombencéfalo. Durante o desenvolvimento embrionário, o
prosencéfalo diferencia-se em telencéfalo e diencéfalo,
enquanto o rombencéfalo diferencia-se em metencéfalo e
no mielencéfalo. Apenas o mesencéfalo não apresenta
diferenciação. A partir dessas cinco regiões, todo o
encéfalo será formado.
O conhecimento embriológico
O encéfalo e a medula espinhal se desenvolvem a
partir do ectoderma disposto em uma estrutura tubular
chamada de tubo neural. A parte anterior do tubo neural
expande-se e aparecem constrições que criam três
regiões, chamadas vesículas cerebrais primarias:
prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. O
mesencéfalo dá origem a parte média do encéfalo e ao
aqueduto do mesencéfalo. Tanto o prosencéfalo quanto o
rombencéfalo se subdividem mais adiante, formando
vesículas cerebrais secundárias. O prosencéfalo dá origem
ao telencéfalo e ao diencéfalo, e o rombencéfalo forma o
metencéfalo e o mielencéfalo. O telencéfalo forma o
cérebro e os ventrículos laterais. O diencéfalo forma o
tálamo, o hipotálamo, o epitálamo, o subtálamo e o
terceiro ventrículo. O metencéfalo forma a ponte, o
cerebelo e a parte superior do quarto ventrículo.
Finalmente, o mielencéfalo forma o bulbo e a parte
inferior do quarto ventrículo
Cérebro: O cérebro é formado a partir do telencéfalo e
constitui a parte mais desenvolvida do encéfalo. Muitas
pessoas costumam usar de maneira errônea os dois
termos como sinônimos. Uma característica marcante do
1
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/medula-espinhal
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/sistema-nervoso-periferico
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coluna-vertebral-espinha
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/meninges-ventriculos-e-suprimento-sanguineo-do-cerebro
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diencefalo
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cerebelo-e-tronco-cerebral
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-da-medula-espinhal
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/medula-espinhal/
https://www.infoescola.com/embriologia/ectoderme/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebro/
https://www.infoescola.com/sistema-nervoso/talamo/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/hipotalamo/
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/cerebelo/
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
cérebro é a presença de várias pregas que são conhecidas
como giro ou circunvoluções.
O cérebro é dividido quase que completamente em
dois hemisférios, que são unidos por uma estrutura
denominada corpo caloso. Cada hemisfério é dividido em
quatro lobos, que recebem o nome dos ossos do crânio
localizados acima dele. Sendo assim, temos os lobos
frontal, parietal, temporal e occipital.
Lobo Frontal: O lobo frontal é a parte mais anterior do
cérebro, estando envolvido no controle muscular,
intelecto superior, personalidade, humor, comportamento
social e línguagem. Posteriormente, é separado do lobo
parietal pelo sulco central (ou sulco de Rolando), e
inferiormente é separado do lobo temporal pelo sulco
lateral (ou sulco de Sylvius). As convoluções mais
signi�cativas do lobo frontal são os giros e sulcos
pré-central, superior, médio e inferior, bem como os
giros orbitais. Todo o lobo frontal é vascularizado pelas
artérias cerebrais anterior e média, que são ramos da
artéria carótida interna.
Lobo Parietal: O lobo parietal está situado entre os lobos
frontal e occipital, e separado deles pelos sulcos central e
parieto-occipital, respectivamente. Está envolvido na
linguagem, no cálculo, assim como na percepção de várias
sensações, como toque, dor e pressão. O lobo é dividido em
duas partes chamadas de lóbulos (superior e inferior), que
são separados por um sulco intraparietal. Outras
estruturas importantes incluem o sulco pós-central,
juntamente com os giros pós-central, angular e
supramarginal. O lobo parietal é vascularizado por ramos
das artérias cerebrais anterior, média e posterior. Esta
última se origina da artéria basilar.
Lobo Temporal: Continuando na lista, temos outro lobo do
cérebro chamado de lobo temporal. É responsável pela
memória, linguagem e audição. Situa-se abaixo dos dois
lobos anteriores, dos quais é separado pelo sulco lateral.
O lobo temporal é constituído pelos giros temporais
superior, médio e inferior, delimitados pelos sulcos
superior e inferior. É vascularizado pelas artérias
cerebrais média e posterior.
Lobo Occipital: O lobo occipital é a porção mais posterior
do cérebro e está envolvido no processamento de
estímulos visuais. Ele repousa no tentório do cerebelo,
uma dobra da dura-máter que a separa do cerebelo. O lobo
occipital é separado dos lobos parietal e temporal pelos
sulcos parieto-occipital e calcarino, respectivamente.
Características e marcos importantes adicionais incluem
os giros occipitais superior e inferior, que são divididos
pelo sulco occipital lateral, assim como o cúneus e o giro
lingual. O suprimento vascular do lobo occipital é
proveniente da artéria cerebral posterior.
Ínsula: Por último, mas não menos importante, temos a
ínsula ou lobo insular, que está enterrado sob os lobos
frontal, parietal e temporal. Este lobo está envolvido no
processamento de várias sensações, como sabor, visceral,
dor e função vestibular. O sulco central da ínsula divide
sua superfície em giros curtos e longos. Este lobo é
suprido por ramos da artéria cerebral média. Uma última
estrutura anatômica evidente em uma visão sagital do
cérebro é o lobo límbico, que está envolvido na modulação
das funções viscerais, hormonais e autonômicas, assim
como nas emoções, no aprendizado e na memória. O nome
lobo límbico é na verdade equivocado, pois é considerado
uma região do cérebro e não um lobo propriamente dito.
Localizado acima do corpo caloso, consiste nos giros
subcaloso, cingulado e para-hipocampal, juntamente com
a formação hipocampal (uma estrutura subcortical).
A região do córtex (camada mais externa) é
formada por corpos celulares, o que proporciona uma cor
mais cinzenta a essa região. Já a região mais interna do
cérebro é constituída pelos axônios, o que lhes confere
uma coloração mais clara em virtude da presença do
estrato mielínico.
Essa porção do encéfalo é a encarregada de
controlaras atividades motoras dos órgãos dos sentidos,
além de estar relacionada à memória, capacidade
cognitiva, linguagem, razão e emoções.
2
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
Tálamo: São duas estruturas originadas do diencéfalo,
constituídas por substância cinzenta. Estão localizadas
logo abaixo do corpo caloso. Sua função principal é
transmitir as mensagens dos órgãos do sentido (exceto
órgãos do olfato) até o córtex cerebral.
Hipotálamo: Região também originada do diencéfalo que
está relacionada, entre outras funções, à regulação da
temperatura do nosso corpo, fome, sede, concentração,
funções endócrinas, comportamento sexual e respostas do
sistema nervoso autônomo. O hipotálamo está localizado
logo abaixo do tálamo.
Mesencéfalo: Conhecido também como encéfalo médio,
essa região é relacionada à postura corporal, atividade
motora, movimentos de busca dos olhos, entre outras
funções.
Cerebelo: O cerebelo é uma região originada do
metencéfalo e localizada na fossa craniana posterior.
Possui uma forma ovalada, sendo que na região central
ocorre uma constrição. Sua principal função é ajudar na
coordenação dos movimentos e equilíbrio do corpo.
Ponte: Estrutura originada do metencéfalo, formada
principalmente de substância branca. Essa estrutura faz
uma conexão com diversas partes do encéfalo. A ponte
participa de algumas funções do bulbo.
Bulbo: Originado do mielencéfalo, o bulbo é uma região
contínua da medula espinhal. São importantes na
coordenação de re�exos de tosse, espirro, salivação e
deglutição. Além disso, controlam funções vitais como
batimento cardíaco, respiração e pressão arterial.
2- Conhecer o sistema límbico e suas alterações
(comportamentos)
O sistema límbico, também conhecido como
cérebro emocional, é um conjunto de estruturas
localizado no cérebro de mamíferos, abaixo do córtex
e responsável por todas as respostas emocionais. O
nome "límbico" é derivado da ideia de limbo por se
situar no limite de partes da neuroanatomia do
cérebro entre o córtex e o cérebro reptiliano. Esse
termo foi criado em 1878 pelo médico e anatomista
francês Paul Broca. Dentre as diversas funções pelas
quais o sistema límbico é responsável estão: as
respostas emocionais, o comportamento e a memória.
A Função do Sistema Límbico
A grande função do sistema límbico nos seres
humanos é coordenar as atividades sociais que
possibilitam a manutenção da espécie através de sua vida
em sociedade.
As emoções e sentimentos só são possíveis
através do funcionamento do sistema límbico.
Desenvolver relações que permitam uma vida em
comunidade dependem da atividade dos neurônios
localizados nessas estruturas.
Neuroanatomia do Sistema Límbico
O sistema límbico é o conjunto de diversas
estruturas de neurônios conectadas que atuam de forma
integrada e complementar. Suas principais estruturas
são:
1. Giro do cíngulo
O giro do cíngulo ou giro cingulado é a área
responsável por uma série de respostas emocionais como
a relação entre odores e imagens com a memória de
experiências agradáveis.
O giro do cíngulo também controla a
agressividade e as respostas emocionais à dor, bem como
o aprendizado através de reforço positivo e negativo
(recompensa e punição).
2. Amígdalas
As amígdalas são duas estruturas esféricas da
neuroanatomia do sistema límbico. É uma das áreas mais
importantes, responsável por respostas emocionais
relativas ao comportamento social de humanos e outros
mamíferos. É umas das principais áreas do controle da
agressividade.
3
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
A área é ligada ao hipocampo e o hipotálamo por
meio do fórnix. Desenvolve uma série de ligações que
controlam diversas atividades autônomas do corpo como
as alterações emocionais dos batimentos cardíacos, da
respiração e da pressão arterial.
A relação entre os estímulos emocionais e
respostas musculares como gestos ou expressões faciais
também são mediadas por esse grupo de neurônios.
3. Tálamo
O tálamo é responsável pela comunicação dos
neurônios de diversas áreas do sistema límbico. Localizado
na parte mais interior do encéfalo, suas conexões estão
relacionadas às funções motoras e sensitivas.
4. Hipotálamo
O hipotálamo é uma das áreas mais importantes
do sistema límbico. Possui a função de regular a produção
hormonal e outros processos metabólicos, realiza a
conexão do sistema nervoso ao sistema endócrino.
As atividades realizadas pelo hipotálamo controla
todo o ciclo biológico, sono, fome, sede, temperatura
corporal e é o centro da atividade sexual. O hipotálamo é
responsável também pela regulação de diversas atividades
autônomas do corpo.
5. Septo
O septo coordena as relações entre as sensações
de prazer, memórias e as funções sexuais, como o
orgasmo.
6. Corpo Mamilar
O corpo mamilar é responsável pela transmissão
dos impulsos oriundos das amígdalas e do hipocampo.
Também funciona na manutenção da memória recente e
da memória espacial ligada à localização de objetos e
eventos.
Resumindo: o Estímulo: gerado no córtex Límbico, através
da Área de projeção: Hipotálamo - ativa a Via eferente:
feixe longitudinal dorsal que, através do Sistema Nervoso
Autônomo controla o Efetor: músculo cardíaco, músculo
liso e glândulas, causando a Resposta: Expressão
emocional
Problemas Relacionados ao Sistema Límbico
Por desenvolver uma série de atividades do corpo
humano, o mau funcionamento do sistema límbico pode
acarretar diversas disfunções e doenças como:
● Depressão
● Ansiedade
● Problemas de memória (recente ou de longa
duração)
● Alzheimer
● Esquizofrenia
● TDAH (Transtorno do De�cit de Atenção e
Hiperatividade)
● Epilepsia Psicomotora
Curiosidade 1: Sistema límbico é comportamento sexual
O comportamento sexual masculino é
predominante controlado pela área pré-óptica central do
hipotálamo. As hormonas gonádicas facilitam a liberação
da dopamina na área pré-óptica aumenta a atividade da
sintase do óxido nítrico (NOS), que induz completamente
vários comportamentos sexuais. O aumento No.-induzido
no óxido nítrico eleva mais a liberação da dopamina. As
projecções de glutamatérgicas do amígdala à área
pré-óptica central igualmente participam em liberar uma
dopamina para facilitar o acoplar e aumentar a
compreensibilidade sexual no futuro. A liberação
aumentada da dopamina no amígdala provoca o aumento da
comportamento sexual a sinalização da progesterona no
4
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
endoscópico. Um aumento no volume da amígdala junto
com uma conectividade reduzida entre a amígdala e o
córtice pré-frontal é observado nenhum comportamento
sexual obrigatório.
Curiosidade 2: Síndrome de Klüver e Bucy
Os animais com esta síndrome apresentam:
● Domesticação: animais que usualmente
eram selvagens e agressivos tornam-se
apáticos e sem qualquer resposta
emocional
● Perversão do apetite: os animais passam a
ter uma alimentação que anteriormente
não realizavam
● Agnosia visual: os animais perdem a
capacidade de reconhecer objetos e
animais dos quais anteriormente tinham
medo
● Tendência Oral: estes animais levam à
boca qualquer objeto que encontrem
● Tendência Hipersexual: estes animais
tentam continuamente o ato sexual,
mesmo com indivíduos do próprio sexo, de
outras espécies e com os próprios
(masturbação)
Curiosidade 3: A heroína, um psicoléptico agonista
dos receptores neuronais opióides, causa sensação de
prazer. O crack, um psicoanaléptico dopaminérgico,
causa aumento temporário da dopamina encefálica
com euforia seguida de depressão. A depressão e a
mania são exemplos de transtornos afetivos.
3- Entender o TCE (de�nição,tipos)
O trauma cranioencefálico consiste em lesão
física ao tecido cerebral que, temporária ou
permanentemente, incapacita a função cerebral. O
diagnóstico é suspeitado clinicamente e con�rmado
por imagens (primariamente TC). Inicialmente, o
tratamento consiste em suportes respiratório e
manutenção adequada de ventilação, oxigenação e
pressão arterial (PA). Com frequência, a cirurgia é
necessária em pacientes com lesões maisgraves para
a colocação de monitores a �m de medir a elevação da
pressão intracraniana, descomprimir o cérebro se a
pressão intracraniana estiver aumentada ou remover
hematomas intracranianos. Nos primeiros dias após a
lesão, é importante manter a perfusão e oxigenação
cerebral adequadas e prevenir complicações de
alteração do sensório. Subsequentemente, muitos
pacientes requerem reabilitação.
Em todo o mundo, o trauma cranioencefálico
(TCE) é uma causa comum de mortes ou de�ciência.
As causas do TCE incluem:
● Quedas (especialmente em adultos mais
velhos e crianças pequenas)
● Acidentes com veículos automotores e
outras causas relacionadas a transporte
(p. ex., acidentes de bicicleta, colisões
com pedestres)
● Agressões
● Atividades esportivas (p. ex.,
concussões relacionadas com esportes)
Patologia
Alterações estruturais decorrentes de lesões
cerebrais podem ser macro ou microscópicas,
dependendo do mecanismo e das forças envolvidas.
Pacientes com lesões menos graves podem não
apresentar de�ciência estrutural grave. As
manifestações clínicas variam bastante em termos
de gravidade e consequências. As lesões são,
5
http://www.bioinfo.ufc.br/index.php?rec=13764
http://www.bioinfo.ufc.br/index.php?rec=13619
http://www.bioinfo.ufc.br/index.php?rec=4054
http://www.bioinfo.ufc.br/index.php?rec=5451
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/geriatria/quedas-em-idosos/quedas-em-idosos
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/concuss%C3%A3o-relacionada-com-esportes
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
normalmente, categorizadas como abertas ou
fechadas.
As lesões abertas da cabeça envolvem
penetração do couro cabeludo e crânio (e,
normalmente, de meninges e tecido cerebral
subjacente). Elas normalmente são causadas por
balas ou objetos pontudos, porém a fratura craniana
com laceração no revestimento devido à força direta
também é considerada lesão aberta.
As lesões cranianas fechadas normalmente
ocorrem quando a cabeça é golpeada, batida contra
um objeto ou sacudida violentamente, causando
aceleração e desaceleração cerebrais rápidas.
Aceleração ou desaceleração pode lesar o tecido no
ponto de impacto (golpe), no polo oposto
(contragolpe) ou difusamente; os lóbulos frontal e
temporal são especialmente vulneráveis a esse tipo
de lesão. Axônios, vasos sanguíneos ou ambos podem
ser cortados ou rompidos, resultando em lesão axonal
disfusa. Os vasos sanguíneos rompidos causam
contusões, hemorragias intracerebrais ou
subaracnoides e hematomas epidural ou subdural.
Concussão
De�ne-se concussão (ver também Concussão
relacionada a esportes ) como a alteração
pós-traumática transitória e reversível no status
mental (p. ex., perda de consciência ou memória,
confusão mental) que dura de segundos a minutos e,
por de�nição arbitrária, < 6 h.
Não existem lesões cerebrais estruturais
graves e resíduos neurológicos sérios na concussão,
embora a incapacidade temporária possa decorrer de
sintomas como náuseas, cefaleia, tontura e distúrbios
de memória [síndrome pós-concussão), bem como
di�culdade de concentração (síndrome pós-concussão]
que, em geral, desaparece em semanas. Entretanto,
pensa-se que várias concussões podem causar
encefalopatia traumática crônica , que resulta em
disfunção cerebral grave.
Contusões encefálicas
Contusões (hematomas no cérebro) podem
ocorrer com lesões abertas ou fechadas e podem
prejudicar a grande amplitude de funções cerebrais,
dependendo do tamanho e do local da contusão.
Contusões maiores podem causar edema cerebral
generalizado e aumentar a pressão intracraniana. As
contusões podem aumentar nas horas ou dias após a
lesão inicial e causar deterioração neurológica;
cirurgia pode ser necessária.
Lesão axonal difusa
A lesão axonial difusa (LAD) ocorre quando a
desaceleração rotacional gera forças que resultam
em rupturas generalizadas de �bras axoniais e da
bainha de mielina. Algumas lesões LAD também
podem resultar de lesão cerebral mínima. Não
existem lesões cerebrais graves; porém, pequenas
hemorragias petequiais na massa branca são
normalmente observadas em TC e exame de
histopatologia. A LAD é, às vezes, de�nida
clinicamente como perda de consciência, durando > 6
h na ausência de uma lesão focal especí�ca. O edema
por lesão frequentemente aumenta a pressão
intracraniana, levando a várias manifestações . A LAD
normalmente consiste em lesão subjacente na
síndrome do lactente sacudido.
Hematomas
Hematomas (coleção de sangue dentro ou em
volta do cérebro) podem ocorrer com lesões abertas
ou fechadas e podem ser epidural, subdural ou
intracerebral. A hemorragia subaracnóidea (HSA —
sangramento no espaço subaracnóideo) é comum no
traumatismo cranioencefálico (TCE), embora a
aparência na TC não seja a mesma da HSA
aneurismática.
Hematoma subdural é acúmulo de sangue
entre dura-máter e máter aracnoide. Hematomas
subdurais agudos são resultados da laceração da veias
corticais ou avulsão das pontes das veias entre córtex
6
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/concuss%C3%A3o-relacionada-com-esportes
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/concuss%C3%A3o-relacionada-com-esportes
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/delirium-e-dem%C3%AAncia/encefalopatia-traum%C3%A1tica-cr%C3%B4nica-etc
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce/trauma-cranioencef%C3%A1lico-tce#v1111272_pt
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/acidente-vascular-encef%C3%A1lico-ave/hemorragia-subaracnoidea-hsa
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
e seios durais. Hematomas subdurais agudos ocorrem
frequentemente nos pacientes com
● Traumatismo craniano causado por
quedas ou acidentes com veículos
motorizados
● Contusões cerebrais subjacentes
● Hematoma epidural contralateral
O edema ou hiperemia (aumento do �uxo
sanguíneo devido ao aumento do número de vasos
sanguíneos) pode ocorrer como hematoma que
comprime o tecido cerebral, resultando em sinais de
aumento da pressão intracraniana. Quando tanto
compressão como edema ocorrem, a mortalidade e
morbidade podem ser signi�cantes.
Um hematoma subdural crônico pode aparecer
e produzir sintomas gradualmente ao longo de muitas
semanas após o trauma. Hematomas subdurais
crônicos ocorrem com mais frequência em pacientes
alcoólicos e idosos (particularmente naqueles
tomando fármacos antiplaquetas ou anticoagulantes
ou naqueles com atro�a do cérebro). Estes podem
tanto considerar a lesão na cabeça relativamente
trivial e até se esquecer dela. Em comparação ao
hematoma subdural agudo, edema e aumento da PIC
são incomuns.
Hematomas epidurais (coleções de sangue entre
crânio e dura-máter) são menos comuns que
hematomas subdurais. Hematomas epidurais que são
grandes ou que se expandem rapidamente são
normalmente causados por sangramento arterial,
classicamente devido aos danos causados na artéria
meníngea por fratura óssea temporal. Sem
intervenção, pacientes com hematomas epidurais
arteriais podem rapidamente deteriorar e morrer.
Hematomas pequenos, epidurais venosos, são
raramente letais.
Hematomas intracerebrais são acúmulo de sangue
dentro do próprio cérebro. No cenário traumático,
eles resultam da coalescência das contusões. Ainda
não se de�niu exatamente quando uma ou mais
contusões se tornam um hematoma. Pressão
intracraniana aumentada, herniação e insu�ciência do
tronco cerebral podem se desenvolver
subsequentemente, especialmente com lesões no lobo
temporal ou cerebelo.
Fraturas cranianas
Lesões penetrantes, por de�nição, envolvem
fraturas. Lesões fechadas também podem causar
fraturas cranianas, as quais podem ser lineares, com
depressão óssea ou cominutiva. A presença da fratura
sugere que uma força agravante está envolvida.
Embora muitos pacientes com fraturaslineares
simples sem de�ciência neurológica não tenham alto
risco de lesão intracraniana, pacientes com qualquer
fratura associada a comprometimento neurológico
apresentam maior risco de hematomas
intracranianos. Fraturas do crânio que envolvem
riscos especiais incluem:
● Fraturas com depressão óssea:
apresentam o maior risco de laceração
dural, lesando cérebro subjacente ou
ambos.
● Fraturas ósseas temporais que
atravessam a área da artéria meníngea:
é provável que ocorra hematoma
epidural.
● Fraturas que atravessam um dos seios
durais principais: podem causar
hemorragia signi�cativa e hematoma
epidural venoso ou subdural. Os seios
venosos lesionados podem, mais tarde,
causar trombose e infarto cerebral.
● Fraturas que envolvem o canal da
carótida: podem causar dissecação da
7
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos/coma-e-consci%C3%AAncia-prejudicada/hernia%C3%A7%C3%A3o-cerebral
Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
artéria carótida.
● Fraturas do osso occipital e base do
crânio (ossos basilares): esses ossos
são espessos e fortes, e fraturas
nessas áreas indicam impacto de alta
intensidade e aumento signi�cativo do
risco de lesão intracraniana. Fraturas
cranianas basilares que se estendem na
parte petrosa do osso temporal
lesionam a parte interna e médias das
estruturas da orelha e podem prejudicar
as funções facial, acústica e do nervo
vestibular.
● Fraturas em crianças: as meninges
podem tornar-se bloqueadas em fratura
craniana linear com desenvolvimento
subsequente de cisto leptomeníngeo e
com crescimento de fratura original
(fratura de crescimento).
LEMBRAR DE MOSTRAR A TABELA
4- Especi�car a escala de Glasgow (correlacionar com a
necessidade ao atendimento hospitalar)
A avaliação do estado mental, ou consciência,
é dividida em 2 partes principais: a avaliação do nível
de consciência e da qualidade da consciência, ou
funções corticais superiores.
Nível de consciência
Caracteriza-se pelo grau de interação que o
indivíduo tem com o meio ambiente e a percepção de
si, ou seja, o quão acordado ou alerta ele está. Esse
deve ser sempre o passo inicial para o exame
neurológico, fornecendo subsídios para uma avaliação
neurológica completa. A preservação do nível
neurológico adequado depende, anatomicamente, da
substância reticular ativadora ascendente que se
localiza no tronco encefálico e em parte do
diencéfalo. Para ocorrer comprometimento, são
necessárias lesões no tronco encefálico, como
acidentes vasculares encefálicos, romboencefalite,
tumores do sistema nervoso central, no tálamo
bilateral, como trombose venosa cerebral, isquemia,
e nos hemisférios, bilateralmente, como anóxia,
metabólico/medicamentoso, trauma cranioencefálico.
Existem diversas formas de classi�cação do
nível de consciência. De maneira simpli�cada,
podemos dividi-las em:
1. Vígil ou acordado: abertura ocular e interação
espontânea com o meio;
2. Sonolento: abertura ocular e interação após
estímulo sonoro;
3. Torporoso: abertura ocular e interação após
estímulo doloroso;
4. Comatoso: ausência de abertura ocular ou interação
mesmo após estímulo doloroso.
O nível neurológico depende,
anatomicamente, da substância reticular ativadora
ascendente, localizada no tronco e em parte do
diencéfalo.
Em alguns casos, como no traumatismo
cranioencefálico, escalas de fácil aplicação e
reprodutibilidade, como a escala de coma de Glasgow,
criada em 1974, são utilizadas com o objetivo de
avaliar o nível de consciência.
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Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
Depois avaliamos a qualidade da consciência, a
atenção é fundamental para que possamos examinar
as demais funções intelectuais. O exame cognitivo no
paciente desatento é bastante prejudicado. A atenção
depende da ativação cortical pela formação reticular
ativadora ascendente-mesencefálica e pelos núcleos
intralaminares do tálamo, além da atividade da área
préfrontal, que é responsável pelo planejamento
motor e comportamental do indivíduo, e dos giros
angular e supramarginal – no lobo parietal direito,
responsáveis pela exploração e pela percepção de
ambos os lados do corpo e do espaço, pois o lado
esquerdo só responde pela atenção do lado
contralateral. Lesões corticais à direita causam
heminegligência ou hemi-inatenção. Na
heminegligência, o paciente ignora estímulos
realizados à sua esquerda, devendo ser diferenciada
da extinção. Nessa situação, quando o indivíduo recebe
estímulos táteis, visuais ou auditivos bilaterais, só
percebe o estímulo realizado à direita, mas quando
estimulado apenas à esquerda reconhece o estímulo,
denotando integridade das vias sensoriais primárias.
Pontuação e grau de lesão
Após avaliação e pontuação de todos os
critérios, a fórmula aplicada é: Pontuação �nal =
Abertura ocular [1 a 4] + Resposta verbal [1 a 5] +
Resposta motora [1 a 6] – Reatividade Pupilar [0 a 2]
Grau de lesão de acordo com a pontuação:
• Entre 13 e 15 – LEVE;
• Entre 9 e 12 – MODERADA;
• Entre 3 e 8 – GRAVE;
• Menor que 3 – COMA;
ATENÇÃO: Escala de Coma de Glasgow ≤ 8 é indicativo
de intubação orotraqueal!
A Escala de Coma de Glasgow é mundialmente
conhecida e totalmente incorporada na rotina médica,
principalmente no atendimento ao trauma.
5-Explicar a �siologia da memória (longo e curto
prazo)
O estudo �siológico da aprendizagem oferece dois
amplos aspectos. Um deles se volta para a descoberta dos
processos que ocorrem do nível neural durante a
aprendizagem; o outro envolve o tipo de circuito
necessário para garantir que a informação adequada seja
armazenada e lida no momento adequado, a �m de poder
ser utilizada para a produção de um comportamento de
adaptação. Evidentemente, esses dois objetivos são
mutuamente facilitadores. Quanto maiores
conhecimentos vamos adquirindo sobre as propriedades da
transformação neural, mais certeza podemos ter quanto
ao tipo de circuito de que participam os neurônios do
"aprendizado" e vice-versa.
O estudo �siológico da aprendizagem não se torna
mais fácil em virtude da gama de alterações
comportamentais classi�cadas como aprendizagem.
Parece impossível que um único mecanismo neuronal
possa responder por fenômenos comportamentais tio
diferentes quanto aprender a reconhecer objetos, andar
de bicicleta ou tocar piano, salivar à vista de um limão,
reajustar a coordenação das mãos e dos olhos quando se
está usando óculos que distorcem ou invertem a imagem,
decorar um poema, recordar as palavras de uma longa
sentença ouvida ou lida, num momento su�cientemente
distanciado, para nos permitir compreendê-la como um
todo porém não mais diatante, e recordar o conteúdo
geral de um artigo ou livro. Alguna desses desempenhos
implicam uma retenção breve, mas completa, com
apagamento subseqüente. Outros envolvem alterações
que duram a vida toda. Alguns exigem um esforço
voluntário, outros ocorrem involuntariamente. Portanto,
aparentemente, devemos estar preparados para descobrir
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Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
que as diferentes formas de aprendizagem envolvem não
só circuitos neurais diferentes como também diferentes
mecanismos neurais fundamentais
Nem todos os neurônios possuem mecanismos que
participam da aprendizagem, exigindo assim, variações
adicionais. A teoria dos dois estágios, por exemplo, põe em
destaque a possibilidade de que a retenção a curto prazo
ocorra num conjunto de elementos, e aí persiste apenas
durante o tempo necessário para que a informação seja
transmitida a outros elementos capazes de proceder a um
armazenamento mais duradouro. Uma alternativa mais
provável é de que os elementos implicados na
aprendizagem sejam inicialmente mudados, mas que essas
mudanças sigam cursos diferentes nos diferentes
elementos.
A maioria das tentativas que visam a relacionar o
aprendizado a mecanismos �siológicos envolvem
experiências com animais, É quase certo que os animais
não possuem uma memória imediata, que abranja um
campo tão vasto. Em muitos deles, inclui apenas um item.
Fenômenos como o da aprendizagem numa
tentativa e aaprendizagem incidental (ou latente),
características muito óbvias da aprendizagem humana, só
com grande di�culdade e considerável engenhosidade no
planejamento experimental podem ser demonstradas nos
animais.
Tipos de memória
O mecanismo da memória precisa ser igualmente
tão complexo quanto o mecanismo do pensamento,
porque, para ter a memória é necessário que o sistema
nervoso recrie o mesmo padrão espacial e temporal (o
padrão holístico) de estímulo, no sistema nervoso central,
em alguma ocasião futura.
Sabe-se que ocorrem todos os graus de memória,
algumas delas durando alguns segundos e outras durando
horas, dias, meses ou anos. Possivelmente, todos esses
tipos de memória são ocasionados pelo mesmo mecanismo
operando em graus diferentes de intensidade, Os tipos de
memória podem ser classi�cados em:
1. memória sensorial:
2. memória a curto prazo ou memória primária;
3. memória a longo prazo que pode ser dividida em
memória secundária e memória terciária.
As características de cada tipo são
Memória Sensorial: signi�ca a capacidade de reter os
sinais sensoriais nas áreas sensoriais do cérebro, durante
um intervalo de tempo muito curto, após a atual
experiência sensorial. Geralmente esses sinais
permanecem disponíveis para a análise durante várias
centenas de milésimos de segundo, porém são substituídos
por novos sinais sensoriais, em menos de um segundo.
Durante o curto intervalo de tempo que a informação
sensorial instantânea permanece no cérebro, ela pode
continuar a ser usada para maior processamento. Mais
importante, ela pode ser "esquadrinhada", para retirar os
pontos importantes. Assim, esse é o estágio inicial do
processo da memória.
Memória a Curso Prazo (memória primaria) - E a
memória de alguns fatos, palavras, números, letras e
outros tipos de informações durante alguns segundos a
um minuto ou mais, de cada vez. Essa é exempli�cada pela
lembrança dos algarismos, do número de um telefone,
durante curo período de tempo, após haver olhado o
catálogo telefônico. Este tipo de memória está,
geralmente, limitado a cerca de sete informações e,
quando outras informações são acrescentadas a esse
reservatório a curto prazo, a informação antiga
desaparece. Assim, se uma pessoa olha novo número de
telefone, esquece, geralmente, o primeiro. Uma das
características mais importantes da memória a curto
prazo é que a informação nesse armazenamento de
memória está instantaneamente disponível, de forma que
a pessoa não precisa busca-la em sua mente, como ocorre
à informação que foi retirada das reservas de memória a
longo prazo.
Memória a Longo Prazo • É o armazenamento, no cérebro,
de informação que pode ser lembrada em ocasião anterior
muitos minutos, horas, dias, meses ou anos depois. Esse
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Período 3- Módulo 2 - Tutoria 1 por Yan Slaviero Augusto
tipo de memória tem sido denominada memória �xa ou
memória permanente. Está dividida em memória
secundária.
Memória a Longo Prazo - que está armazenada, seja com
um traço de memória débil, ou apenas moderadamente
forte. Por este motivo, é fácil esquecer e às vezes difícil
lembrar. Além disso, o tempo necessário para buscar a
informação é relativamente longo. Esse tipo de memória
pode durar de vários minutos a várias horas. Quando as
memórias são tão fracas que duram apenas alguns
minutos e alguns dias, são denominadas também,
frequentemente, memórias recentes.
Memória Terciária - É a que tornou-se tão arraigada na
mente que pode durar, geralmente, toda a vida da pessoa.
Além disso, os traços muito fortes de memória desse tipo
tornam a informação disponível dentro de fração de
segundo. Esse tipo de memória é exempli�cada pelo
conhecimento do próprio nome pela pessoa, por sua
capacidade de recordar imediatamente os números de 1 a
10, as letras do alfabeto e as palavras que usa na fala,
bem como pela lembrança de sua exata estrutura física e
de seu ambiente familiar imediato.
Consolidação do aprendizado
Os estudos de consolidação em animais não
forneceram demonstrações desse fenômeno tão bem
de�nidas quanto as observadas no homem depois de
traumas cerebrais. Alguns pesquisadores observaram que
a lembrança de uma tarefa pode �car prejudicada por um
choque eletroconvulsivo, ou por algum outro distúrbio
forte da atividade cerebral aplicado até várias horas
depois do aprendizado. Outros veri�caram que a
consolidação é completada em poucos segundos. Embora
sejam poucas as dúvidas referentes ao fato de vários
procedimentos interferirem na consolidação, nos animais,
existem muitos fatores desconcertantes que di�cultam a
interpretação das experiências. Em alguns casos, o
procedimento de anti consolidação tem efeitos
comprovados de fuga, tendo também, em geral, outros
efeitos sobre comportamento: aumentar a atividade geral
ou tornar o animal cansado ou doente, por exemplo.
Uma das das teorias a respeito dos mecanismos
de consolidação a�rma que ela envolve a preservação de
um gradiente de potencial (superfície positiva) através do
córtex. A maioria dos tratamentos de anti-consolidação
produz gradientes de superfícies negativas. Quando o
córtex é polarizado catodicamente, por se ter passado
uma pequena corrente através dele, entre eletrodos
implantados, resulta uma indicação qualquer de que o
aprendizado está diminuindo. Esse efeito, porém, é fraco.
A superfície do córtex se torna frequentemente positiva
durante as situações reforçantes, mas esse efeito não é
su�cientemente universal para justi�car que se postule
uma relação causal. Têm sido feitas várias tentativas
visando a aumentar a consolidação e o aprendizado com o
auxílio de drogas, mas com êxito duvidoso.
Resumindo:
Memória de curto e longo prazo
A memória de curto prazo reserva algumas
informações de que o indivíduo precisa
temporariamente, como uma lista de compras do
mercado.
A memória de longo prazo, como o nome
sugere, armazena lembranças (como o nome da
escola em que o indivíduo estudou) por mais tempo. A
memória de curto prazo e a memória de longo prazo
são armazenadas em partes diferentes do cérebro.
A memória de longo prazo é armazenada em
muitas partes do cérebro. Uma parte especí�ca do
cérebro (hipocampo) ajuda a classi�car informações
novas e associá-las a informações semelhantes já
armazenadas no cérebro. Esse processo torna
memórias de curto prazo em memórias de longo
prazo. Quanto mais as memórias de curto prazo são
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lembradas ou repetidas, mais provável é que se
tornem memórias de longo prazo.
Em quadros moderados e graves, um dos
sintomas mais comuns de um trauma
cranioencefálico é a perda de perda de memória, que
pode abranger eventos antes da lesão (amnésia
retrógrada) ou depois (amnésia anterógrada).
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