Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
O doce sabor da tubaína Mais baratos, os refrigerantes regionais ganham mercado e chegam a atrapalhar vendas de gigantes como a Coca-Cola Extraído da revista Isto É 23/09/2004 No cadastro da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir), existem 34 indústrias de refrigerantes independentes. No entanto, o número real é muito superior. A Antarctica estima que haja quase 500 empresas do tipo no Brasil. Desde aquela pequena fábrica de fundo de quintal – que usa vasilhames de cerveja, processo usado pela famosa Tubaína, refrigerante vendido no interior paulista que deu origem ao termo – até companhias muito bem-estruturadas. Licenciamentos de refrigerantes multinacionais, no entanto, são uma tremenda exceção. A maioria das tubaínas é mesmo produzida com fórmulas brasileiras, muitas vezes com ervas locais. É o caso do Mineirinho, fabricado em Niterói, que utiliza concentrado da planta chapéu-de-couro. No Maranhão, um dos maiores sucessos é o Guaraná Jesus, refrigerante que apesar do nome é cor-de-rosa e tem um sabor que lembra o de canela. Criado em 1920 pelo farmacêutico Jesus Gomes, hoje é ironicamente envasilhado pela Companhia Maranhense de Refrigerantes, uma franqueada da Coca-Cola. "Ele tem 22% do mercado do Estado. Só perde para a Coca-Cola, que detém 60%", afirma o vice-presidente executivo da companhia, Benedito Lago Neto. O refrigerante virou mania e tradição no Maranhão. Cerca de 9,5 milhões de litros são consumidos ao ano. O volume deve dobrar em 1999, com a inauguração da terceira fábrica da Maranhense. A Coca-Cola, que liberou a companhia para produzir o Guaraná Jesus, assiste calada ao avanço. Mas pode se cansar e colocar em xeque projetos de tubaínas. Tudo para garantir seu domínio no mercado das borbulhas. Que tal uma leitura para fixar conhecimentos!
Compartilhar