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Rota7_Língua Portuguesa

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1 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
Onde Chegar 
• Elencar os objetivos da Unidade Temática 
• Trabalhar em tópicos não numerados 
 
 
• Nesta Rota de Aprendizagem vamos nos deter nos termos acessórios: os adjuntos, o 
aposto e o vocativo, e vamos completar os termos integrantes com o agente da passiva. 
• conceituar, exemplificar, definir, refletir, analisar 
O que Aprender 
• Adjuntos: adnominal e adverbial 
 Aposto 
 Vocativo 
 Agente da Passiva 
 Para tratar dos adjuntos, vamos repetir algumas sentenças que estudamos na 
Aula 6 quando vimos a estrutura argumental do verbo, mas vamos acrescentar alguma 
coisa a mais em cada sentença. 
1. Choveu muito na noite passada. 
AULA 
07 
A estrutura da sentença 
Outras funções 
LÍNGUA PORTUGUESA I 
 
 
2 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
2. O menino caiu na calçada. 
3. O gato comeu a carne de porco. 
4. O menino deu uma maçã verde para a professora de inglês. 
 
Ao revisar a estrutura argumental desses verbos, temos que Ø chover Ø não exige 
preenchimento por argumentos, [ ] cair Ø só exige o preenchimento do sintagma 
nominal da posição de sujeito, [ ] comer [ ] já exige que dois lugares sejam preenchidos 
por sintagmas nominais, o sujeito e o objeto direto, e finalmente [ ] dar [ ] [ ], como 
um verbo bitransitivo que, além do sujeito, exige dois objetos, um direto e um indireto. 
Peço que você reflita e responda estas perguntas: 
1. Como classificar, então, muito e na noite passada em (1), na calçada em (2), 
de porco em (3), e verde e de inglês em (4)? 
2. São esses sintagmas exigências do verbo? 
3. São eles elementos integrantes do sentido do verbo? 
A resposta para essas duas últimas perguntas é não. Não são elementos exigidos 
pelo verbo, não são integrantes do sentido do verbo. São apenas acessórios na sentença, 
pois apenas acrescentam detalhes à cena. E a resposta para a primeira pergunta é: são 
todos classificados como adjuntos. 
 
Desenvolvimento 
Os adjuntos são termos acessórios e se juntam ao nome ou ao verbo para 
oferecer informações sobre o substantivo ou o verbo. O adjunto adnominal acompanha 
o substantivo para delimitá-lo, determiná-lo, qualificá-lo, caracterizá-lo. Todo e qualquer 
elemento que acompanhe o substantivo dentro do sintagma nominal vai exercer a 
função de ajunto. 
Pode ser expresso por: adjetivos e locuções adjetivas (que qualificam, 
caracterizam), pronomes e artigos (que determinam) e numerais. 
A menina de vestido vermelho é irmã da minha melhor amiga. 
[A menina de vestido vermelho] é [irmã da minha amiga]. 
 
[A menina [de vestido [vermelho] [irmã [da minha amiga]. 
 
sujeito predicativo 
Adjuntos adnominais Adjunto adnominal 
 
3 
 
NEAD – Núcleo de Educação a Distância 
ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
O adjunto adverbial é uma função sintática exercida por uma palavra ou expressão 
que modifica ou intensifica outra (um verbo, um adjetivo ou um advérbio). Quando está 
ligado ao verbo pode indicar circunstância em relação a tempo, lugar, modo, causa, finalidade 
etc. Pode também se ligar a um adjetivo ou a outro advérbio, geralmente intensificando o seu 
sentido. Observem esses exemplos de Lemes et al., 2013. Quais são as circunstâncias 
determinadas pelos adjuntos adverbiais? Vamos fazer perguntas sobre as circunstâncias da 
ação. 
1. Só saberemos o resultado dos exames na semana que vem. 
Quando saberemos o resultado do exame? – na semana que vem 
2. Há algo de especial naquela cidade? 
Onde há algo especial? – naquela cidade 
3. Entraram em casa às pressas. 
Como entraram em casa? – às pressas 
4. Eles trabalham por necessidade. 
Por que motivo eles trabalham? – por necessidade 
5. Os jogadores foram muito criticados. 
Em que medida foram criticados? – muito 
6. Preparavam-se para a festa. 
Para que se preparavam? – para a festa 
7. Voltou de carro. 
Como ele voltou? – de carro 
8. Esse bolo foi feito com chocolate. 
Com que o bolo foi feito? – com chocolate 
9. Cobriu o carro com a capa. 
Com que cobriu o carro? – com a capa 
10. Saíram com seus pais. 
Com quem saíram? - com seus pais 
Vejam que todos os adjuntos, exceto na sentença 5, indicam alguma circunstância 
ao evento, seja de tempo, lugar, modo, etc. Na sentença 5, temos um adjunto de intensidade, 
mas não se liga ao verbo “foram” e, sim, ao adjetivo “criticados”. Nessa sentença, temos um 
predicado nominal, com um verbo de ligação (ser) e o predicativo (criticados) precedido por 
um adjunto adverbial (muito). Lembrem-se que o adjunto adverbial modificam não somente 
o verbo, mas também o adjetivo e o advérbio. 
Vamos agora ver exemplos de outros dois elementos acessórios: o aposto e o 
vocativo. 
 
4 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
O Aposto 
O aposto é uma função sintática acessória que acrescenta informações a qualquer 
outra função sintática. O aposto pode ampliar, explicar ou resumir o conteúdo de outro termo 
(INFANTE, APUD LEME ET AL., 2013). 
Vejam os exemplos de Lemes et al. (2013, pp 112-114): 
• Vermelha, a nuance da paixão, é minha cor preferida. 
• Letras, um curso muito conceituado, satisfaz minhas expectativas 
acadêmicas. 
• Dois sentimentos o moviam: a fé em Deus e a confiança em si. 
• Calor, frio, o adiantado das horas, nada o impedia. 
• A cidade de Florianópolis é invadida por turistas no verão. 
• A cantora Elis Regina representou o Brasil internacionalmente. 
• Sua voz macia, música para os meus ouvidos, ecoava em minha 
lembrança. 
O vocativo 
Lemes et al. (2013) iniciam seu texto sobre o vocativo, citando Bechara (2006) 
“desligado da estrutura argumental da oração e desta separado por curva de 
entoação exclamativa, o vocativo cumpre uma função apelativa de 2ª. pessoa, pois, por seu 
intermédio, chamamos ou pomos em evidência a pessoa ou a coisa a que nos dirigimos” (p. 
114). 
Usamos vocativo o tempo todo em nosso dia a dia, chamando as pessoas com quem 
nos comunicamos. A posição do vocativo pode variar na sentença. Vejam os exemplos de 
Lemes et al. (2013). 
• Menino, vem pra cá. 
• Crianças, parem com esse barulho. 
• Parem com esse barulho, crianças! 
• Parem, crianças, com esse barulho! 
 
O agente da passiva 
O adjunto, o aposto e o vocativo são termos acessórios da sentença, mas o agente 
da passiva é outro termo integrante. Por que é termo integrante? 
• Maria foi demitida pelo chefe do setor. 
• A obra compõe-se por dois volumes. 
É um termo ligado ao verbo, fazendo parte da sua estrutura argumental. Mesmo 
fazendo parte da estrutura argumental, pode ser omitido. 
• Maria foi demitida. 
 
5 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
 
Vá mais longe 
• Capítulos Norteadores: Capítulos 6 e 7 - LEMES, A.; BEM, I. V.; COSTA, T. M. S.; 
CORREA, V. L. Língua Portuguesa – elementos essenciais e acessórios para 
análise sintática. Curitiba: InterSaberes, 2013. 
- Seção 2.2.3 3 2.2.5 – GAVIOLI-PRESTES, C. M.; LEGROSKI, M. C. Introdução à 
sintaxe e à semântica da língua portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
Agora é sua vez! 
Interação 
Lemes et al (2013) trazem alguns exemplos e uma citação de Infante (1996), que trazem 
muita confusão na análise sintática: a diferença entre adjunto adverbial de lugar e 
objeto indireto. Estas sentenças trazem adjuntos adverbiais: 
• Ficamos no mesmo andar. 
• Chegou ao topo do morro. 
• Voltei à antiga escola. 
• Vieram do Rio Grande do Sul. 
Eu acrescentaria a essa discussão a diferença entre adjunto adnominal e complemento 
nominal nestassentenças: 
• Os elogios à professora eram sinceros. – complemento nominal 
• Os elogios da professora eram sinceros. – adjunto adnominal 
Você já teve esse tipo de dúvida? Já confundiu esses termos em sua análise? Eu já! 
Muitas vezes. Vamos discutir sobre isso? 
 Atividade 
 
No trecho a música “Cajuína”, de Caetano Veloso, verifique os adjuntos grifados e 
especifique os que não são adjuntos adnominais. 
 
Existirmos: a que será que se destina? 
Pois quando tu me deste a rosa pequenina 
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina 
Do menino infeliz não se nos ilumina 
Tampouco turva-se a lágrima nordestina 
Apenas a matéria vida era tão fina 
 
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ROTAS DE APRENDIZAGEM 
Língua Portuguesa I | A estrutura da sentença – 0utras funções | Aula 07 
 
E éramos olharmo-nos intacta retina 
A cajuína cristalina em Teresina 
 
a. Infeliz; nordestina 
b. tão; intacta 
c. tão; em Teresina 
d. nordestina; em Teresina 
 
 
Resposta: c 
 
 Os adjetivos pequenina, lindo, infeliz, nordestina e intacta são adjuntos 
adnominais, pois todos qualificam os substantivos rosa, homem, infeliz, lágrima e retina. 
São todos adjuntos adnominais. 
O advérbio tão intensifica o adjetivo fina, então é um adjunto adverbial, assim 
como em Teresina, que indica o lugar onde está a cajuína cristalina. As palavras fina e 
cristalina não estão grifadas, mas também são adjuntos adnominais, qualificando 
matéria vida e cajuína, respectivamente. 
 
Referências 
• CAETANO VELOSO. Cinema Trancedental. Rio de Janeiro: Philips, 
1979. Compact disc. Digital áudio. 
• GAVIOLI-PRESTES, C. M.; LEGROSKI, M. C. Introdução à sintaxe e à 
semântica da língua portuguesa. Curitiba: InterSaberes, 2015. 
• LEMES, A.; BEM, I. V.; COSTA, T. M. S.; CORREA, V. L. Língua Portuguesa 
– elementos essenciais e acessórios para análise sintática. Curitiba: 
InterSaberes, 2013.

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